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Práticas e modelos A A.

Das BE – DREC – T4

Guia da sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares: metodologias de operacionalização (parte I)

ACTIVIDADES a REALIZAR

1ª ETAPA:

a) Escolha, em alternativa, um dos seguintes Domínios/Subdomínios e analise-o detalhadamente:

• A.2. (Promoção da Literacia da Informação)

• B. (Leitura e Literacia)

• C.1. (Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular)

b) Usando como pano de fundo a biblioteca que se propõe avaliar ou uma biblioteca, cujo processo de
auto-avaliação vai apoiar, estabeleça um Plano de Avaliação em profundidade do Domínio/Sub-
domínio que escolheu, recorrendo ao Texto da Sessão e ao Documento de leitura obrigatória Basic
Guide To Program Evaluation.

O Plano deve incorporar informação e aspectos retirados de ambos os documentos e reflectir a


natureza e conteúdo do Domínio/Sub-domínio escolhido.

Realização da tarefa

Introdução

Toda a filosofia do Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra,


todas as inter-relações, estratégias e métodos de ensino/aprendizagem nos conduzem
para cinco princípios orientadores:

• Promoção do sucesso escolar;

• Prevenção do abandono escolar;

• Valorização da diversidade numa educação para os valores e cidadania


democrática;

• Cooperação, comunicação e envolvimento da comunidade na escola e desta com


a comunidade;

• Organização e melhoramento das instalações e dos equipamentos.


A BE/CRE dá um contributo importante para a consecução desta meta, disponibilizando
serviços de aprendizagem, livros e recursos e apoiando o desenvolvimento curricular.
assumindo-se como uma estrutura inclusiva, facilitadora da integração e socialização.

Ao nível dos Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade


(Domínio C, do Modelo de Auto-Avaliação) e, concretamente ao Apoio a Actividades
Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular (Subdomínio C.1), a
BE/CRE poderá também desempenhar um papel importante nas aprendizagens, e na
promoção do sucesso educativo dos alunos. A avaliação deste impacto é no entanto
muito complexa pois há um vasto número de factores envolvidos, sendo muito difícil
isolar o contributo da Biblioteca, separando-a das outras influências. Planificar a
avaliação neste subdomínio é uma priorioridade, porque nesta Escola/Agrupamento
tudo é novo para mim, uma vez que apenas aqui estou desde o começo deste ano lectivo
de 2009/10.

Subdomínio seleccionado:

C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular

Indicadores Análise

Indicador 1 (processos) A Biblioteca Escolar é uma estrutura educativa transversal


C.1.2. Dinamização de que deve programar e desenvolver actividades de âmbito
actividades livres, de cultural, tendo em conta a própria Escola, o seu Projecto
carácter lúdico e cultural. Educativo, o seu Plano de Actividades e a Comunidade
onde se insere. Também deve estar atenta às motivações
dos alunos e às iniciativas de professores e alunos que por
vezes surgem de dinâmicas criadas em contexto de sala de
aula/turma ou de projecto. A BE/CRE deve, por sua
iniciativa ou em parceria com outros, propor actividades
que visem a utilização criativa dos tempos livres dos
alunos. Desta forma, os alunos devem usufruir de um
programa de animação Cultural integrado no Plano de
Actividades da Escola, regular e consistente, que inclua
uma gama diversificada de iniciativas – exposições,
encontros, debates, sessões de leitura em voz alta, sessões
de poesia, dramatizações/teatro, concursos, celebração de
efemérides, jogos, etc. – que permitam o envolvimento de
todos os aluno. Esse programa deve ser amplamente
divulgado, podendo constituir um importante factor de
marketing da BE. A BE/CRE é um espaço de cultura pelo
que é pertinente e aconselhável abrir algumas destas
iniciativas à comunidade educativa e local.

Indicador 2 ( os outcomes) O horário de funcionamento da BE/CRE deve ser o


C.1.1. Apoio à aquisição e correspondente às actividades lectivas. Instrumentos de
desenvolvimento de métodos registo de presenças e de actividades realizadas, bem
de trabalho e de estudo como de sugestões para o reforço do fundo documental e
autónomos.
de melhoramento de serviços serão úteis para a gestão de
recursos humanos e materiais e, logicamente, para a
melhoria dos serviços e da colecção. A BE deve apoiar
actividades livres de leitura, pesquisa, estudo e execução
de trabalhos escolares, realizados pelos alunos fora do
horário lectivo e dos contextos formais de aprendizagem.
Neste sentido é importante a presença permanente de um
funcionário e/ou de um professor da equipa. Devem ser
disponibilizados e divulgados materiais de apoio ao
estudo: pesquisa de informação, tomada de notas, fichas
de leitura, elaboração de resumos, sublinhados, leitura e
elaboração de esquemas, consulta de dicionário, redacção
de trabalho, referências bibliográficas, etc. Os alunos
devem ser incentivados à produção e edição de trabalhos
escritos com recurso, sempre que necessário, ao uso do
computador e da Internet. A disponibilização dos
materiais citados e o eventual apoio do professor devem
ter em vista o desenvolvimento de competências no aluno
no sentido de organizar a sua própria aprendizagem e de
este se tornar progressivamente mais autónomo na
realização de tarefas escolares ou outras das suas áreas de
interesse.

Plano de Avaliação

Problema/Diagnóstico

Se relativamente ao indicador C.1.2. Dinamização de actividades livres, de carácter


lúdico e cultural na escola/agrupamento possa dizer, da análise feita do indicador, e
embora de forma empírica que, de uma forma geral, a nossa BE tem um nível
satisfatório de desempenho, o que terá obviamente de ser confirmado pela avaliação a
implementar; já ao nível do indicador C.1.1. Apoio à aquisição e desenvolvimento de
métodos de trabalho e de estudo, detecto à partida alguns constrangimentos. Apesar da
BE ter um professor e uma assistente operacional a tempo inteiro, os outros dois
professores que fazem parte da equipa apenas vêm à quarta-feira - uma professora das
14h às 16h o outra professora das 14 às 15h, se não tiver substituições para fazer – para
reunirmos e falarmos de assuntos ligados à dinâmica da BE. Não temos professores
colaboradores, mas deveria fazer parte um professor PTE, entre outros, até porque
preciso de uma equipa dinâmica e alargada para cumprir a missão que me está
incumbida e que estou a exercer pela primeira vez na minha carreira docente. Os
recursos informáticos melhoraram neste ano lectivo, com dois novos computadores,
mas a ligação à Internet nem sempre é uma realidade. Apesar de dispormos de alguns
materiais de apoio ao trabalho autónomo, a sua utilização é rara. Finalmente, não existe
articulação de trabalho com a Área de Estudo Acompanhado.

Identificação do objecto da avaliação

Domínio a avaliar: C. Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à


comunidade.

Subdomínio: C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento


curricular.

Indicadores: C.1.1. Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de


trabalho e de estudo autónomos.

C.1.2. Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e


cultural na escola/agrupamento.

Tipo de avaliação de medida a empreender

O tipo de avaliação a empreender é de natureza qualitativa e assenta em outcomes


(impactos), vai pois além dos outputs, e pretende apurar o benefício para os utilizadores
da sua interacção com a biblioteca. Esta avaliação deve ser entendida não como um fim,
mas como um meio para identificar as insuficiências e as potencialidades da biblioteca,
tendo em vista a melhoria e mudança no seu funcionamento, pode constituir uma parte
importante da avaliação interna da escola e uma base para a avaliação externa (IGE).

Factores críticos de Sucesso. ???

C.1.1 - A BE apoia as actividades livres de - Que apoio é dado às actividades? Só o


leitura, pesquisa, estudo e execução professor bibliotecário e a assistente
de trabalhos escolares, realizados operacional? Como? Materiais?
pelos alunos fora do horário lectivo
e dos contextos formais de
aprendizagem.

- Os alunos praticam técnicas de


– Que técnicas de estudo? As técnicas
estudo variadas: exploram
de estudo são utilizadas de forma
informação de diferentes tipos de
autónoma e espontânea?
documentos, tomam notas, elaboram
Autonomamente, com recurso a
fichas de leitura ou resumos,
materiais disponibilizados localmente
identificam palavras-chave,
ou na rede? Por sugestão de professor
sublinham, executam esquemas,
bibliotecário/assistente operacional? Os
produzem e editam trabalhos
escritos recorrendo sempre que materiais são elaborados e
necessário ao uso do computador e disponibilizados por quem?
da Internet.

- Os alunos desenvolvem hábitos de


trabalho e aprendem a organizar a – Organização da própria
sua própria aprendizagem, revelando aprendizagem. Maior grau de
uma progressiva autonomia na autonomia.
execução das tarefas escolares.

C.1.2. - Os alunos encontram na BE um – Gama diversificada de actividades


conjunto de propostas de actividades para ocupação dos tempos livres. Grau
visando a utilização criativa dos seus de envolvência?
tempos livres, que lhes permitem
desenvolver a sensibilidade estética
e o gosto e interesse pelas artes,
ciências e humanidades.

- Os alunos usufruem de um
programa de animação cultural, – Programa de Animação Cultural.
regular e consistente, traduzido num Qual o envolvimento dos
conjunto de iniciativas, de que são departamentos/da escola? Música e
exemplo: exposições, espectáculos, cinema, onde? Impacto nos alunos e na
palestras, debates, sessões de poesia, comunidade. Feedbacks.
teatro, concursos, jogos, celebração
de efemérides, ciclos de música e de
cinema, outros.

Métodos e instrumentos a utilizar


- Levantamento de dados estatísticos de utilização da BE/CRE (presenças e
actividades desenvolvidas)

- Recolha documental (Horário da BE. Plano Anual de Actividades da BE/CRE. Actas


de reuniões da equipa. Outros registos de reuniões de trabalho. Registos sobre a
preparação, desenrolar e avaliação das actividades. Dossier com materiais
disponibilizados. Livro de sugestões.

- Observação de actividades de aprendizagem demonstrativas do domínio de


competências e atitudes (grelhas de observação). Observação de utilização da BE (O5 –
Mod. Auto-Aval.).

- Realização de inquéritos aos alunos (Questionário QA3 – Mod Auto-Aval.),


professores e encarregados de educação.
- Análise de trabalhos de alunos (grelhas).

- Auto-avaliação (Coordenador da biblioteca com o apoio da equipa e do CE).

- Entrevistas.

- Informal feedback.

Intervenientes

A implementação do Modelo de Auto-Avaliação será liderada pelo coordenador da BE com o


envolvimento activo dos restantes elementos da equipa. É fundamental o acompanhamento
esclarecido por parte dos órgãos de gestão. São também intervenientes no processo outros
professores, alunos, funcionários e encarregados de educação.

Calendarização
Neste momento está em curso esta acção de formação que irá ajudar para uma adequada
calendarização e implementação do Modelo de Auto-Avaliação na nossa escola.

- Avaliação diagnóstica – Dezembro de 2009

- Levantamento de recursos humanos e materiais necessários à implementação do


processo de auto-avaliação. – Dezembro de 2009

- Reunião com Coordenadora Inter-Concelhia para esclarecimento de dúvidas e


apresentação de plano de avaliação. – Ao longo do ano lectivo
- Apresentação ao Conselho Pedagógico do Modelo de Auto-Avaliação e Domínio
seleccionado – Data a definir brevemente
- Reunião com Presidente do Conselho Executivo no sentido do seu envolvimento e co-
responsabilização no processo. – Novembro de 2009
- Reunião com a representante da Associação de Pais no sentido de lhe ser dado a
conhecer a BE/CRE, de sensibilização para a importância desta estrutura educativa no
desenvolvimento das literacias e da aprendizagem, e do processo de auto-avaliação. –
Dezembro de 2009

- Constituição de equipa para acompanhamento do processo de auto-avaliação –


Dezembro de 2009.
- Recolha e Análise documental – 1.º, 2º e 3º Períodos.
- Observação de actividades – 1.º, 2º e 3º Períodos.
- Levantamento de dados estatísticos de utilização da BE/CRE – Ao longo do ano.
- Realização de inquéritos – 2º e 3º Períodos.
- Auto-avaliação – Após cada actividade do Programa de Animação Cultural e no final
de cada período lectivo.
- Análise de trabalhos de alunos – 1.º, 2º e 3º Períodos.
- Entrevista – Final do ano lectivo.
- Informal feedback – Ao longo do ano lectivo.

Planificação do tratamento, análise e comunicação dos dados


- Tratamento e análise da informação recolhida – Maio/Junho de 2010.
- Descrição da situação. Identificação das insuficiências e potencialidades da BE Plano
de desenvolvimento. Elaboração do relatório de avaliação. – Junho de 2010.
- Divulgação dos resultados no Conselho Pedagógico e à Comunidade Educativa. –
Julho de 2010.

Bibliografia

- Texto da sessão.

- GABINETE DA REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES. Versão final do Modelo


de Auto‐Avaliação da Bibliotecs Escolar [Em linha]. 2009. [18 Novembro
2009].

- MCNAMARA, Carter. Guia de design de programas sem fins lucrativos, de


marketing e de avaliação . [Em linha]. 2009. [Consult. 18 Novembro 2009].
URL:
http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor15853
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Luís David

23 de Novembro de 2009

Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra

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