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de Aristteles aplicada
doutrina da mentira real. Quando tal acontece, a doutrina
torna-se uma teoria de injustia.
Imaginemos que todos os homens e mulheres so iguais.
Imaginemos tambm que alguns so
governantes e outros governados e que este princpio
aceito porque os governados aceitam a
mentira real. Segundo a falcia do consequente, isso
admitir que a mentira real no mentira.
Em outras palavras, certas pessoas, nomeadamente os
governantes, so muito superiores, caso
contrrio no seriam governantes. De fato, Aristteles
permitiu que esta falcia o cegasse
verdade socrtica da igualdade de todos os indivduos, ou
seja, defendeu que a mentira era
verdade. Num Estado justo, segundo disse, os governantes
mereceriam s-lo devido sua
superioridade inata, no apenas devido sua competncia
superior enquanto governantes. Se as
pessoas que governam um Estado no o merecerem, nesse caso
o prprio Estado injusto e mau
e dever ser corrigido.
Se todos os homens fossem amigos, no haveria
necessidade de justia, defendeu
Aristteles. Esta famosa declarao um dos baluartes do
argumento da necessidade de
governo, pois bvio que os homens no so todos amigos,
o que leva a que seja necessrio um
governo, o qual impe a justia sobre os homens. Mais uma
vez, a declarao pode ser virada
contra si prpria e usada para maus propsitos. Pode
significar, por exemplo, que os membros
de um clube no precisam de regras para se orientar.
Apenas necessitam de regras que
mantenham de fora os outros, aqueles que no se enquadram.
A justia necessria apenas