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Modelo de Auto-Avaliação das

Bibliotecas Escolares.
Problemáticas e conceitos
implicados.
09 a 14 de Novembro de 2009
(sessão 3)

Apresentação do Modelo de Auto-


Avaliação das Bibliotecas
Escolares
(1ª parte da tarefa 1)
Pertinência da existência de um Modelo de
Avaliação para as Bibliotecas Escolares
 A actual missão da Biblioteca Escolar no contexto de
Agrupamento relaciona as aprendizagens com o
desenvolvimento curricular e com o sucesso educativo
dos alunos;
 Nesse quadro, o aluno apresenta-se como actor activo e
construtor do seu próprio conhecimento (Construtivismo);
 Emerge uma nova estratégia de abordagem à realidade e
ao conhecimento baseada no questionamento e
inquirição contínuas (Inquiry based Learning);
 Modificação global das estruturas sociais – introdução
das TIC, desenvolvimento de redes, surgimento de novos
ambientes de disponibilização da informação, de trabalho
e de construção do conhecimento que obrigam ao
desenvolvimento de novas literacias e a uma
aprendizagem contínua ao longo da vida;
 Necessidade de gerir a mudança buscando evidências;
verificar qual o impacto que Bibliotecas Escolar tem na
Escola e quais, seus pontos fortes e seus pontos fracos.
O Modelo enquanto instrumento
pedagógico e de melhoria de melhoria.
Conceitos implicados.
 O Modelo para avaliação das Bibliotecas Escolares, enquanto
instrumento pedagógico de melhoria pretende:
1. dotar as Escolas/ Bibliotecas de um quadro de referência e de
um instrumento que lhes permita:
- a melhoria contínua da qualidade,
- a transformação das Bibliotecas Escolares em organizações
capazes de aprender e de crescer,
- a recolha sistemática de evidências, conducentes a processos
regulares de autoavaliação.
2. que as Bibliotecas Escolares ganhem visibilidade,
3. que obtenham a plena integração na Escola, mantendo uma
relação orgânica.
4. a assumpção e reconhecimento por toda a comunidade,
5. a integração no processo avaliativo e no relatório da Escola,
6. a inclusão da Biblioteca Escolar na avaliação externa a realizar
pela Inspecção Geral de Educação,
7. alcançar factores de integração e melhoria através deste
processo.
O Modelo enquanto instrumento
pedagógico e de melhoria de melhoria.
Conceitos implicados (cont.)
 Estão subjacentes a este Modelo de Auto-Avaliação conceitos
relacionados com a missão da Biblioteca Escolar e implicados
na sua prestação de serviços: o aluno deve ser um actor activo,
construtor do seu próprio conhecimento, a aprendizagem deve
ser baseada no questionamento e as novas tecnologias de
informação e comunicação, obrigando ao desenvolvimento de
novas literacias e à aprendizagem contínua ao longo da vida.
 A Auto-Avaliação deve ser encarada como um processo
pedagógico e regulador, inerente à gestão e procura de uma
melhoria contínua da BE, entendido não como um fim, mas
como um processo que conduzirá à reflexão e originará
mudanças concretas.
 Todo este percurso assenta na recolha de evidências, no
trabalho do dia a dia, o que ajudará a BE na identificação dos
seus pontos fracos e pontos fortes, na redefinição de objectivos
e prioridades, no caminho a seguir e na elaboração do novo
plano de desenvolvimento. É o conceito da prática baseada na
evidência ou “Evidence –Based practice”. A aplicação deste
conceito permite provar o impacto que as aprendizagens têm
 (ou não) nas aprendizagens, uma vez que são os resultados
(outcomes, outputs) que se devem enfatizar.
Organização estrutural e
funcional
 O Modelo construído para a avaliação das BE é constituído por
quatro Domínios, divididos em Subdomínios, procurando
reflectir as áreas-chave de actividade das BE, (recursos
materiais, humanos, financeiros e de informação) e estruturas
formativas e de aprendizagem relacionadas com o currículo e a
promoção da leitura e das literacias no contexto da escola e da
comunidade educativa.
 A aplicação deste modelo faz-se numa base anual, escolhendo
em cada ano um domínio onde concentrar o trabalho da auto-
avaliação.
 Em termos de operacionalização, esta avaliação deve ser
entendida como uma actividade regular e inerente ao dia-a-dia
do funcionamento da biblioteca e da escola, integrando as suas
práticas e rotinas.
 Dentro de cada Subdomínio identificam-se conjuntos de
Indicadores ou critérios, os quais apontam para os aspectos
nucleares de intervenção da BE.
 Os Indicadores desdobram-se, por sua vez, em diferentes
Factores Críticos, que constituem as actividades ou acções que
demonstram sucesso e são valorizadas na avaliação de cada
Indicador.
Organização estrutural e
funcional (cont.)
 O modelo pretende impedir que as Escolas apenas reflictam
nele as actividades/acções que comummente já realizam,
incentivando ao desenvolvimento de boas práticas e tendo,
nesta medida, uma forte componente formativa.
 As Evidências mostram que essas actividades/acções foram
efectivamente desenvolvidas e sustentam a formulação de juízos
de valor sobre os seus resultados.
 Para cada Indicador ou conjunto de Indicadores foram
identificadas vários exemplos de instrumentos de recolha de
evidências, através das quais será possível apurar a que nível
de performance corresponde a prática da biblioteca em relação
àqueles Indicadores.
 Também são apresentados exemplos de Acções de melhoria.
 São indicados quatro níveis (Fraco, Médio, Bom e Excelente),
sendo o seu objectivo ajudar a Escola a identificar qual o nível
que melhor corresponde à situação da Biblioteca em cada
Subdomínio e perceber, de acordo com o nível atingido, o que
está em jogo para poder melhorar para o nível seguinte.
Integração/Aplicação à realidade da
Escola/Biblioteca Escolar.
Oportunidades e constrangimentos
 A implementação da auto-avaliação implica o
cumprimento de alguns passos prévios:
1. Motivação e compromisso institucional dos Órgãos de
Gestão pedagógica e executiva da Escola com o
processo de auto-avaliação da BE;
2. Apresentação aos colegas e Órgãos de Gestão do
propósito e metodologia da autoavaliação e formalização
de alguns procedimentos no sentido de uma mobilização
e co-responsabilização de todos os intervenientes;
3. Participação da BE em reuniões alargadas ou restritas de
docentes para recolha da informação;
4. Facilitação de documentação e disponibilização de dados
pelos colegas;
5. Definição de formas de colaboração com os docentes na
recolha de evidências sobre os alunos; 5
6. Aceitação e reconhecimento dos resultados por todos;
7. Envolvimento na subsequente promoção de um plano de
melhoria e desenvolvimento.
Integração/Aplicação à realidade da
Escola/Biblioteca Escolar. Oportunidades
e constrangimentos (cont.)
 A execução do Plano de Avaliação envolve igualmente
diferentes etapas, a saber:
 Diagnóstico;
 Identificação do Domínio a avaliar;
 Evidências a recolher; Instrumentos a utilizar; limitações;
levantamento de necessidades;
 Intervenientes e composição das amostras a utilizar;
 Calendarização;
 Recolha e análise dos dados;
 Identificação de pontos fortes e fracos e posicionamento
nos respectivos níveis de desempenho;
 Interpretação e descrição dos resultados da avaliação e
definição de acções de melhoria;
 Comunicação dos resultados da avaliação e medidas de
melhoria a empreender, a integrar no Relatório de
Avaliação Interna do Agrupamento.
Gestão participada das mudanças que a
sua aplicação impõe.
Níveis de participação da Escola
 Neste modelo, a obtenção da melhoria contínua da qualidade
exige que a organização esteja preparada para a aprendizagem
contínua; pressupõe a motivação individual dos seus membros e
a liderança forte do Professor Coordenador da B.E., que tem de
mobilizar a Escola para a necessidade e implementação do
processo avaliativo.
 Exige uma metodologia de sensibilização e de readiness, que
requer:
1. A mobilização da equipa para a necessidade de fazer
diagnósticos/ avaliar o impacto e o valor da BE na Escola que
serve;
2. Jornadas formativas para a equipa e para outros na Escola.
Definição precisa de conceitos e processos. Realização de um
processo de formação/ acção.
3. A comunicação constante com o Órgão Directivo, justificando a
necessidade e o valor da implementação do processo de
avaliação.
4. A apresentação e discussão do processo no Conselho
Pedagógico.
5. Aproximação/ diálogo com departamentos e professores. Criação
e difusão de informação/ calendarização sobre o processo e
sobre o contributo de cada um no processo.

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