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Pela quarta vez aps o fim do regime do apartheid, os sul-africanos decidiram o futuro da maior
economia africana pelo voto. A eleio de 2009 representa mais uma vitria da democracia sul-africana,
por dois motivos principais: pela criao do partido
Congresso do Povo (COPE, sigla em ingls) e pela ausncia de violncia e mesmo de reclamaes por parte
dos partidos quanto a possveis fraudes. No presente
artigo, analisaremos as conseqncias desse novo
cenrio para a democracia sul-africana, assim como
o possvel rumo que Jacob Zuma dar frica do Sul.
A criao do COPE foi um passo decisivo para
a democracia sul-africana. Pela primeira vez desde
1994, o ANC (Congresso Nacional Africano, sigla em
ingls) enfrentou uma oposio negra com certa visibilidade. O COPE tinha oportunidades. No lanamento
de seu manifesto, milhares de pessoas compareceram
e seus lderes declararam estar criando o partido em
nome dos 40% de membros do ANC que foram contra a votao de Zuma como presidente do ANC, em
2007. No entanto, apesar das expectativas, o COPE
no conseguiu resultados expressivos nas eleies
de 2009, tendo ficado em terceiro lugar nas eleies
nacionais com aproximadamente 7% dos votos (30
cadeiras no parlamento nacional), sendo o principal
partido de oposio em apenas trs provncias (Eastern Cape, Northern Cape e Limpopo). O partido no
conseguiu atingir as massas com sua campanha, focada principalmente na classe mdia-alta negra e em
parcela da populao branca, e propagada de forma
* Mestranda em Cincia Poltica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS e Pesquisadora do Ncleo de
Estratgia e Relaes Internacionais Nerint da mesma universidade. (lugschneider@yahoo.com.br).
** Graduando em Histria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS e Pesquisador do Ncleo de Estratgia
e Relaes Internacionais Nerint da mesma universidade.
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