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Índice
4
história
Muita expertise, senso de oportunidade e
visão empresarial
6
cultura
A transformação, a favor do cliente
8
tecnologia
O objetivo é gerar resultados
9 Nokia
Sucesso trilíngüe
10
qualidade & pessoas
Trampolim para um salto qualitativo
cases
14 Blockbuster
Sucesso de público e bilheteria
TVA
CBCC e TVA: três anos de uma parceria de sucesso
15
palavra do presidente
Vamos mudar de estágio?
A transformação, a favor do
cliente
Em menos de dois anos, a CBCC passou por uma profunda transformação cultural, da estrutura
organizacional ao relacionamento com clientes e funcionários – a base para consolidar uma
nova fase
Uma das primeiras preocupações de mente externo”, avalia. O executivo afirma buída exclusivamente ao presidente ou a
Roberto Waddington ao assumir a compa- que estudos apontavam na direção de uma um único indivíduo. A CBCC agregou à
nhia em meados de 2002, foi procurar companhia mais aberta, ágil e, sobre tudo, sua nova cultura a valorização da capacida-
mapear o DNA da CBCC. Na prática, ele mais focada no cliente final. “Foi a partir de de entregar com qualidade, pensando
apostou em estruturar a cultura da compa- disso tudo que começamos a desenhar a no cliente e nas suas necessidades. As re-
nhia em quatro pilares comportamentais: nossa cultura”, explicou Waddington. munerações fixas ficaram para trás em favor
pessoas, flexibilidade, qualidade e mercado, A surpresa de Roberto foi que todos das remunerações variáveis, uma vez que o
interligados de acordo com a necessidade dentro da empresa tinham consciência de foco principal é no cliente. “Queremos ser
(veja gráfico). “Esta é uma técnica para di- que era necessário passar por uma transfor- referência em termos de qualidade e renta-
agnóstico de cultura”, explica Roberto. Ele mação não apenas para permanecer em um bilidade no mercado de contact center no
relembra que, no segundo semestre de 2002 mercado cada vez mais competitivo, mas Brasil, até 2005”, afirma Roberto. Esse é o
reuniu 60 executivos da companhia para para ganhar market share e gerar dividen- ponto de chegada após a revolução. Mas o
fazer um diagnóstico do mercado e identifi- dos. “Foi por aí que nasceu a revolução in- que fazer para atingir essa meta? “Oferecer
car qual era a percepção deles sobre estes terna da companhia”, conta Roberto, acres- soluções e entregar resultados, essa é a mis-
quatro padrões e, dependendo das respos- centando que o sucesso da revolução cultu- são de todos, todos os dias ao chegar no
tas, estabelecer um novo modelo. ral se deveu ao fato de a responsabilidade escritório”, pontifica.
Algumas surpresas foram muito boas. ter sido transferida para o time e não atri- A pergunta sobre o trabalho de implan-
Outras, sugeriam mudan- tação de um plano estratégi-
ças. No quesito pessoas, co de mudança dentro de
por exemplo, foi identifi- Cultura CBCC uma corporação é, aparente-
cado que a CBCC era “ra- mente, simples. “Nosso pla-
zoavelmente paternalista no estratégico foi seguido,
e pouco flexível. Mas tam- com ajustes, encarando um
bém focada no mercado e problema de cada vez”, res-
muito hierárquica, ou salta Roberto. Foi a partir da
seja, completamente ori- reunião com o grupo diretivo
entada a cargos e formali- que saiu o desenho da nova
dades”, lembra. Diante da cultura, e se mapeou a mu-
radiografia que a empresa dança. “Foi desta forma que
tinha o eixo muito volta- surgiu o trabalho de trans-
do para pessoas e hierar- formação, comprometimen-
quia, a decisão foi de ser to da equipe e redefinição de
menos hierárquica e mais metas”, reconhece.
informal, orientada ao Mas ele reconhece que,
objetivo de ganhar mais quando se pretende mudar
flexibilidade e manter o algo, sempre aparecem os “in-
olho no mercado. A com- satisfeitos” ao longo do per-
panhia precisava mudar a curso. São pessoas que, na
cultura “de foco predomi- opinião de Roberto, “fazem
nantemente interno, para mais parte do problema do
um foco predominante- que da solução”. Neste caso,
Sucesso trilíngüe
O desafio: estruturar uma unidade para
operar 24 horas, sete dias por semana com
agentes trilingües (português, espanhol e
inglês), atendendo nove países da América
Latina. Os operadores precisavam ser capa-
citados a atender chamadas originadas pe-
los clientes corporativos (equipamentos de
telefonia de rede) de help desk com as mais
diferentes prioridades como simples (solici-
tação de informação), complexa e crítica.
O resultado - A operação, da Nokia
Networks, é avaliada como um case de su-
cesso. Ana Claudia Lembo, Coordenadora
de Help Desk, afirma que a parceria com a
CBCC tem sido excelente. A empresa aten-
de a todos os requisitos da operação. "Gra-
ças à forte parceria que consolidamos, sem
dúvida, conseguimos atingir um alto nível
de qualidade nesse tipo de atendimento. O
resultado é fantástico. Posso dizer que 100%
dos atendimentos da central são realizados
dentro dos padrões definidos", explica.
Ana Claudia Lembo, Coordenadora de Help Desk
Com o advento da Internet na década em mente que os custos são sempre fator
de 90, o mundo ficou cada vez mais interli- crítico.”
gado. A tecnologia aos poucos vai mudan- O desafio era descobrir uma maneira de
do a maneira de relacionamento entre as como sermos reconhecidos pela qualidade,
pessoas. Bilhões de contatos, inclusive en- tendo como parâmetro a questão do custo/
tre idiomas e cultura diferentes, são realiza- benefício. “É preciso ter muita criatividade,
dos pela necessidade de fazer negócios e usar pensar em modelos, conceitos e alternativas”,
serviços. Percebendo a necessidade cada vez diz Luiza. A estratégia foi investir em pessoas,
maior de aprimorar a forma de comunica- procurando dar voz e vez à equipe de colabo-
ção, a CBCC decidiu investir no binômio radores, na tentativa de colocar diferentes
Qualidade e Pessoas. Na visão da compa- cérebros em torno de um único objetivo, o de
nhia, esse é o diferencial em uma economia servir ao cliente. “São coisas pequenas, mas
em que tudo parece igual, e portanto, uma que juntas têm uma eficácia muito grande”.
excelente oportunidade para impor o que Foi com esta filosofia, de se aproximar
realmente seja diferencial em uma estraté- do cliente, saber o que ele precisa e cumprir
gia de fidelização de clientes. os contratos conforme o acordado previa-
E foi com este desafio que, no começo de mente, que a CBCC começou a perceber
2003, Anna Luiza Martin entrou na cor- os resultados positivos. “Quando falamos
Anna Luiza Martin, Diretora de poração e propôs a criação da diretoria de em qualidade, estamos também falando das
Qualidade e Pessoas Qualidade e Pessoas. No início, a executiva pessoas que trabalham conosco. A equipe
lembra que precisou reorganizar o departa- da CBCC é o motor de todo esse processo,
mento de RH por completo. A sua missão porque a forma como nós atendemos um
era propor estratégias eficazes, capaz de me- cliente pode ser decisiva para o fechamento
lhorar a qualidade dos serviços oferecidos. A ou não de um acordo comercial. Nesta par-
primeira investida foi questionar: “O cliente te passamos por uma ampla mudança”, con-
está satisfeito?”. Com base nas respostas, um firma Luiza. O primeiro grande passo foi
diagnóstico foi elaborado com propostas de estrutural: pessoas, encargos, benefícios e
soluções para cada caso. Numa frase ela resu- salários passaram a ser avaliados. “Estes itens
me a política de sucesso de uma empresa de juntos representam quase 70% do custo de
contact center: “Comunicação é tudo!”, uma empresa de contact center. Então, qual-
completa Anna. quer coisa que se faça de melhoria tem uma
A companhia chegou à conclusão de que redução enorme”, diz.
para se posicionar como uma empresa de qua- As maiores mudanças - definição de
lidade, seria preciso estabelecer alguns pon- visão e ambição, valores da empresa e a es-
tos chave. “Primeiro: a qualidade tem que trutura organizacional -, ocorreram no co-
ser percebida pelo cliente; segundo: foco do meço de 2003. “Tivemos que analisar pes-
cliente, e não apenas no cliente; e terceiro, o soa por pessoa, cargo por cargo para
equilíbrio custo/benefício”, explica. Na sua implementar as mudanças necessárias em
opinião, aumentar radicalmente a qualidade um processo como esse”, lembra a Diretora.
pode não trazer os resultados esperados. O foco de algumas áreas foi mudado com a
“Pode ser maravilhoso, mas a quê preço? finalidade dar mais agilidade e dinamismo
Você corre o risco de tornar a empresa aos variados setores. A área de tecnologia,
inviável, pois neste segmento é preciso ter por exemplo, estava junto com as opera-
ções. Então, a CBCC criou a área de pro- política inovadora de cargos, salários e benefí- ções e levar soluções até o cliente da empre-
dutos e juntou com a de tecnologia para cios baseados num plano de carreira. O trei- sa é a missão principal. “A CBCC chegou
readequar, porque havia gente certa no lu- namento aos novos funcionários teve algu- num estágio tão avançado que estamos con-
gar errado. Ao longo do ano pegamos pes- mas modificações, oferecendo mais possibili- seguindo levar para alguns clientes, suges-
soas com competência e colocamos em po- dade do colaborador se projetar profissional- tões e propostas de melhoria nos processos
sições e com condições de dar mais resulta- mente, dependendo exclusivamente do seu deles”, comenta Luiza, explicando que o
dos positivos à empresa”, continua. desempenho. Enfim, ele precisa contribuir com sucesso é fruto de informações captadas pela
Com esse remanejamento mais os recur- a empresa, ajudar a gerar as oportunidades e equipe de profissionais ao longo do relacio-
sos captados no mercado, o processo de mu- demonstrar competência para quando a opor- namento com cada um dos consumidores.
dança começou a acontecer de fato. “O traba- tunidade surgir, esteja apto a assumir mais res- Entretanto, a pressão por resultados a
lho de mudança cultural é infinito. É necessá- ponsabilidades”, diz. curto prazo existe, o que acaba elevando o
rio sempre trazer argumentos novos, pois en- Anna Luiza é bem prática ao falar da nível de estresse do time. Para diminuir o
sinar uma pessoa a pensar diferente é um gran- capacitação pessoal. “Nosso produto fala, impacto e evitar que a pressão afete o rendi-
de desafio. É preciso ensiná-la a pescar”, en- sente, pensa e tem sugestões a fazer”. Neste mento da equipe, a CBCC desenvolve téc-
tende Anna Luiza, acrescentando que o tra- contexto, é preciso entender todo o ciclo nicas motivacionais para harmonizar o am-
balho se deu tanto na área diretiva como na do negócio, e ter a percepção “do cliente do biente de trabalho. “Na nossa política de
operacional. Assim, foi implementada uma nosso cliente”, enfatiza. Filtrar as informa- RH, estamos sempre conferindo o clima
Contribuição social
A CBCC divide suas atividades de Projeto Programas de Qualidade de
empresa cidadã entre o público interno e Vida – Tudo Bem
externo. Dentro do Programas de Qualida- Objetivo Agregar todas as ações de qua-
de de Vida, oferece o programa institucional lidade de vida desenvolvidas na
Tudo Bem, que tem por finalidade agregar empresa
ações de qualidade de vida desenvolvidas Outros Projetos Campanhas educativas e de Saú-
de e Medicina Preventiva, Pro-
na empresa. Através do Tudo Bem, são grama de Estágio
lançadas campanhas pró saúde, como Aids
Parceria com ONGs/outras instituições CIEE, Senac
e câncer de mama, entre outras que são re-
Número de funcionários 5,900
alizadas com fortes ações de comunicação
Número de funcionários no primeiro emprego 520
em todos os meios disponíveis na empresa.
Ainda no Tudo Bem, é desenvolvido o Abertura de vagas/mês 800
programa de ginástica laboral realizado com Incentivo governamental Não
consultoria especializada. Fonte: Empresa
Para o público externo, visando desen-
volver o espírito de cidadania em cada um,
a CBCC organiza arrecadações para insti-
tuições carentes. Estas ações são desenvol-
vidas em todos os sites da empresa, sendo
que os próprios funcionários indicam as
entidades que serão beneficiadas nas suas
cidades. De acordo com a Diretora de Qua-
lidade e Pessoas, Anna Luiza Martin, são
formados comitês por área e site, no qual os
funcionários terão a responsabilidade de
motivar as equipes para a arrecadação. “Os
próprios funcionários entregam o que foi
arrecadado. Toda a campanha é planejada e
monitorada pelas áreas de Qualidade e Pes-
soas e pelo Marketing”, explica.
política adequada de reconhecimento aos fego e resultados. Caso contrário a alto de-
melhores colaboradores, metas claras, desa- sempenho traz instabilidade no ambiente,
fiadoras e atingíveis, ambiente de trabalho, aumento do turn over, do absenteísmo e
etc, formam o lastro necessário à implanta- gera um gráfico ‘dente de serra’ para os re-
ção de modelos de alto desempenho de trá- sultados”, pondera Zalther.