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especial
central de atendimento

Índice
4
história
Muita expertise, senso de oportunidade e
visão empresarial

6
cultura
A transformação, a favor do cliente

8
tecnologia
O objetivo é gerar resultados

9 Nokia
Sucesso trilíngüe

10
qualidade & pessoas
Trampolim para um salto qualitativo

cases

14 Blockbuster
Sucesso de público e bilheteria

TVA
CBCC e TVA: três anos de uma parceria de sucesso

15
palavra do presidente
Vamos mudar de estágio?

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especial
central de atendimento
h i s t ó r i a

Muita expertise, senso de


oportunidade e visão empresarial
A trajetória da empresa que começou há 13 anos revolucionando o mercado de transmissão
de dados, teve sucesso na diversificação e passa, agora, pela fase da revolução cultural

1991 – Uma empresa de transmissão ta Waddington. Com


de dados, a Vicon Data, identificou uma isso, a companhia con-
banda de FM ociosa e começou a usar o seguiu atingir um núme-
canal para transmitir dados através de an- ro superior a 250 mil as-
tenas parabólicas. “Na época, um negócio sinantes, em seu auge,
completamente inovador”, lembra Roberto em 1998. Com a privati-
Waddington, presidente da CBCC. A opor- zação da Telebrás e popu-
tunidade atraiu dois novos investidores larização dos celulares, o
Bradesco e Globo, que se juntaram à Victori. negócio de pager come-
“Essa parceria foi repetida inúmeras vezes çou a perder espaço, con-
mais adiante” – explica Waddington. centrando-se em seg-
1992 – Nasce a Teletrim, que em seis mentos profissionais es-
anos consolidou uma estratégia inteligente pecíficos.
de crescimento, baseada no investimento 1998 – Nasce a uni-
prudente, com preocupação nos custos e dade de negócios de call
no controle. “Ao invés de uma filosofia ‘fa- center CBCC. Na época, o aparelho de texto em 2002 com pouco mais de 40 mil.
raônica’, os diretores optaram por conquis- era presença obrigatória na cintura de milhares 1999 – No primeiro ano, a CBCC fe-
tar uma capital de cada vez, seguindo São de brasileiros. Mais de 75% dos usuários de chou com faturamento batendo R$ 1,4 mi-
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, en- pager acabaram migrando para o celular pré- lhão. No segundo ano ultrapassou os R$ 9
tre outras grandes capitais, sempre se con- pago. Em 1999, a base de usuários de pager milhões e fechou 2001 com R$ 20 milhões,
centrando nas mais importantes”, comple- perdeu mais de 50% dos assinantes, chegando 2002 com R$ 105 milhões e 2003 com mais

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de R$ 118 milhões. Waddington avalia o complexa, com contingências e riscos mui- cada vez maiores. Percebemos um salto qua-
crescimento como “espetacular” e o justifi- to maiores. “Junto com isso ocorreram dois litativo gigantesco em nossa carteira de cli-
ca em três estratégias de diversificação aspectos muito importantes no mercado: a entes”, confessa.
adotadas em 1998. O negócio de call center, predominância de contratos com menor “A pergunta naquele momento era:
onde o grupo decidiu investir a maior parte prazo, com menor remuneração fixa e com aonde a CBCC quer chegar? A companhia
do tempo, o negócio de gestão de sistemas cada vez mais remuneração variável. O se- está capacitada para andar mais rápido que
de bloqueio de carros e o negócio de gundo aspecto foi o crescente conhecimento a concorrência, e ir ainda mais longe? Como
telemetria. Ele afirma que o call center apre- dos nossos clientes sobre o negócio e o au- vamos enfrentar as dificuldades do merca-
sentou os melhores resultados dentre as três mento da exigência com a qualidade do ser- do? Nesse momento começamos um estudo
áreas escolhidas. “A priori não se sabia ao viço”, exemplifica Roberto. Em junho de para tentar responder essas perguntas”, re-
certo que este mercado iria se expandir des- 2002, a companhia deu início ao processo corda-se Waddington. Depois da verifica-
sa forma, tínhamos apenas uma idéia. Mas efetivo de transformação. Foi o ano em que ção de alguns aspectos do mercado como
mesmo assim aproveitamos a onda e em foram conquistados três grandes contratos grande competitividade, descompasso en-
2000 tivemos o nosso segundo ano de cres- - Brasil Telecom, Banco do Brasil e Correi- tre a promessa de venda e entrega, etc., a
cimento nesta área”, confessa Roberto. os. “O Banco do Brasil e a Brasil Telecom questão passou a ser como se diferenciar
2000 – A CBCC nasceu como empre- têm em comum o foco no relacionamento dos concorrentes e adquirir um algo mais.
sa totalmente orientada à disciplina de ges- com o cliente. Mas foi com os Correios que “Precisávamos de um management que ti-
tão por processos, pelo próprio perfil dos a CBCC começou a construir as infra-es- vesse condições de criar esses diferenciais,
profissionais que idealizaram os primeiros truturas mais complexas, motivando a em- manifestados na forma de produtividade,
produtos, com foco em telecomunicações. presa a entrar nos mercados de São Bernardo venda e resultados mensuráveis pelos cli-
A revolução começou em 2000, a partir do do Campo e Rio de Janeiro de maneira mais entes”, declara Roberto. Daí começou a pro-
site Morumbi, na capital paulista. Deste site forte. Com o crescimento rápido, a CBCC cura pelo management que tivesse as quali-
iniciou-se o crescimento até chegar aos passou a ficar mais importante para os cli- ficações exigidas para buscar os diferenciais.
números atuais. entes”, avalia Roberto. “Você passa a ter “A partir deste momento começou todo o
2002 – Nessa nova fase, o contrato e a mais do que apenas negócios relacionados processo de revolução cultural da CBCC”,
qualificação dos clientes passa a ser mais aos acionistas, pois começa a ter clientes lembra.

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especial
central de atendimento
c u l t u r a

A transformação, a favor do
cliente
Em menos de dois anos, a CBCC passou por uma profunda transformação cultural, da estrutura
organizacional ao relacionamento com clientes e funcionários – a base para consolidar uma
nova fase

Uma das primeiras preocupações de mente externo”, avalia. O executivo afirma buída exclusivamente ao presidente ou a
Roberto Waddington ao assumir a compa- que estudos apontavam na direção de uma um único indivíduo. A CBCC agregou à
nhia em meados de 2002, foi procurar companhia mais aberta, ágil e, sobre tudo, sua nova cultura a valorização da capacida-
mapear o DNA da CBCC. Na prática, ele mais focada no cliente final. “Foi a partir de de entregar com qualidade, pensando
apostou em estruturar a cultura da compa- disso tudo que começamos a desenhar a no cliente e nas suas necessidades. As re-
nhia em quatro pilares comportamentais: nossa cultura”, explicou Waddington. munerações fixas ficaram para trás em favor
pessoas, flexibilidade, qualidade e mercado, A surpresa de Roberto foi que todos das remunerações variáveis, uma vez que o
interligados de acordo com a necessidade dentro da empresa tinham consciência de foco principal é no cliente. “Queremos ser
(veja gráfico). “Esta é uma técnica para di- que era necessário passar por uma transfor- referência em termos de qualidade e renta-
agnóstico de cultura”, explica Roberto. Ele mação não apenas para permanecer em um bilidade no mercado de contact center no
relembra que, no segundo semestre de 2002 mercado cada vez mais competitivo, mas Brasil, até 2005”, afirma Roberto. Esse é o
reuniu 60 executivos da companhia para para ganhar market share e gerar dividen- ponto de chegada após a revolução. Mas o
fazer um diagnóstico do mercado e identifi- dos. “Foi por aí que nasceu a revolução in- que fazer para atingir essa meta? “Oferecer
car qual era a percepção deles sobre estes terna da companhia”, conta Roberto, acres- soluções e entregar resultados, essa é a mis-
quatro padrões e, dependendo das respos- centando que o sucesso da revolução cultu- são de todos, todos os dias ao chegar no
tas, estabelecer um novo modelo. ral se deveu ao fato de a responsabilidade escritório”, pontifica.
Algumas surpresas foram muito boas. ter sido transferida para o time e não atri- A pergunta sobre o trabalho de implan-
Outras, sugeriam mudan- tação de um plano estratégi-
ças. No quesito pessoas, co de mudança dentro de
por exemplo, foi identifi- Cultura CBCC uma corporação é, aparente-
cado que a CBCC era “ra- mente, simples. “Nosso pla-
zoavelmente paternalista no estratégico foi seguido,
e pouco flexível. Mas tam- com ajustes, encarando um
bém focada no mercado e problema de cada vez”, res-
muito hierárquica, ou salta Roberto. Foi a partir da
seja, completamente ori- reunião com o grupo diretivo
entada a cargos e formali- que saiu o desenho da nova
dades”, lembra. Diante da cultura, e se mapeou a mu-
radiografia que a empresa dança. “Foi desta forma que
tinha o eixo muito volta- surgiu o trabalho de trans-
do para pessoas e hierar- formação, comprometimen-
quia, a decisão foi de ser to da equipe e redefinição de
menos hierárquica e mais metas”, reconhece.
informal, orientada ao Mas ele reconhece que,
objetivo de ganhar mais quando se pretende mudar
flexibilidade e manter o algo, sempre aparecem os “in-
olho no mercado. A com- satisfeitos” ao longo do per-
panhia precisava mudar a curso. São pessoas que, na
cultura “de foco predomi- opinião de Roberto, “fazem
nantemente interno, para mais parte do problema do
um foco predominante- que da solução”. Neste caso,

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ele ensina que a transparência, a clareza, o sional tem possibilidade de ser promovido, vras, “devemos chamar a responsabilidade
profissionalismo e, principalmente o respei- crescer e receber benefícios como treina- para nós mesmos”, declara.
to, devem prevalecer. Mas, pondera, “você mento e MBA, “mas isso tem que vir acom- Mas na transposição da experiência de
tem que ser bastante duro e determinado, panhado de resultados”, ressalta. No en- Rudolf à gestão da corporação, Roberto sa-
não tem jeito. Do contrário, as pessoas re- tanto, para chegar aos resultados positivos, lienta que só é possível alguém chamar a
sistem às mudanças”. O segredo para derro- o profissional deve seguir um tripé: respon- responsabilidade para si se houver transpa-
tar estes obstáculos é não colocar opinião sabilidade, transparência e eqüidade, deno- rência, ou seja, a noção exata de como são
pessoal e fazer muitas perguntas do tipo: minado meritocracia, que é a governança as regras do jogo, e como será o prêmio, seja
“Como está o mercado e o que vamos fazer corporativa de pessoas. Ele cita o ex-prefei- na forma acadêmica, profissional, reconhe-
para conquistá-lo? Se essa empresa fosse tua, to de Nova Iorque, Rudolf Juliane, autor cimento público, salário ou bônus. “Aí se
como você agiria?”. “Até por que”, ponde- do livro “Liderança e transformação da ci- encaixa a transparência e a eqüidade”, sus-
ra o executivo, “muito provavelmente essa dade de Nova Iorque” e responsável por tenta Roberto. A mudança foi avassaladora,
pessoa vai ter coisas muito interessantes para uma complexa reestruturação da cidade. “A segundo o presidente da companhia, mas
te dizer e que serão agregadas ao processo”. responsabilidade de transformar a cidade é quando os resultados começaram a apare-
Na nova trajetória da CBCC, o profis- minha”, disse o prefeito. Em outras, pala- cer, “foi fantástico”, dispara.

Crescimento ganha destaque na Gazeta Mercantil

A CBCC está em franca ascensão, como noticiou o Jor-


nal Gazeta Mercantil. O texto destaca que desde que come-
çou a evolução do mercado de contact center, a empresa vem
contratando novos funcionários e já vê a possibilidade de
alcançar outros horizontes. A matéria divulgada pelo jornal
comenta que a direção da empresa tem planos de expandir
30% o faturamento, no que deve passar a barreira de R$ 150
milhões. Fala das perspectivas, ao realçar a intenção de in-
vestir R$ 20 milhões, utilizando recursos próprios, fazendo
com que as suas 700 novas posições de atendimento (PA’s)
representem 1,2 mil postos de trabalho.
“A idéia é virar o ano com mais de 7 mil operadores”,
planeja Roberto Waddington, diretor-superintendente, como
o jornal descreveu. A companhia foi buscar alguns reforços
com perfil de cliente e opreações, recrutando executivos de
algumas das principais instituições financeiras do mercado,
como o Unibanco, BankBoston e Santander. “Fomos atrás
de executivos de empresas tradicionalmente focadas em rela-
cionamento com seus clientes, cujo objetivo era incrementar
a nossa estratégia de vendas e melhorar a performance da
operação” diz Waddington. No total, 14 novos executivos
foram incorporados ao staff da companhia nos últimos nove
meses.
O jornal destaca novas conquistas como as contas da Gol
Linhas Aéreas, Credicard e Bradesco, avançando 14% sobre
o faturamento do ano anterior, além de clientes tradicionais
como Brasil Telecom, Banco do Brasil e Correios. Sobre no-
vos horizontes, a reportagem cita a exportação de serviços de
call center, vista como uma oportunidade séria, desde que no
idioma inglês. “Se o número de escolas proliferar, teremos
competitividade para enfrentar a Índia, Filipinas e África do
Sul, onde a mão-de-obra é barata e há facilidade com o idio-
ma”, como disse Roberto Waddington.

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especial
central de atendimento
t e c n o l o g i a

O objetivo é gerar resultados


As ferramentas utilizadas como infra-estrutura para as operações têm função de facilitar as
ações e permitir visualizações estratégicas, em tempo real.

Tecnologia? Para a CBCC, “é um meio explicar ao cliente os diferenciais da solu-


para se conseguir gerar resultados para o ção tecnológica e quais são os benefícios
cliente, não é um fim em si”. A declaração é que essa solução trará para o seu negócio”,
de Rodrigo Borer, diretor de Produtos e explica Borer.
Tecnologia da CBCC. A justificativa do O desafio é a formação de profissionais
executivo explica a filosofia corporativa de com este nível. “É um dos desafios que en-
estar sempre em busca da melhor solução frentamos, recrutar gente para trabalhar
tecnológica, para ofertar o melhor custo/ dentro de nossa filosofia”, justifica Borer.
benefício do mercado. “Procuramos sem- “A maior parte desses profissionais são ca-
pre nos adaptar às necessidades específicas pacitados internamente”, reconhece Borer.
dos clientes”, diz Borer. Para a CBCC, tudo “Às vezes formamos e acabamos perdendo
começa com a avaliação das necessidades esse profissional para a concorrência, mas
da operação para, a partir daí, ir atrás da faz parte do jogo. Estamos satisfeitos em
melhor tecnologia, que deve ser eficiente, contribuir para o desenvolvimento da in-
flexível e confiável. dústria”, ilustra. Ele avalia com entusiasmo
Borer salienta duas formas de tratar a a formação de capital humano.
questão. Uma baseada na equipe responsá- Sobre o perfil das soluções, Borer iden-
vel pelo desenvolvimento das soluções, tifica dois tipos de cliente. O primeiro tipo
Rodrigo Borer, Diretor de Produtos e identificando as necessidades do cliente e é aquele que especifica o problema e delega
Tecnologia buscando informações junto aos fornece- à empresa todas as etapas da solução, como
dores para saber o que existe em termos de por exemplo, qual a fraseologia da URA, o
soluções, produtos e modelos tecnológicos. sistema de atendimento e formato dos rela-
A outra, identificar o que o mercado está tórios. Neste caso a CBCC define como
demandando, para então procurar unir as deve fazer o serviço. “É simples trabalhar
duas pontas. “Nossa equipe interage com as com este cliente porque ele nos dá flexibili-
áreas comerciais na hora de confeccionar dade na busca de ferramentas técnicas a se-
um projeto e é responsável por identificar rem disponibilizadas para atender a sua ne-
esse tipo de oportunidade”, afirma Borer. cessidade”, afirma Borer. Neste caso, é dese-
Uma questão crítica, segundo Borer, é ga- nhado todo o modelo tecnológico dentro
rantir que está sendo implantado exatamen- do que existe de melhor para o dado pro-
te o que foi projetado. “Quando o ambien- blema. “Se ele quer analisar a operação so-
te começa a funcionar, entregamos a opera- bre a ótica de quantidade de ligações aten-
ção à outra equipe, que assume a responsa- didas por hora, é exatamente isso que va-
bilidade do dia-a-dia”, explica. mos apresentar como output”.
Outra característica peculiar da CBCC Outro perfil é do cliente que quer saber
é o perfil misto dos seus funcionários. En- de tudo. Borer ilustra que alguns chegam a
quanto a equipe de analistas, programado- definir o fabricante do HD do servidor de
res e especialistas têm formação técnica para banco de dados a ser utilizado. Para este
gerir as operações, os profissionais estraté- tipo de cliente, a empresa chega às minúcias
gicos, que desenham as soluções, precisam de ferramentas, processos e procedimentos.
conhecer todo o projeto. “Estes têm que O modelo nestes casos oferece ao cliente o

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completo acompanhamento de todas as etapas
da operação, permitindo a tomada de decisões,
quando for o caso, em tempo real. Borer
exemplifica que, em determinada operação ati-
va, o cliente faz o diagnóstico individualizado
dos produtos vendidos. Os gestores da opera-
ção (supervisores, coordenadores e gerentes)
podem focar regiões ou segmentos onde hou-
ver maior receptividade. Os processos,
automatizados, permitem transformar decisões
estratégicas em ações passadas aos agentes. “Para
uma determinada operação de venda, os gestores
disponibilizam as informações necessárias a cada
transação, de forma a obter a maior eficiência
possível”, detalha Borer. O que o agente faz na
hora em que está ao telefone está determinado
no script flexível e pela gestão do supervisor.
“Assim funciona a equipe da CBCC”, resume
o executivo. “Todos têm objetivos específicos
dentro da cadeia produtiva”, explica Borer. O
modelo segue o conceito de gerar resultados de
valor para o cliente. “Estamos o tempo todo como DAC, URA, base de dados, discador, dispensáveis. “Sempre procuramos, dentro
procurando alinhar os objetivos do cliente com etc. O executivo reconhece a necessidade destas premissas, a melhor relação de pre-
os nossos objetivos operacionais”, ressalta Borer de ponderar a medida entre entender que o ços e propor alternativas para atender às
O papel da tecnologia, dentro deste mo- cliente está sempre em busca de melhores necessidades do cliente. No final das con-
delo, é fornecer ferramenta para a gestão e preços e as ferramentas necessárias à opera- tas, queremos que ele fique satisfeito com os
oferecer toda a infra-estrutura à operação, ção. Para Borer, algumas premissas são in- nossos serviços”, pontifica Borer.

Sucesso trilíngüe
O desafio: estruturar uma unidade para
operar 24 horas, sete dias por semana com
agentes trilingües (português, espanhol e
inglês), atendendo nove países da América
Latina. Os operadores precisavam ser capa-
citados a atender chamadas originadas pe-
los clientes corporativos (equipamentos de
telefonia de rede) de help desk com as mais
diferentes prioridades como simples (solici-
tação de informação), complexa e crítica.
O resultado - A operação, da Nokia
Networks, é avaliada como um case de su-
cesso. Ana Claudia Lembo, Coordenadora
de Help Desk, afirma que a parceria com a
CBCC tem sido excelente. A empresa aten-
de a todos os requisitos da operação. "Gra-
ças à forte parceria que consolidamos, sem
dúvida, conseguimos atingir um alto nível
de qualidade nesse tipo de atendimento. O
resultado é fantástico. Posso dizer que 100%
dos atendimentos da central são realizados
dentro dos padrões definidos", explica.
Ana Claudia Lembo, Coordenadora de Help Desk

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q u a l i d a d e & p e s s o a s

Trampolim para um salto


qualitativo
A CBCC apostou na mudança cultural, com profunda reestruturação corporativa com foco em
qualidade e capacitação de pessoas, tendo o cliente como meta prioritária

Com o advento da Internet na década em mente que os custos são sempre fator
de 90, o mundo ficou cada vez mais interli- crítico.”
gado. A tecnologia aos poucos vai mudan- O desafio era descobrir uma maneira de
do a maneira de relacionamento entre as como sermos reconhecidos pela qualidade,
pessoas. Bilhões de contatos, inclusive en- tendo como parâmetro a questão do custo/
tre idiomas e cultura diferentes, são realiza- benefício. “É preciso ter muita criatividade,
dos pela necessidade de fazer negócios e usar pensar em modelos, conceitos e alternativas”,
serviços. Percebendo a necessidade cada vez diz Luiza. A estratégia foi investir em pessoas,
maior de aprimorar a forma de comunica- procurando dar voz e vez à equipe de colabo-
ção, a CBCC decidiu investir no binômio radores, na tentativa de colocar diferentes
Qualidade e Pessoas. Na visão da compa- cérebros em torno de um único objetivo, o de
nhia, esse é o diferencial em uma economia servir ao cliente. “São coisas pequenas, mas
em que tudo parece igual, e portanto, uma que juntas têm uma eficácia muito grande”.
excelente oportunidade para impor o que Foi com esta filosofia, de se aproximar
realmente seja diferencial em uma estraté- do cliente, saber o que ele precisa e cumprir
gia de fidelização de clientes. os contratos conforme o acordado previa-
E foi com este desafio que, no começo de mente, que a CBCC começou a perceber
2003, Anna Luiza Martin entrou na cor- os resultados positivos. “Quando falamos
Anna Luiza Martin, Diretora de poração e propôs a criação da diretoria de em qualidade, estamos também falando das
Qualidade e Pessoas Qualidade e Pessoas. No início, a executiva pessoas que trabalham conosco. A equipe
lembra que precisou reorganizar o departa- da CBCC é o motor de todo esse processo,
mento de RH por completo. A sua missão porque a forma como nós atendemos um
era propor estratégias eficazes, capaz de me- cliente pode ser decisiva para o fechamento
lhorar a qualidade dos serviços oferecidos. A ou não de um acordo comercial. Nesta par-
primeira investida foi questionar: “O cliente te passamos por uma ampla mudança”, con-
está satisfeito?”. Com base nas respostas, um firma Luiza. O primeiro grande passo foi
diagnóstico foi elaborado com propostas de estrutural: pessoas, encargos, benefícios e
soluções para cada caso. Numa frase ela resu- salários passaram a ser avaliados. “Estes itens
me a política de sucesso de uma empresa de juntos representam quase 70% do custo de
contact center: “Comunicação é tudo!”, uma empresa de contact center. Então, qual-
completa Anna. quer coisa que se faça de melhoria tem uma
A companhia chegou à conclusão de que redução enorme”, diz.
para se posicionar como uma empresa de qua- As maiores mudanças - definição de
lidade, seria preciso estabelecer alguns pon- visão e ambição, valores da empresa e a es-
tos chave. “Primeiro: a qualidade tem que trutura organizacional -, ocorreram no co-
ser percebida pelo cliente; segundo: foco do meço de 2003. “Tivemos que analisar pes-
cliente, e não apenas no cliente; e terceiro, o soa por pessoa, cargo por cargo para
equilíbrio custo/benefício”, explica. Na sua implementar as mudanças necessárias em
opinião, aumentar radicalmente a qualidade um processo como esse”, lembra a Diretora.
pode não trazer os resultados esperados. O foco de algumas áreas foi mudado com a
“Pode ser maravilhoso, mas a quê preço? finalidade dar mais agilidade e dinamismo
Você corre o risco de tornar a empresa aos variados setores. A área de tecnologia,
inviável, pois neste segmento é preciso ter por exemplo, estava junto com as opera-

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ções. Então, a CBCC criou a área de pro- política inovadora de cargos, salários e benefí- ções e levar soluções até o cliente da empre-
dutos e juntou com a de tecnologia para cios baseados num plano de carreira. O trei- sa é a missão principal. “A CBCC chegou
readequar, porque havia gente certa no lu- namento aos novos funcionários teve algu- num estágio tão avançado que estamos con-
gar errado. Ao longo do ano pegamos pes- mas modificações, oferecendo mais possibili- seguindo levar para alguns clientes, suges-
soas com competência e colocamos em po- dade do colaborador se projetar profissional- tões e propostas de melhoria nos processos
sições e com condições de dar mais resulta- mente, dependendo exclusivamente do seu deles”, comenta Luiza, explicando que o
dos positivos à empresa”, continua. desempenho. Enfim, ele precisa contribuir com sucesso é fruto de informações captadas pela
Com esse remanejamento mais os recur- a empresa, ajudar a gerar as oportunidades e equipe de profissionais ao longo do relacio-
sos captados no mercado, o processo de mu- demonstrar competência para quando a opor- namento com cada um dos consumidores.
dança começou a acontecer de fato. “O traba- tunidade surgir, esteja apto a assumir mais res- Entretanto, a pressão por resultados a
lho de mudança cultural é infinito. É necessá- ponsabilidades”, diz. curto prazo existe, o que acaba elevando o
rio sempre trazer argumentos novos, pois en- Anna Luiza é bem prática ao falar da nível de estresse do time. Para diminuir o
sinar uma pessoa a pensar diferente é um gran- capacitação pessoal. “Nosso produto fala, impacto e evitar que a pressão afete o rendi-
de desafio. É preciso ensiná-la a pescar”, en- sente, pensa e tem sugestões a fazer”. Neste mento da equipe, a CBCC desenvolve téc-
tende Anna Luiza, acrescentando que o tra- contexto, é preciso entender todo o ciclo nicas motivacionais para harmonizar o am-
balho se deu tanto na área diretiva como na do negócio, e ter a percepção “do cliente do biente de trabalho. “Na nossa política de
operacional. Assim, foi implementada uma nosso cliente”, enfatiza. Filtrar as informa- RH, estamos sempre conferindo o clima

Contribuição social
A CBCC divide suas atividades de Projeto Programas de Qualidade de
empresa cidadã entre o público interno e Vida – Tudo Bem
externo. Dentro do Programas de Qualida- Objetivo Agregar todas as ações de qua-
de de Vida, oferece o programa institucional lidade de vida desenvolvidas na
Tudo Bem, que tem por finalidade agregar empresa
ações de qualidade de vida desenvolvidas Outros Projetos Campanhas educativas e de Saú-
de e Medicina Preventiva, Pro-
na empresa. Através do Tudo Bem, são grama de Estágio
lançadas campanhas pró saúde, como Aids
Parceria com ONGs/outras instituições CIEE, Senac
e câncer de mama, entre outras que são re-
Número de funcionários 5,900
alizadas com fortes ações de comunicação
Número de funcionários no primeiro emprego 520
em todos os meios disponíveis na empresa.
Ainda no Tudo Bem, é desenvolvido o Abertura de vagas/mês 800
programa de ginástica laboral realizado com Incentivo governamental Não
consultoria especializada. Fonte: Empresa
Para o público externo, visando desen-
volver o espírito de cidadania em cada um,
a CBCC organiza arrecadações para insti-
tuições carentes. Estas ações são desenvol-
vidas em todos os sites da empresa, sendo
que os próprios funcionários indicam as
entidades que serão beneficiadas nas suas
cidades. De acordo com a Diretora de Qua-
lidade e Pessoas, Anna Luiza Martin, são
formados comitês por área e site, no qual os
funcionários terão a responsabilidade de
motivar as equipes para a arrecadação. “Os
próprios funcionários entregam o que foi
arrecadado. Toda a campanha é planejada e
monitorada pelas áreas de Qualidade e Pes-
soas e pelo Marketing”, explica.

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para saber o que não está legal, pois lidar mais, termos os nossos processos e equipes dele. Vamos auxiliá-lo em todas as fases do
com pessoas requer uma dinâmica muito muito bem afinados e focados em resultados e, projeto que está sendo implementado. É uma
abrangente. A cada dia temos que ser uma principalmente, nos resultados dos clientes”. consultoria de relacionamento com clien-
empresa nova”, diz Anna Luiza, detalhan- Passo à frente - A companhia busca te”, explica Anna Luiza.
do a complexidade do negócio. daqui para frente o foco consultivo, que con- Na opinião de Anna, terceirizar um ser-
A CBCC está conseguindo bons resulta- siste no entendimento de que a CBCC não viço de contact center só resolve uma parte
dos neste aspecto, devido à filosofia de pensar é simplesmente um negócio de vender PAs. do problema do cliente, mas outros surgi-
sempre no futuro, aproveitando e aperfeiço- Trata-se de uma empresa focada no relacio- rão e ele precisará da ajuda para solucioná-
ando o que já vinha sendo feito. A empresa namento duradouro com o cliente. Este re- los. “Para tanto, precisamos estar prepara-
não pensa em parar de investir em pessoas. lacionamento tem que ter como alicerce a dos com uma estrutura de alto nível à dis-
“O que falei antes sobre percepção de qualida- confiança mútua, que significa a possibilida- posição dos clientes dos nossos clientes, que
de, processo, ter gente certa no lugar certo, de de propor melhorias, entender o objetivo têm cultura e métodos diferentes. A equipe
continua. Só que agora é mais desafiador!”, do cliente e desenvolver linhas gerais dos precisa ser treinada para poder atender a
entusiasma-se. Essa atitude faz com que a projetos. “Por exemplo: se o nosso cliente todas essas necessidades”. Segundo Anna
CBCC fique cada vez mais próxima do clien- quer se relacionar melhor com seu cliente Luiza, a equipe da CBCC veste duas cami-
te, surgindo ótimas oportunidades de negóci- final, como uma empresa de prestação de sas: “a camisa do nosso cliente e a camisa do
os. “Estamos caminhando para que, cada vez serviços, temos que ir ao encontro das metas cliente do nosso cliente”.

Os resultados para o negócio


As transformações culturais da CBCC
começam a ser percebidas, na prática, pelos
clientes. Um bom exemplo é a Brasil
Telecom, uma das maiores operadoras de
telefonia fixa do País. Zalther Povoas, ge-
rente de Relacionamento com Clientes
Serviço Fixo, observa com entusiasmo os
inputs recebidos. “Alguns resultados já vêm
sendo obtidos como maior agilidade no trei-
namento e reposição de pessoal, incremen-
to de multi skill e melhoria de monitoria da
qualidade. Além disso, percebemos melho-
ra às respostas dos líderes da CBCC às de-
mandas da Brasil Telecom na busca de me-
lhores resultados para o negócio, utilizando
os canais e ferramentas de relacionamento
com os clientes”, afirma.
Questionado sobre os caminhos para
ganhar produtividade, Zalther comenta a
necessidade da boa gestão de Recursos Hu-
manos como fundamental para o aumento
de produtividade de modo sustentável. “Boa
comunicação com os colaboradores, trans- Zalther Povoas, Gerente de Relacionamento com Clientes Serviço Fixo
parência nos planos de cargos e salários,

política adequada de reconhecimento aos fego e resultados. Caso contrário a alto de-
melhores colaboradores, metas claras, desa- sempenho traz instabilidade no ambiente,
fiadoras e atingíveis, ambiente de trabalho, aumento do turn over, do absenteísmo e
etc, formam o lastro necessário à implanta- gera um gráfico ‘dente de serra’ para os re-
ção de modelos de alto desempenho de trá- sultados”, pondera Zalther.

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especial
central de atendimento
c a s e

Sucesso de público e bilheteria


A rede Blockbuster nasceu em 1985, foram alugados anteriormente em DVD e
no Texas, numa época em que a locação de VHS (são os chamados filmes Previamente
vídeos era um negócio relativamente novo. Vistos) utilizando também os serviços da
Em dois anos de atuação no mercado, já era CBCC.
uma rede com oito lojas próprias e 11 fran- Há dois anos a Blockbuster procurou a
quias; foi neste período que a empresa ex- CBCC para realizar a centralização de toda
perimentou sua maior mudança. a venda destes Filmes Previamente Vistos
Após 15 anos de sua concepção, a fora de suas lojas por uma central de atendi-
Blockbuster é uma das maiores fontes de mento terceirizada.
renda da indústria do cinema, operando em E a rede de videolocadoras tem moti-
29 países, com mais de 8.500 lojas e mais de vos de sobra para comemorar essa parceria
70 milhões de associados. Através de um com a CBCC. Com mais de 380% de cres-
acordo de franquia em 1994 entre o Grupo cimento em vendas entre maio e novem-
Moreira Salles e a Blockbuster bro de 2003, a operação conseguiu gerar
Entertainment Corporation, a marca é re- ainda mais resultados e cresceu 80% entre
presentada no Brasil pela BWU Comércio fevereiro e abril desse ano.
e Entretenimento Ltda. A primeira loja foi A CBCC recebe ligações de um públi-
inaugurada em 22 de março de 1995, no co bem definido. Mais de 90% dos chama-
Ricardo Joceli, Gerente de Atendimento bairro paulistano do Itaim Bibi. Atualmen- dos recebidos são de proprietários de outras
te, a rede possui lojas espalhadas pelos prin- locadoras, que em sua maioria já estão ca-
cipais Estados do país: São Paulo, Rio de dastrados e costumam comprar os produtos
Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, pela central de atendimento da CBCC.
Paraná, Santa Catarina, Goiás, Pará, Cea- “Estamos habituados a receber pedidos de
rá, Bahia, Pernambuco e Distrito Federal. donos de locadoras para adquirir novos tí-
O negócio da Blockbuster no Brasil não tulos para o seu negócio. Boa parte deles
fica restrito apenas à locação e venda de liga mensalmente e nos solicita os princi-
filmes nas lojas da rede. Hoje a companhia pais lançamentos do mês”, conta Ricardo
vende filmes revisados e com garantia, que Joceli, gerente de atendimento da CBCC.

CBCC e TVA: três anos de uma


parceria de sucesso
Há cerca de três anos, a TVA do Rio de ções e participação em promoções”, explica
Janeiro – empresa de TV por assinatura do Carla Fonseca, supervisora comercial da
grupo Abril – decidiu terceirizar sua central TVA do Rio de Janeiro.
de vendas a novos clientes. Para isso, con- O telemarketing ativo exige uma estru-
tratou os serviços da CBCC, uma das mai- tura de 10 posições, com 20 pessoas reali-
ores empresas de contact center do país. zando ações de vendas de assinatura para
A operação foi iniciada no dia 15 de novos clientes e de serviços para clientes
dezembro de 2001, com apenas três PAs (po- atuais. No geral, a central realiza cerca de
sições de atendimento), que contava com 6 42 mil ligações ativas por mês. “Neste caso,
profissionais se revezando entre ações de nós ligamos à procura de novos assinan-
venda ativa e receptiva. Hoje, cerca de três tes”, explica ela.
anos depois, a operação quadruplicou e já Segundo a executiva, o crescimento da
conta com 13 PAs (posições de atendimen- parceria entre a CBCC e a TVA aconteceu
to), 26 operadores, trabalhando no período graças ao bom desempenho atingido pela
de segunda a sexta-feira, das 9 horas às 21 operadora de contact center. “Quando esco-
Carla Fonseca, Supervisora Comercial horas, e ao sábados, da 9 horas às 17 horas. lhemos a CBCC, foi por conta da experiên-
A operação está dividida em duas par- cia e da tecnologia de ponta que a empresa
tes. Uma delas é o televendas receptivo, nos ofereceu. Isso ficou comprovado com os
com três PAs (seis agentes), que recebem, resultados obtidos ao longo do tempo. A
em média, 13 mil ligações por mês. “São empresa consegue atingir todas as metas es-
prospects da TVA em busca de informa- tipuladas pelo contrato”, completa.

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p a l a v r a d o p r e s i d e n t e

Vamos mudar de estágio?


A CBCC quer se posicionar como modelo de operação de contact center e se preparar para a
terceira onda do mercado

O mercado nacional de atendi- entes, pode ser uma nova realidade


mento a clientes está prestes a embar- empresarial e a oportunidade de se
car em uma nova fase. Para mim, concentrar em seu core, recebendo
estamos ingressando na terceira onda inputs estratégicos para reposiciona-
de terceirizações. A primeira come- mento de produtos, marcas e serviços.
çou no início da década de 90, com a Nesta nova onda, fará diferença
maciça terceirização motivada pela quem agregar mais valor aos serviços
redução de custos e a necessidade de prestados, ofertando aos potenciais
atendimento a normas legais, como o contratantes a gestão global de todo o
Código de Defesa do Consumidor. A processo de relacionamento com cli-
segunda onda iniciou-se na metade da ente. A área tecnológica continuará
década passada, impulsionada pela sendo imprescindível, apesar de cada
privatização do Sistema Telebrás, que vez mais comoditizada. O diferencial
deu um novo impulso ao mercado. será, cada vez mais, pessoas e proces-
Roberto Waddington, Presidente
A terceira onda, que está começan- sos, justificando toda a mudança estra-
do agora, será um marco importante tan- tégica e cultural que estamos imprimin-
to para as operadoras de Contact Center do na CBCC.
como a CBCC, quanto para os contra- Uma questão intrigante é que, ao
tantes destes serviços. A diferença fun- participar mais ativamente das áreas
damental dos movimentos anteriores estratégicas dos nossos tomadores de
está, além da qualidade dos serviços serviços, naturalmente teremos maior
prestados, na necessidade de conheci- capacidade de gerar valor para estes e
mento profundo do business dos clien- oportunidade para solidificar nosso
tes. A partir de agora devemos estar pre- papel dentro de sua cadeia produtiva.
parados para assumir a gestão completa Sendo bem pragmático, começaremos
de todos os ciclos de relacionamento a falar de uma nova realidade onde
com os clientes de nossos clientes. estarão de um lado prestadores de ser-
A mudança para as prestadoras de viços altamente especializados e, de
serviços poderá ser, ao mesmo tempo, outro, clientes focados exclusivamen-
grande ou nenhuma. Uma incongru- te em seu core-business.
ência explicada pelo fato de que quem Aqui na CBCC estamos apostando
não estiver preparado não terá condi- muito nesta nova onda, nos preparan-
ções de usufruir das oportunidades ge- do para liderá-la, sempre gerando re-
radas por este movimento. Para os cli- sultados positivos para nossos clientes.

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