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3. Ele aguarda a entrada do alcaide no consultório, de frente para a porta e com a mão pousada na gaveta
onde se encontra um revólver. Ele está, portanto, disposto a defender-se.
4. Resposta possível: A dor que o dentista vai provocar ao alcaide arrancando-lhe o dente sem anestesia
servirá para vingar algumas pessoas que o alcaide matou. Atente-se no uso do pronome “nos” (“paga-
nos”) – o dentista toma partido pelos tiranizados, incluindo-se a ele próprio nesse grupo.
5. O alcaide segue todos os movimentos do dentista: “Este, porém, nunca o perdeu de vista.” (ll. 66-67)
6.1. Antes de estar na presença do dentista, o alcaide começa por ser prepotente e ameaçador; depois, já na
sua presença, procura ser simpático, cumprimentando-o (l. 44) e “esforçando-se por sorrir” (l. 60); depois
do dente arrancado, o alcaide retoma uma atitude arrogante e de desprezo: despede-se com um gesto
“displicente” (l. 85) e dirige-lhe a palavra apenas para ordenar o envio da conta, tratando-o por tu e sem
o olhar.
7. Resposta possível: O alcaide afirma, sem qualquer pudor, que não há distinção entre os seus gastos
pessoais e o dinheiro do município, isto é, assume que se serve do dinheiro público em proveito próprio.
Há, pois, uma crítica ao poder político corrupto e prepotente.
8. Resposta possível: “Um dia destes” poderá Ser interpretado como a expressão de um desejo de mudança
e a crença nessa possibilidade: um dia destes… a situação há de mudar.
Escrita – p. 60
1. Exemplo:
Este conto agradou-me fundamentalmente por dois motivos. Por um lado, está escrito numa
linguagem simples e clara, permitindo que o leitor “veja”, passo a passo, o que vai acontecendo, quase
como quem vê um filme; por outro lado, apreciei a personagem central, que se comporta corajosamente
perante alguém que representa o poder tirano e corrupto, sem deixar, no entanto, de cumprir o seu dever
profissional. Em suma, pela linguagem e pela mensagem, recomendo vivamente a leitura deste conto. (78
palavras)
Gramática – p. 60