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Desenvolvimento do
Milênio
São Gonçalo
linha-base 2000 / 2006
Relatório de Acompanhamento
1
Expediente e Créditos
Agradecimentos
Os responsáveis pelo Projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela colaboração gentil na elaboração deste
boletim: IBGE; Fundação CIDE; DATASUS; IPEA; INEP; UNISYS/DATAMEC; AMPLA; Águas de Niterói; CEDAE; AMAE; SAAE - CA.
Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição nesse projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Prof. Roberto de Souza Salles; à diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITATROLAC), Dra.
Cecília Martínez Leal; a Francesca Piló (ONU-HABITAT); ao diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento
do Leste Fluminense (CONLESTE), Dr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; a Abdo Gavinho (Petrobras); a Ivan Dantas Mesquita
Martins (Engenharia /IEABAST/IEPQF - Petrobras); ao Dr. Ricardo Friede (UNISYS/DATAMEC), ao Prof. César Von Dollinger,
Fundação Euclides da Cunha (FEC), às equipes das prefeituras e à população dos municípios do CONLESTE (Cachoeiras de
Macacu, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Guapimirim, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá).
2
Prefácio
3
Nota sobre o projeto gráfico
Os coletivos humanos tendem a se organizar em torno
de necessidades pontuais e efêmeras, o que torna o fenôme-
no urbano algo múltiplo, complexo e polifônico. O projeto
gráfico elaborado procura reproduzir essa multiplicidade, que
é a vida fervilhante dos coletivos, nas pinceladas irregulares
e cheias de textura. Enquanto isso, aponta, nos quadrados
transparentes e coloridos, para a disciplina do estudo presen-
te, que procura, por meio de objetivos e indicadores, desco-
brir e ordenar padrões que norteiem o crescimento sustentá-
vel dos municípios estudados.
4
Sumário
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................06
5
INTRODUÇÃO
6
ODM1
ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME
Meta 1A Reduzir a um quarto entre 2000 e 2012 a proporção da população com renda inferior a meio salário
mínimo mensal.
Indicadores:
• Participação dos 20% mais pobres da população na renda dos municípios
• Distribuição das pessoas abaixo da linha da pobreza
7
ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome
25
20
15
10
0
2000 2002 2004 2006
8
ODM2
UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A
COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO
TÉCNICA PROFISSIONAL
META 3A Garantir que, até 2012, as crianças de todos os municípios do CONLESTE, independentemente de cor/
raça, concluam o Ensino Fundamental.
Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 7 a 14 anos, por grupos de idade e nível de ensino
• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 7 a 14 anos de idade
• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Fundamental
• Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental
• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental
• Taxa de masculinidade na conclusão do Ensino Fundamental
META 3B Garantir a ampliação da cobertura no Ensino Médio.
Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 15 a 17 anos, por grupos de idade e nível de
ensino
• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 15 a 17 anos de idade
• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Médio
• Taxa de distorção idade / série no Ensino Médio
• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Médio
• Taxa de masculinidade na conclusão do Ensino Médio
META 3C Garantir a ampliação da cobertura na educação técnica profissional.
Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas por grupos de idade nos cursos de educação técnica
profissional em nível médio, segundo o sexo
• Taxa de distorção idade / conclusão dos alunos dos cursos de educação técnica profissional em nível
médio
• Taxa de permanência dos alunos do Centro de Integração do COMPERJ por curso, município e nível
de escolaridade
9
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
O acesso ao ensino fundamental problemas existentes na escola. A fim e mulheres ao ensino fundamental não
na região do CONLESTE é hoje prati- de garantir a meta de universalização apresenta discrepâncias, embora esta
camente universalizado. Contudo, a do ensino fundamental e ampliação do mesma taxa mostre grande distorção
retenção e a evasão escolar têm invia- ensino médio, é necessário implemen- entre os sexos quanto à conclusão des-
bilizado que muitos percorram o fluxo tar políticas efetivas tanto de acesso te nível de ensino. Para dar conta das
escolar de maneira adequada. Assim, os quanto de permanência na escola nes- metas deste ODM, serão necessárias
indicadores referentes à defasagem1 em tas duas etapas do ensino. políticas específicas para a manutenção
termos de idade e sexo para diferentes Com relação à taxa de masculinida- dos alunos do sexo masculino no inte-
rior da escola. Da mesma forma que o
Distorção idade/conclusão no Ensino Fundamental observado no ensino fundamental, a
região precisará de grande esforço para
melhorar o fluxo educacional no ensino
médio, buscando equacionar o proble-
45,00% ma das reprovações, primeira causa de
40,00% retenção.
Há de se atentar que o potencial
35,00%
aumento da demanda ocasionado pela
30,00% implantação do COMPERJ pode, se não
25,00% for desde já equacionado pelo Poder
Público, trazer sérias consequências para
20,00%
as redes de ensino médio, pela carência
15,00%
de professores e prédios escolares.
10,00% Os indicadores “a” e “b” referen-
5,00% tes à educação técnica-profissional
ainda estão sendo trabalhados e rece-
0,00%
2000-2002 2003-2005 bendo outro tratamento, em função
São Gonçalo 38,88% 38,63% da inexistência de um banco de dados
CONLESTE 44,82% 38,63% oficial sobre tais questões. Quanto ao
Rio de Janeiro 36,89% 32,15%
indicador “c”, referente aos cursos de
capacitação do Centro de Integração
Fonte: INEP
do COMPERJ, este começa a ser moni-
torado a partir do primeiro semestre de
2008, e, portanto, ainda não faz parte
etapas do ensino refletem os principais de, observa-se que o acesso de homens desta análise.
Ao se analisar ano a ano as taxas
Distorção idade/conclusão no Ensino Médio de distorção no ensino fundamental em
São Gonçalo, observa-se que as taxas
60,00%
apresentam, num primeiro momento,
50,00% uma queda das mais significativas entre
40,00%
todos os municípios, mas, paradoxal-
mente, não consegue manter tal movi-
30,00%
mento, e volta a apresentar alta expres-
20,00% siva, vindo a perder muito do progresso
inicialmente conquistado. O gráfico re-
10,00%
flete tais fatos, mostrando uma estabili-
0,00% dade entre a média das taxas dos anos
2000-2002 2003-2005
2000 - 2002 e 2003 - 2005. Nesse úl-
São Gonçalo 52,25% 49,87%
timo período, em função do acréscimo
CONLESTE 57,07% 59,90%
Estado Rio de Janeiro 51,40% 50,20%
dessa taxa nos outros municípios, São
Gonçalo apresenta taxa idêntica à do
Fonte: INEP CONLESTE, permanecendo, entretanto,
1 Ao analisar ano a ano as taxas de distorção do município de São Gonçalo, veremos que essa análise apresenta, num primeiro momento, uma queda das mais significativas
ente todos os municípios estudados, mas contraditoriamente não consegue manter tal empreitada e volta a apresentar expressiva alta, vindo a perder muito do progresso
inicialmente conquistado. O gráfico reflete tais fatos, mostrando uma estabilidade entre a média das taxas dos anos 2000-2002 e 2003-2005. Nesse último período, em
função do decréscimo dessa taxa nos outros municípios da região, São Gonçalo apresenta taxa identifica a do CONLESTE, permanecendo, entretanto, em patamar superior à
média estadual.
10
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
em patamar superior à média estadual. São Gonçalo, a partir do segundo triê- alarmantes, a taxa municipal de mascu-
As taxas de distorção idade / con- nio pesquisado, são menores que as do linidade entre os concluintes está menor
clusão apresentadas no gráfico do en- Estado do Rio de Janeiro e bem menores que a do CONLESTE, embora maior que
sino médio são muito altas. Mesmo que as do CONLESTE, embora todas as a taxa do Estado do Rio de Janeiro. Vale
havendo um pequeno decréscimo da taxas estejam em um patamar reduzi- notar, como fator preocupante, que o
taxa média municipal entre o primeiro e do, mostrando não haver discrepâncias município de São Gonçalo apresenta,
o segundo triênio pesquisados, em São de gênero no conjunto dos alunos ma- no segundo triênio, se comparado com
Gonçalo, cerca de metade dos alunos triculados no Ensino Fundamental. o primeiro, uma taxa de masculinidade
que concluem o Ensino Médio o fazem Já as taxas negativas observadas ainda mais negativa.
com idade superior à vista como ade- na conclusão do ensino fundamental,
quada. A taxa municipal é semelhante representam a supremacia dos con-
à do Estado do Rio de Janeiro e inferior cluintes do sexo feminino sobre os con-
à média do CONLESTE. cluintes do sexo masculino. Tal fato é
Quanto à taxa de masculinidade nas justo o oposto do encontrado entre os
matrículas do ensino fundamental, as alunos matriculados nesse nível de en-
taxas positivas demonstram a existên- sino, onde a supremacia é masculina.
cia de um número maior de alunos do Isso demonstra que os alunos, mais do
sexo masculino matriculados no Ensino que as alunas, vêm sofrendo com a re-
Fundamental do que alunos do sexo fe- tenção e, possivelmente, com a evasão.
minino. As taxas de masculinidade de Entretanto, embora estes dados sejam
0,0500
0,0400
0,0300
0,0200
0,0100
-
2000-2002 2003-2005 2006
São Gonçalo 0,0450 0,0378 0,0365
CONLESTE 0,0513 0,0499 0,0525
Estado Rio de Janeiro 0,0413 0,0436 0,0451
Fonte: INEP
(,0500000)
(,100000)
(,1500000)
(,200000)
(,2500000)
(,300000)
(,3500000)
2000- 2002 2003 - 2005
São Gonçalo (,1828407) (,2550926)
CONLESTE (,2950975) (,3055501)
Rio de Janeiro (,1673922) (,1979690)
Fonte: INEP
11
ODM3
PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS
E A AUTONOMIA DAS MULHERES
Meta 4B Reduzir pela metade a defasagem salarial entre gêneros até 2012.
Indicadores:
• Participação feminina no mercado formal de trabalho e no perfil de trabalhadores admitidos e
desligados nos municípios do CONLESTE
• Diferencial de remuneração por gênero e grau de instrução para diferentes setores de atividade
12
ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres
Este ODM trata da igualdade entre do CONLESTE, São Gonçalo ocupava observado para o CONLESTE (82,1%),
os sexos que, apesar de assegurada na a última posição em termos da partici- para o Estado do Rio de Janeiro (82,7%)
constituição brasileira, ainda não é uma pação feminina. Entre 2000-2006, esta e para o Brasil (82,4%). No conjunto do
realidade na prática, considerando-se participação se reduziu em 8,3% pon- CONLESTE, aquele município ocupava
as grandes disparidades existentes em tos percentuais naquele município, o a décima posição em termos do dife-
diversas áreas da sociedade. resultado o mais desfavorável dentre os rencial de participação feminina. Entre
No escopo deste Objetivo, os indi- municípios do CONLESTE. Este desem- 2000-2006, o diferencial de remunera-
cadores propostos visam acompanhar penho acompanha a evolução geral do ção feminina se reduziu em 2 pontos
a participação feminina no mercado de CONLESTE (no qual se observa uma re- percentuais naquele município, a quinta
trabalho da região para o período de dução de 1,2 ponto percentual na par- maior redução dentre os municípios do
2000 a 2006, bem como a diferença de ticipação feminina), mas contrasta com CONLESTE. Em termos comparativos, a
remuneração entre homens e mulheres, o aumento da participação feminina no evolução do diferencial observado no
no contexto de monitorar a evolução da total do Estado do Rio de Janeiro (de município contrasta com o observado
meta de igualdade entre os gêneros. 1,1 ponto) e no total do Brasil (de 1,6 para o CONLESTE, no qual observa-se
O percentual de mulheres no mer- ponto). um aumento de 1,8 ponto percentual
cado de trabalho formal no município O diferencial de remuneração femi- naquele diferencial, mas acompanha
de São Gonçalo, em 2006 (31,6%), era nina diz respeito à diferença entre a re- o observado para o Estado do Rio de
inferior ao observado para o CONLESTE muneração de mulheres e homens para Janeiro, que registrou uma queda de
(35,7%), e inferior ao observado no o mesmo posto de trabalho. Em São 0,1 ponto percentual no diferencial, e
Estado do Rio de Janeiro (39,7%) e no Gonçalo, observa-se que, em 2006, o para o Brasil, cuja queda foi de 2 pontos
Brasil (40,7%). Dentre os municípios valor do mesmo (72,9%), era inferior ao percentuais no diferencial.
35,00%
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
2000 2002 2004 2006
80,0%
75,0%
70,0%
65,0%
60,0%
55,0%
50,0%
2000 2002 2004 2006
META 5A Reduzir em dois terços entre 2000 e 2012 a mortalidade de crianças menores de 5 anos, nos municí-
pios do CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de mortalidade em menores de 5 anos e mortalidade proporcional entre menores de 5 anos,
segundo grupos de causas
• Taxa de mortalidade infantil e mortalidade proporcional segundo grupos de causas e grupos de
idade (0 a 6 dias, 7 a 27 dias, 28 a 364 dias)
• Proporção de internações por doenças respiratórias em menores de 5 anos nos municípios do
CONLESTE
14
ODM4 | Reduzir a mortalidade na infância
20,00
18,00
Taxa por 1000 nascidos vivos
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
2000 - 2002 2003 - 2005 2006
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS
15
ODM5
MELHORAR A SAÚDE MATERNA
META 6A Reduzir em três quartos entre 2000 e 2012 a taxa de mortalidade materna, nos municípios do
CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de mortalidade materna e proporção de óbitos maternos segundo grupo de causas nos muni-
cípios do CONLESTE
• Proporção de tipos de partos (vaginal ou cesárea) assistidos por profissionais de saúde nos municí-
pios do CONLESTE
16
ODM5 | Melhorar a saúde materna
A mortalidade materna pode ser Entre 2003 a 2005 houve uma redução
considerada um excelente indicador de na taxa municipal, permanecendo abai-
saúde, não só da mulher, mas da popu- xo da taxa do Estado e da região. Em
lação em geral, refletindo importantes 2006, ocorreu outro decréscimo na taxa
desigualdades sociais em saúde. do município, mantendo o padrão de
Esta taxa reflete a qualidade da taxa abaixo do Estado e do CONLESTE.
assistência à saúde da mulher. Taxas Nos períodos analisados, o município
elevadas estão associadas à baixa quali- apresentou uma tendência descenden-
dade na prestação de serviços de saúde te da taxa de mortalidade materna, o
durante os períodos de gravidez e após que nos leva a refletir sobre as possíveis
o parto (puerpério), contribuindo na questões que poderiam estar influen-
avaliação dos níveis de saúde e de de- ciando direta e indiretamente a redução
senvolvimento socioeconômico. das notificações neste município.
No período de 2000 a 2002, o mu-
nicípio de São Gonçalo apresentou taxa
de mortalidade materna inferior à taxa
do Estado e da região do CONLESTE.
Mortalidade materna
90,00
80,00
70,00
Taxa por 100 mil nascidos vivos
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2000 - 2002 2003 - 2005 2006
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS
17
ODM6
COMBATER O HIV/AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS
18
ODM6 | Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças
Incidência de tuberculose
100,00
90,00
80,00
Taxa por 100 mil habitantes
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2000_2002 2003_2005 2006
Fonte: SINAN/IBGE
19
ODM7
GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
META 9 Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas e reverter a perda de
recursos naturais.
Indicadores:
• Proporção de áreas cobertas por florestas por município do CONLESTE
• Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação
META 10A Reduzir em 20% até 2012, os domicílios sem acesso às redes gerais de água e de esgoto e à coleta de
resíduos sólidos.
Indicadores:
• Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos com acesso à rede de água e à rede
geral de esgoto nos municípios do CONLESTE
• Percentual da área urbana com acesso à coleta de resíduos sólidos nos municípios do CONLESTE
META 11A Até 2012, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 10% dos habitantes de
assentamentos precários que moram nos municípios do CONLESTE.
Indicadores:
• Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana por município
do CONLESTE
• Percentual de domicílios em assentamentos precários, em relação ao total de domicílios urbanos,
por município do CONLESTE
• Percentual de assentamentos precários regularizados, em relação ao total de assentamentos precá-
rios, por município do CONLESTE
• Percentual de assentamentos precários urbanizados (água potável, esgotamento sanitário adequa-
do, coleta de lixo doméstico e vias calçadas), em relação ao total de assentamentos precários, por
município do CONLESTE
• Percentual de moradias regulares produzidas por meio de programas oficiais para famílias com
renda até seis salários mínimos em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, por
município do CONLESTE
20
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
A maior parte do CONLESTE en- tam uma área remanescente represen- São Gonçalo não possuía unidades
contra-se localizada dentro da Região tativa, ocupando 39,3% do CONLESTE. de conservação de proteção integral no
Ecológica da Floresta Ombrófila Densa Com relação à meta que trata ano de 2000. O município apresentou
(Floresta Tropical Pluvial), parte do do- do acesso às redes de água e esgoto, um acréscimo mínimo (0,2%), corres-
mínio do Bioma Mata Atlântica, que será Fcentral o conceito de saneamen- pondendo a uma pequena ilha na foz
ainda se desdobra em ambientes de to ambiental, entendido aqui como o do rio Guaxindiba, parte integrante da
manguezais e restingas. acompanhamento das áreas ambien- Estação Ecológica da Guanabara.
Com base em dados do ano 2000, tais e também do conjunto das ações Quanto ao percentual de domicílios
as áreas urbanas ocupam um percen- que envolvem abastecimento de água, particulares permanentes urbanos com
tual representativo da área total do esgoto sanitário e coleta de resíduos só- acesso às redes gerais de água e esgoto
CONLESTE (5,39%), concentrando-se lidos. O saneamento ambiental emerge no período de 2000 a 20062, o muni-
em núcleos que acompanham quase como um dos pontos mais vulneráveis cípio de São Gonçalo apresentou um
de forma contínua os eixos rodoviários, da chamada crise urbana. Neste senti- crescimento de 32,26% em termos do
com destaque para o aglomerado São do, trata-se de um tema que demanda número de domicílios particulares per-
Gonçalo – Itaboraí. Mesmo com altera- a urgente correção dos rumos adotados manentes urbanos, enquanto o Estado
ções associadas às atividades urbana e até o momento em parte significativa do Rio de Janeiro cresceu 15,40%. No
agrícola, as fisionomias ainda apresen- dos municípios brasileiros. entanto, como se percebe em quase
Fonte: IBAMA/IEF-RJ
2 Para o ano 2000, o IBGE (Censo Demográfico 2000) se constituiu na principal fonte dos dados sobre saneamento ambiental e número de domicílios permanentes urbanos.
Já para construção do perfil relativo ao ano 2006 não existem dados do IBGE para os municípios, portanto, as concessionárias responsáveis pelas redes de abastecimento de
água e de coleta de esgoto constituíram-se nas principais fontes de dados. Diferente do Censo Demográfico que não distingue os meios formais e informais de abasteci-
mento de água e esgotamento sanitário, as concessionárias contabilizam apenas as ligações formais. Isso poderia explicar a redução, ou mesmo inexistência de domicílios
com acesso à rede de água e/ou esgoto no período analisado. Para a obtenção do número de domicílios permanentes urbanos, a concessionária AMPLA, responsável pelo
abastecimento de energia elétrica de todos os municípios incluídos no CONLESTE, foi a principal fornecedora de dados, reconhecida pela abrangência de seu serviço e possuir
banco de dados atualizado semestralmente.
21
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
urbana.
100
No ano de 2006, no que se refere
80
ao abastecimento de água, o município
apresentava, segundo a CEDAE, apenas 60
dos 347.482 domicílios particulares per- Esgoto 2000 57,9 30,77 40,29
Esgoto 2006 63,31 19,72 1,34
manentes urbanos possuíam acesso ao
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000, Concessionárias e Prefeituras 2006. Ela-
serviço, em 2006, ou seja, 1,34% dos boração Equipe de Urbanismo / UFF, 2008.
domicílios.
Com relação a assentamentos pre-
cários, o município apresentava, no ano 1,10% da área urbanizada. Com relação
de 2000, um total de 13.940 unidades a ações voltadas para a melhoria das
habitacionais distribuídas em 43 assen- condições de moradia da população po-
tamentos urbanos precários existentes, bre, não houve produção de novas mo-
o que representava 4,97% dos 262.710 radias, nem intervenções em termos de
domicílios. A área ocupada pelos as- urbanização e/ou regularização fundiária
sentamentos precários correspondia a de assentamentos naquele ano.
22
ODM9
ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL,
COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DO
CONLESTE
META 12A Viabilização de crescimento continuado da região acima do crescimento do Estado e do país.
Indicadores:
• Evolução do PIB a preços constantes
• Valor adicionado (proxy do PIB) dos setores agropecuário, industrial e de serviços a preços
constantes
• Participação do valor adicionado (proxy do PIB) do setor agropecuário, industrial e de serviços
• PIB per capita a preços constantes
23
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
24
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
indicadores de violência na região e, por São Gonçalo CONLESTE Estado Rio de Janeiro Brasil
fim, um panorama das condições fiscais Fonte: IBGE
dos municípios.
O PIB no município de São Gonçalo
se eleva de R$ 6,7 bilhões em 2000
para R$ 6,9 bilhões em 2006, equiva-
lendo a um crescimento real de 2,6%, Saldo líquido de admissões menos desligamentos
o segundo pior desempenho dentre os 6000
municípios do CONLESTE. A participa-
ção do município no PIB do CONLESTE 5000
34,500%
6.800.000
34,000%
6.700.000
33,500%
6.600.000 33,000%
32,500%
6.500.000
32,000%
6.400.000 31,500%
2000 2002 2004 2006
Fonte: IBGE
25
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
90.000 29,00%
80.000 28,50%
28,00%
70.000
27,50%
60.000
27,00%
50.000
26,50%
40.000
26,00%
30.000
25,50%
20.000 25,00%
10.000 24,50%
0 24,00%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Valor % no CONLESTE
Fonte: RAIS/MTE
to de participação em 2005 e 2006, São Gonçalo CONLESTE Estado Rio de Janeiro Brasil
respectivamente. O município de São
Gonçalo saiu de uma participação no Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da RAIS/MTE
total do emprego formal do CONLESTE
de 28,8% em 2000, para uma partici-
pação de 26,9% em 2006. cimento da remuneração na região do CONLESTE em termos do nível de di-
Quanto à taxa de desemprego esti- CONLESTE (76,7%), no Estado do Rio versificação da estrutura produtiva. Em
mada, esta atingia 12,8% em 2006, a de Janeiro (65,5%) e no Brasil (60,1%). termos comparativos, o valor do índice
quarta maior dentre os municípios do Este crescimento não reduziu significa- de concentração de Herfindhal para
CONLESTE. Esta taxa era superior à mé- tivamente o “gap” relativo ao nível de o conjunto de atividades econômicas
dia da região do CONLESTE (12,1%) e remuneração do emprego formal no observado no município (0,100) era su-
do Estado do Rio de Janeiro (11,8%). município, que ainda era, em 2006, perior à média do CONLESTE (0,086),
Ao longo do período 2000-2006, a expressivamente inferior à média do do Estado (0,086) e do País (0,084).
taxa de desemprego no município de CONLESTE (R$ 948,00), do Estado (R$ Entre 2000-2006, este índice aumen-
São Gonçalo reduziu-se em 5,8 pon- 1.330,00) e do Brasil (R$ 1.170,00). tou 11,7% no município, evidenciando
tos percentuais, segundo a estimativa O indicador relativo à dinamização uma concentração da estrutura produ-
realizada. do padrão de especialização produti- tiva, enquanto o mesmo índice cresceu
Quanto ao nível de remuneração va3 trata do grau de concentração das para o CONLESTE (em 6,8%), o Estado
média mensal da mão de obra formal atividades produtivas em São Gonçalo, (3,0%) e o Brasil (0,6%).
empregada, observa-se que a mesma comparativamente ao conjunto da re- Com relação à evolução de cadeias
evolui de R$ 490,00 em 2000 para R$ gião do CONLESTE, ao Estado e ao País. produtivas no município considerando
773,00 em 2006, correspondendo a um Em 2006, o município posicionava-se as quatro cadeias produtivas seleciona-
crescimento de 57,8%; inferior ao cres- na 3a posição entre os municípios do das para investigação - Agroindustrial;
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%
Fonte: RAIS/MTE
3 Este indicador foi avaliado por meio do índice de Herfindhal a 2 dígitos, indicando o nível de desagregação de setores econômicos utilizado. Este índice foi calculado para
os diversos municípios e para o conjunto da região considerando informações relativas à distribuição do emprego por diferentes setores de atividade (nível de desagregação
setorial a dois dígitos da classificação CNAE). Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a concentração produtiva. Isto é, menor o número de empresas em determinada
atividade econômica, com correspondente menor grau de concorrência nestes setores econômicos.
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
foram, durante todo o período anali- São Gonçalo CONLESTE Estado Rio de Janeiro
sado, superiores às taxas da região do
CONLESTE. Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e do
TCE-RJ
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
Entre 2000 e 2002, o município de Taxa de mortalidade geral por 1.000 habitantes
São Gonçalo registrou taxa de morta- 8,00
25,00
a taxa municipal apresentou uma ligeira
queda, quando comparada ao período 20,00
60,00
Taxa por 100 mil habitantes
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2000_2002 2003_2005 2006
30
31
Realização
Parceiros
Apoio
Município de Maricá
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