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Desenvolvimento do
Milênio
ITaboraí
linha-base 2000 / 2006
Relatório de Acompanhamento
1
Expediente e Créditos
Agradecimentos
Os responsáveis pelo Projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela colaboração gentil na elaboração deste
boletim: IBGE; Fundação CIDE; DATASUS; IPEA; INEP; UNISYS/DATAMEC; AMPLA; Águas de Niterói; CEDAE; AMAE; SAAE - CA.
Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição nesse projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Prof. Roberto de Souza Salles; à diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITATROLAC), Dra.
Cecília Martínez Leal; a Francesca Piló (ONU-HABITAT); ao diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento
do Leste Fluminense (CONLESTE), Dr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; a Abdo Gavinho (Petrobras); a Ivan Dantas Mesquita
Martins (Engenharia /IEABAST/IEPQF - Petrobras); ao Dr. Ricardo Friede (UNISYS/DATAMEC), ao Prof. César Von Dollinger,
Fundação Euclides da Cunha (FEC), às equipes das prefeituras e à população dos municípios do CONLESTE (Cachoeiras de
Macacu, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Guapimirim, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá).
2
pREFÁCIO
O COMPERJ E O CONLESTE – de responsabilidade social empresarial. locais está sendo realizado por meio de
Desafios para a região Seguindo esses princípios, cursos de capacitação em geoprocessa-
A iniciativa da PETROBRAS de reali- a PETROBRAS cria o Centro de mento para os gestores dos onze muni-
zar investimentos da ordem de US$ 8,4 Informações do COMPERJ como mo- cípios. Além disso, será implementado
bilhões na implantação do Complexo delo inovador na gestão inclusiva do na região o Prêmio de Boas Práticas de
Petroquímico do Estado do Rio de conhecimento. Este centro será respon- Desenvolvimento Sustentável, que pre-
Janeiro (COMPERJ), no município de sável pela produção e disseminação de tende identificar, promover e divulgar
Itaboraí, trará mudanças significativas informações e de dados nas áreas am- os projetos de maior relevância para a
para a atual configuração econômica, biental, habitacional, social, educacio- melhoria das condições de vida da po-
populacional, urbanística, habitacional, nal, econômica e de saúde, fornecendo pulação desses municípios.
ambiental, de mobilidade urbana, orde- insumos para a formulação de políticas Espera-se que este boletim, que
namento territorial, educação, saúde e públicas na região. mapeia os indicadores do Milênio en-
segurança urbana em toda a região. tre os anos 2000 e 2006, sirva de re-
Neste contexto, o Consórcio O PROJETO DE OBSERVAÇÃO ferência aos governos e instituições do
Intermunicipal de Desenvolvimento do INTERNACIONAL DO COMPERJ CONLESTE para a elaboração de políti-
Leste Fluminense - CONLESTE - surge SOBRE OS ODMS NA REGIÃO cas públicas socioeconômicas e ambien-
como o instrumento de parcerias e de Em consonância com o Pacto tais, capazes de inserir a região em um
alianças intermunicipais, para propiciar Global, a PETROBRAS implementa um processo de desenvolvimento sustentá-
soluções integradas e compartilhadas projeto pioneiro no mundo: o monito- vel acompanhado da redistribuição de
aos desafios comuns, a fim de potencia- ramento dos impactos de sua atividade renda e da erradicação da pobreza.
lizar os aspectos positivos do COMPERJ industrial sobre os ODMs na região do
e minimizar seus aspectos negativos. O CONLESTE. Este projeto é realizado em
consórcio assume o papel de integrador parceria entre o Centro de Informações
e planejador de políticas que possibili- do COMPERJ, a Universidade Federal
tem o desenvolvimento sustentável dos Fluminense (UFF) e o Programa das
onze municípios que o conformam. Nações Unidas para os Assentamentos
Na região do CONLESTE, os impac- Humanos (UN-HABITAT), tendo como
tos positivos do COMPERJ podem con- objetivo a constituição de um banco
tribuir para o alcance dos Objetivos de de dados georeferenciado com infor-
Desenvolvimento do Milênio (ODMs), mações socioeconômicas e ambientais
desde que sejam implementadas polí- sobre a região, assim como o desen-
ticas públicas a partir de uma agenda volvimento de competências locais e
integrada que norteie ações nos níveis regionais.
local e regional. Por meio de relatórios semestrais,
o projeto acompanha os indicadores
A PETROBRAS E O PACTO do Milênio, observando a evolução das
GLOBAL DA ONU cadeias produtivas instaladas na região,
Em sua trajetória, a o fluxo escolar das redes públicas de
PETROBRAS se destaca ensino, indicadores de saúde materna,
como pioneira ao aderir de mortalidade infantil, de doenças de
aos princípios do Pacto maior incidência e de violência, a evo-
Global da ONU e assu- lução dos assentamentos precários, do
mir compromissos para uso e ocupação do solo, das condições
que os Objetivos e as Metas do Milênio de saneamento ambiental e das áreas
- estabelecidos por países-membros das de preservação ambiental.
Nações Unidas - orientem sua política O fortalecimento das competências
3
Nota sobre o projeto gráfico
Os coletivos humanos tendem a se organizar em torno
de necessidades pontuais e efêmeras, o que torna o fenôme-
no urbano algo múltiplo, complexo e polifônico. O projeto
gráfico elaborado procura reproduzir essa multiplicidade, que
é a vida fervilhante dos coletivos, nas pinceladas irregulares
e cheias de textura. Enquanto isso, aponta, nos quadrados
transparentes e coloridos, para a disciplina do estudo presen-
te, que procura, por meio de objetivos e indicadores, desco-
brir e ordenar padrões que norteiem o crescimento sustentá-
vel dos municípios estudados.
4
Sumário
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................06
5
INTRODUÇÃO
6
ODM1
ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME
Meta 1A Reduzir a um quarto entre 2000 e 2012 a proporção da população com renda inferior a meio salário
mínimo mensal.
Indicadores:
• Participação dos 20% mais pobres da população na renda dos municípios
• Distribuição das pessoas abaixo da linha da pobreza
7
ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome
35
30
25
20
15
10
5
0
2000 2002 2004 2006
8
ODM2
UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRAMÁRIA E AMPLIAR
A COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO
TÉCNICA PROFISSIONAL
META 3A Garantir que, até 2012, as crianças de todos os municípios do CONLESTE, independentemente de cor/
raça, concluam o Ensino Fundamental.
Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 7 a 14 anos, por grupos de idade e nível de ensino
• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 7 a 14 anos de idade
• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Fundamental
• Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental
• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental
• Taxa de masculinidade na conclusão do Ensino Fundamental
9
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
O acesso ao ensino fundamental mesma taxa mostre grande distorção Os indicadores “a” e “b” referen-
na região do CONLESTE é hoje prati- entre os sexos quanto à conclusão des- tes à educação técnica-profissional
camente universalizado. Contudo, a te nível de ensino. Para dar conta das ainda estão sendo trabalhados e rece-
retenção e a evasão escolar têm invia- metas deste ODM, serão necessárias bendo outro tratamento, em função
bilizado que muitos percorram o fluxo políticas específicas para a manutenção da inexistência de um banco de dados
escolar de maneira adequada. Assim, os dos alunos do sexo masculino no interior oficial sobre tais questões. Quanto ao
indicadores referentes à defasagem1 em da escola. Da mesma forma que o ob- indicador “c”, referente aos cursos de
termos de idade e sexo para diferentes servado no ensino fundamental, a região capacitação do Centro de Integração
etapas do ensino refletem os principais precisará de grande esforço para melho- do COMPERJ, este começa a ser moni-
problemas existentes na escola. A fim rar o fluxo educacional no ensino médio, torado a partir do primeiro semestre de
de garantir a meta de universalização buscando equacionar o problema das re- 2008, e, portanto, ainda não faz parte
do ensino fundamental e ampliação do provações, primeira causa de retenção. desta análise.
ensino médio, é necessário implemen- Há de se atentar que o potencial Com relação à distorção idade/
tar políticas efetivas tanto de acesso aumento da demanda ocasionado conclusão no Ensino Fundamental, as
quanto de permanência na escola nes- pela implantação do COMPERJ pode, taxas anuais do município de Itaboraí
tas duas etapas do ensino. se não for desde já equacionado pelo mantiveram-se, no período pesquisado,
Com relação à taxa de masculinida- Poder Público, trazer sérias consequên- quase que totalmente numa tendência
de, observa-se que o acesso de homens cias para as redes de ensino médio, de queda, embora os três últimos anos
e mulheres ao ensino fundamental não pela carência de professores e prédios tenham apresentado certa estabiliza-
apresenta discrepâncias, embora esta escolares. ção. O gráfico representa essa tendên-
cia ao mostrar que a média dos anos
Distorção idade/conclusão no Ensino Fundamental de 2003-2005 é cerca de 11% inferior
60,00%
à dos anos de 2000-2002. A distorção
em Itaboraí é maior que a da média dos
50,00%
municípios do CONLESTE e do Estado
40,00% do Rio de Janeiro, embora a diferença
entre elas venha caindo.
30,00%
No Ensino Médio, todas as taxas de
20,00% distorção idade/conclusão são elevadas,
apesar das taxas municipais serem um
10,00%
pouco maiores que as do CONLESTE e
0,00% bem maiores que as do Estado do Rio
2000-2002 2003-2005
55,50% 44,11%
de Janeiro. Ao compararmos os dois tri-
Itaboraí
CONLESTE 44,82% 38,63% ênios pesquisados, vemos que Itaboraí
Estado Rio de Janeiro 36,89% 32,18% apresenta, diferentemente do que
Fonte: INEP pode ser observado no indicador ante-
rior referente ao Ensino Fundamental,
uma discreta elevação em sua taxa de
Distorção idade/conclusão no Ensino Médio
distorção. Vale destacar também que
70,00%
esta taxa no Ensino Médio é bem mais
60,00% elevada do que a encontrada no Ensino
50,00% Fundamental.
As taxas de masculinidade expres-
40,00%
sas no gráfico de matrículas no Ensino
30,00%
Fundamental, sejam as municipais, as
20,00% regionais ou as estaduais, são todas
10,00% positivas, mostrando a supremacia de
alunos do sexo masculino entre os ma-
0,00%
2000-2002 2003-2005 triculados no Ensino Fundamental. São,
Itaboraí 58,37% 61,77% também todas, reduzidas, não represen-
CONLESTE 57,07% 59,90% tando uma discrepância significativa, e
Estado Rio de Janeiro 51,40% 50,20%
se matêm estáveis ao longo do período
Fonte: INEP
1 Esta defasagem de idade e de sexo é medida em termos das chamadas taxas de distorção. A distorção idade/série refere-se à diferença entre a idade real dos alunos
matriculados ou concluintes de determinada série escolar e aquela esperada para tal ano baseado no fluxo escolar normal (sem repetência). Com relação ao sexo dos alunos,
chama-se taxa de masculinidade a diferença entre alunos e alunas matriculados ou concluintes dividida pelo número de alunos do sexo masculino.
10
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
(0,2500)
(0,3000)
(0,3500)
(0,4000)
2000- 2002 2003 - 2005
Fonte: INEP
11
ODM3
PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A
AUTONOMIA DAS MULHERES
Meta 4B Reduzir pela metade a defasagem salarial entre gêneros até 2012.
Indicadores:
• Participação feminina no mercado formal de trabalho e no perfil de trabalhadores admitidos e desli-
gados nos municípios do CONLESTE
• Diferencial de remuneração por gênero e grau de instrução para diferentes setores de atividade
12
ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres
13
ODM4
REDUZIR A MORTALIDADE NA INFÂNCIA
META 5A Reduzir em dois terços entre 2000 e 2012 a mortalidade de crianças menores de 5 anos, nos municí-
pios do CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de mortalidade em menores de 5 anos e mortalidade proporcional entre menores de 5 anos,
segundo grupos de causas
• Taxa de mortalidade infantil e mortalidade proporcional segundo grupos de causas e grupos de
idade (0 a 6 dias, 7 a 27 dias, 28 a 364 dias)
• Proporção de internações por doenças respiratórias em menores de 5 anos nos municípios do
CONLESTE
14
ODM4 | Reduzir a mortalidade na infância
20,00
18,00
16,00
Taxa por 1000 nascidos vivos
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
2000 - 2002 2003 - 2005 2006
Itaboraí 17,42 17,69 13,97
CONLESTE 16,69 16,51 16,40
Estado Rio de Janeiro 18,64 16,97 15,19
15
ODM5
MELHORAR A SAÚDE MATERNA
META 6A Reduzir em três quartos entre 2000 e 2012 a taxa de mortalidade materna, nos municípios do
CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de mortalidade materna e proporção de óbitos maternos segundo grupo de causas nos muni-
cípios do CONLESTE
• Proporção de tipos de partos (vaginal ou cesárea) assistidos por profissionais de saúde nos municí-
pios do CONLESTE
16
ODM5 | Melhorar a saúde materna
Mortalidade materna
90,00
80,00
Taxa por 100 mil nascidos vivos
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2000 - 2002 2003 - 2005 2006
Itaboraí 70,38 57,70 31,05
CONLESTE 86,52 86,85 59,39
Estado Rio de Janeiro 73,82 66,94 67,95
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS
17
ODM6
COMBATER O HIV/AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS
META 8A Até 2012, reduzir a incidência de dengue, hepatite A e hanseníase nos municípios do CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de incidência de dengue nos municípios do CONLESTE
• Taxa de incidência de hepatite A nos municípios do CONLESTE
• Taxa de detecção de hanseníase nos municípios do CONLESTE
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ODM6 | Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças
Incidência de tuberculose
100,00
90,00
80,00
Taxa por 100 mil habitantes
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2000_2002 2003_2005 2006
Itaboraí 62,55 77,19 76,93
CONLESTE 80,93 71,73 62,75
Estado Rio de Janeiro 95,89 85,14 95,35
Fonte: SINAN/IBGE
19
ODM7
GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
META 9 Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas e reverter a perda de
recursos naturais.
Indicadores:
• Proporção de áreas cobertas por florestas por município do CONLESTE
• Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação
META 10A Reduzir em 20% até 2012, os domicílios sem acesso às redes gerais de água e de esgoto e à coleta de
resíduos sólidos.
Indicadores:
• Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos com acesso à rede de água e à rede
geral de esgoto nos municípios do CONLESTE
• Percentual da área urbana com acesso à coleta de resíduos sólidos nos municípios do CONLESTE
META 11A Até 2012, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 10% dos habitantes de
assentamentos precários que moram nos municípios do CONLESTE.
Indicadores:
• Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana por município
do CONLESTE
• Percentual de domicílios em assentamentos precários, em relação ao total de domicílios urbanos,
por município do CONLESTE
• Percentual de assentamentos precários regularizados, em relação ao total de assentamentos precá-
rios, por município do CONLESTE
• Percentual de assentamentos precários urbanizados (água potável, esgotamento sanitário adequa-
do, coleta de lixo doméstico e vias calçadas), em relação ao total de assentamentos precários, por
município do CONLESTE
• Percentual de moradias regulares produzidas por meio de programas oficiais para famílias com
renda até seis salários mínimos em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, por
município do CONLESTE
20
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
A maior parte do CONLESTE en- tam uma área remanescente represen- O município de Itaboraí não possuía
contra-se localizada dentro da Região tativa, ocupando 39,3% do CONLESTE. unidades de conservação de proteção
Ecológica da Floresta Ombrófila Densa Com relação à meta que trata do integral no ano de 2000. O índice de
(Floresta Tropical Pluvial), parte do do- acesso às redes de água e esgoto, será área protegida do município obteve um
mínio do Bioma Mata Atlântica, que central o conceito de saneamento am- acréscimo no período entre 2000 e 2006
ainda se desdobra em ambientes de biental, entendido aqui como o acom- graças à criação da Estação Ecológica da
manguezais e restingas. panhamento das áreas ambientais e Guanabara. Itaboraí passou a ter 2,0%
Com base em dados do ano 2000, também do conjunto das ações que de sua área protegida por unidade de
as áreas urbanas ocupam um percen- envolvem abastecimento de água, es- conservação de proteção integral.
tual representativo da área total do goto sanitário e coleta de resíduos só- Com relação ao percentual de do-
CONLESTE (5,39%), concentrando-se lidos. O saneamento ambiental emerge micílios particulares permanentes urba-
em núcleos que acompanham quase como um dos pontos mais vulneráveis nos com acesso às redes gerais de água
de forma contínua os eixos rodoviários, da chamada crise urbana. Neste senti- e esgoto no município de Itaboraí, no
com destaque para o aglomerado São do, trata-se de um tema que demanda período de 2000 a 20062, o município
Gonçalo – Itaboraí. Mesmo com altera- a urgente correção dos rumos adotados apresentou um crescimento do núme-
ções associadas às atividades urbana e até o momento em parte significativa ro de domicílios particulares perma-
agrícola, as fisionomias ainda apresen- dos municípios brasileiros. nentes urbanos de 48,81%, enquan-
Fonte: IBAMA/IEF - RJ
2 Para o ano 2000, o IBGE (Censo Demográfico 2000) se constituiu na principal fonte dos dados sobre saneamento ambiental e número de domicílios permanentes urbanos.
Já para construção do perfil relativo ao ano 2006 não existem dados do IBGE para os municípios, portanto, as concessionárias responsáveis pelas redes de abastecimento de
água e de coleta de esgoto constituíram-se nas principais fontes de dados. Diferente do Censo Demográfico que não distingue os meios formais e informais de abasteci-
mento de água e esgotamento sanitário, as concessionárias contabilizam apenas as ligações formais. Isso poderia explicar a redução, ou mesmo inexistência de domicílios
com acesso à rede de água e/ou esgoto no período analisado. Para a obtenção do número de domicílios permanentes urbanos, a concessionária AMPLA, responsável pelo
abastecimento de energia elétrica de todos os municípios incluídos no CONLESTE, foi a principal fornecedora de dados, reconhecida pela abrangência de seu serviço e por
possuir um banco de dados atualizado semestralmente.
21
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
gendo, em 2006, apenas 18,36% dos Esgoto 2000 57,9 30,77 28,86
Esgoto 2006 63,31 19,72 0,08
domicílios, enquanto a média do Estado
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000, Concessionárias e Prefeituras 2006. Ela-
era muito superior (98,80%). Quanto boração: Equipe de Urbanismo / UFF, 2008
ao serviço de esgoto, de acordo com
informações da CEDAE, apenas 63 dos ano de 2000, um total de 5.539 uni- sentamentos correspondia a 1,99% da
75.110 domicílios urbanos possuíam dades habitacionais distribuídas nos 23 área urbanizada. Com relação a ações
acesso ao serviço em 2006, ou seja, assentamentos urbanos precários exis- relativas à política habitacional, não hou-
0,08% dos domicílios. tentes, o que representava 10,04% do ve produção de novas moradias, nem in-
No que se refere a assentamentos total de 50.471 domicílios permanentes tervenção referente à urbanização e/ou
precários, o município apresentava, no urbanos. A área ocupada por esses as- regularização fundiária neste ano.
META 12A Viabilização de crescimento continuado da região acima do crescimento do Estado e do país.
Indicadores:
• Evolução do PIB a preços constantes
• Valor adicionado (proxy do PIB) dos setores agropecuário, industrial e de serviços a preços
constantes
• Participação do valor adicionado (proxy do PIB) do setor agropecuário, industrial e de serviços
• PIB per capita a preços constantes
META 13 A Atração de mão-de-obra qualificada para a região.
Indicador:
• Evolução do perfil de trabalhadores desligados e contratados na região em termos de setor de ocu-
pação, grau de qualificação e faixa de remuneração
23
META 18 A Adequação do suprimento de energia ao crescimento da região do CONLESTE.
Indicador:
• Consumo residencial per capita da energia elétrica
24
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
3 Este indicador foi avaliado por meio do índice de Herfindhal a 2 dígitos, indicando o nível de desagregação de setores econômicos utilizado. Este índice foi calculado para
os diversos municípios e para o conjunto da região considerando informações relativas à distribuição do emprego por diferentes setores de atividade (nível de desagregação
setorial a dois dígitos da classificação CNAE). Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a concentração produtiva. Isto é, menor o número de empresas em determinada
atividade econômica, com correspondente menor grau de concorrência nestes setores econômicos.
27
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
1450 5,75%
1400 5,70%
1350 5,65%
1300 5,60%
1250 5,55%
1200 5,50%
1150 5,45%
2000 2002 2004 2006
10000 6,45%
6,40%
8000
6,35%
6000
6,30%
4000
6,25%
2000 6,20%
0 6,15%
2000 2002 2004 2006
metal-mecânico (278,9%) e na cadeia Consumo residencial per capita de energia elétrica (kWh)
químico-petroquímico (142,8%).
600
No que se refere ao fortalecimento
do empreendedorismo, o número de 500
Pequenas e Média Empresas (PMEs) no
400
município de Itaboraí passou de 1.263
no ano 2000 para 1.472 em 2006, cor- 300
respondendo a um aumento de 16,5%,
a quinta menor variação dentre os muni- 200
cípios do CONLESTE. Como reflexo desse 100
crescimento, a participação do município
no total de PMEs do CONLESTE elevou- 0
se de 5,58% para 5,74%. 2003 2004 2005 2006
Em termos do total de empregos ge-
Itaboraí CONLESTE
rados pelas PMEs no município, verifica-
se um crescimento da ordem de 27,3% Fonte: AMPLA
28
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
29
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
Com relação à taxa de mortalidade Taxa de mortalidade geral padronizada por 1.000 habitantes
geral, o município de Itaboraí, no perí-
odo de 2000 a 2002, apresentou taxa 9,00
25,00
30
31
Realização
Parceiros
Apoio
Município de Maricá