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1.

Aspectos da propriedade intelectual


1.1 Ética nas relações pessoais e a propriedade intelectual (por
exemplo, a prática da "cola")
2. A questão do plágio

Para tanto, os trabalhos deverão recorrer à legislação da


universidade; discusão sobre autoria; a autoria em tempos de
internet; e os modelos de vulgarização do conhecimento, como o
wickipédia, e como utilizá-lo;

O seminário deve expor estudos de caso, assim como, utilizar os


padrões de confecção das citações e usos da bibliografia.

Para tanto serão formados grupos de quatro alunos.

Cada grupo terá 15 minutos para a apresentação

Ética e Orientação Acadêmica Ficha do Artigo

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Não existe uma ética absoluta e sim várias éticas. Isto não
quer dizer que elas sejam equivalentes, pois uma ética Env
autoritária é condenável diante de uma ética libertária e vice- iar
versa. Assim, a ética humanista é que deve fundamentar o
processo de orientação acadêmica, pois ela supera as éticas Edição:
particularistas e suas relações com o poder.
N.º 147
Ano 14, Julho 2005
A orientação acadêmica é um ponto problemático nas
universidades, pois ela é uma relação social na qual se colocam Autoria:
frente a frente o professor-orientador e o aluno-orientando na
elaboração do trabalho final de um curso. Esta relação reproduz as Nildo Viana
relações de poder entre professor e aluno existentes nas salas de Professor da UEG -
aula. É por isso que muitas vezes existe um conflito no processo Universidade Estadual
de orientação, quando o aluno não assume uma posição de de Goiás e Doutor em
subserviência e docilidade ou então uma orientação pautada em Sociologia pela UnB ?
procedimentos éticos por parte do professor. Daí a importância da Universidade de Brasília
ética no processo de orientação acadêmica.
A ética é uma práxis, ou seja, é uma prática na qual o indivíduo
coloca uma finalidade antes de realizá-la, e tal finalidade é
constituída pelos valores fundamentais de um indivíduo, gerando
uma coerência entre eles e a prática. Neste sentido, não existe
uma ética absoluta e sim várias éticas. Isto não quer dizer que elas
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sejam equivalentes, pois uma ética autoritária é condenável diante
de uma ética libertária e vice-versa. Assim, a ética humanista é que
deve fundamentar o processo de orientação acadêmica, pois ela
supera as éticas particularistas e suas relações com o poder. O
caráter universal da ética humanista se revela no fato dela se voltar
para a realização das potencialidades humanas, o que significa ser
coerente com as necessidades radicais do ser humano, isto é, com
a natureza humana.
A partir da ética humanista é possível avaliar a orientação
acadêmica. O orientador, neste caso, deve, em primeiro lugar,
cumprir o seu papel de orientar. Apesar de em alguns dicionários
orientar e dirigir sejam sinônimos, na verdade, são palavras com
significados distintos. Orientar é indicar caminhos, rumos,
enquanto que dirigir é determinar quais caminhos devem ser
seguidos. Assim, o orientador deve evitar a tentação da direção e o
orientando deve evitar a receptividade de esperar dele as
diretrizes, bibliografia, etc. Mas isto não deve justificar o erro
contrário do orientador, que é a omissão que, muitas vezes, é
acompanhada pelo abandono do orientando na hora de defesa
diante de um banca.
A orientação não é direção nem omissão por parte do orientador e
sim acompanhamento, indicações, sugestões, que podem ou não
ser acatadas pelo aluno. Por isso, nada mais sem sentido do que a
afirmação de alguns professores de que o produto da orientação
(monografia, dissertação, tese) é uma ?co-autoria?, pois o trabalho
é do orientado, que é o único autor. Assim, o orientando deve
buscar sua autonomia, pois este é o momento final de um curso, o
que significa o estágio final de sua formação. A ausência de
autonomia neste momento significa um processo de formação
deficiente. No entanto, o orientador, quando se julga diretor, pode
ser o maior obstáculo para o orientando e sua formação, ao lhe
obstruir o desenvolvimento de sua autonomia e capacidade
criativa. Assim, os vários problemas encontrados no processo da
orientação acadêmica poderiam ser evitados com o orientador
estando de posse de uma ética humanista. Somente assim ele
poderia contribuir com a formação e autonomia do aluno e,
portanto, realizar efetivamente o seu papel de orientador.

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