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ESCOLAS “PADRE ANCHIETA”

CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA REDES DE COMPUTADORES

ARQUITETURA TCP/IP

1. Introdução

O protocolo TCP/IP atualmente é o protocolo mais usado em redes locais. Isso se deve basicamente à
popularização da Internet, a rede mundial de computadores, já que esse protocolo foi criado para ser usado
na Internet. Mesmo os sistemas operacionais de redes, que no passado só utilizavam o seu protocolo
proprietário (como o Windows NT com o seu NetBEUI e o Netware o seu IPX/SPX), hoje suportam o
protocolo TCP/IP.

Uma das grandes vantagens do TCP/IP em relação a outros protocolos existentes é que ele é roteável, isto
é, foi criado pensando em grandes redes e de longa distância, onde pode haver vários caminhos para os
dados atingir o computador receptor.

Outro fato que tornou o TCP/IP popular é que ele possui arquitetura aberta e qualquer fabricante pode
adotar a sua própria versão do TCP/IP em seu sistema operacional, sem a necessidade de pagamento de
direitos autorais a ninguém. Com isso, todos os fabricantes de sistemas operacionais acabaram adotando o
TCP/IP, transformando-o em um protocolo universal, possibilitando que todos os sistemas possam
comunicar-se entre si sem dificuldade.

A arquitetura TCP/IP é um protocolo de somente quatro camadas.

7- Aplicação

6 - Apresentação Aplicação

5 - Sessão

4 - Transporte Transporte

3 - Rede Internet

2 - Link de Dados
Interface com a Rede
1 - Física

Modelo OSI TCP/IP

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O TCP/IP, na realidade, é um conjunto de protocolos. Os mais conhecidos dão justamente o nome desse
conjunto: TCP (Transmission Control Protocol, Protocolo de Controle da Transmissão) e IP (Internet
Protocol), que operam nas camadas Transporte e Internet, respectivamente. Mas eles não são os únicos.

Todos os protocolos do TCP/IP são documentados no RFCs (Request for Comments), que são documentos
descritivos do protocolo TCP/IP e que estão disponíveis na Internet.

2. Camada de Aplicação

Esta camada é equivalente às camadas 5, 6 e 7 do modelo OSI e faz a comunicação entre os aplicativos e o
protocolo de transporte. Existem vários protocolos que operam na camada de aplicação. Os mais conhecidos
são o HTTP (Hypertext Transfer Prococol), SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) o DNS (Domain Name
System) e o Telnet.

Dessa forma, quando um programa cliente de e-mail quer baixar os seus e-mails que estão armazenados no
servidor de e-mail, ele irá efetuar esse pedido para a camada de aplicação do TCP/IP, sendo atendido pelo
protocolo SMTP. Quando você entra em um endereço www em seu browser para visualizar uma página na
Internet, o seu browser irá comunicar-se com a camada de aplicação do TCP/IP, sendo atendido pelo
protocolo HTTP, e assim por diante.

A camada de aplicação comunica-se com a camada de transporte através de uma porta. As portas são
numeradas e as aplicações padrão usam sempre uma mesma porta. Por exemplo, o protocolo SMTP utiliza a
porta 25, o protocolo HTTP utiliza sempre a porta 80 e o FTP as portas 20 (para a transmissão de dados) e
21 (para a transmissões de informações de controle).

O uso de um número de porta permite ao protocolo de transporte saber qual é o tipo de conteúdo do pacote
de dados (por exemplo, saber que o dado que ele está transportando é um e-mail) e, no receptor, saber
para qual protocolo de aplicação ele deverá entregar o pacote de dados, já que existem inúmeros. Assim, ao
receber um pacote destinado à porta 25, o protocolo TCP irá entregá-lo ao protocolo que estiver conectado
a esta porta, tipicamente o SMTP, que por sua vez entregará o dado à aplicação que o solicitou (programa
de e-mail).

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Programa de E-mail Browser WWW Programa de FTP Camada


de
SMTP HTTP FTP aplicação

Porta 25 Porta 80 Porta 20 Porta 21

TCP
Transporte
Funcionamento da camada de aplicação

3. Camada de Transporte

A camada de Transporte do TCP/IP é um equivalente direto da camada de transporte (camada 4) do modelo


OSI. Esta camada é responsável por pegar os dados enviados pela camada de aplicação e transformá-los em
pacotes, a serem repassados para a camada de Internet.

No modelo TCP/IP a camada de transporte utiliza um esquema de multiplexação, onde é possível transmitir
“simultaneamente” dados das mais diferentes aplicações. Na verdade, ocorre o conceito de intercalamento
de pacotes; vários programas poderão estar comunicando-se com a rede ao mesmo tempo, mas os pacotes
gerados serão enviados à rede de forma intercalada, não sendo preciso terminar um tipo de aplicação de
rede para então começar outra. Isso é possível graças ao uso de conceito de portas, já que dentro do
pacote há a informação da porta origem e de destino do dado. Ou seja, em uma mesma seqüência de
pacotes recebidos pelo micro receptor, as informações podem não ser da mesma seqüência de pacotes
recebidos pelo micro receptor, as informações podem não ser da mesma aplicação. Ao receber três pacotes,
por exemplo, o primeiro pode ser de e-mail, o segundo www e o terceiro de FTP.

Nesta camada operam dos protocolos: TCP (Transmission Control Protocol) e o UDP (User Datagram
Protocol). Ao contrário do TCP, este segundo protocolo não verifica se o dado chegou ou não ao destino. Por
esse motivo, o protocolo mais usado na transmissão de dados é o TCP, enquanto que o UDP é tipicamente
usado na transmissão de informações de controle.

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Na recepção de dados, a camada de transporte pega os pacotes passados pela camada Internet, trata de
colocá-los em ordem e verificar se todos chegaram corretamente. Em redes grandes, (em especial a
Internet) os quadros enviados pelo transmissor podem seguir por diversos caminhos até chegar ao receptor.
Com isso, os quadros podem chegar fora de ordem.

Além disso, o protocolo IP, que é o protocolo mais conhecido da camada Internet, não verifica se o pacote
de dados enviado chegou ou não ao destino; é o protocolo de transporte (o TCP) que, ao remontar a ordem
dos pacotes recebidos, verifica se está faltando algum, pedindo, então uma retransmissão do pacote que
não chegou.

4. Camada de Internet

A camada de Internet do modelo TCP/IP é equivalente à camada 3 (rede) do modelo OSI. Há vários
protocolos que podem operar nessa camada: IP (Internet Protocol), ICMP (Internet Control Message
Protocol), ARP (Address Resolution Protocol) e RARP (Reverse Adress Resolution Protocol).

Na transmissão de um dado de programa, o pacote de dados recebidos da camada TCP é dividido em


pacotes chamados datagramas. Os datagramas são enviados para a camada de interface com a rede, onde
são transmitidos pelo cabeamento da rede através de quadros.

Esta camada não verifica se os datagramas chegaram ao destino, isto é feito pelo TCP.

Esta camada é responsável pelo roteamento de pacotes, isto é, adiciona ao datagrama informações sobre o
caminho que ele deverá percorrer.

5. Camada de Interface com a Rede

Esta camada, que é equivalente às camadas 1 e 2 do modelo OSI, é responsável por enviar o datagrama
recebido pela camada de Internet em forma de um quadro através da rede.

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Aplicações

Camada de aplicações
(SMTP, HTTP, FTP, TELNET)

Camada de Transporte
(TCP ou UDP)

Camada de Internet
(IP, ICMP, ARP, RARP)

Controle do Link Lógico


(LLC)

Controle do Acesso ao
Meio (MAC)
Camada de
Interface com a rede

Driver da Placa de
Rede

Placa de Rede

Cabo da Rede

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6. Endereçamento IP

Como dissemos anteriormente, o protocolo TCP/IP é roteável, isto é, ele foi criado pensando-se na
interligação de diversas redes – onde podemos ter diversos caminhos interligando o transmissor e o
receptor, culminando na rede mundial que hoje conhecemos por Internet. Por isso, ele utiliza um esquema
de endereçamento lógico chamado endereçamento IP. Em uma rede TCP/IP cada dispositivo conectado em
redes necessita usar pelo menos um endereço IP. Esse endereço permite identificar o dispositivo e a rede na
qual ele pertence.

Um exemplo seria onde temos três redes interligadas. As redes são interligadas através de dispositivos
chamados roteadores. Quando um computador da rede 1 que enviar um dado para um computador da rede
2, ele envia o pacote de dados ao roteador 1, que fica responsável por encaminhar esse pacote ao
computador de destino. No caso de um computador da rede 1 querer enviar um pacote de dados para um
computador da rede 3, ele então se encarregará de entregar esse pacote ao computador de destino na rede
3.

REDE 1 REDE 2 REDE 3 ROTEADOR 3


ROTEADOR 1 ROTEADOR 2

Esse esquema de entrega de pacotes é feito facilmente pelo roteador porque os pacotes de dados possuem
o endereço IP do computador de destino. Nesse endereço IP há a informação de qual a rede onde o pacote
deve ser entregue. Por esse motivo, quando o computador da rede 1 quer falar com o computador da rede
3, o roteador 1 sabe que aquele pacote de dados não é para a rede 2, pois no endereço IP de destino há a
informação de que o pacote deve ser entregue à rede 3. Então o roteador 1 envia o pacote diretamente ao
roteador 2, sem perder tempo tentando entregá-lo a todos os computadores existentes na rede 2 para então
verificar que os pacotes não eram para aquela rede (isto é, ficar esperando que todos os computadores
recusem o pacote para então tentar entregá-lo para a próxima rede existente).

A rede TCP/IP tem um ponto de saída da rede, também chamado gateway, que é para onde vão todos os
pacotes de dados recebidos e que não são para aquela rede. As redes subseqüentes vão, por sua vez,
enviando o pacote aos seus gateways até que o pacote atinja a rede de destino.

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Isso é possível porque o endereço IP possui basicamente duas partes: uma que indica a rede e outra que
indica o dispositivo (um computador, por exemplo):

Identificação da rede Identificação da máquina

O endereço IP é um número de 32 bits, representado em decimal em forma de quatro números de 8 bits


separados por um ponto, no formato a.b.c.d. Assim, o menor endereço IP possível é 0.0.0.0 e o maior,
255.255.255.255.

Obs.: Com oito bits podemos representar até 256 números (2^8), de 0 a 255.

Com isso, teoricamente uma rede TCP/IP pode até ter 4.294.967.296 endereços IP (256^4), ou seja, esse
número de dispositivos conectados a ela (dissemos teoricamente porque alguns endereços são reservados e
não podem ser usados).

É claro que em poucos anos essa quantidade de dispositivos conectados à Internet – que no início parecia
ser algo impossível de se alcançar – terá sido atingida, até mesmo porque há alguns endereços que não
podem ser usados, diminuindo o número máximo de endereços IP disponíveis. Por isso, já foi padronizado o
endereçamento IP usando 128 bits em vez de 32 bits. Esse endereçamento, que ainda não está
comercialmente em uso, é chamado Ipv6, IP Next Generation (Ipng) ou Simple Internet Protocol Plux
(SIPP). Com 128 bits é possível endereçarmos 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.770.000.000
dispositivos diferentes.

Um nerd qualquer calculou que com esse número é possível obtermos 1.564 endereços IP por metro
quadrado da superfície do planeta Terra.

Cada dispositivo de uma rede TCP/IP precisa ter um endereço IP único, para que o pacote de dados consiga
ser entregue corretamente. Por isso, você não pode simplesmente usar em sua rede qualquer IP. Você terá
que, obrigatoriamente, usar endereços que não estejam sendo usados por nenhum outro computador da
rede.

Quanto maior a rede, maior a probabilidade de ter computadores usando endereços IP que você pensou em
usar. Uma situação seria de uma rede conectada à Internet, onde nenhum dos endereços IP de sua rede
poderão ser endereços que estejam sendo usados por outras máquinas ao redor do mundo.

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Para facilitar a distribuição dos endereços IP, foram especificadas cinco classes de endereços IP:

Classe Endereço mais baixo Endereço mais alto

A 1.0.0.0 126.0.0.0

B 128.1.0.0 191.255.0.0

C 192.0.1.0 223.255.255.0

D 224.0.0.0 239.255.255.255

E 240.0.0.0 255.255.255.254

Em redes usamos somente os endereços IP das classes A, B e C. para que você entenda melhor a tabela
anterior, veja o seguinte resumo:

 Classe A: O primeiro número identifica a rede, os demais três números indicam a máquina. Cada

endereço classe A consegue endereçar até 16.777.216 máquinas.

 Classe B: Os dois primeiros números identificam a rede, o dois demais indicam a máquina. Esse tipo de

endereço consegue endereçar até 65.536 máquinas.

 Classe C: Os três primeiros números identificam a rede, o último número indica a máquina. Com isso,

consegue endereçar até 256 máquinas.

Para que possamos entender melhor essa classificação, vamos explicar primeiro os endereços da classe C.
Nesse tipo de endereço IP, os três primeiros números indicam a rede e o último número indica a máquina.
Se você for usar um endereço IP classe C em sua rede, você poderá ter, pelo menos teoricamente, até 256
dispositivos conectados em sua rede (0 a 255). Na verdade, você poderá ter até 254 dispositivos, já que os
endereços 0 e 255 são reservados. Se você precisar de mais endereços IP, você precisará ter acesso a mais
um endereço classe C, ou mesmo pleitear um endereço classe B, caso sua rede seja realmente muito grande
(com um endereço classe B é possível endereçar até 65.536 máquinas diferentes, sem descontar os
endereços reservados).

Ou seja, a escolha do tipo de classe de endereçamento (A, B ou C) é feita com base no tamanho da sua
rede. As redes locais em sua esmagadora maioria utilizam endereços de classe C.

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O sistema de redes que forma a estrutura básica da Internet é chamado de backbone. Para que a sua rede
esteja conectada à Internet, ela terá de estar conectada ao backbone de alguma forma, seja diretamente ou
indiretamente, através de uma outra rede que esteja conectada ao backbone. Por exemplo, no Brasil, um
dos backbones existentes é o da Embratel. Dessa forma, se você quiser que sua rede esteja conectada à
Internet, ela deverá estar conectada diretamente à rede da Embratel ou indiretamente, conectando a sua
rede a uma outra rede que possua essa conexão.

A internet possui uma estrutura hierárquica. O responsável pelo backbone é o responsável pelo controle e
fornecimento de números IPs a seus subordinados; por sua vez os números IPs que o responsável pelo
backbone pode ceder a seus subordinados foi estabelecido pelo backbone hierarquicamente superior ao
backbone em questão.

Em princípio, se a sua rede não for estar conectada na Internet, você pode definir qualquer endereço IP
para os dispositivos que estejam nela conectados. O problema é que mais cedo ou mais tarde surgirá a
necessidade de conectar a sua rede à Internet e o conflito de endereços será inevitável, caso você tenha
montado toda a sua rede baseada em endereços IP já existentes.

Existem alguns endereços que são conhecidos como endereços IPs reservados para redes privadas. Assim,
você pode montar a sua rede TCP/IP baseada nesses endereços que não gerará conflito com os endereços
IP da Internet, pois os roteadores da Internet reconhecem esses endereços como sendo de uma rede
particular e não repassam os pedidos de pacotes que façam referência a esses endereços para o resto da
Internet. Mesmo que o roteador de sua rede esteja configurado de forma errônea e passar o pacote adiante,
o pacote acabará atingindo um roteador que estará configurado corretamente, “barrando” o pedido de
seguir para o resto da Internet, evitando o conflito.

Os endereços reservados para redes privadas são os seguintes:

Classe A: 10.0.0.0 a 10.255.255.255

Classe B: 172.16.0.0 a 172.31.255.255

Classe C: 192.168.0.0 a 192.168.255.255

Ou seja, se você pretende montar uma rede TCP/IP particular, sem estar conectada ao backbone da
Internet, baseada em um endereço classe C, poderá usar o endereço 192.168.0.0.

O endereço 0 indica “rede”. Assim, o endereço 192.168.0.0 indica a rede que usa endereços que comecem
por 192.168.0. Como esse endereço é classe C, somente o último byte é usado para endereçar as máquinas
presentes na rede, por isso os três primeiros números são fixos e só o último varia. Já o endereço 10.0.0.0,
por ser da classe A, indica a rede que usa endereços que começam por 10, pois no endereçamento classe A

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somente o primeiro byte indica a rede, os três bytes seguintes são usados para o endereçamento das
máquinas presentes na rede.

Já o endereço 255 é reservado para broadcast, ato de enviar um mesmo pacote de dados para mais de uma
máquina ao mesmo tempo. Um pacote de dados de broadcast é recebido por todas as máquinas da rede.

7. Máscara de Rede

Um termo que você encontrará com facilidade ao configurar redes baseadas no protocolo TCP/IP é máscara
de rede. A máscara é formada por 32 bits no mesmo formato que o endereçamento IP e cada bit 1 da
máscara informa a parte do endereço IP que é usada para o endereçamento das máquinas. Dessa forma, as
máscaras padrões são:

Classe A: 255.0.0.0

Classe B: 255.255.0.0

Classe C: 255.255.255.0

A máscara é usada fora de seus valores padrão quando há necessidade de segmentação de rede. Assim,
temos o seguinte exemplo:

Recebemos somente um endereço IP da classe C (200.123.123.0), mas pretendemos usar esses endereços
para distribuí-los em quatro redes: uma rede local e três situadas em outros locais, sendo a nossa
necessidade a seguinte:

Rede local: 31 endereços (de 200.123.123.1 a 200.123.123.31, máscara 255.255.255.224)

Rede 1: 32 endereços IP (de 200.123.123.32 a 200.123.123.63, máscara 255.255.255.224)

Rede 2: 64 endereços IP (de 200.123.123.64 a 200.123.123.127, máscara 255.255.255.192)

Rede 3: 137 endereços IP (de 200.123.123.128 a 200.123.123.254, máscara 255.255.255.128)

O valor da máscara é a diferença entre 256 e o número de IPs disponíveis na sub-rede em questão. Nessa
conta você deve levar em conta os endereços 0 e 255, apesar de não poderem ser usados para o
endereçamento de máquinas.

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