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13) Efectivo com suspeita de brucelose — um efec- 22) Auto-repovoamento — repovoamento com ani-
tivo considera-se suspeito sempre que: mais da própria exploração, devendo estes ani-
a) Tenham ocorrido abortos ou quaisquer mais ser vacinados em jovens;
outros sinais clínicos que possam levar 23) Plano individual de saneamento (PIS) — pro-
à suspeita de infecção por Brucella; tocolo escrito, celebrado entre a autoridade
b) Inquéritos epidemiológicos sobre casos sanitária veterinária regional e o proprietário
de brucelose humana ou animal indi- do efectivo ou exploração, com o concurso do
quem a possível existência de animais médico veterinário-coordenador ou do médico
suspeitos; veterinário responsável sanitário da explora-
c) Tenha havido contacto com rebanhos ou ção, devidamente aprovados pela autoridade
animais considerados positivos ou sus- sanitária veterinária nacional, no qual serão
peitos; estabelecidas as medidas a desenvolver no sen-
d) Os efectivos submetidos a controlo sero- tido de controlar a infecção brucélica do efec-
lógico se encontrem a aguardar resul- tivo ou unidade epidemiológica, prevenir a
tados laboratoriais concludentes; infecção de outros efectivos, bem como evitar
a sua reintrodução após a erradicação, devendo
14) Efectivo positivo à brucelose — aquele que o protocolo incluir a calendarização das tes-
contenha animais com reacção positiva no teste tagens, maneio sanitário, práticas sanitárias a
serológico decisivo para efeitos de abate sani- desenvolver (desinfecções), saídas e entradas
tário; de animais, identificação dos animais, estra-
15) Efectivo infectado com brucelose — aquele tégia de vacinação (jovens ou adultos), assim
que contenha pelo menos um animal no qual como quaisquer outros elementos julgados
tenham sido isoladas bactérias do género necessários;
Brucella; 24) Vazio sanitário — período de tempo que medeia
16) Classificação sanitária de efectivos — classifi- entre a saída dos animais para abate sanitário
cação obrigatória dos efectivos bovinos, ovinos e o repovoamento ou reutilização dos estábulos
e caprinos, relativamente à brucelose conforme ou outras instalações onde os animais tenham
condições definidas no anexo I, sendo os efec- sido isolados ou mantidos;
tivos com diferentes espécies animais classifi- 25) Vigilância sanitária — acção que implica a
cados em função da situação sanitária da espé- manutenção de um efectivo sob observação
cie animal com a classificação menos favorável; sanitária, em consequência de inquérito epi-
17) Classificação sanitária de áreas — classificação demiológico em curso, quando de quarentena,
do País ou determinadas áreas epidemiológicas ou inspecção, designadamente colheitas de san-
pela Direcção-Geral de Veterinária (DGV), gue, até à obtenção dos resultados laborato-
relativamente à brucelose bovina e à brucelose riais, consistindo, nomeadamente, na suspen-
ovina e caprina em oficialmente indemnes e são temporária da movimentação dos animais,
indemnes conforme requisitos preconizados no implicando, da parte do proprietário, a obri-
anexo II ao presente diploma; gatoriedade de comunicação à autoridade sani-
18) Inquérito epidemiológico — conjunto unifor- tária veterinária regional de qualquer alteração
mizado de informação sanitária recolhida em do estado de saúde dos animais;
impresso próprio fornecido pela DGV, que se 26) Certificado sanitário veterinário — documento
destina à avaliação epidemiológica de uma emitido por médico veterinário para efeitos de
ocorrência sanitária, sendo o inquérito epide- deslocação de animais, de onde constem as
miológico efectuado em todas as situações em medidas médicas e sanitárias determinadas
que há suspeita ou confirmação de brucelose
pela autoridade sanitária veterinária nacional,
em determinado efectivo ou unidade epide-
ficando a emissão do certificado dependente
miológica;
19) Abate sanitário — abate de todo o animal sus- da inspecção prévia dos animais a deslocar,
peito, reagente ou positivo, seguido de colheita bem como o conhecimento da classificação do
de material para diagnóstico laboratorial em efectivo a que pertencem e a do que virão a
conformidade com normativos definidos pela integrar;
DGV; 27) Sequestro sanitário — acção compulsiva, que
20) Abate sanitário na totalidade do efectivo — abate implica o cumprimento e a aceitação, por parte
de todos os bovinos, ovinos ou caprinos exis- do proprietário ou responsável pelo efectivo
tentes no efectivo com brucelose oficialmente em causa, de medidas de carácter sanitário,
confirmada ou infectado, seguido de um em consequência da confirmação da doença;
período de vazio sanitário a determinar pela 28) Quarentena — isolamento de animais, que foram
autoridade sanitária veterinária nacional, para ou vão ser alvo de transferência entre explo-
aplicação das medidas hígio-sanitárias previstas rações, sob vigilância sanitária, por um período
no n.o 4 do artigo 10.o; mínimo de seis semanas, com a obrigatoriedade
21) Repovoamento — reintrodução de animais pro- de realização de rastreios no início e no fim;
venientes de efectivos classificados de indem- 29) Laboratórios oficiais de brucelose: o labora-
nes ou oficialmente indemnes de brucelose tório de referência — Laboratório Nacional de
num efectivo sujeito a abate na totalidade, após Investigação Veterinária, adiante designado
cumprimento do período de vazio e das medi- por LNIV; e os laboratórios de diagnóstico,
das hígio-sanitárias determinadas pela autori- que são os laboratórios licenciados pelo Labo-
dade sanitária veterinária nacional; ratório de referência e autorizados pela DGV
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para realizar provas de diagnóstico serológico peitos ou que tenham abortado ou repe-
e bacteriológico numa determinada área de tição da colheita em animais vacinados
influência; e ou reagentes;
30) Teste sorológico oficial — aquele que for defi- e) Outros (O) — rastreio efectuado, nomea-
nido pela autoridade sanitária nacional para damente, sobre animais que perderam
cada espécie animal e efectivos; a identificação ou que se encontram em
31) Controlo bacteriológico — conjunto de méto- quarentena;
dos utilizados no diagnóstico bacteriológico
efectuados no sentido de isolar e classificar bac- 35) Vacinação — compreende a imunização de
térias do género Brucella ou outras; fêmeas da espécie bovina, ovina e caprina e
32) Controlo serológico — o conjunto de provas deverá ser realizada em efectivos considerados
serológicas efectuadas para avaliar o estatuto infectados ou em risco de infecção, com con-
sanitário dos animais e do efectivo; trolo sorológico simultâneo;
33) Provas serológicas — as provas descritas no 36) Autoridade sanitária veterinária nacional — a
anexo C do Decreto-Lei n.o 157/98, de 9 de DGV, que poderá delegar as competências que
Junho, nomeadamente a de rosa de Bengala, lhe são atribuídas pelo presente diploma;
fixação do complemento, seroaglutinação, plas- 37) Autoridade sanitária veterinária regional — as
moaglutinação, prova do anel em leite ou DRA.
plasma ou prova de Elisa individual em soro
ou outras que venham a ser definidas pela auto- Artigo 3.o
ridade sanitária veterinária nacional; Aplicação das medidas
34) Rastreio — colheita de sangue para detecção
de anticorpos brucélicos nos animais, que é As medidas de profilaxia previstas no presente
caracterizada do seguinte modo: diploma para a erradicação da brucelose aplicam-se a
1) Quanto ao tipo: todo o território nacional.
a) Total (Tt) — quando se efectua a colheita
de sangue a todos os animais existentes Artigo 4.o
no efectivo com mais de 6 meses de Entidades executoras
idade no caso dos ovinos e caprinos e
com mais de 12 meses nos bovinos ou, A execução do PEB compete:
no caso de animais vacinados em jovens,
quando tenham mais de 18 meses, evi- a) A DGV;
denciado com o aparecimento do pri- b) Às DRA;
meiro par de incisivos definitivos; c) Ao LNIV e aos laboratórios de diagnóstico da
b) Incompleto (I) — quando de efectivos DRA e das organizações de produtores pecuá-
grandes, o rastreio poderá ser feito em rios e de particulares devidamente licenciados
dias sucessivos, devendo esse facto ser e autorizados pela DGV;
mencionado nas respectivas folhas de d) Ao Instituto de Financiamento e Apoio ao
colheita como rastreio incompleto, Desenvolvimento da Agricultura e Pescas,
devendo a última colheita desta testa- adiante designado por IFADAP.
gem ser mencionada como rastreio
incompleto final (I — F); Artigo 5.o
c) Por amostragem representativa (A) —
Competências das entidades executoras
quando se efectua a colheita de sangue
a uma fracção representativa de animais, 1 — Compete à DGV:
conforme definido no anexo I.
a) A direcção, coordenação e controlo das acções
2) Quanto ao motivo: a desenvolver para a execução do presente
diploma;
a) Controlo (C) — rastreio para controlo b) Promover e assegurar, em colaboração com as
da doença, efectuado na sequência da DRA, a elaboração do PEB, bem como o neces-
detecção de anticorpos brucélicos na sário apoio técnico aos serviços envolvidos;
área; c) Preparar o plano anual de actividades e o res-
b) Saneamento (S) — rastreio realizado sobre pectivo orçamento, de acordo com as disposi-
os efectivos em função da sua classifi- ções vigentes para a elaboração e execução do
cação sanitária, conforme definido no Programa de Investimentos e Despesas de
anexo I; Desenvolvimento da Administração Central
c) Validação (V) — rastreio efectuado sobre (PIDDAC);
a totalidade dos animais do efectivo, no d) Promover e acompanhar a execução anual do
sentido de confirmar e classificar como PEB, fiscalizando o respectivo cumprimento.
indemne ou oficialmente indemne um
efectivo no qual não foi confirmado por 2 — Compete às DRA:
exame bacteriológico a presença de
Brucella; a) Executar, na respectiva região, as orientações
d) Diagnóstico (D) — quando a colheita da DGV;
tem como finalidade o diagnóstico de b) Coordenar, promover, executar e verificar, na
infecção por Brucella em animais sus- respectiva região, as medidas do PEB;
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Artigo 9.o
Artigo 6.o
Classificação sanitária dos efectivos e áreas
Obrigatoriedade da declaração da doença
Os efectivos bovinos, ovinos e caprinos e as áreas
A brucelose é uma doença de declaração obrigatória. definidas no n.o 12 do artigo 2.o são objecto de clas-
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sificação sanitária obrigatória relativamente à brucelose, 4 — Sempre que um efectivo seja considerado infec-
em conformidade com os anexos I e II ao presente tado, a autoridade sanitária veterinária regional deve,
diploma. para além das medidas referidas nos n.os 1 e 3, deter-
Artigo 10.o minar o seguinte:
5 — Sempre que um efectivo seja considerado infec- d) Os efectivos suínos são objecto de classificação
tado de brucelose deve, para além das medidas previstas relativamente à brucelose, em conformidade
no n.o 4 do presente artigo, ser avaliada a hipótese do com o anexo IV;
seu abate na totalidade. e) O teste de diagnóstico decisivo é a prova de
6 — À população equídea nacional são aplicáveis as rosa de Bengala e deverá ser utilizado para todos
seguintes medidas de profilaxia sanitária: os animais como teste de rastreio.
a) O rastreio anual é obrigatório para os efectivos
equídeos dos organismos estatais que cedam e Artigo 11.o
ou vendam reprodutores, para os equídeos que Sequestro
coabitem em efectivos com ruminantes positi-
vos, para os efectivos existentes nos postos de 1 — O sequestro consiste nomeadamente em:
cobrição e para os efectivos beneficiados por a) Interdição da saída de animais para mercados
reprodutores cedidos por organismos estatais; ou outras explorações, devendo os animais ter
b) Todas as éguas a serem beneficiadas por gara- obrigatoriamente como destino directo o mata-
nhões do Serviço Nacional Coudélico devem ser douro ou centro de agrupamento, com auto-
sujeitas a rastreio nos 60 dias antecedentes; rização prévia da autoridade sanitária veteriná-
c) Todas as amostras de sangue deverão ser sujei- ria regional;
tas às provas de rosa de Bengala, fixação de b) Interdição da entrada na exploração de animais
complemento a realizar no LNIV; susceptíveis de estarem contaminados, salvo nos
d) Os animais considerados positivos serão sub- casos previstos e com autorização prévia;
metidos a marcação indelével, no casco c) Interdição do contacto com outros efectivos;
esquerdo e a pronto abate sanitário, com direito d) Manutenção do efectivo sob vigilância sanitária
a indemnização de acordo com a legislação em oficial e obrigatoriedade de comunicação à
vigor. autoridade sanitária veterinária regional de
qualquer alteração do estado de saúde dos
animais.
7 — O controlo e erradicação da epididimite conta-
giosa dos carneiros será efectuado da seguinte forma: 2 — Um sequestro sanitário, só deverá ser levantado
a) Em efectivos ovinos inscritos nos livros genea- quando:
lógicos das respectivas raças e nos efectivos pro- a) Tenham sido obtidos dois controlos serológicos
dutores de reprodutores, os carneiros inteiros consecutivos negativos, com um intervalo de
com mais de 6 meses de idade deverão ser sub- pelo menos 60 dias, sendo o primeiro efectuado
metidos a provas de rastreio da epididimite con- 30 dias após a remoção do ou dos animais rea-
tagiosa (Brucella ovis); gentes, conforme o disposto no anexo I;
b) Nos restantes efectivos, quando os proprietários b) Assim for determinado pela autoridade sanitá-
o solicitem ou a autoridade sanitária veterinária ria veterinária regional em consequência
assim o determine, os soros dos machos repro- nomeadamente da conclusão de processo de
dutores ovinos, com idade superior a 6 meses, contra-ordenação.
que forem sujeitos a rastreio de controlo da bru-
celose deverão igualmente ser sujeitos a rastreio Artigo 12.o
da epididimite contagiosa (Brucella ovis), no
sentido de se obter uma amostragem que per- Abate total
mita identificar efectivos infectados; 1 — A autoridade sanitária veterinária nacional pode
c) Os animais considerados positivos serão sujeitos determinar o abate total da unidade epidemiológica
a abate sanitário, obrigatório para os efectivos positiva ou infectada por proposta da autoridade sani-
referidos na alínea a) e voluntário para os efec- tária veterinária regional tendo em conta a proposta
tivos referidos na alínea b); da entidade executora das acções sanitárias.
d) Os efectivos ovinos são objecto de classificação 2 — O abate na totalidade pode ser determinado nas
relativamente à epididimite contagiosa dos car- seguintes situações:
neiros, em conformidade com o anexo III;
e) O teste de fixação do complemento deverá ser a) Quando não se verifique melhoria da classifi-
utilizado para todos os animais como teste de cação sanitária do efectivo ou da unidade epi-
demiológica nos últimos 12 meses;
rastreio e decisivo.
b) Quando tenham sido isoladas bactérias do
género Brucella;
8 — O controlo e erradicação da brucelose dos suínos c) Quando em certas condições epidemiológicas
será efectuado da seguinte forma: de uma área geográfica seja esta a medida mais
a) Quando os proprietários o solicitem ou a auto- adequada para melhorar a situação;
ridade sanitária veterinária assim o determine, d) Quando não seja possível implementar as medi-
os suínos com mais de 6 meses de idade deverão das de profilaxia e polícia sanitárias constantes
ser submetidos a provas de rastreio da brucelose do artigo 10.o e relativos à unidade em causa.
suína (Brucella suis);
b) Os animais considerados positivos serão sujeitos 3 — A proposta de abate total enviada à autoridade
a abate sanitário, obrigatório; sanitária veterinária nacional deve ser acompanhada dos
c) Se for confirmada a infecção, uma vez abatidos seguintes elementos:
todos os animais positivos, devem ser efectuados a) Inquérito epidemiológico;
dois controlos serológicos, com resultados nega- b) Compromisso expresso do proprietário, ou pro-
tivos, com seis ou mais semanas de intervalo; prietários de que vão cumprir o período de vazio
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que lhes for determinado pela autoridade sani- e) O incumprimento das restrições impostas ao
tária veterinária, e de que procederão ao repo- transporte a partir da exploração infectada ou
voamento com animais provenientes de efec- com destino a ela, ao sequestro e ao isolamento;
tivos indemnes ou oficialmente indemnes. f) O incumprimento das normas relativas à mar-
cação, embarque para abate, abate dos animais
Artigo 13.o positivos e tratamento e destruição dos alimen-
tos, dos objectos susceptíveis de estarem con-
Marcação dos animais a abater taminados e das desinfecções determinadas pela
1 — Os animais destinados ao abate sanitário devem autoridade competente;
ser marcados nos oito dias úteis seguintes à comunicação g) O incumprimento das regras determinadas para
dos resultados pelo fogo ou qualquer substância cáustica, o repovoamento pela autoridade sanitária vete-
em conformidade com o previsto na Portaria n.o 793/73, rinária regional;
de 13 de Novembro, e medidas sanitárias determinadas h) A violação das marcas auriculares oficiais, mar-
pela DGV. cas oficiais indeléveis e outras que impeçam a
2 — Nos bovinos a marca é colocada na parte média correcta identificação dos animais.
da região ântero-superior da tábua esquerda do pescoço.
3 — Nos ovinos e caprinos a marcação é colocada 2 — A tentativa e a negligência são puníveis.
na face externa média da coxa esquerda, conforme o
disposto na Portaria n.o 793/73, de 13 de Novembro,
ou por vazamento com marca triangular da orelha Artigo 17.o
esquerda, ou a fogo no chanfro. Sanções acessórias
realizados utilizando uma das provas efectivo com mais de 12 meses de idade apre-
sorológicas referidas no n.o 33 do sentem um resultado negativo; a primeira prova
artigo 2.o; deve ser realizada pelo menos 30 dias após o
abate do animal e a segunda pelo menos 60 dias
c) Todos os bovinos que entrarem no efectivo pro- depois;
venientes de outros efectivos com o estatuto de ii) Se o animal tiver sido isolado em relação aos
oficialmente indemnes de brucelose e, no caso outros animais do efectivo, pode proceder-se
dos bovinos com mais de 12 meses de idade: à sua reintrodução no efectivo, e o estatuto deste
último pode ser restabelecido, se posterior-
i) Deverão apresentar um resultado nega- mente:
tivo na prova de fixação do complemento
ou a qualquer outra prova aprovada nos 1) Apresentar resultado negativo na prova
termos do procedimento previsto comu- de fixação de complemento; ou
nitariamente, durante os 30 dias anterio- 2) Apresentar resultado negativo em qual-
res ou os 30 dias posteriores à introdução quer outra prova aprovada definida no
no efectivo, devendo, neste último caso, n.o 33 do artigo 2.o
os animais em causa permanecer isolados
fisicamente dos outros animais do efec- 4 — O estatuto de um efectivo oficialmente indemne
tivo de uma forma que evite qualquer de brucelose será retirado se for confirmada no efectivo,
contacto directo ou indirecto com os infecção por Brucella.
outros animais até prova de reacção 5 — O estatuto do efectivo só poderá ser restabe-
negativa; lecido quando todos os bovinos presentes no efectivo
ii) Esta prova poderá não ser exigida nas no momento da primeira manifestação da doença tive-
regiões em que, desde há pelo menos dois rem sido abatidos ou, em alternativa, o efectivo tiver
anos, a percentagem de efectivos bovinos sido sujeito a uma prova de controlo e todos os animais
positivos com brucelose não seja superior com mais de 12 meses de idade tiverem apresentado
a 0,2 % e se os animais forem provenien- resultados negativos em duas provas consecutivas com
tes de um efectivo oficialmente indemne intervalos de 60 dias, sendo a primeira efectuada pelo
de brucelose nessa região e não tiverem menos 30 dias após a retirada do ou dos animais positivos
estado em contacto, durante o transporte, e, no caso das fêmeas que se encontravam prenhes no
com bovinos de estatuto inferior; momento da primeira manifestação da doença, o con-
trolo final será obrigatoriamente realizado a partir do
d) No entanto, bovinos provenientes de um efec- 21.o dia após o parto do último animal prenhe no
tivo bovino indemne de brucelose podem ser momento da primeira manifestação da doença.
introduzidos num efectivo oficialmente
indemne de brucelose se tiverem, pelo menos, B) Efectivo bovino indemne de brucelose
18 meses de idade e, no caso de terem sido 1 — Um efectivo bovino é indemne de brucelose se:
vacinados contra a brucelose, a vacina tiver sido
efectuada há mais de um ano, devendo esses a) Todos os bovinos estiverem isentos de sinais clí-
animais ter apresentado nos 30 dias anteriores nicos de brucelose há pelo menos seis meses;
à introdução no efectivo, resultado negativo na b) Todos os bovinos com mais de 12 meses de idade
prova de fixação de complemento, ou a qualquer tiverem sido sujeitos a um dos seguintes pro-
outra prova aprovada nos termos do procedi- gramas de provas, com resultados negativos:
mento previsto comunitariamente e definido no i) Duas provas serológicas efectuadas com
n.o 33 do artigo 2.o, até prova de reacção intervalos superiores a 3 meses e infe-
negativa; riores a 12 meses, nomeadamente uma
e) No entanto, se uma fêmea proveniente de um prova de aglutinação com o antigénio
efectivo indemne de brucelose for introduzida rosa de Bengala, uma prova de fixação
num efectivo bovino oficialmente indemne de do complemento ou uma prova de Elisa
brucelose, nos termos do disposto na alínea individual a partir do soro, e ainda qual-
anterior, esse efectivo será considerado quer outra prova aprovada de acordo
indemne de brucelose durante dois anos a con- com o procedimento comunitário e defi-
tar da data de introdução do último animal nida no n.o 33 do artigo 2.o;
vacinado. ii) Três provas a amostras de leite com inter-
valos de três meses, seguidas de uma
3 — O estatuto de um efectivo oficialmente indemne prova serológica definida no n.o 33 do
de brucelose será suspenso se: artigo 2.o, efectuada pelo menos seis
a) As condições referidas nos n.os 1 e 2 não forem semanas depois;
respeitadas; ou
b) Na sequência de provas laboratoriais ou por moti- c) As fêmeas tiverem sido vacinadas:
vos clínicos se suspeitar de que um ou mais bovinos
i) Antes dos 6 meses de idade com uma
tem brucelose e os animais suspeitos tiverem sido aba-
vacina viva com a estirpe B19; ou
tidos ou isolados de uma forma que evite qualquer con-
ii) Com outra vacina aprovada de acordo
tacto directo ou indirecto com os outros animais:
com o procedimento comunitariamente
i) Se o animal tiver sido abatido, e já não puder previsto;
ser submetido a provas, a suspensão pode ser
levantada caso duas provas de fixação do com- d) As fêmeas com menos de 30 meses que tenham
plemento realizadas em todos os bovinos do sido vacinadas com a vacina viva com a estirpe
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B19 podem apresentar na prova de fixação do indirecto com os outros animais até prova de
complemento um resultado inferior a 30 uni- reacção negativa;
dades USCEE no caso das fêmeas vacinadas d) A prova referida na alínea anterior poderá não
há menos de 12 meses e nos restantes casos ser exigida nas regiões em que, há pelo menos
um resultado negativo (inferior a 20 USCEE) dois anos, a percentagem de efectivos bovinos
na prova de fixação do complemento. infectados com brucelose não seja superior a
0,2 % e se os animais forem provenientes de
2 — Um efectivo bovino conservará o estatuto de um efectivo oficialmente indemne de brucelose
indemne de brucelose se: nessa região e não tiverem estado em contacto,
durante o transporte, com bovinos de estatuto
a) For realizado anualmente com resultados nega-
inferior;
tivos um dos seguintes programas de provas:
e) Forem provenientes de efectivos com o estatuto
i) Três provas do anel em leite com inter- de indemnes de brucelose e, no caso dos bovinos
valos de pelo menos três meses; com mais de 12 meses de idade, apresentarem,
ii) Três provas Elisa em leite, realizadas com nos 30 dias anteriores à introdução no efectivo,
intervalos de, pelo menos, três meses; ou durante o período de quarentena na explo-
iii) Três provas do anel em leite realizadas ração, um resultado negativo numa prova de
com um intervalo de, pelo menos, três fixação do complemento, ou outra prova apro-
meses, seguidas de uma das provas soro- vada de acordo com o procedimento comuni-
lógicas descritas no n.o 33 do artigo 2.o; tariamente definido;
iv) Duas provas Elisa em leite realizadas com f) Forem provenientes de efectivos com estatuto
um intervalo de, pelo menos, três meses, de indemne de brucelose, a sua idade for inferior
seguidas de uma das provas sorológicas a 30 meses e tenham sido vacinados com a vacina
descritas no n.o 33 do artigo 2.o; viva com a estirpe B19, podem apresentar na
v) Duas provas sorológicas realizadas com prova de fixação do complemento um resultado
um intervalo de, pelo menos, 3 meses e inferior a 30 USCEE no caso das fêmeas vaci-
não superior a 12 meses; nadas há menos de 12 meses e nos restantes
casos um resultado negativo (inferior a 20 uni-
b) Numa região não oficialmente indemne de bru- dades USCEE) na prova de fixação do com-
celose mas em que todos os efectivos bovinos plemento.
estejam sujeitos a um programa oficial de com-
bate à brucelose, pode ser alterada a frequência 3 — O estatuto de efectivo indemne de brucelose será
das provas de rotina do seguinte modo: suspenso se:
i) Se a percentagem de efectivos bovinos a) As condições definidas nos n.os 1 e 2 do B do
infectados não for superior a 1 %, pode presente anexo não forem respeitadas; ou
ser suficiente realizar, anualmente, duas b) Na sequência de provas laboratoriais ou por
provas do anel ou duas provas de Elisa motivos clínicos se suspeitar de que um ou mais
em leite com um intervalo de pelo menos bovinos têm brucelose e os animais suspeitos
três meses, ou uma prova sorológica; tenham sido abatidos ou isolados de forma que
ii) Se pelo menos 99,8 % dos efectivos bovi- evite qualquer contacto directo ou indirecto com
nos tiverem sido declarados oficialmente os outros animais:
indemnes de brucelose durante, pelo
menos, quatro anos, o intervalo entre os i) Se o animal tiver sido isolado, pode pro-
controlos pode ser alargado para dois ceder-se à sua reintrodução no efectivo
anos, se forem controlados todos os ani- e o estatuto deste último pode ser res-
mais com mais de 12 meses de idade, tabelecido se, posteriormente, o animal
ou o controlo pode limitar-se aos animais tiver apresentado um resultado negativo
com mais de 24 meses de idade, se os numa prova de fixação do complemento
efectivos continuarem a ser controlados ou noutra prova aprovada, de acordo com
todos os anos, devendo esses controlos o procedimento previsto comunitaria-
ser realizados utilizando uma das provas mente;
sorológicas descritas no n.o 33 do ii) Se o animal tiver sido abatido e já não
artigo 2.o; puder ser submetido a provas, a suspen-
são pode ser levantada caso duas provas
c) Todos os bovinos que entrarem no efectivo pro- de fixação de complemento, em todos os
venientes de outros efectivos com o estatuto de bovinos do efectivo com mais de 12 meses
oficialmente indemnes de brucelose e, no caso de idade, apresentem resultado negativo,
dos bovinos com mais de 12 meses de idade, a primeira prova deve ser realizada pelo
apresentarem uma reacção negativa na prova menos 30 dias após a eliminação do ani-
de fixação do complemento ou a qualquer outra mal e a segunda pelo menos 60 dias
prova aprovada de acordo com o procedimento depois;
previsto comunitariamente, durante os 30 dias iii) Se os animais a controlar ao abrigo dos
anteriores ou os 30 dias posteriores à introdução dois parágrafos anteriores tiverem idade
no efectivo, neste último caso, o ou os animais inferior a 30 meses e tenham sido vaci-
em causa deverão permanecer isolados fisica- nados com a vacina viva com a estirpe
mente dos outros animais do efectivo de uma B19, podem apresentar na prova de fixa-
forma que evite qualquer contacto directo ou ção do complemento um resultado infe-
N.o 224 — 27 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5217
rior a 30 USCEE no caso das fêmeas vaci- d) O efectivo possa considerar-se estável relativa-
nadas há menos de 12 meses, e nos res- mente à entrada e saída de animais.
tantes casos um resultado negativo (infe-
rior a 20 USCEE) na prova de fixação 3 — Condições para à introdução de animais em efec-
do complemento. tivo não indemne:
4 — O estatuto de efectivo indemne de brucelose será a) Só poderão ser introduzidos num efectivo não
retirado se na sequência de provas laboratoriais ou de indemne animais provenientes de efectivos
investigações epidemiológicas for confirmada no efec- indemnes, não gestantes, identificados indivi-
tivo uma infecção com Brucella. dualmente e acompanhados por um certificado
a) O estatuto só poderá ser restabelecido quando sanitário que ateste a situação do efectivo de
todos os bovinos presentes no efectivo no momento da origem;
primeira manifestação da doença tiverem sido abatidos b) Se um ou mais animais forem suspeitos ou con-
ou, em alternativa, o efectivo tiver sido sujeito a uma firmados como positivos à brucelose, o seques-
prova de controlo e todos os animais não vacinados tro sanitário será implementado e serão feitos
com mais de 12 meses de idade não tiverem apresentado rastreios de saneamento até se obterem dois
resultados negativos em duas provas consecutivas com controlos serológicos com resultados negativos,
intervalos de 60 dias, sendo a primeira efectuada pelo separados no mínimo por três meses de inter-
menos 30 dias após a eliminação do ou dos animais valo.
positivos.
b) Se todos os animais a controlar referidos na alínea Normas para classificação sanitária
anterior tiverem menos de 30 meses de idade e tiverem de efectivos ovinos e caprinos
sido vacinados com uma estirpe B19 da vacina viva, D) Efectivo ovino e ou caprino
podem ser considerados como negativos se apresenta- oficialmente indemne de brucelose
rem um título brucélico superior a 30 UI mas inferior
a 80 UI aglutinantes por mililitro na prova de seroa- 1 — Um efectivo de ovinos ou de caprinos conside-
glutinação, desde que apresentem, na prova de fixação ra-se oficialmente indemne de brucelose se:
do complemento, um título inferior a 30 unidades CE, a) Todos os animais das espécies sensíveis à bru-
no caso das fêmeas vacinadas à menos de 12 meses, celose estiverem isentos de sinais clínicos ou
ou um título inferior a 20 unidades CE, nos restantes de qualquer outra manifestação de brucelose
casos. há pelo menos 12 meses;
c) No caso das fêmeas que se encontravam prenhes b) Não existirem animais das espécies ovina ou
no momento da primeira manifestação da doença, o caprina vacinados com a vacina Rev 1 à pelo
controlo final deverá ser realizado pelo menos 21 dias menos dois anos;
após o parto do último animal prenhe no momento da c) Tiverem sido realizados dois controlos seroló-
primeira manifestação da doença. gicos com pelo menos seis meses de intervalo
em todos os ovinos e caprinos do efectivo com
C) Efectivo bovino não indemne de brucelose idade superior a 6 meses à data das colheitas
1 — Um efectivo bovino considera-se não indemne de sangue com resultados negativos na prova
de brucelose se: de rosa de Bengala;
d) Após a conclusão dos testes referidos na alínea
a) Não reunir as condições para ser classificado anterior, apenas se encontrem ovinos e caprinos
em indemne ou oficialmente indemne de bru- que tenham nascido no efectivo ou que sejam
celose; provenientes de um efectivo oficialmente
b) Todos os animais com idade superior a 6 meses indemne de brucelose nas condições definidas
tiverem sido sujeitos a controlo serológico regu- no n.o 4 e no qual, após a sua qualificação, con-
lar efectuado com intervalos mínimos de três tinuem a ser observadas as exigências previstas
meses, podendo evidenciar alguns resultados no n.o 2;
serológicos positivos; e) O efectivo situar-se numa região reconhecida
c) Foram isolados ou identificados organismos do como oficialmente indemne de brucelose de
género Brucella; acordo com o ponto B do anexo II.
d) O PEB não estiver a ser cumprido.
2 — Manutenção do estatuto de oficialmente
2 — Subida de estatuto para efectivo indemne. — Um indemne:
efectivo não indemne de brucelose poderá vir a ser clas-
sificado de indemne após um período mínimo de seis a) Os efectivos de ovinos ou caprinos oficialmente
meses, desde que: indemnes que não se situem numa região con-
siderada oficialmente indemne de brucelose
a) Não tenham sido observados casos clínicos nem ovina e caprina mantêm o estatuto desde que:
isolamentos de Brucella nos últimos 12 meses;
b) A totalidade dos animais a rastrear tenha sido i) A introdução de animais seja efectuada
sujeita a dois controlos serológicos separados de acordo com o disposto no n.o 4;
entre si por um período mínimo de três meses ii) Em cada efectivo, uma fracção represen-
com resultados negativos; tativa da população de ovinos e caprinos
c) Existam condições de isolamento do efectivo, com idade superior a 6 meses seja con-
no sentido de garantir que não se verifique con- trolada anualmente, com resultados
tacto com outros animais, ou partilha de áreas, negativos nos testes serológicos efectua-
forrageiras com efectivos não indemnes; dos;
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que o seu número possa ser inferior a ou caprino oficialmente indemne de brucelose após um
50 por efectivo, excepto nos efectivos período mínimo de dois anos se:
onde existam menos de 50 destas fêmeas,
a) Nele não existir qualquer animal vacinado con-
neste caso, todas estas fêmeas devem ser
tra a brucelose desde há pelo menos dois anos;
controladas. b) As condições previstas nas alíneas b), c) e d)
do n.o 4 tiverem sido respeitadas sem interrup-
3 — Suspeita ou aparecimento de brucelose num efec- ção durante este período;
tivo de ovinos ou caprinos indemne de brucelose: c) No final do segundo ano, os animais com idade
a) Sempre que haja suspeita de brucelose num ou superior a 6 meses tiverem apresentado um
mais ovinos ou caprinos pertencentes a um efec- resultado negativo num teste serológico de
tivo oficialmente, a qualificação do mesmo é diagnóstico.
retirada; no entanto, o estatuto pode não ser
retirado, sendo suspenso provisoriamente se o F) Efectivo ovino ou caprino não indemne de brucelose
animal ou os animais forem imediatamente aba-
1 — Um efectivo ovino ou caprino considera-se não
tidos ou isolados, enquanto se aguarda a con- indemne de brucelose se:
firmação oficial da infecção por Brucella;
b) Num efectivo com classificação suspensa, sem- a) Não reunir as condições para ser classificado
pre que a brucelose seja oficialmente confir- em indemne ou oficialmente indemne de bru-
mada, a classificação mantém-se, desde que celose;
todos os animais positivos sejam abatidos e até b) Todos os animais com idade superior a 6 meses
que em dois controlos serológicos efectuados são sujeitos a controlo serológico regular efec-
com um intervalo de pelo menos três meses, tuado com intervalos mínimos de três meses,
em todos os animais do efectivo não vacinados, podendo evidenciar alguns resultados serológi-
com idade superior a 6 meses, e vacinados com cos positivos;
idade superior a 18 meses, a prova de rosa de c) Foram isolados ou identificados organismos do
Bengala der resultados negativos. género Brucella;
d) O PEB não estiver a ser cumprido.
4 — Condições para a introdução de animais num
efectivo ovino ou caprino indemne de brucelose: 2 — Subida de estatuto para efectivo indemne. — Um
efectivo não indemne de brucelose poderá vir a ser clas-
a) Poderão ser introduzidos num efectivo ovino ou sificado de indemne após um período mínimo de
caprino indemne de brucelose os ovinos ou 12 meses desde que:
caprinos que sejam provenientes de um efectivo
ovino ou caprino oficialmente indemne ou a) A totalidade dos animais a rastrear tenha sido
indemne de brucelose; sujeita a dois controlos serológicos separados
b) Poderão ainda ser introduzidos num efectivo entre si por um período mínimo de seis meses,
ovino ou caprino indemne de brucelose os ovi- com resultados negativos nas provas de rosa de
nos ou caprinos que sejam provenientes de efec- Bengala e fixação de complemento;
tivos que satisfaçam as seguintes condições: b) Não tenham sido observados casos clínicos nem
i) Os ovinos e caprinos estejam identifica- isolamento de Brucella nos últimos 12 meses;
dos individualmente, em conformidade c) Existam condições de isolamento do efectivo,
com o Decreto-Lei n.o 338/99, de 24 de no sentido de garantir que não se verifique con-
Agosto; tacto com outros animais ou partilha de áreas
ii) Os ovinos e caprinos sejam provenientes forrageiras com efectivos não indemnes;
de um efectivo no qual todos os animais d) O efectivo possa considerar-se como estável
das espécies sensíveis à brucelose estejam relativamente à entrada e saída de animais.
isentos de sinais clínicos ou qualquer
outra manifestação de brucelose, desde 3 — Condições para a introdução de animais num
há pelo menos 12 meses; efectivo não indemne:
a) Poderão ser introduzidos num efectivo não
c) Poderão ainda ser introduzidos num efectivo indemne animais provenientes de efectivos
ovino ou caprino indemne de brucelose os ovi- indemnes oficialmente vacinados, não gestantes,
nos ou caprinos que não tenham sido vacinados identificados individualmente e acompanhados
no decurso dos últimos dois anos, tenham sido por um certificado sanitário que ateste a situa-
isolados no efectivo de origem sob controlo vete- ção do efectivo de origem;
rinário e durante esse período tenham sido sujei- b) Poderão ainda ser introduzidos num efectivo
tos a dois testes serológicos de diagnóstico com não indemne:
resultados negativos, realizados com um inter-
valo de pelo menos seis semanas, em casos i) Animais provenientes de efectivos não
excepcionais, devidamente autorizados pela indemnes, desde que estejam identifica-
autoridade sanitária veterinária nacional; dos individualmente, não tenham sido
d) Os ovinos ou caprinos que tenham sido vaci- constatados casos clínicos ou excreção
nados com a vacina Rev 1 antes da idade de activa de Brucella no efectivo de origem
6 meses e um mês antes da introdução no efec- em todos os animais susceptíveis nos
tivo de destino. 12 meses anteriores e não se encontrem
na situação de gestantes;
5 — Um efectivo ovino ou caprino indemne de bru- ii) Animais que, não sendo oficialmente
celose pode adquirir a qualificação de efectivo ovino vacinados, tenham sido mantidos isolados
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na efectivo de origem sob vigilância vete- c) Forem notificados à autoridade sanitária vete-
rinária e tenham sido sujeitos a dois con- rinária nacional todos os casos de bovinos sus-
trolos serológicos negativos separados de peitos de estarem infectados com Brucella,
seis ou mais semanas, desde que auto- sendo esses animais submetidos a uma inves-
rizados pela autoridade sanitária veteri- tigação epidemiológica oficial relativamente à
nária regional; brucelose, que deverá incluir, pelo menos, duas
iii) Animais que tenham sido vacinados com provas sorológicas de sangue, incluindo uma
a vacina Rev 1 até à idade de 6 meses prova de fixação de complemento, bem como
e há pelo menos 30 dias aquando da um exame microbiológico de amostras ade-
entrada na efectivo de destino; e sejam quadas;
acompanhados por um certificado sani- d) Durante o período de suspeita, que se manterá
tário que ateste que as condições ante- até à obtenção de resultados negativos nas pro-
riores foram satisfeitas. vas previstas na alínea anterior, for suspenso
o estatuto de oficialmente indemne de brucelose
ANEXO II do efectivo de origem ou de trânsito do bovino
suspeito e dos efectivos epidemiologicamente
Classificação sanitária de áreas
associados;
A) Estado membro ou região oficialmente indemne e) Em caso de um foco de brucelose evolutiva,
de brucelose bovina todos os bovinos tiverem sido abatidos e os res-
1 — O território nacional ou uma região pode ser tantes animais de espécies sensíveis forem sub-
declarada oficialmente indemne de brucelose, de acordo metidos às provas adequadas e as instalações
com o procedimento comunitariamente previsto, se: e o material forem limpos e desinfectados.
a) Não tiver sido registado qualquer caso de aborto 3 — a) O território nacional ou uma região declarada
devido à infecção por Brucella nem tenha havido oficialmente indemne de brucelose bovina notificará
isolamento de B. abortus pelo menos nos últimos todas as ocorrências de casos de brucelose.
três anos e, no mínimo, 99,8 % dos efectivos b) Caso existam indícios de uma mudança significativa
tenham conseguido alcançar o estatuto de ofi- da situação no que se refere à brucelose numa região
cialmente indemne de brucelose todos os anos, que tenha sido reconhecida como oficialmente indemne
durante cinco anos consecutivos, devendo o cál- de brucelose, pode ser decidido, de acordo com pro-
culo desta percentagem efectuar-se a 31 de cedimento previsto comunitariamente, propor a suspen-
Dezembro de cada ano civil; são ou revogação do estatuto até que sejam satisfeitos
b) For adoptada uma política de abate de todo os requisitos da decisão.
o efectivo. Os incidentes isolados evidenciados 4 — a) Para efeitos do presente anexo, entende-se
por inquérito epidemiológico que se devam à por prova sorológica uma prova de seroaglutinação, uma
introdução de animais de fora da região e os prova de antigénio brucélico tamponado, uma prova de
efectivos cujo estatuto de oficialmente indemne fixação do complemento, uma prova de plasmoagluti-
de brucelose tenha sido suspenso ou retirado nação, uma prova do anel em plasma, uma prova de
por razões que não a suspeita de doença, pode- microaglutinação ou uma prova Elisa individual em san-
rão ser ignorados para efeitos do cálculo acima gue conforme descrito no n.o 33 do artigo 2.o
referido, desde que a autoridade nacional com- b) Para os mesmos efeitos, será igualmente aceite
petente elabore um registo anual e o envie à qualquer outra prova diagnóstica aprovada de acordo
Comissão; com o procedimento comunitariamente previsto e
c) Todos os bovinos estejam identificados ao descrita no n.o 33 do artigo 2.o
abrigo do Decreto-Lei n.o 338/99, de 24 de c) Por prova do anel entende-se uma prova do anel
Agosto, por forma a permitir a identificação dos do leite ou uma prova Elisa em leite de acordo com
efectivos de origem e de trânsito de cada bovino; o n.o 33 do artigo 2.o
d) Todos os casos de aborto sejam obrigatoria-
mente notificados à autoridade sanitária vete- B) Estado membro ou região oficialmente indemne
rinária conforme o disposto no artigo 7.o de brucelose ovina e caprina
c) Se for confirmada a infecção, e uma vez abatidos casos clínicos ou outros de brucelose no
todos os animais positivos, a suspensão tempo- efectivo de origem em todos os animais
rária poderá ser retirada caso se realizem dois da espécie suína pelo menos nos últimos
testes com resultados negativos com seis ou mais 12 meses;
semanas de intervalo sobre todos os reprodu- ii) Nas oito semanas anteriores à movimen-
tores com 6 ou mais meses de idade. tação tenha sido realizado no efectivo de
origem um controlo serológico com resul-
4 — Condições para a introdução de animais em efec- tados negativos, abrangendo a totalidade
tivo indemne de brucelose suína: dos reprodutores;
a) Podem ser introduzidos num efectivo indemne iii) Os reprodutores a introduzir tenham sido
de brucelose suína animais provenientes de efec- mantidos em quarentena durante as qua-
tivo indemne acompanhados de um certificado tro semanas anteriores à movimentação
sanitário comprovativo; e submetidos a controlo serológico com
b) Podem ainda ser introduzidos nestes efectivos resultados negativos nos últimos 15 dias;
animais provenientes de um efectivo não reco- iv) Sejam acompanhados de um certificado
nhecido como indemne desde que: sanitário, emitido para o efeito, onde se
i) Os animais estejam devidamente identi- mencione que foram satisfeitas as con-
ficados, não tenham sido constatados dições anteriormente referidas.