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Escola E.B.I./J.I. da Barranha - 330012

O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ: Uma história de amor inaudita

Esta é a mais bela história de amor! Jorge Amado escreveu-a para seu filho João Jorge em 1948, aquando da comemoração de seu 1º aniversário. Foi a
única história infantil escrita pelo autor, mesmo assim, só foi publicada em 1976, Mestre Carybé, ilustrou, com lindos desenhos a mesma história de
amor, amor impossível, entre o velho Gato Malhado e a jovem Andorinha Sinhá. O velho Gato Malhado, maltês, olhos pardos, olhos feios e maus, rabugento, solitário, cuja
fama, percorre todo o parque, fazendo com que todos os seres viventes dele se afastem.

Quando a Primavera chegou, vestida de luz, de cores e de alegria, olorosa de perfumes subtis, desabrochando as flores e vestindo as árvores de roupagens verdes, O Gato Malhado,
estirou os braços e abriu os olhos pardos, rebolou-se na grama, como se fosse um Gato jovem, soltou um miado que mais parecia um gemido e até sorriu. O Gato aspirou a plenos
pulmões a Primavera recém –chegada. Sentia-se leve, gostaria de dizer algumas palavras sem compromisso, porém todos haviam fugido. Não, todos não. No ramo de uma árvore a
Andorinha Sinhá fitava o Gato Malhado e sorria-lhe. O Gato perguntou-lhe? Tu não fugiste, como os outros? Sinhá diz: eu não, não tenho medo de ti. Tu não podes me
alcançar, não tem asas para voar, és um gatarrão feio e tolo, alias, mais feio que tolo. Assim começa a história de amor entre o Gato Malhado, feio, rabugento e com fama
de mau e a jovem, corajosa, ousada e louquinha; Andorinha Sinhá. O Gato era a sombra na vida clara e tranquila da Andorinha Sinhá, ela seguia-o do alto, pois pressentia o
grande corpo do Gato quando ia a caminho do seu canto predilecto e lá de cima, voando, Andorinha jogava gravetos sobre ele só para atrair a sua atenção.

Um dia, ele esperou-a, e como ela não veio foi caminhando e quando deu por si, estava debaixo da árvore onde Andorinha morava com sua família. Começam a conversar, ela
chama-o de feio, ele não quer, ela chama-o de formoso, ele não quer, ele pede que o chame de Gato. Ela diz que não pode, pois sempre disseram que Andorinhas não podem
conversar com nenhum Gato. (Os Gatos são inimigos das Andorinhas).“Se eu não fosse um Gato pedir-te-ia para casares comigo” então a Andorinha Sinhá, voou rente sobre o
Gato, tocou-lhe com a asa esquerda, ele até ouviu o coraçãozinho dela bater forte.

Um dia, no Outono, Andorinha Sinhá, procura o Gato Malhado e avisa-o que não vai poder mais vê-lo, pois vai casar com o Rouxinol. O Gato Malhado passa a viver das
recordações e dos doces momentos vividos, fica triste pois sabe que não pode viver só de lembranças, necessita também dos sonhos do futuro. No dia do casamento da
Andorinha com o Rouxinol, o Gato vai em busca da cobra cascavel, para pôr fim a vida, pois já não sonha mais, reconheceu que já não havia futuro com que alimentar seu sonho de
amor impossível. Do alto, Andorinha vê-o a caminhar, adivinha-lhe o pensamento e deixa cair uma lágrima sobre ele e pensa: quem disse que uma Andorinha não se pode
apaixonar por um Gato Malhado. Quem determinou que o amor só pode florescer e frutificar entre os pares?! Quem disse isso é porque nunca viveu, nem sonhou uma
grande história de amor.

Liliana Leite – Língua Portuguesa


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Escolha, na lista de frases a seguir apresentadas, as que são complexas.

Assinale como verdadeiras ou falsas as afirmações seguintes:


Na frase "O Gato amava a Andorinha, mas aquele amor não tinha futuro", 'mas' é uma locução conjuncional adversativa.
As conjunções e locuções copulativas exprimem uma ideia de adição, juntando ideias que se complementam.
"Por isso" é uma locução conjuncional com valor de oposição, isto é, adversativa.
"Não só ... mas também" é uma conjunção coordenativa copulativa.
Na frase "Li o livro todo do Gato Malhado e também estudei para o teste, portanto terei bom resultados", encontramos uma frase
complexa com três orações.
As locuções "quer...quer", "seja... seja" e "tanto...como" são disjuntivas.
Na frase "Naquele dia choveu, portanto não houve festa", a segunda oração designa-se por coordenada conclusiva.
"Nem" e "também" são conjunções coordenativas copulativas.

Os pais da Andorinha Sinhá queriam o bem da filha pensavam neles próprios em primeiro lugar.

Seleccione a conjunção ou locução conjuncional adequada a cada caso.


Sinhá, não voltas a falar com aquele gato mau cortamos-te a mesada!

Os animais do parque não conheciam bem o Gato Malhado queriam conhecer.

Os animais do parque simbolizam os seres humanos, devíamos tirar desta história uma lição de vida.

EXERCÍCIOS: 1. Transforme, por coordenação, as seguintes frases simples em frases complexas:

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O frango está saboroso. O arroz tem um sabor especial. EXERCÍCIOS:

__________________________________________________________________ 1 Nas frases abaixo, substitua o complemento circunstancial por uma oração subordinada:

Tiraste boas notas. Deixo-te ir à festa. Eu estou satisfeito pela tua vitória.

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Às 8 horas o Rui levanta-se. Às 8:30 já está na escola. Ele faltou à aula, por receio de ser interrogado.

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As obras estudadas são interessantes. As obras são de autores portugueses. Ao soar o tiro da partida, os atletas avançaram.

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1. A Rita, aluna atenta e sapiente, leu a história com entusiasmo. 7. Os defesas, os médios e os avançados jogaram muito bem.

2. O pai e a mãe compraram dois bons livros quando foram à cidade. 8. Não vou contigo ao rio.

3. A pedra escorregou lentamente pela encosta abaixo. 9. A montanha estava sempre ali.

4. Naquele dia descobriram uma gruta na quinta da avó. 10. O marinheiro vagueou lentamente pelo cais, para se lembrar do

5. Ontem regressaram os pais e os tios. passado.

6. Antigamente os pássaros faziam os seus ninhos naqueles telhados, 11. Ela desmaia às vezes por causa deles.

porque o clima era mais ameno. 12. Disse ao pai que comprasse um raticida quando tivesse tempo.

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13. Cinco marinheiros pescaram doze peixes grandes naquela noite.

14. Alguns cavalos pastavam com tranquilidade na colina verde.

15. Não conseguiram totalmente decifrar o morse.

16. O rio corria serenamente entre arbustos muito verdes.

17. O irmão gémeo trouxe-lhe ontem uma lembrança da montanha.

18. Tempos antes correra valentemente atrás de um ladrão.

19. Para não ter problemas começou a estudar logo de manhã.

Liliana Leite – Língua Portuguesa

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