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Questão 1
Considere os conjuntos S = {0, 2, 4, 6}, T = {1, 3, 5} e U = {0, 1} e as afirmações:
I. {0} ∈ S e S ∩ U ≠ ∅
II. {2} ⊂ S \ U e S ∩ T ∩ U = {0, 1}.
III. Existe uma função f : S → T injetiva.
IV. Nenhuma função g : T → S é sobrejetiva.
Então, é(são) verdadeira(s)
A) apenas I.
B) apenas IV.
C) apenas I e IV.
D) apenas II e III.
E) apenas III e IV.
Resolução
A afirmação I é falsa, pois {0} ∉ S.
A afirmação II é falsa, pois S ∩ T ∩ U = ∅.
A afirmação III é falsa, pois, sendo S e T conjuntos finitos e sendo o número de elementos de S maior que o
número de elementos de T, não existe uma função f : S → T injetiva.
A afirmação IV é verdadeira, pois, sendo S e T conjuntos finitos e sendo o número de elementos de S maior
que o número de elementos de T, nenhuma função g : T → S é sobrejetiva.
Resposta: B
▼
Questão 2
Em uma mesa de uma lanchonete, o consumo de 3 sanduíches, 7 xícaras de café e 1 pedaço de torta totalizou
R$ 31,50. Em outra mesa, o consumo de 4 sanduíches, 10 xícaras de café e 1 pedaço de torta totalizou R$ 42,00.
Então, o consumo de 1 sanduíche, 1 xícara de café e 1 pedaço de torta totaliza o valor de
A) R$ 17,50
B) R$ 16,50
C) R$ 12,50
D) R$ 10,50
E) R$ 9,50
Questão 3
Uma circunferência passa pelos pontos A = (0, 2), B = (0, 8) e C = (8, 8).
Então, o centro da circunferência e o valor de seu raio, respectivamente, são
A) (0, 5) e 6. D) (4, 5) e 5.
B) (5, 4) e 5. E) (4, 6) e 5.
C) (4, 8) e 5,5.
Resolução
Do enunciado, temos a figura:
y
8 B (0, 8) C (8, 8)
Centro
2 A (0, 2)
0 8 x
Como o ângulo AB̂C é reto, podemos concluir que o centro da circunferência é o ponto médio do segmento
— —
AC , ou seja, o centro é o ponto (4, 5). Além disso, AC é um diâmetro, logo, a medida r do raio é dada por:
1
r = ⋅ AC
2
1
r= (8 – 0)2 + (8 – 2)2
2
r=5
Resposta: D
▼
Questão 4
x= 7–4 3 + 3
x = 22 – 2 ⋅ 2 ⋅ 3 + ( 3 )2 + 3
x = (2 – 3 )2 + 3
x=2– 3+ 3 ∴ x=2
Logo, x é racional
Resposta: B
▼
Questão 5
— —
Considere o triângulo de vértices A, B e C, sendo D um ponto do lado AB e E um ponto do lado AC . Se
— — — —
m(AB) = 8 cm, m(AC ) = 10 cm, m(AD) = 4 cm e m(AE ) = 6 cm, a razão das áreas dos triângulos ADE e ABC é
1 3
A) . D) .
2 10
3 3
B) . E) .
5 4
3
C) .
8
Resolução
Do enunciado, temos a figura, na qual α é a medida do ângulo BÂC.
A
α
4
8 6
D 10
cotada em cm
B C
1
⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ sen α 3
A razão das áreas dos triângulos ADE e ABC, nesta ordem, é igual a 2 , ou seja, .
1 10
⋅ 8 ⋅ 10 ⋅ sen α
2
Resposta: D
▼
Questão 6
Em um triângulo retângulo, a medida da mediana relativa à hipotenusa é a média geométrica das medidas
dos catetos. Então, o valor do cosseno de um dos ângulos do triângulo é igual a
4 1
A) . D) 4+ 3.
5 4
2+ 3 1
B) . E) 2+ 3.
5 3
1
C) 2 + 3.
2
α
b c
bc
O... centro da circunferência circunscrita
ao triângulo ABC.
2α α
C H B
O
bc
bc
bc
AH ⋅ BC = AC ⋅ AB ∴ AH ⋅ 2 bc = bc ∴ AH = (I)
2
No triângulo retângulo AHO, temos:
AH AH
sen(2α ) = ∴ sen(2α ) = (II)
AO bc
1
De (I) e (II), temos que sen(2α ) = .
2
Logo, 2α = 30º e α = 15º.
Temos: 2 cos 215º – 1 = cos 30º
3
2 cos2 15º – 1 =
2
1
cos15º = 2+ 3
2
1
Portanto, o valor do cosseno de um dos ângulos do triângulo é igual a 2+ 3 .
2
Resposta: C
▼
Questão 7
A circunferência inscrita num triângulo equilátero com lados de 6 cm de comprimento é a interseção de uma
esfera de raio igual a 4 cm com o plano do triângulo. Então, a distância do centro da esfera aos vértices do
triângulo é (em cm)
A) 3 3.
B) 6.
C) 5.
D) 4.
E) 2 5 .
C G
6 3
Temos que GM = , ou seja, GM = 3.
6
(OB)2 = ( 13 )2 + (2 3 )2 ∴ OB = 5
Questão 8
Uma esfera de raio r é seccionada por n planos meridianos. Os volumes das respectivas cunhas esféricas con-
πr 3
tidas em uma semi-esfera formam uma progressão aritmética de razão . Se o volume da menor cunha for
45
πr 3
igual a , então n é igual a
18
A) 4.
B) 3.
C) 6.
D) 5.
E) 7.
πr 3 πr 3
Como a P.A. de razão é crescente, seu primeiro termo é . Assim, do enunciado, temos:
45 18
(a1 + an ) ⋅ n 1 4
= ⋅ ⋅ πr 3
2 2 3
3 3 3
πr + πr + (n – 1) ⋅ πr ⋅ n
18 18 45
2
= πr 3
2 3
( 4 + n) ⋅ n 2
=
90 3
n=6
n2 + 4n – 60 = 0 ou
n = – 10 (não convém)
Logo, n = 6.
Resposta: C
▼
Questão 9
Considere um prisma regular em que a soma dos ângulos internos de todas as faces é 7200°. O número de vér-
tices deste prisma é igual a
A) 11. D) 20.
B) 32. E) 22.
C) 10.
Resolução
Sendo V o número de vértices do prisma, do enunciado temos:
(V – 2) ⋅ 360° = 7200° ∴ V = 22
Resposta: E
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Questão 10
Em relação a um sistema de eixos cartesiano ortogonal no plano, três vértices de um tetraedro regular são dados
por A = (0, 0), B = (2, 2) e C = (1 – 3 , 1 + 3 ). O volume do tetraedro é
8 5 3
A) . D) .
3 2
B) 3. E) 8.
3 3
C) .
2
Resolução
Como o tetraedro é regular, a medida l de uma de suas arestas pode ser calculada como a distância entre os
(2 2 )3 ⋅ 2 8
Assim, o volume V será: V = ∴ V=
12 3
Resposta: A
Resolução
Do enunciado, temos:
(c + 1)5 = 0 ∴ c = – 1
123
(a + 2 b + c + 1)5 = 0
(a – 2 b + c + 1)5 = 32
Substituindo-se:
a + 2b = 0 ∴ 2 b = – a
123
(a – 2 b)5 = 32
Assim:
h2π h2π
(2 a)5 = 32 ∴ a5 = 1 ∴ a = cos + isen , h ∈ {0, 1, 2, 3, 4}
5 5
a
Como b = – , temos:
2
a
a+b+c= –1 ∴
2
∴ 1 h2π h2π
a+b+c= cos + isen – 1, h ∈ {0, 1, 2, 3, 4}
2 5 5
a+b+c=
1
2
[ ]
cos 0 + isen 0 – 1 = –
1
2
Como temos cinco resultados para a + b + c, a questão não apresenta alternativa correta.
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Questão 12
O menor inteiro positivo n para o qual a diferença n– n – 1 fica menor que 0,01 é
A) 2499.
B) 2501.
C) 2500.
D) 3600.
E) 4900.
De n – n – 1 0, 01 e n 1 , temos:
n n – 1 + 10 –2
( n )2 ( n – 1 + 10 –2 )2
n n – 1 + 2 ⋅ 10 –2 ⋅ n – 1 + 10 –4
2 ⋅ 10 –2 n – 1 1 – 10 –4
(2 ⋅ 10 –2 n – 1)2 (1 – 10 –4 )2
4 ⋅ 10–4(n – 1) 1 – 2 ⋅ 10–4 + 10–8
Multiplicando ambos os membros por 104, temos
4(n – 1) 104 – 2 + 10–4
4(n – 1) 10 000 – 2 + 0,0001
n – 1 2500 – 0,5 + 0,000025
n 2500,500025
O menor inteiro positivo n é 2501
Resposta: B
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Questão 13
Seja D = IR \ {1} e f : D → D uma função dada por
x +1
f( x ) = .
x –1
Considere as afirmações:
I. f é injetiva e sobrejetiva.
II. f é injetiva, mas não sobrejetiva.
1
III. f ( x ) + f = 0 , para todo x ∈ D, x ≠ 0.
x
IV. f(x) ⋅ f(–x) = 1, para todo x ∈ D.
Então, são verdadeiras
A) apenas I e III.
B) apenas I e IV.
C) apenas II e III.
D) apenas I, III e IV.
E) apenas II, III e IV.
Resolução
Com x ∈ D, temos:
x – 1+ 2
f(x) =
x –1
2
f(x) = 1 +
x –1
f (x)
0 1 x
–1
Podemos concluir que f é injetiva e, como seu conjunto-imagem é D, podemos afirmar que f é sobrejetiva.
Logo, a afirmação I é verdadeira, e a II é falsa.
x +1
Com x ∈ D, x ≠ 0 e f( x) = , temos:
x –1
1
1 +1
f = x
x 1 – 1
x
1 1 + x
f =
x 1 – x
1 x +1 1
f = – ∴ f( x) + f = 0
x x –1 x
A afirmação III é verdadeira.
Com x ∈ D e x ≠ – 1, temos:
– x +1
f(– x) =
– x –1
– ( x – 1)
f(– x) =
– ( x + 1)
x –1
f(– x) = ∴ f( x) ⋅ f(– x) = 1, x ∈ D e x ≠ – 1
x +1
Logo, a afirmação IV é falsa.
Resposta: A
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Questão 14
O número complexo 2 + i é raiz do polinômio
f(x) = x4 + x3 + px2 + x + q,
com p, q ∈ IR. Então, a alternativa que mais se aproxima da soma das raízes reais de f é
A) 4.
B) –4.
C) 6.
D) 5.
E) –5.
r + s = –5
∴
rs = 6
Logo, r = – 3 e s = – 2 ou r = – 2 e s = – 3.
Portanto, a soma das raízes reais de f é – 5.
Resposta: E
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Questão 15
Considere a equação em x
a x + 1 = b 1/x ,
onde a e b são números reais positivos, tais que ln b = 2 ln a 0. A soma das soluções da equação é
A) 0.
B) –1.
C) 1.
D) ln 2.
E) 2.
Resolução
De ln b = 2 ln a, temos b = a2.
De 2ln a 0, temos ln a 0 e, portanto, a 1.
Nessas condições, temos:
1
ax + 1 = (a2 ) x
2
x + 1=
x
x2 + x = 2
x2 + x – 2 = 0
As soluções dessa equação são reais e a soma delas é igual a – 1.
Resposta: B
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Questão 16
O intervalo I ⊂ IR que contém todas as soluções da inequação
1+ x 1– x π
arc tan + arc tan
2 2 6
é:
A) [–1, 4].
B) [–3, 1].
C) [–2, 3].
D) [0, 5].
E) [4, 6].
Fazendo 3 = 1, 74 , temos:
x2 3,96 ∴ x2 4 ∴ – 2 x 2
O intevalo I que contém todas as soluções é [ – 2, 3 ].
Resposta: C
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Questão 17
1 – zw
Seja z ∈ CI com | z | = 1. Então, a expressão assume valor
z–w
A) maior que 1, para todo w com | w | 1.
B) menor que 1, para todo w com | w | 1.
C) maior que 1, para todo w com w ≠ z.
D) igual a 1, independente de w com w ≠ z.
E) crescente para |w| crescente, com |w| |z|.
Resolução
Sendo |z| = 1 e z ≠ w, temos:
1– z ⋅ w 1– z ⋅ w
= ⋅ |z| (pois |z| = 1)
z–w z–w
(1 – z ⋅ w )
= ⋅ z , ou seja:
z–w
1– z ⋅ w z – z⋅z⋅ w
= (1)
z–w z–w
z–w
= =1
z–w
1– z ⋅ w
Portanto: = 1 independente de w, com w ≠ z.
z–w
Resposta: D
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Questão 18
O sistema linear
bx + y = 1
by + z = 1
x + bz = 1
não admite solução se e somente se o número real b for igual a
A) – 1. D) 2.
B) 0. E) – 2.
C) 1.
Resolução
b 1 0
0 b 1 = 0 ∴ b3 + 1 = 0 ∴ b = – 1
1 0 b
14243
–y + z =1 ∴ –y + z =1 ⋅ (1)
+
x + 0y – z = 1 y – z=2 +
14243
– x + y + 0z = 1
∴ –y + z =1
0 = 3 (falso)
Questão 19
Retiram-se 3 bolas de uma urna que contém 4 bolas verdes, 5 bolas azuis e 7 bolas brancas. Se P1 é a proba-
bilidade de não sair bola azul e P2 é a probabilidade de todas as bolas saírem com a mesma cor, então a alter-
nativa que mais se aproxima de P1 + P2 é
A) 0,21. D) 0,35.
B) 0,25. E) 0,40.
C) 0,28.
Questão 20
A distância focal e a excentricidade da elipse com centro na origem e que passa pelos pontos (1, 0) e (0, – 2)
são, respectivamente,
1 3
A) 3 e . D) 3 e .
2 2
1 3
B) e 3. E) 2 3 e .
2 2
3 1
C) e .
2 2
Resolução
As elipses com centro na origem podem ser representadas por equações da forma
x2 + Ay2 + Bxy + C = 0 (1)
com A, B e C constantes reais.
Os pontos (1; 0) e (0; – 2) pertencem às elipses; assim, de (1) temos:
(1; 0) : 1 + C = 0 ∴ C = –1
1
(0; – 2) : 4A + C = 0 ∴ A=
4
Logo, as elipses têm equações da forma:
1 2
x2 +y + Bxy – 1 = 0
4
Nessas condições, existem infinitas elipses (vide nota).
Por exemplo:
• Para B = 0, teríamos:
y2
x2 + = 1 , que representa a elipse cujo centro é (0; 0), passa pelos pontos (1; 0) e (0; –2), possui distância
4
3
focal 2 3 e excentricidade .
2
7
• Para B = – , teríamos:
4
1 2 7
x2 + y – xy – 1 = 0
4 4
1 2
Nota: É possível provar que equações da forma x2 + y + Bxy – 1 = 0
4
representam elipses se e somente se |B| 1, B ∈ IR.
Resposta: Sem alternativa
Questão 21
Seja a1, a2, ... uma progressão aritmética infinita tal que
n
∑ a3 k = n 2 + πn 2 , para n ∈ IN *
k =1
Resolução
Com n = 1, temos:
1
∑ a3k = 1 ⋅ 2 + π ⋅ 12 ∴ a3 = 2 + π (1)
k =1
Com n = 2, temos:
2
∑ a3k = 2 2 + π ⋅ 22 ∴ a3 + a6 = 2 2 + 4π (2)
k =1
Sendo r a razão da progressão aritmética, temos de (1) e (2) o sistema:
a1 + 2r = 2 + π (– 2)
2a1 + 7r = 2 2 + 4π +
a + 2r = 2 + π
1
3r = 2π
2π π
Desse sistema, temos r = e a1 = 2 – .
3 3
π 2π
Resposta: O primeiro termo é 2– , e a razão é .
3 3
Resolução
Do enunciado, temos a figura, onde O’ é o centro da circunferência C’, e r o seu raio.
4 P
r
O 3 5 O’ x
t
— 4–0 4
O coeficiente angular da reta suporte do segmento OP é , ou seja, .
3–0 3
3 3
Daí, o coeficiente angular da reta t é – , e uma de suas equações é dada por y – 4 = – ( x – 3) , ou seja,
4 4
(t) 3x + 4y – 25 = 0.
Da figura, temos que O’(a, 0) e r = a – 5, com a 5.
Por outro lado, a distância do ponto O’ à reta t é igual ao raio r; logo:
a = 0 (não convém)
| 3 ⋅ a + 4 ⋅ 0 – 25 |
a–5= ou
32 + 42
25
a=
4
25 5
Então, O’ , 0 e r = .
4 4
25 5
Resposta: A circunferência C’ tem centro O’ , 0 e raio r = , e sua equação reduzida é:
4 4
25
2
25
x – + y2 =
4 16
▼
Questão 23
Sejam A e B matrizes 2 × 2 tais que AB = BA e que satisfazem à equação matricial A2 + 2 AB – B = 0. Se B é
inversível, mostre que
(a) AB – 1 = B – 1A e que (b) A é inversível.
Questão 24
Seja n o número de lados de um polígono convexo. Se a soma de n – 1 ângulos (internos) do polígono é 2004°,
determine o número n de lados do polígono.
Resolução
Seja α a medida do ângulo interno não somado desse polígono convexo de n lados, com n ∈ IN e n 3. Do
enunciado, temos:
α + 2004° = (n – 2) ⋅ 180° ∴ α = 180°n – 2364°
Como 0° α 180°, devemos ter:
0° 180°n – 2364° 180°
2364° 180°n 2544°
13,13 n 14,14
Logo, o número de lados do polígono é 14.
Resposta: 14
▼
Questão 25
Resolução
a) Com α = a + b, temos:
α3 = (a + b)3
α3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
α3 = 3ab(a + b) + a3 + b3
α3 = 3ab ⋅ α + a3 + b3
α3 = 33 (2 + 5 )(2 – 5 ) ⋅ α + 2 + 5 + 2 – 5
α3 = 3(– 1) ⋅ α + 4 ∴ α3 + 3α – 4 = 0
Logo, o número α é raiz da equação x3 + 3x – 4 = 0.
1 0 3 –4
1 1 1 4 0
x3 + 3x – 4 = (x – 1)(x2 + x + 4)
O discriminante de x2 + x + 4 é ∆ = – 15 e, portanto, o número 1 é a única raiz real da equação x3 + 3x – 4 = 0.
Questão 26
Considere a equação em x ∈ IR
1 + mx = x + 1 – mx ,
sendo m um parâmetro real.
a) Resolva a equação em função do parâmetro m.
b) Determine todos os valores de m para os quais a equação admite solução não nula.
Resolução
( )
m 1 + cos α – 1 – cos α = cos α
α
1 + cos α 1 – cos α
m 2 – = cos 2 ⋅
2
2 2
α α α α
m 2 cos – sen = cos2 – sen2
2 2 2 2
α α α α α α
m 2 cos – sen = cos – sen cos + sen
2 2 2 2 2 2
α α
2
cos + sen = (m 2 )2
2 2
α α
1 + 2 sen ⋅ cos = 2m2
2 2
sen α = 2m2 – 1
De 0 α π, temos:
0 sen α 1
0 2m2 – 1 1
1 2m2 2
1
m2 1 (2)
2
mx = ± 2m 1 – m2
2
m 1 ⇒ S = 0, 2 1 – m2 , – 2 1 – m2
2
2
m ou m 1 ⇒ S = {0}
2
2
Resposta: m 1
2
▼
Questão 27
Um dos catetos de um triângulo retângulo mede 3 2 cm . O volume do sólido gerado pela rotação deste triân-
gulo em torno da hipotenusa é π cm3. Determine os ângulos deste trângulo.
Resolução
Do enunciado, temos a figura, cotada em cm:
B
α
3
2 m
r H
A
1 1
Ainda, ⋅ πr 2 ⋅ m + ⋅ πr 2 ⋅ n = π
3 3
r2(m + n) = 3 (I)
No triângulo retângulo ABC, temos:
(AH)2 = BH ⋅ CH ∴ r2 = m ⋅ n (II)
e
3
( AB)2 = BH ⋅ BC ∴ (3 2 )2 = m ⋅ (m + n) ∴ m ⋅ (m + n) = 4 (III)
De (I) e (II), vem mn ⋅ (m + n) = 3. (IV)
33 2
De (III) e (IV), vem 3
4 ⋅n= 3 ∴ n= .
2
33 2 3
Substituindo em (III), temos m ⋅ m + = 4 , ou seja:
2
m = – 23 2 (não convém)
2m2 + 33 2 m – 23 4 = 0 ou
3
2
m=
2
Questão 28
São dados dois cartões, sendo que um deles tem ambos os lados na cor vermelha, enquanto o outro tem um lado
na cor vermelha e o outro lado na cor azul. Um dos cartões é escolhido ao acaso e colocado sobre uma mesa. Se
a cor exposta é vermelha, calcule a probabilidade de o cartão escolhido ter a outra cor também vermelha.
Resolução
Do enunciado, temos:
V
1
1 1
2 0
V
1 V
1 2
2 2
1
2 V
A probabilidade pedida é:
1
⋅1 2
P= 2 =
1 1 1 3
⋅1+ ⋅
2 2 2
2
Resposta:
3
▼
Questão 29
Obtenha todos os pares (x, y), com x, y ∈ [0, 2π], tais que
1
sen(x + y) + sen(x – y) =
2
sen x + cos y = 1
Resolução
Do enunciado, temos:
1 1
2 senx cos y = ∴ cos y =
2 4 senx
senx + cos y = 1
Substituindo-se:
1
senx + = 1 ∴ 4 sen2 x – 4 senx + 1 = 0
4 senx
π π π 5π 5π π 5π 5π
Resposta: , , , , , e ,
6 3 6 3 6 3 6 3
▼
Questão 30
Determine todos os valores reais de a para os quais a equação
(x – 1)2 = | x – a |
admita exatamente três soluções distintas.
Resolução
Consideremos o conjunto A = {x ∈ IR: (x – 1)2 = |x – a|}.
Como (x – 1)2 0, para todo real x, temos:
A = {x ∈ IR: (x – 1)2 = x – a ou (x – 1)2 = –x + a}
A = {x ∈ IR: x2 – 3x + 1 + a = 0 ou x2 – x + 1 – a = 0}
Sendo ∆f o discriminante de f(x) = x2 – 3x + 1 + a, temos ∆f = 5 – 4a.
Sendo ∆g o discriminante de g(x) = x2 – x + 1 – a, temos ∆g = 4a – 3.
O conjunto A tem exatamente 3 elementos, se e somente se:
1º-: ∆f = 0, ∆g 0 e as equações f(x) = 0 e g(x) = 0 não têm raiz em comum.
2º-: ∆f 0, ∆g = 0 e as equações f(x) = 0 e g(x) = 0 não têm raiz em comum.
3º-: ∆f 0, ∆g 0 e as equações f(x) = 0 e g(x) = 0 têm uma única raiz em comum.
Estudemos os três casos:
5
1º- Caso Se ∆f = 0, então 5 – 4a = 0, ou seja, a = .
4
5 3 3
Nesse caso, ∆g = 4 ⋅ –3 ∴ ∆g 0, as raízes de f(x) = 0 são e , e as raizes de g(x) = 0 são
4 2 2
1+ 2 1 – 2
e .
2 2
Assim, A tem exatamente 3 elementos.
3
2º- Caso Se ∆g = 0, então 4a – 3 = 0, ou seja, a = .
4
3 3+ 2 3– 2
Nesse caso, ∆f = 5 – 4 ⋅ ∴ ∆f 0, as raízes de f(x) = 0 são e , e as raizes de g(x) = 0
4 2 2
1 1
são e .
2 2
Assim, A tem exatamente 3 elementos.