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E.E.E.F.M.

“FRANCISCO MIGNONE

Atividade avaliativa de Língua Portuguesa


Nome:

Série/Turma: Data: ____/____/ 2023. Nota:

Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Éder da Silva Lima

Conteúdos: Interpretação textual de conto fantástico; tipos de sujeito; classe de palavras: Verbos.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

A ANÃ PRÉ-FABRICADA E SEU PAI, O AMBICIOSO MARRETADOR

Era uma vez uma anã pré-fabricada. Tinha cinquenta centímetros de altura. Os pais
eram pessoas normais. A anã era anã porque desde pequena o pai batia com a marreta na
cabeça dela. Ele batia, e dizia: "Diminua, filhinha". O sonho do pai era ter uma filha que
trabalhasse no circo. E se ele conseguisse uma anã, o circo aceitaria.
Assim, a menina não cresceu. Tinha as pernas tortas, a cabeça plana como mesa, os
olhos esbugalhados. Um globo, com as marretadas, chegara a sair. E deste modo o olho
andava dependurado pelos nervos. Com o olho caído, a menina enxergava o chão - e
enxergava bem. Por isso, nunca deu topadas.
A menina diminuiu, entrou para a escola, se diplomou. E o pai esperando que o circo
viesse para a cidade. A anã teve poucos namorados na sua vida. Os moços da cidade não
gostavam de sua cabeça plana como mesa. Um dos namorados foi um mudo; o outro, um
cego.
Com o passar do tempo, o pai ia ensinando à filha anã os truques do circo: andar na
corda bamba, atirar facas, equilibrar pratos na ponta de varas, equilibrar bolas, andar sobre
roletes, fazer exercícios na barra, pular através de um arco de fogo, cair ao chão (fazendo
graça) sem se machucar, ficar de pé no dorso de cavalos.
De vez em quando, o pai emprestava a filha ao padre, por causa da quermesse. Ela
substituía o coelho nos jogos de sorteio. Havia uma porção de casinhas dispostas em círculo.
Cada casinha tinha um número. A um sinal do quermesseiro, a menina corria e entrava na
casinha. Quem tivesse aquele número ganhava a prenda. A anã não gostava da quermesse
porque se cansava muito e também porque no dia seguinte ficava triste, com o pessoal que
tinha perdido. Eles a seguiam pela rua, gritando: "Aí, baixinha,..., por que não entrou no
meu número?".
Um dia, o circo chegou à cidade, com lona colorida, um elefante inteirinho rosa, uma
onça pintada, palhaços, cartazes e uma trapezista gorda que vivia caindo na rede. O pai
mandou fazer para a anã um vestido de cetim vermelho, com cinto verde. Comprou um
sapato preto e meias três-quartos. Levou a filha ao circo. Ela mostrou tudo o que sabia, mas
o diretor disse que faziam aquilo: andavam no arame, na corda bamba, equilibravam coisas,
pulavam através de arcos de fogo, andavam no dorso de cavalos. Só havia uma vaga, mas
esta ele não queria dar para a menina, porque estava achando a anã muito bonitinha. Mas o
pai insistiu e a anã também. Ela estava cansada da vida da cidadezinha, onde o povo só via
televisão o tempo inteiro. E o dono do circo disse que o lugar era dela: a anã seria comida
pelo leão, porque andava uma falta de carne tremenda. E, assim, no dia seguinte, às seis
horas, a menina tomou banho, passou perfume Royal Briar, jantou, colocou seu vestido
vermelho, de cinto verde, uma rosa na cabeça e partiu contente para o emprego.

Responda em seu caderno

1) Os contos fantásticos mesclam elementos reais e fatos absurdos ou inexplicáveis no


mundo real. O que, nesse conto, faz parte da realidade que conhecemos? O que pode ser
considerado fato absurdo?

2) Uma possível leitura para esse conto pode ser feita a partir das seguintes relações:

Anã = crianças, jovens, estudantes, alunos


Pai = pais, professores, escola, instituições de ensino
Marreta = ensino-aprendizagem, educação
Circo = sociedade, mundo
Leão = sistema, estrutura social

a) Considerando as informações acima, levante hipóteses acerca da crítica social feita pelo
conto.

3. Note que o início do conto, “era uma vez uma anã pré-fabricada”, cria uma certa
expectativa no leitor. A que remete a expressão “era uma vez”?

4.O final do conto cumpre a expectativa inicial? Explique.

5.É possível que o conto fantástico constitua uma alegoria? Ao falar do pai que marreta a
filha, pode-se estar dizendo outra coisa, defendendo-se uma idéia do mundo real. Que idéia
pode ser essa? Levante algumas hipóteses.

6.Uma possível leitura para esse conto pode ser feita a partir das seguintes relações:

Anã= crianças, jovens, estudantes, alunos


Pai= pais, professores, escola, instituições de ensino
Marreta= ensino-aprendizagem, educação
Circo= sociedade, mundo Leão= sistema, estrutura social

Se considerarmos essas relações, podemos questionar:

a)O pai (professores, escola) estava preparando a filha (alunos, estudantes) para o “circo”
(sociedade, mundo) real ou ideal? Que diferenças existem entre esses dois “circos”?

b)Alguém da sociedade em que viviam, enxergava a “marreta” (ensino-aprendizagem) como


algo danoso, prejudicial ou absurdo?

c)O pai pode ser caracterizado como um personagem mal-intencionado? Explique.

d)Observe que o conto faz referências à sociedade em que vivem a anã e seu pai: o povo
que “só via televisão o tempo inteiro”. Que importância possui essa referência para o
contexto do conto?

e)Releia: “com o olho caído, a menina enxergava o chão – e enxergava bem. Por isso, nunca
deu topadas”. Que “recado” pode estar nas entrelinhas dessa afirmação? Comente com seu
professor e colegas.

f)As poucas pessoas que se aproximaram da an㠖 os namorados – não poderiam ter
mudado a situação dela? Explique.

g)Não havia vagas na sociedade real. Qual é o destino, então, da anã (estudante, jovem) já
formada?
PRODUÇÃO DE TEXTO

Releia o final do conto. Afirma-se, com todas as letras, que a anã foi, de fato, devorada pelo
leão? Não, o que se diz foi que a anã partiu contente para o emprego. A proposta é que você
escreva o final desse conto decidindo qual foi o destino da anã. Considerem, para isso, o
perfil da anã e todas as analogias feitas.

Distinção do uso das letras “G” e “J”.

Animais selvajens

Há uma grande diversidade de animais selvajens (ou silvestres) por todo o mundo, e
todos possuem grande importância para o equilíbrio da natureza. Muitos são tirados de seu
habitat natural e colocados em cativeiro, sendo prejudicados, e prejudicando os
ecossistemas naturais. A principal causa é o comércio ilegal que aumenta a cada dia, e junto
com ele, a extinção de várias espécies.

Todo animal possui um papel fundamental e uma beleza única. Portanto é imprescindível
a conscientização da sociedade, que compra por achar “bonito”, e por pensar que é um ato
de “boa ação” com a natureza cuidar de um deles. Mas pelo contrário, o animal vive sem
liberdade, e não pode ajir segundo seus instintos. Não podemos impedir a maneira natural
dos animais viverem, nem aceitar que eles sejam contrabandeados, sofram maus tratos, e
morram. [ ].

Disponível em: <http://animais-selvagens.info/>.

Agora, identifique erros (colocados propositalmente pela autora desta atividade) referentes à
ortografia. Em seguida, reescreva as palavras de forma adequada:
Atividade envolvendo uso da vírgula:

Relacione:

Justificativas para o uso da vírgula:

1. Antes de gerúndio.
2. Inserção de explicação.
3. Enumeração dos tipos de biomas brasileiros.
4. Inversão na ordem das sentenças.
5. Antes de vocativo.
6. Antecipação de expressão adverbial indicadora de tempo.
Passagens do texto:

( ) “Amazônia, pampa, cerrado, caatinga, mata atlântica, pantanal [ ]”.


( ) “[ ] detalhes da história e do presente de todos eles, incluindo as principais paisagens
[ ]”.

( ) “Já a caatinga, um bioma bom para poetas, virou literatura de cordel e palco de
guerra.”.

( ) “No passado, esteve alagada e abrigou peixes e tubarões.”.

( ) “[ ] além de darem informação sobre a natureza, eles falam muito de gente [ ]”.

( ) “[ ] e a gente também tem tudo a ver com esses biomas, não acha?”.

Atividade envolvendo classificação de sujeito:

1- Classifique os sujeitos das orações a seguir:

01. Haverá reunião todos os sábados.


02. Além do frio ventava demais.
03. São Paulo está ensolarado.
04. Febre alta e dor de cabeça são sintomas da dengue.
05. Prenderam o ladrão.
06. Faz muito calor em minha cidade.
07. Vive-se bem no campo.
08. Perdi minha caneta.
09. Não é habitada a Lua.
10. De vez em quando Teresinha vira onça.
11. Bateram à porta.
12. A temperatura aumentou na região sul.
13. O álbum e as figurinhas estão aqui.
14. Come-se com fartura em sua casa.
15. As chuvas transformaram o deserto.
16. Eram doze horas.
17. Existirão seres vivos em outros mundos?
18. Anoiteceu.
19. Chegaram os filhos da vizinha.
20. Crê-se em Deus.

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL:

Você sabia que existem ilhas terrestres?

Ilha é uma porção de terra firme cercada de água por todos os lados. Mas ambientes
isolados também podem receber esse nome. As chamadas ilhas terrestres são ambientes
com características únicas, que contêm espécies endêmicas, ou seja, encontradas apenas
naquele lugar.

Há muito tempo, os cientistas consideram as ilhas oceânicas ambientes privilegiados para


o estudo da fauna e da flora. Por estarem isoladas de outros ambientes, as ilhas são locais
que favorecem o surgimento de novas espécies com características próprias. Isso acontece
porque, com o passar de milhares de anos, os bichos, as plantas e outros seres vivos que
vivem isolados nas ilhas vão se tornando diferentes, já que o contato e a reprodução com
indivíduos de outros locais se tornam cada vez mais raros e inexistentes. Como precisam se
adaptar, mudam as suas características para se adequarem ao ambiente. Com isso, novas
espécies podem surgir.

Montanhas de pedra, onde as formas de vida são completamente diferentes daquelas


encontradas nas matas que as rodeiam, são consideradas ilhas terrestres. O Pão de Açúcar,

no Rio de Janeiro, é um exemplo disso. As plantas que o habitam encontram ali um


ambiente muito diferente da Mata Atlântica, bioma no qual o Pão de Açúcar está inserido.

Em vez de um lugar úmido e denso (com muitos vegetais diferentes vivendo juntos e
muito próximos uns dos outros), o que é típico da Mata Atlântica, as plantas do Pão de
Açúcar precisam resistir a condições extremas: com pouco solo, pouca água, muito Sol e
muito calor. Para sobreviver, portanto, elas desenvolvem mecanismos próprios, bem
diferentes daqueles que formam as florestas.

Por estarem geograficamente isoladas, as plantas do Pão de Açúcar nem sempre recebem
a visita de polinizadores e dispersores de sementes. Por isso, é comum termos espécies que
crescem apenas em poucas pedras da cidade do Rio de Janeiro, e em nenhum outro local do
mundo. [ ]

Luiza F. A. de Paula. Revista “Ciência Hoje das Crianças”. Edição 283. Disponível em:
<http://capes.cienciahoje.org.br>.

RESPONDA EM SEU CADERNO

Questão 1 – No primeiro parágrafo, a autora define “ilhas terrestres”. Identifique essa


definição:

Questão 2 – Segundo a autora do texto, “as ilhas são locais que favorecem o surgimento de
novas espécies com características próprias”. Por quê?

Questão 3 – No trecho “[ ] as plantas e outros seres vivos que vivem isolados nas ilhas vão
se tornando diferentes [ ]”, a expressão verbal sublinhada indica que se trata de um
processo:

( ) efêmero

( ) gradativo

( ) esporádico

Questão 4 – Em “Como precisam se adaptar, mudam as suas características para se


adequarem ao ambiente.”, a autora usou a palavra “Como” para:

( ) expressar uma causa.


( ) apresentar um exemplo.

( ) estabelecer uma comparação.

Questão 5 – Na oração “[ ] que as rodeiam [ ]”, o “as” retoma:

( ) “Montanhas de pedra”

( ) “as formas de vida”

( ) “as matas”

Questão 6 – De acordo com a autora, “as plantas do Pão de Açúcar precisam resistir a
condições extremas”. A que condições extremas ela se refere?

Questão 7 – No segmento “Para sobreviver, portanto, elas desenvolvem mecanismos


próprios [ ]”, a parte destacada exprime:

( ) a finalidade de as plantas do Pão de Açúcar desenvolverem mecanismos próprios.

( ) a condição em que as plantas do Pão de Açúcar desenvolvem mecanismos próprios.

( ) a consequência de as plantas do Pão de Açúcar desenvolverem mecanismos próprios.

Questão 8 – Na frase “As plantas do Pão de Açúcar nem sempre recebem a visita de
polinizadores e dispersores de sementes, _______ estão geograficamente isoladas.”, o
espaço deve ser preenchido com:

( ) “mas” ( ) “pois” ( ) “por isso”

PRODUÇÃO TEXTUAL:
Vejo-o puro
O Açúcar
e afável ao paladar
O branco açúcar que adoçará meu café
como beijo de moça, água
nesta manhã de Ipanema
na pele, flor
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
que se dissolve na boca. Mas este açúcar homens que não sabem ler e morrem de fome
não foi feito por mim. aos 27 anos
Este açúcar veio plantaram e colheram a cana
da mercearia da esquina e tampouco o fez o que viraria açúcar.
Oliveira, Em usinas escuras,
dono da mercearia. homens de vida amarga
Este açúcar veio e dura
de uma usina de açúcar em Pernambuco produziram este açúcar
ou no Estado do Rio branco e puro
e tampouco o fez o dono da usina. com que adoço meu café esta manhã em
Este açúcar era cana Ipanema.
e veio dos canaviais extensos Ferreira Gullar. Dentro da noite veloz & Poema
que não nascem por acaso sujo. São Paulo: Círculo do Livro, s/d., p.51-2.
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,

Assim como Ferreira Gullar escreveu sobre o açúcar. Produza um poema sobre um alimento que você gosta muito.
Não esqueça de dar um título para seu texto!

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