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Objetivos de

Desenvolvimento do
Milênio
Itaboraí
ano de 2007
Relatório de Acompanhamento

1
Expediente e Créditos

Idealização Pesquisa, análises e Instituto de Saúde da Comunidade


Programa das Nações Unidas para documentação Edna Massae Yokoo, Hélia Kawa,
os Assentamentos Humanos ONU- Universidade Federal Fluminense Luciana Tricai Cavallini, Ana Paula
HABITAT / ROLAC e Petrobras: Costa Resendes, Andreia Sobral de
Faculdade de Economia
Almeida
Cecília Martinez Leal Jorge Britto, Carlos Guanziroli, Alberto
Diretora do Escritório Regional Di Sabbato, Ruth Dweck, Cláudio Núcleo de Estudos e Projetos
para América Latina e o Caribe do Considera, Leonardo Mulls, Luciano Habitacionais e Urbanos
Programa das Nações Unidas para Losenkan, Daniel Ribeiro de Oliveira, Regina Bienenstein, Fernanda Sánchez,
os Assentamentos Humanos ONU- Gustavo Abrahão Flores, Felipe Cássio de Almeida Freitas, Daniela
HABITAT / ROLAC Pinheiro, Patrícia Antunes Ferreira Vieira do Amaral Correia, Epitácio
Pandia Dias Reis, Carolina da Costa
Paulo Roberto Costa Faculdade de Educação
Leal, Daiane Santos Silva Viana, Luiz
Diretor de Abastecimento da Petrobras Jorge Nassim Vieira Najjar, Sueli
Eduardo Souza de Lima, Núbia Vitória
Camargo Ferreira, Crisostómo Lima do
Marquez Maruad Fe da Cruz
Coordenação geral e Nascimento, Alexandre Mendes Najjar,
supervisão Gelcinete Lopes da Silva, Matheus
Gerência financeira
Escritório Regional para América Ribeiro Motta de Almeida, Valéria da
Fundação Euclides da Cunha (FEC)
Latina e o Caribe do Programa das Silva Coelho
Nações Unidas para os Assentamentos
Instituto de Arte e Comunicação Projeto gráfico
Humanos, ONU-HABITAT/ROLAC
Social Instituto de Arte e Comunicação Social
Erik Vittrup Christensen, Oscar João Batista de Abreu Junior, Luiz – IACS/UFF, Laboratório de Livre Criação
Fernando Marmolejo Roldan, Fernanda Edmundo de Castro, Dante Gastaldoni, Joana Lima, Marina Boechat e
Porto Aranha, Rayne Michelli Ferretti e Wilson Soares de Magalhães, Denis Rosa Benevento
Daniele Kowalski. Augusto Bueno de Camargo, Emily
Luizetto de Carvalho, Erika Dallier, Revisão
Financiamento e Heverton Souza Lima, Leonardo Fernanda Porto Aranha
participação no Comitê de Nascimento, Luiz Guilherme Dias
Coordenação Fernandes, Maria Luiza de Castro Impressão
Petrobras, por meio do Centro Muniz Gráfica Minister
de Informações do Complexo
Instituto de Geociências
Petroquímico do Rio de Janeiro
Guilherme Borges Fernandez, Raúl
- COMPERJ
Sánchez Vicens, Reiner Olíbano Rosas,
Abdo Gavinho, Paula Anasthácia Eduardo Manoel Rosa Bulhões, Felipe
de Amorim Santos, Marcelo Honor Mendes Cronenberg, Thais Baptista da
dos Santos, Carlos Renato Lemos Rocha, Natalie Chagas Slovinski, Felipe
Rodrigues, Isabela Lemos da Costa e Pires do Rio Mazur, Thais Dornellas
Pedro Carlos Lemos da Costa.

Agradecimentos
Os responsáveis pelo Projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela colaboração gentil na elaboração deste
boletim: IBGE; Fundação CIDE; DATASUS; IPEA; INEP; UNISYS/DATAMEC; AMPLA; Águas de Niterói; CEDAE; AMAE; SAAE - CA.
Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição nesse projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Prof. Roberto de Souza Salles; à diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITATROLAC), Dra.
Cecília Martínez Leal; a Francesca Piló (ONU-HABITAT); ao diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento
do Leste Fluminense (CONLESTE), Dr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; a Abdo Gavinho (Petrobras); a Ivan Dantas Mesquita
Martins (Engenharia /IEABAST/IEPQF - Petrobras); ao Dr. Ricardo Friede (UNISYS/DATAMEC), ao Prof. César Von Dollinger,
Fundação Euclides da Cunha (FEC), às equipes das prefeituras e à população dos municípios do CONLESTE (Cachoeiras de
Macacu, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Guapimirim, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá).
Prefácio

O COMPERJ E O CONLESTE – de responsabilidade social empresarial. cursos de capacitação em geoprocessa-


Desafios para a região Seguindo esses princípios, a mento para os gestores dos onze muni-
A iniciativa da Petrobras de re- Petrobras cria o Centro de Informações cípios. Além disso, será implementado
alizar investimentos da ordem de do COMPERJ como modelo inovador na região o Prêmio de Boas Práticas de
US$ 8,4 bilhões na implantação do na gestão inclusiva do conhecimento. Desenvolvimento Sustentável, que pre-
Complexo Petroquímico do Rio de Este centro será responsável pela pro- tende identificar, promover e divulgar
Janeiro (COMPERJ), no município de dução e disseminação de informações os projetos de maior relevância para a
Itaboraí, trará mudanças significativas e de dados nas áreas ambiental, habita- melhoria das condições de vida da po-
para a atual configuração econômica, cional, social, educacional, econômica pulação desses municípios.
populacional, urbanística, habitacional, e de saúde, fornecendo insumos para Espera-se que este boletim, que
ambiental, de mobilidade urbana, orde- a formulação de políticas públicas na mapeia os indicadores do Milênio no
namento territorial, educação, saúde e região. ano de 2007, sirva de referência aos
segurança urbana em toda a região. governos e instituições do CONLESTE
Neste contexto, o Consórcio O PROJETO DE OBSERVAÇÃO para a elaboração de políticas públicas
Intermunicipal de Desenvolvimento do INTERNACIONAL DO COMPERJ socioeconômicas e ambientais, capazes
Leste Fluminense - CONLESTE - surge SOBRE OS ODMS NA REGIÃO de inserir a região em um processo de
como o instrumento de parcerias e de Em consonância com o Pacto desenvolvimento sustentável acompa-
alianças intermunicipais, para propiciar Global, a Petrobras implementa um pro- nhado da redistribuição de renda e da
soluções integradas e compartilhadas jeto pioneiro: o monitoramento dos im- erradicação da pobreza.
aos desafios comuns, a fim de potencia- pactos de sua atividade industrial sobre
lizar os aspectos positivos do COMPERJ os ODMs na região do CONLESTE. Este
e minimizar seus aspectos negativos. O projeto é realizado em parceria entre o
consórcio assume o papel de integrador Centro de Informações do COMPERJ,
e planejador de políticas que possibili- a Universidade Federal Fluminense
tem o desenvolvimento sustentável dos (UFF) e o Programa das Nações Unidas
onze municípios que o conformam. para os Assentamentos Humanos
Na região do CONLESTE, os impac- (UN-HABITAT), tendo como objetivo a
tos positivos do COMPERJ podem con- constituição de um banco de dados ge-
tribuir para o alcance dos Objetivos de oreferenciado com informações socioe-
Desenvolvimento do Milênio (ODMs), conômicas e ambientais sobre a região,
desde que sejam implementadas polí- assim como o desenvolvimento de com-
ticas públicas a partir de uma agenda petências locais e regionais.
integrada que norteie ações nos níveis Por meio de relatórios semestrais,
local e regional. o projeto acompanha os indicadores
do Milênio, observando a evolução das
A Petrobras E O PACTO cadeias produtivas instaladas na região,
GLOBAL DA ONU o fluxo escolar das redes públicas de
Em sua trajetória, ensino, indicadores de saúde materna,
a Petrobras se destaca de mortalidade infantil, de doenças de
como pioneira ao aderir maior incidência e de violência, a evo-
aos princípios do Pacto lução dos assentamentos precários, do
Global da ONU e assu- uso e ocupação do solo, das condições
mir compromissos para de saneamento ambiental e das áreas
que os Objetivos e as Metas do Milênio de preservação ambiental.
- estabelecidos por países-membros das O fortalecimento das competências
Nações Unidas - orientem sua política locais está sendo realizado por meio de
Nota sobre o projeto gráfico
Os coletivos humanos tendem a se organizar em torno
de necessidades pontuais e efêmeras, o que torna o fenôme-
no urbano algo múltiplo, complexo e polifônico. O projeto
gráfico elaborado procura reproduzir essa multiplicidade, que
é a vida fervilhante dos coletivos, nas pinceladas irregulares
e cheias de textura. Enquanto isso, aponta, nos quadrados
transparentes e coloridos, para a disciplina do estudo presen-
te, que procura, por meio de objetivos e indicadores, desco-
brir e ordenar padrões que norteiem o crescimento sustentá-
vel dos municípios estudados.

Joana Lima, Marina Boechat e Rosa Benevento


Laboratório de Livre Criação
Instituto de Arte e Comunicação Social
Sumário

INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................06

ODM 1 | ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME...............................................................................07

ODM 2 | UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A COBERTURA DA


EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL...................................................09

ODM 3 | PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIA DAS MULHERES.......................12

ODM 7 | GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL . ...........................................................................14

ODM 9 | ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, COM REDUÇÃO DE


DESIGUALDADES NA REGIÃO DO CONLESTE.................................................................................17
INTRODUÇÃO

Este boletim apresenta o mape- • Seleção de indicadores passíveis de


amento do município de Itaboraí no atualização periódica, preferencial-
ano de 2007, representando a primei- mente anuais e com série histórica
ra medição dos indicadores do Milênio disponível a partir de 1990;
a partir da linha base (2000 – 2006),
• Utilização de bases de dados e meto-
refletindo os impactos nos Objetivos
dologias consolidadas.
de Desenvolvimento do Milênio obser-
vados no primeiro ano após o anúncio A equipe do Instituto de Arte e
oficial da implantação do empreendi- Comunicação Social (IACS/UFF) do-
mento COMPERJ na região. cumentou por meio de fotografias e
Durante os meses de novembro de vídeos o processo das 65 reuniões de
2007 a março de 2008, foi realizado um trabalho, nas quais participaram os po-
processo participativo de adaptação dos deres públicos dos onze municípios que
Objetivos, dos Indicadores e das Metas conformam o consórcio, as instituições
do Milênio para a região do CONLESTE, que elaboram e sistematizam dados e
que culminou com o estabelecimento informações (IBGE, CIDE, DATASUS,
de 8 Objetivos, 23 metas e 58 indicado- INEP, UNYSIS-DATAMEC, IPEA, entre
res. Neste processo, foi acordado que o outras), as Comissões Municipais de
Objetivo 8, relacionado a: “estabelecer Emprego e Renda, algumas Câmaras de
uma parceria mundial para o desenvol- Dirigentes Lojistas (CDL), os pesquisado-
vimento” não se aplica ao escopo do res da Universidade Federal Fluminense
projeto. Um objetivo adicional, o ODM (UFF) e os especialistas do Programa das
9, foi elaborado e enunciado como se Nações Unidas para os Assentamentos
segue: “acelerar o processo de desen- Humanos UN-HABITAT.
volvimento local com redução de desi- O princípio norteador do projeto é
gualdades na região do CONLESTE”. o direito pleno à cidade, que pressupõe
O sistema composto por 58 in- a erradicação da pobreza e a melhoria
dicadores1, validados entre a equipe geral das condições de vida dos habi-
de UN-HABITAT e as seguintes equi- tantes dos municípios do CONLESTE,
pes da UFF - Faculdade de Educação, em consonância com os ODMs e com
Instituto de Saúde da Comunidade, os princípios do Pacto Global da ONU.
Instituto de Geociências, Faculdade de
Economia, Núcleo de Estudos e Projetos
Habitacionais e Urbanos (NEPHU) - com
a participação de gestores locais do
CONLESTE, foi organizado a partir dos
seguintes critérios:

• Manutenção ou aproximação máxima


dos indicadores sugeridos pela ONU;

• Seleção de indicadores diretamente


relacionados à meta (sensíveis às mu-
danças requeridas pela meta);

1 Nesse boletim, os indicadores referentes aos Objetivos do Milênio, ODM4 (Reduzir a mortalidade na infância), ODM5 (Melhorar a saúde materna) e ODM6 (Comba-
ter o HIV/AIDS, a malária e outras doenças), bem como os indicadores de mortalidade no ODM9, não são apresentados por município. Os dados relativos a esses ODMs
encontram-se no Boletim Regional 2007.

6
ODM1
ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME

Meta 1A Reduzir a um quarto entre 2000 e 2012 a proporção da população com renda inferior a meio salário
mínimo mensal.
Indicadores:
• Participação dos 20% mais pobres da população na renda dos municípios

• Distribuição das pessoas abaixo da linha da pobreza

7
ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome

Distribuição da população abaixo da linha da pobreza

(%) 40

35

30

25

20

15

10

0
Itaboraí CONLESTE Estado do Rio de Janeiro
Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados do Censo
Demográfico 2000 (IBGE) e da PNAD (IBGE).

Os impactos do COMPERJ e o Estado do Rio de Janeiro os seguintes


acompanhamento da evolução do nú- valores para definir a linha da pobre-
mero de famílias que pertencem às za: R$117,34 para a região metropoli-
faixas de renda mais baixas nos muni- tana, R$99,56 para a região urbana e
cípios do CONLESTE permitirão estabe- R$89,61 para região não-urbana (valo-
lecer indicadores de redução da pobre- res em reais do ano 2000).
za e de desigualdade de rendimentos. O município de Itaboraí apresenta-
Para calcular a renda da população e, va, em 2007, uma porcentagem maior
consequentemente, estimar a pobreza, de pobres (35,2%) em relação ao con-
utilizou-se a variável renda do Censo junto do CONLESTE (23,2%) e em rela-
Demográfico IBGE do ano 2000. Para ção ao observado para o Estado do Rio
o ano de 2007, foi feita uma extrapo- de Janeiro (18,8%). Dentre os municí-
lação com base na variação do PIB de pios do CONLESTE, Itaboraí ocupava a
cada um dos 11 municípios. décima posição em termos dos níveis de
Para análise das condições de po- pobreza, ficando atrás de Casimiro de
breza foi utilizado o critério definido Abreu, Niterói, Rio Bonito, Cachoeiras
pelo Instituto de Pesquisa Econômica de Macacu, Maricá, São Gonçalo,
Aplicada (IPEA), que estabelece para o Guapimirim, Silva Jardim e Magé.

8
ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome

ODM2
UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A
COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO
TÉCNICA PROFISSIONAL

META 3A Garantir que, até 2012, as crianças de todos os municípios do CONLESTE, independentemente de cor/
raça, concluam o Ensino Fundamental.
Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 7 a 14 anos, por grupos de idade e nível de ensino

• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 7 a 14 anos de idade

• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Fundamental

• Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental

• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental

• Taxa de masculinidade dos concluintes do Ensino Fundamental

META 3B Garantir a ampliação da cobertura no Ensino Médio.


Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 15 a 17 anos, por grupos de idade e nível de
ensino

• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 15 a 17 anos de idade

• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Médio

• Taxa de distorção idade / série no Ensino Médio

• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Médio

• Taxa de masculinidade dos concluintes do Ensino Médio

META 3C Garantir a ampliação da cobertura na educação técnica profissional.


Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas por grupos de idade nos cursos de educação técnica
profissional em nível médio, segundo o sexo

• Taxa de distorção idade / conclusão dos alunos dos cursos de educação técnica profissional em nível
médio

• Taxa de permanência dos alunos do Centro de Integração do COMPERJ por curso, município e nível
de escolaridade

9
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 7 a 14 anos de idade. rior da escola. Da mesma forma que o
observado no ensino fundamental, a
114%
região precisará de grande esforço para
melhorar o fluxo educacional no ensino
112% médio, buscando equacionar o proble-
ma das reprovações, primeira causa de
110%
retenção.
108% Há de se atentar que o potencial
aumento da demanda ocasionado pela
106%
implantação do COMPERJ pode, se não
104% for desde já equacionado pelo Poder
Público, trazer sérias consequências para
102%
as redes de ensino médio, pela carência
100% de professores e prédios escolares.
Os indicadores “a” e “b” referen-
98%
tes à educação técnica-profissional
96% ainda estão sendo trabalhados e rece-
Itaboraí CONLESTE Rio de Janeiro bendo outro tratamento, em função
Fonte: INEP da inexistência de um banco de dados
oficial sobre tais questões. Quanto ao
Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental
indicador “c”, referente aos cursos de
capacitação do Centro de Integração
40% do COMPERJ, este começa a ser moni-
torado a partir do primeiro semestre de
35%
2008, e, portanto, ainda não faz parte
30% desta análise.
A taxa de matrícula bruta entre 7
25% e 14 anos de idade representa a rela-
ção entre os alunos matriculados e as
20% crianças em idade escolar no município.
Sendo o percentual de 100% o ideal,
15%
o município de Itaboraí apresenta uma
10% taxa elevada, chegando próxima à do
CONLESTE e bem superior à do estado.
5% Ao investigar o Relatório 2007, verifi-
ca-se que os percentuais são altos em
0% todas as séries, fruto das reprovações;
Itaboraí CONLESTE Rio de Janeiro
com exceção das duas últimas séries do
Fonte: INEP
ensino fundamental, nas quais houve
um decréscimo acentuado, sinalizan-
O acesso ao ensino fundamental tar políticas efetivas tanto de acesso do para a questão da evasão. É pre-
na região do CONLESTE é hoje prati- quanto de permanência na escola nes- ciso analisar os problemas existentes
camente universalizado. Contudo, a tas duas etapas do ensino. em cada série para sanar os problemas
retenção e a evasão escolar têm invia- Com relação à taxa de masculinida- existentes no fluxo escolar. Em relação
bilizado que muitos percorram o fluxo de, observa-se que o acesso de homens a 2006 (106,98%), houve um aumen-
escolar de maneira adequada. Assim, os e mulheres ao ensino fundamental não to dessa taxa, passando em 2007 para
indicadores referentes à defasagem2 em apresenta discrepâncias, embora esta (112,21%).
termos de idade e sexo para diferentes mesma taxa mostre grande distorção A taxa de distorção idade/série no
etapas do ensino refletem os principais entre os sexos quanto à conclusão des- ensino fundamental aproxima-se do
problemas existentes na escola. A fim te nível de ensino. Para dar conta das zero quão menor é a retenção dos alu-
de garantir a meta de universalização metas deste ODM, serão necessárias nos ao longo do ensino fundamental,
do ensino fundamental e ampliação do políticas específicas para a manutenção pois a taxa zerada mostraria não haver
ensino médio, é necessário implemen- dos alunos do sexo masculino no inte- qualquer aluno com idade acima da

2 Esta defasagem de idade e de sexo é medida em termos das chamadas taxas de distorção. A distorção idade/série refere-se à diferença entre a idade real dos alunos matri-
culados em determinada série escolar e aquela esperada para tal ano baseado no fluxo escolar normal (sem repetência). Com relação ao sexo dos alunos, chama-se taxa de
masculinidade a diferença entre alunos e alunas matriculados ou concluintes dividida pelo número de alunos do sexo masculino.

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ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 15 a 17 anos de idade médio. Em comparação ao CONLESTE
e ao estado, a taxa desse município
90% é inferior, embora o quadro seja ruim
para todos. Em relação ao ano de 2006
80%
(63,40%), o município se manteve qua-
70% se que estacionado.
A taxa de distorção idade/série no
60% ensino médio aproxima de zero, quan-
50%
to menor for a retenção dos alunos ao
longo do Ensino médio. Assim, o mu-
40% nicípio de Itaboraí apresenta uma taxa
muito elevada de distorção idade/série,
30%
revelando a existência de retenções em
20% todas as séries desse nível de ensino (ver
Relatório 2007), especialmente na 1ª
10%
série (60,72%). Esses índices compro-
0% metem o ensino médio e, consequente-
Itaboraí CONLESTE Rio de Janeiro mente, a conclusão desse nível na idade
Fonte: INEP adequada, exigindo a implementação
de políticas públicas que possam corri-
Taxa de distorção idade / série no Ensino Médio
gir o fluxo escolar. Em comparação com
a taxa do CONLESTE e a do estado, esse
58% município apresenta um percentual um
pouco mais elevado. Em relação ao ano
57%
de 2006 (59,74%), houve um pequeno
56% decréscimo.
55%

54%

53%

52%

51%

50%

49%

48%
Itaboraí CONLESTE Rio de Janeiro
Fonte: INEP

recomendada em qualquer série desse A taxa de matrícula bruta entre 15


nível de ensino. O município de Itaboraí e 17 anos de idade representa a relação
apresenta uma taxa elevada, o que entre os alunos matriculados nas três
indica a retenção de alunos em todas séries do ensino médio e a população
as séries do ensino fundamental (ver municipal de quinze a dezessete anos
Relatório 2007), agravando no segundo de idade. A taxa de 100%, considerada
segmento com taxas elevadíssimas na 6ª como ideal, indica que os alunos ma-
série (47,71%) e na 7ª séries (44,87%), triculados estão nas séries adequadas
consequência das reprovações escola- às suas idades. O município de Itaboraí
res que irão comprometer a conclusão apresenta uma taxa muito inferior à ide-
desse nível de ensino. Esse município al, indicando que há um pequeno nú-
também apresenta taxa maior que a do mero de jovens, dentro da faixa etária
CONLESTE e do estado, que também adequada, matriculado nesse nível de
são altas. Na comparação com o ano ensino. O problema começa na 1ª sé-
de 2006 (41,06%) houve um ligeiro rie (83,91%) e se estende até a 3ª série
decréscimo, porém sem consequências (50,76%), mostrando que uma gran-
para o município. de maioria não tem acesso ao ensino
11
ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres

ODM3
PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A
AUTONOMIA DAS MULHERES

Meta 4B Reduzir pela metade a defasagem salarial entre gêneros até 2012.
Indicadores:
• Participação feminina no mercado formal de trabalho e no perfil de trabalhadores admitidos e desli-
gados nos municípios do CONLESTE

• Diferencial de remuneração por gênero e grau de instrução para diferentes setores de atividade

12
ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres

Participação feminina no mercado de trabalho formal (percentual)

41%
40%
39%
38%
37%
36%
35%
34%
33%
32%
31%
Itaboraí CONLESTE Estado do Rio de Brasil
Janeiro
Fonte: RAIS/MTE

Diferencial de remuneração feminina

110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Itaboraí CONLESTE RIO DE JANEIRO BRASIL
Fonte: RAIS/MTE

Este ODM trata da igualdade entre nina, ficando atrás de Magé (município
os sexos que, apesar de assegurada na que apresentou a maior taxa de partici-
constituição brasileira, ainda não é uma pação feminina no mercado formal de
realidade na prática, considerando-se trabalho da região), Casimiro de Abreu,
as grandes disparidades existentes em Guapimirim, Maricá, Rio Bonito, São
diversas áreas da sociedade. Gonçalo, Cachoeiras de Macacu, Silva
No escopo deste Objetivo, os indi- Jardim, Niterói e Tanguá.
cadores propostos visam acompanhar Quanto ao diferencial de remunera-
a participação feminina no mercado de ção feminina no município de Itaboraí,
trabalho da região, bem como a dife- observa-se que, em 2007, o valor do
rença de remuneração entre homens e mesmo (98,7%), era superior ao obser-
mulheres, no contexto de monitorar a vado para o CONLESTE (83,2%), para
evolução da meta de igualdade entre os o Estado do Rio de Janeiro (83,2%) e
gêneros. para o Brasil (82,9%). No conjunto do
Em 2007, o percentual de mulhe- CONLESTE, Itaboraí ocupava a quar-
res no mercado de trabalho formal no ta posição em termos do diferencial
município de Itaboraí (34,6%) era in- de remuneração feminina. Ou seja, fi-
ferior ao observado para o CONLESTE cava atrás dos municípios de Maricá,
(38,6%), para o Estado do Rio de Casimiro de Abreu e Silva Jardim, apre-
Janeiro (40,4%) e para o Brasil (40,8%). sentando uma defasagem salarial de
Dentre os municípios do CONLESTE, 1,3% na remuneração média feminina
Itaboraí ocupava a décima primeira po- em relação à masculina para o mesmo
sição em termos da participação femi- posto de trabalho.

13
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

ODM7
GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

META 9 Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas e reverter a perda de
recursos naturais.
Indicadores:
• Proporção de áreas cobertas por florestas por município do CONLESTE

• Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação

META 10A Reduzir em 20% até 2012, os domicílios sem acesso às redes gerais de água e de esgoto e à coleta de
resíduos sólidos.
Indicadores:
• Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos com acesso à rede de água e à rede geral
de esgoto nos municípios do CONLESTE

• Percentual da área urbana com acesso à coleta de resíduos sólidos nos municípios do CONLESTE

META 11A Até 2012, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 10% dos habitantes de
assentamentos precários que moram nos municípios do CONLESTE.
Indicadores:
• Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana por município do
CONLESTE

• Percentual de domicílios em assentamentos precários, em relação ao total de domicílios urbanos, por


município do CONLESTE

• Percentual de assentamentos precários regularizados, em relação ao total de assentamentos precá-


rios, por município do CONLESTE

• Percentual de assentamentos precários urbanizados (água potável, esgotamento sanitário adequado,


coleta de lixo doméstico e vias calçadas), em relação ao total de assentamentos precários, por muni-
cípio do CONLESTE

• Percentual de moradias regulares produzidas por meio de programas oficiais para famílias com renda
até seis salários mínimos em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, por municí-
pio do CONLESTE

14
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

A maior parte do CONLESTE en- de forma contínua os eixos rodoviários, também do conjunto das ações que
contra-se localizada dentro da Região com destaque para o aglomerado São envolvem abastecimento de água, es-
Ecológica da Floresta Ombrófila Densa Gonçalo – Itaboraí. Mesmo com altera- goto sanitário e coleta de resíduos só-
(Floresta Tropical Pluvial), parte do do- ções associadas às atividades urbana e lidos. O saneamento ambiental emerge
mínio do Bioma Mata Atlântica, que agrícola, as fisionomias ainda apresen- como um dos pontos mais vulneráveis
ainda se desdobra em ambientes de tam uma área remanescente represen- da chamada crise urbana. Neste senti-
manguezais e restingas. tativa, ocupando 39,3% do CONLESTE. do, trata-se de um tema que demanda
Com base em dados do ano 2000, Com relação à meta que trata do a urgente correção dos rumos adotados
as áreas urbanas ocupam um percen- acesso às redes de água e esgoto, será até o momento em parte significativa
tual representativo da área total do central o conceito de saneamento am- dos municípios brasileiros.
CONLESTE (5,39%), concentrando-se biental, entendido aqui como o acom- O município de Itaboraí apresentava
em núcleos que acompanham quase panhamento das áreas ambientais e 15% de seu território coberto por rema-

Proporção de áreas cobertas por florestas

700000,000000 710000,000000 720000,000000 730000,000000

MagÈ

Guapimirim
Cach oeiras de Maca cu

·
7490000,000000

7490000,000000
Rio B onito

ItaboraÌ
7480000,000000

7480000,000000
Ta ngu·

São Gonçalo
7470000,000000

7470000,000000

Maricá
NiterÛi 0 3 6 12
Km
700000,000000 710000,000000 720000,000000 730000,000000

Legenda

Corpos d ‘água Gramíneas ou coberturas herbáceas


Culturas d iversa s Refúgios vegetacionais ou comunidades relíquia
Flor es tas Áreas antrópicas indiscriminadas
Formações Pioneiras Áreas urbanas
Fonte: Elaborado pela Equipe do Instituto de Geociências com base em Imagens do Satélite SPOT do ano de 2005
15
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação

Fonte: IBAMA e IEF-RJ

nescentes florestais. O maior fragmento de 2007, não houve a criação de ne- de grande precariedade. Quanto ao ser-
foi observado a nordeste do municí- nhuma nova unidade de conservação viço de esgoto, enquanto a média de
pio em área de relevo mais escarpado. de proteção integral. atendimento do Estado era de 71,03%,
Pequenos fragmentos se distribuem por Com relação ao percentual de do- de acordo com o Executivo Municipal4,
toda a área municipal sem que se pos- micílios particulares urbanos com aces- o município não dispunha de rede de
sam destacar áreas mais representativas. so às redes gerais de água e esgoto no coleta de esgoto e, portanto, não exis-
Em 2007, o município de Itaboraí município de Itaboraí, no ano de 20073, tiam domicílios particulares urbanos
possuía 2% de seu território protegido no que se refere ao abastecimento de com acesso ao serviço, evidenciando
por unidades de conservação de pro- água, o município apresentou percen- uma extrema precariedade.
teção integral, representada exclusiva- tual de 18,95% de domicílios urbanos A comparação desta situação com
mente por parte da estação Ecológica com acesso ao serviço, enquanto a mé- a encontrada em 2000 aponta, para
da Guanabara. Especificamente, no ano dia do Estado era de 98,74%, situação o caso do abastecimento de água, um

3 Para construção do perfil relativo ao ano 2007 não existem dados do IBGE para os municípios, portanto, as concessionárias responsáveis pelas redes de abastecimento de
água e de coleta de esgoto constituíram-se nas principais fontes de dados. Diferente do Censo Demográfico que não distingue os meios formais e informais de  abasteci-
mento de água e esgotamento sanitário, as concessionárias contabilizam apenas as ligações formais. Para a obtenção do número de domicílios permanentes urbanos, a
concessionária AMPLA, responsável pelo abastecimento de energia elétrica de todos os municípios incluídos no CONLESTE, foi a principal fornecedora de dados, reconhecida
pela abrangência de seu serviço e por possuir um banco de dados atualizado semestralmente.

4 Não foi possível obter informações junto à CEDAE.

16
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

Percentual de domicílios urbanos com acesso à rede de água e à rede de esgoto


120

100

80

60

40

20

0
RJ* CONLESTE Itaboraí
Água 2007 98,74 48,2 18,95
Esgoto 2007 71,03 20,9 0,01
Dados PNAD – 2007. Elaboração: Equipe de Urbanismo / UFF, 2008.

decréscimo no percentual de domicí- agravamento da situação relativa ao sa-


lios atendidos (de 23,83% a 18,95%). neamento ambiental. O percentual de
Avaliando o período entre os anos de domicílios atendidos no município para
2000 e 2007, constata-se que o nú- o ano de 2007, quase nulo (0,01%), é
mero de domicílios permanentes urba- contrastante se comparado ao percen-
nos cresceu 55,33%, enquanto a rede tual de domicílios atendidos no Estado
de água foi estendida em 23,49%. (71,03%).
Portanto, a provisão dos serviços de Com relação a assentamentos pre-
saneamento ambiental, no caso do cários, por dificuldades técnicas rela-
abastecimento de água, ficou bastante tivas à obtenção de imagens satélite
defasada em relação ao crescimento ur- e coleta de dados, o presente Boletim
bano. No que se refere ao esgotamen- não contém análises referentes à META
to sanitário, o serviço continuou inex- 11. Tal análise se propõe a ser realizada
pressivo, visto que era de apenas 6 o bianualmente, sendo o próximo resulta-
número de ligações, o que denota um do para o ano de 2008.

17
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

ODM9
ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL,
COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DO
CONLESTE

META 12A Viabilização de crescimento continuado da região acima do crescimento do Estado e do país.
Indicadores:
• Evolução do PIB a preços constantes

• Valor adicionado (proxy do PIB) dos setores agropecuário, industrial e de serviços a preços
constantes

• Participação do valor adicionado (proxy do PIB) do setor agropecuário, industrial e de serviços

• PIB per capita a preços constantes

META 13A Atração de mão-de-obra qualificada para a região.


Indicador:
• Evolução do perfil de trabalhadores desligados e contratados na região em termos de setor de ocu-
pação, grau de qualificação e faixa de remuneração

META 14A Melhoria do perfil do mercado de trabalho na região.


Indicadores:
• Evolução da PIA, PEA e POC e de taxas de ocupação, participação e desemprego

• Distribuição da população ocupada formal e de seu rendimento por grau de escolaridade, faixa de
rendimento, tamanho de estabelecimento e setor de atividade

META 15A Dinamização do padrão de especialização produtiva da região.


Indicador:
• Especialização, concentração e diversificação da estrutura produtiva da região

META 16A Dinamização de cadeias produtivas locais.


Indicador:
• Identificação da estrutura e monitoramento do emprego de 4 cadeias produtivas na região

META 17A Fortalecimento do empreendedorismo na região.


Indicadores:
• Número de PMEs criadas na região e empregos gerados por setor de atividade

• Evolução do número de admitidos e desligados no setor de comércio varejista

18
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

META 18A Adequação do suprimento de energia ao crescimento da região do CONLESTE.


Indicador:
• Consumo residencial per capita da energia elétrica

META 19A Adequação da malha de transportes ao crescimento da região do CONLESTE.


Indicador:
• Evolução da frota de veículos em termos absolutos e per capita

META 20A Adequação da infraestrutura de telecomunicações da região do CONLESTE.


Indicador:
• Percentual de domicílios atendidos por linha telefônica

META 21 Adequação da infraestrutura de atenção à saúde na região do CONLESTE.


Indicador:
• Taxa de mortalidade geral e proporcional segundo causas selecionadas por sexo e faixa etária, nos
municípios do CONLESTE

META 22A Controle e redução de indicadores de violência na região do CONLESTE.


Indicador:
• Taxa de mortalidade por causas externas selecionadas (agressões e acidentes de transporte) nos mu-
nicípios do CONLESTE

META 23A Melhoria das condições fiscais e da capacidade de investimento dos municípios.
Indicadores:
• Estrutura de receitas (correntes e de capital) e despesas (custeio e capital) para municípios da região

• Dependência de transferência de recursos

• Receita e investimento per capita


ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

O ODM 9 – acelerar o processo de PIB a preços constantes de 2007


desenvolvimento local, com redução das 1,6 7,0%

Bilhões
desigualdades na região do CONLESTE
1,4 6,0%
– foi elaborado a partir de uma adapta-
ção dos Objetivos de Desenvolvimento 1,2
5,0%
do Milênio da ONU a esta região. 1,0
Dentre as metas compreendidas neste 4,0%
ODM, destacam-se para análise neste 0,8
3,0%
boletim as seguintes áreas: crescimento 0,6
econômico na região (PIB), mercado de 2,0%
0,4
trabalho e mão-de-obra, especialização
produtiva, evolução de cadeias produti- 0,2 1,0%

vas, empreendedorismo, fornecimento


0,0 0,0%
de energia e, por fim, um panorama
2007
das condições fiscais dos municípios.
Fontes: PIB municipal IBGE;
PIB 2007%estimado
CONLESTE mantendo proporções em
O PIB registrado no município de
relação ao RJ de 2006; o deflator de 2007 foi calculado implicitamente a
Itaboraí foi de R$ 1,5 bilhão em 2007, partir dos valores nominais e reais do PIB trimestral do Brasil.
o que equivale a uma participação de
6,5% no PIB da região do CONLESTE.
Em termos comparativos, o município
de Itaboraí ocupava a quarta posição em
termos de participação no PIB da região
do CONLESTE, ficando atrás dos muni- PIB per capita a preços constantes de 2007
cípios de Niterói (o maior PIB da região), 20.000

18.000
São Gonçalo e Casimiro de Abreu.
16.000
Em 2007, o PIB per capita registra-
14.000
do no município de Itaboraí foi de R$ 12.000

6.745, ficando abaixo do PIB per capi- 10.000

ta médio da região do CONLESTE (R$ 8.000

10.266), do Estado do Rio de Janeiro 6.000

4.000
(R$ 19.139) e do Brasil (R$ 13.843).
2.000
Comparativamente aos demais muni- 0
cípios da região do CONLESTE, Itaboraí Itaboraí CONLESTE Estado do Rio de Janeiro Brasil

Fontes: PIB municipal IBGE; 2007 estimado pela equipe de Economia com base na
ocupava a nona posição em termos de
taxa de crescimento 2006-2008; OBS: o IBGE deverá rever todas as populações mu-
valor de PIB per capita, posicionando-se nicipais em consonância com as novas projeções feitas em 2008 para Brasil e Ufs.
atrás de Casimiro de Abreu (o maior PIB
per capita da região), Niterói, Rio Bonito,
Cachoeiras de Macacu, São Gonçalo,
Guapimirim, Maricá e Silva Jardim. Saldo líquido de admissões menos desligamentos
Com relação à criação de postos de 10.000
trabalho, informações levantadas a par-
tir do Cadastro Geral de Empregados 8.000 Saldo
1113
e Desempregados do Ministério do
Trabalho e Emprego (CAGED/MT) para o
6.000 Admitidos
município de Itaboraí mostraram que o
4.000 Desligados
número de postos de trabalho criados - 6917
saldo líquido de admissões - foi de 1.113
2.000
novas vagas, como resultado de 6.917
admissões e 5.804 desligamentos. Em 0
relação aos demais municípios da região
do CONLESTE, Itaboraí ficou na quarta -2.000
posição em termos de criação de postos -5804
de trabalho, posicionando-se atrás de -4.000
Niterói (município onde foi registrado
o maior número de postos de trabalho -6.000
criados), São Gonçalo e Rio Bonito. Fonte: CAGED/MTE

20
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

O número total de empregos for- ocupava a quarta posição em termos Itaboraí o patamar de 12,2% em 2007,
mais no município de Itaboraí foi de de participação no total de empregos ficando acima das taxas registradas
19.689 postos de trabalho em 2007. formais, neste mesmo ano, posicionan- na região do CONLESTE (10,4%), no
Com este valor, o município de Itaboraí do-se atrás de Niterói (município que Estado do Rio de Janeiro (10,2%) e no
foi responsável por 5,78% do total de registrou a maior taxa de participação), Brasil (8,2%). Com isso, o município de
empregos formais existentes na região São Gonçalo e Rio Bonito. Itaboraí localizava-se, em relação aos
do CONLESTE. Em comparação com os Quanto à taxa de desemprego es- demais municípios da região, na oitava
demais municípios da região, Itaboraí timada, esta atingiu no município de posição em termos de menor taxa de
desemprego, ficando atrás de Casimiro
Emprego formal no município de Abreu e Rio Bonito (municípios que
igualmente apresentaram a menor taxa
25.000 7,00%
de desemprego da região), Cachoeiras
6,00% de Macacu, Niterói, Maricá, Silva Jardim,
20.000 Guapimirim e São Gonçalo.
5,00% A remuneração média mensal da
15.000 mão-de-obra formal empregada no
4,00%
município de Itaboraí foi de R$ 834, o
3,00%
que representava um valor inferior ao
10.000
observado na região do CONLESTE (R$
2,00% 1.010), no Estado do Rio de Janeiro
5.000 (R$ 1.418) e no Brasil (R$ 1.241), em
1,00% 2007. Com essa remuneração média,
o município de Itaboraí colocava-se,
- 0,00%
em relação aos demais da região, na
2007
terceira posição em termos de melhor
Emprego Formal % no CONLESTE remuneração, ficando atrás de Niterói
Fonte: RAIS/MTE (que registrou a melhor remuneração
da região) e Casimiro de Abreu.

Taxa de desemprego

14,0%

12,0%

10,0%

8,0%

6,0%

4,0%

2,0%

0,0%
Itaboraí Conleste Estado do Rio de Janeiro Brasil

Fonte: Censo, PNAD e estimativas Economia

Remuneração média mensal dos trabalhadores

1.600,00

1.400,00

1.200,00

1.000,00

800,00

600,00

400,00

200,00

0,00
Itaboraí CONLESTE Estado do Rio de Janeiro Brasil

Fonte: RAIS/MTE

21
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

O indicador de dinamização do pa- Concentração produtiva


drão de especialização produtiva5 da re-
0,096
gião trata do grau de concentração das
atividades produtivas no município de 0,094

Itaboraí (0,095) que, comparativamente 0,092

ao observado no conjunto da região do 0,090

CONLESTE (0,085), no Estado do Rio de 0,088


Janeiro (0.092) e no Brasil (0,084), indica 0,086
um maior nível de concentração produ-
0,084
tiva neste município no ano de 2007.
0,082
Em relação aos demais municípios da
0,080
região do CONLESTE, Itaboraí posiciona-
se como o décimo em termos de con- 0,078
Itaboraí CONLESTE Estado do Rio de Brasil
centração produtiva, ficando atrás de Janeiro
Silva Jardim (município que apresenta Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da RAIS/MTE
o maior índice de concentração da re-
gião), Guapimirim, Casimiro de Abreu,
essas cadeias foram responsáveis pela
Maricá, Magé, Rio Bonito, Cachoeiras de
geração de 4.479 empregos no municí-
Macacu, Tanguá e São Gonçalo.
pio de Itaboraí, cerca de 22,7% do total
Quanto à evolução de cadeias pro-
de empregos formais neste município,
dutivas no município, considerando as
sendo que 15,58% concentravam-se
quatro cadeias produtivas seleciona-
na cadeia agroindustrial; 57,58% na
das para investigação - Agroindustrial;
cadeia da construção; 5,69% na cadeia
Químico–petroquímica; Metal-mecânica;
químico-petroquímica e 21,14% na ca-
Construção – verifica-se que, em 2007,
deia metal-mecânica.

Empregos em cadeias produtivas

Itaboraí

CONLESTE

Estado do Rio de Janeiro

Brasil

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%

Cadeia Agroindustrial Cadeia Metal mecânica Cadeia Químico -petroquímico Cadeia de Construção

Fonte: RAIS/MTE

5 Este indicador foi avaliado por meio do índice de Herfindhal a 2 dígitos, indicando o nível de desagregação de setores econômicos utilizado. Este índice foi calculado para
os diversos municípios e para o conjunto da região considerando informações relativas à distribuição do emprego por diferentes setores de atividade (nível de desagregação
setorial a dois dígitos da classificação CNAE). Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a concentração produtiva. Isto é, menor o número de empresas em determinada
atividade econômica, com correspondente menor grau de concorrência nestes setores econômicos.

22
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

Total de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) Quanto ao fortalecimento do em-


1.800 7,00%
preendedorismo, em 2007, o número
de Pequenas e Médias Empresas (PMEs)
1.600 registradas no município de Itaboraí foi
6,00%
1.400 de 1.531, cerca de 5,89% do total de
5,00% PMEs da região do CONLESTE. Em com-
1.200
paração com os demais municípios da
1.000 4,00% região, Itaboraí ocupava a quarta po-
sição em termos de número de PMEs,
800 3,00% ficando atrás dos municípios de Niterói
600 (município que registrou o maior núme-
2,00%
ro de PMEs na região), São Gonçalo e
400
Rio Bonito.
1,00%
200 Em termos de empregos criados
0 0,00%
pelas PMEs no município de Itaboraí,
verifica-se que, em 2007, o montante
2007
gerado foi de 11.828 postos de traba-
Número de PMEs % no CONLESTE lho, o que significa 6,43% do total de
Fonte: RAIS/MTE empregos gerados por PMEs na região
do CONLESTE. Em relação aos demais
municípios da região, pode-se verificar
Volume de emprego gerado por Pequenas e Médias Empresas (PMEs) que o município de Itaboraí ocupava,
em 2007, a terceira posição em termos
14.000 7,00%
de número de empregos gerados por
12.000 6,00% PMEs, ficando atrás de Niterói (muni-
cípio que registra o maior número de
10.000 5,00% empregos gerados por PMEs na região
do CONLESTE) e São Gonçalo.
8.000 4,00% O consumo de eletricidade per ca-
pita registrado no município de Itaboraí
6.000 3,00% foi de 492 kWh em 2007. Com este ní-
vel de consumo, o município de Itaboraí
4.000 2,00% ficou abaixo da média registrada na re-
gião do CONLESTE (691 kWh) e em sé-
2.000 1,00%
tima posição em termos de consumo de
energia elétrica per capita, posicionan-
0 0,00%
do-se atrás de Niterói (município que
2007
registrou o maior consumo de energia
Empregos em PMEs % no CONLESTE elétrica per capita na região), Maricá,
Fonte: RAIS-MTE Casimiro de Abreu, São Gonçalo,
Guapimirim e Magé.

Consumo residencial per capita de energia elétrica (kWh)

kWh 700

600

500

400

300

200

100

0
Itaboraí CONLESTE

Fonte: Ampla/IBGE
23
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

Equilíbrio orçamentário Com relação à situação fiscal do mu-


nicípio, Itaboraí apresentava uma situa-
1,20
ção de superávit orçamentário de 2%,
em 2007. Ou seja, as receitas maiores
1,00
do que as despesas públicas, situação
similar à do CONLESTE, onde se pode
0,80 observar um superávit de 1%; mas, di-
ferente do Estado do Rio de Janeiro, no
0,60 qual se identifica um déficit de quase
60% no mesmo ano. Já em termos de
0,40 receita orçamentária per capita corren-
te, observa-se que, em 2007, o valor
0,20 para o município de Itaboraí (R$ 824,85)
foi inferior à média do CONLESTE (R$
0,00 855,93) e do Estado do Rio de Janeiro
Itaboraí CONLESTE Estado do Rio de Janeiro (R$ 1.290,22).
Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – O município de Itaboraí apresentava
STN e do TCE-RJ um investimento per capita em torno
de R$ 55,86, em 2007, ficando abaixo
Receita orçamentária per capita corrente da média da região do CONLESTE (R$
72,02) e do Estado do Rio de Janeiro
1.400 (R$ 308,82). Em relação aos demais
municípios da região, Itaboraí localizou-
1.200 se em nona posição6 em termos de
investimento per capita, ficando atrás
1.000
de Casimiro de Abreu (município que
800 apresentou o maior investimento per
capita da região), Tanguá, Guapimirim,
600 Magé, Maricá, Silva Jardim, Niterói e
Cachoeiras de Macacu.
400

200

0
Itaboraí CONLESTE Estado do Rio de Janeiro
Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA –
STN e do TCE-RJ

Investimento público per capita

350

300

250

200

150

100

50

0
Itaboraí CONLESTE Estado do Rio de Janeiro
6 Não foi possível realizar comparações com o
Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e município de Rio Bonito devido à falta de dados (ver
do TCE-RJ Boletim Regional)

24
Realização

Parceiros

Apoio

Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense –


CONLESTE

Município de Cachoeiras de Macacu Município de Niterói

Município de Casimiro de Abreu Município de Rio Bonito

Município de Guapimirim Município de São Gonçalo

Município de Itaboraí Município de Silva Jardim

Município de Magé Município de Tanguá

Município de Maricá

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