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Artigo Traduzido

Remodelação Óssea
Bone Remodelling

“Este é o primeiro de uma série de artigos fenótipos celulares, regulados por vários fato-
em que profissionais com interesse em pesqui- res bioquímicos e mecânicos. É provável que a
sa apresentarão os avanços nas ciências bási- principal razão para a remodelação seja per-
cas relevantes para a ortodontia clínica. Este mitir que os ossos respondam e se adaptem às
primeiro artigo sobre remodelação óssea escri- forças mecânicas quando estas ocorrem como
to por Peter Hill, determina um alto padrão um resultado do exercício físico e durante a
para os próximos a serem editados. Outros ar- aplicação de carga mecânica, como durante a
tigos sobre biologia muscular, regulação da movimentação dentária ortodôntica. As anor-
modificação tecidual, desenvolvimento cranio- malidades na remodelação óssea ocorrem em
facial, sinalização celular e citocinas farão algumas das doenças mais comuns que afe-
parte de edições futuras desta revista. Espera- tam os seres humanos tal como osteoporose,
se que estes artigos sejam de interesse não periodontite, artrite e osteólise induzida por
apenas aos alunos de pós-graduação, mas tam- tumor. Embora estas disfunções sejam comuns
bém aos clínicos em exercício”. e causem sofrimento considerável, na maioria
J. Sandy, Sub-Editor dos casos, pouco se sabe sobre os mecanismos
responsáveis pela disfunção da remodela-
Introdução ção óssea que os caracteriza. Isto não é no-
A marcante evolução nos estudos em bio- vidade, uma vez que, no momento, não
logia óssea durante as últimas duas décadas compreendemos os mecanismos responsá-
tanto reforçou o nosso entendimento sobre a veis pelo controle da remodelação óssea nor-
regulação da remodelação óssea como nos per- mal e nem como ela é tão coordenada e equi-
mitiu definir algumas das principais questões librada. No entanto, as novas técnicas para
ainda não respondidas. O osso é um tecido se estudar a função óssea no nível celular
dinâmico que constantemente sofre remode- (célula óssea e cultura de órgão), a disponibi-
lação, mesmo que o crescimento e a modela- lidade de moléculas recombinantes e sondas
gem do esqueleto tenham sido finalizados. A complementares de DNA, o novo entendimen-
remodelação óssea é um processo de aposição to revelado pelo gene “knockout” e pelos ex-
no qual há remoção localizada do osso velho perimentos transgênicos, bem como as no-
(reabsorção) e sua substituição por osso re- vas técnicas para se estudar a função óssea a
centemente formado. O processo é complexo, nível clínico, devem esclarecer os mecanis-
necessita de interação entre diferentes mos de controle para as ocorrências celu-

023-98.ART - Bone Remodelling


British Journal of Orthodontics, v.25, n.2, p.101-107, 1998
Tradução: Maria Alexandra Palma Contar Grosso; Revisão Científica: Dra. Luciane Maeda;
Diagramação: Valéria Vieira de Andrade.
Unitermos: Consultoria: Dr. Alberto Consolaro, Dr. Liogi Iwaki Filho.
Remodelação
óssea; Biologia P. A. Hill, B.D. S., F. D. S., M. Orth., B.SC, M.SC., PhD
óssea. Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, Unidade de Medicina e Ciências Odontológicas dos
Hospitais Guy e St. Thomas, London Bridge, London SE1 9RT.

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CICLO DA REMODELAÇÃO ÓSSEA
Células de revestimento e
osteócitos

Ativação dos
osteoclastos

Osteoblastos FASE DE REPOUSO


Osteoclastos

FIGURA 1 - Fotomicrografia óptica do


osso trabecular. Os osteoclastos mul-
tinucleados (setas grandes) estão no
osso mineralizado em reabsorção
numa lacuna de Howship enquanto os Precursores dos
osteoblastos (setas pequenas) se FORMAÇÃO osteoblastos REABSORÇÃO
colocam na matriz sobre a superfície
do osteóide. Os osteócitos (ponta de
seta) são encontrados dentro da ma-
triz mineralizada. (Hematoxilina e
Eosina, 80x, ampliada para 250% na
reprodução).
FASE REVERSA

FIGURA 2 - Estádios da remodelação óssea. Fase de reabsorção: os osteoclas-


lares na remodelação óssea normal e final- tos multinucleados ativados derivados dos monócitos da medula óssea reab-
sorvem uma discreta área de matriz óssea mineralizada. Fase reversa: as
mente levar às recentes informações e me- células subseqüentemente osteoprogenitoras (precursoras dos osteoblastos)
didas de tratamento para inibir ou evitar que podem se proliferar localmente e diferenciar em osteoblastos, migram
para uma lacuna de reabsorção e revelam a atividade osteoclástica anterior.
estas disfunções. Além disso, um entendi- Fase formadora: os osteoblastos depositam matriz óssea nova, inicialmente
mento sobre os mecanismos bioquímicos e não-mineralizada e chamada de osteóide e, desta maneira, preenchem a la-
moleculares que permitem que a células cuna de reabsorção. Fase de repouso: uma vez submersa no osteóide, os
osteoblastos amadurecem em osteócito diferenciado terminalmente. Os oste-
ósseas se adaptem às alterações em seu oblastos que revestem a superfície do pacote de osso recentemente formado
ambiente mecânico é essencial para a prá- são células de revestimento quiescentes até serem ativadas.

tica da ortodontia clínica e para o seu de-


senvolvimento futuro como uma discipli- óssea (FIG. 1). O osteoblasto produz a dos no microambiente ósseo. O conceito
na acadêmica. Esta revisão apresenta o matriz que se mineraliza de uma manei- atual de remodelação óssea se baseia na
entendimento que temos no momento so- ra bem regulada. Esta matriz minerali- hipótese de que os precursores osteoclásti-
bre a remodelação óssea e sua regulação zada pode ser removida pela atividade cos se ativam e se diferenciam em osteo-
bem como uma base para se atender a ques- do osteoclasto, quando ativado. clastos e iniciam o processo de reabsorção
tões não respondidas. O osso está constantemente sofrendo óssea. Esta etapa é seguida por uma fase
remodelação, um processo complexo que de formação óssea. O número de locais que
Estrutura Óssea e Remodela- envolve a reabsorção do osso numa super- entram na fase de formação óssea, cha-
ção fície em particular seguida por uma fase de mada de freqüência de ativação, juntamen-
O osso é um tecido conjuntivo especi- formação óssea. Em adultos normais, há te com os índices individuais dos dois pro-
alizado composto por fases minerais e or- um equilíbrio entre a quantidade de osso cessos, determinam o índice de modifica-
gânicas, perfeitamente organizado para reabsorvido pelos osteoclastos e a quanti- ção tecidual (CHARLES et al, 1987;
desempenhar o papel de estrutura de sus- dade de osso formado pelos osteoblastos ERICKSEN et al, 1986).
tentação do corpo. Para cumprir esta ta- (FROST, 1964). A remodelação óssea ocorre O sinal que inicia a remodelação ós-
refa, ele é formado por uma combinação em pequenos conjuntos de células chama- sea não foi identificado, mas evidências
de osso compacto denso e osso esponjoso dos de unidades multicelulares básicas mostram que a força mecânica pode alte-
(trabecular), reforçado nos pontos de ten- (BMUs) que transformam o osso em su- rar a arquitetura óssea local. A necessida-
são. A fase mineral do esqueleto contribui perfícies ósseas (FROST, 1991); ao mes- de de tensão mecânica na formação de
com cerca de dois terços de seu peso, o mo tempo, ~20% da superfície óssea es- tubérculos ósseos nos locais de inserções
terço restante é matriz orgânica, consti- ponjosa sofre remodelação. Cada BMU é de tendão é elegantemente demonstrada
tuindo-se principalmente de colágeno do geográfica e cronologicamente separada de em ratos nos quais os genes myf-5 e myo-
Tipo I e quantidades pequenas de proteí- outros conjuntos de remodelação. Isto su- D ficam inativados (RUDNICKI et al,
nas não-colagênicas. Dois tipos princi- gere que a ativação da seqüência de ocor- 1993). Estes ratos carecem de turbérculos
pais de células são encontrados no osso, rências celulares responsáveis pelo remo- ósseos, presumivelmente como resultado
o osteoclasto e o osteoblasto, os princi- delação seja controlada localmente talvez do mal desenvolvimento muscular e, por-
pais agentes na modificação da matriz por fatores autócrinos ou parácrinos gera- tanto, de tensão mecânica reduzida nos

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REMODELAÇÃO ÓSSEA (APOSIÇÃO) início da formação óssea nas lacunas de
Fatores secretados pelos osteoblastos, por exemplo, as matrizes de metaloproteinase. reabsorção ocorrem através de um meca-
Fatores liberados do osso pelos osteoclastos, por exemplo, TGFβ, BMPs, IGF-I e IGF-II nismo de aposição (PARFITT, 1982). O pro-
cesso de aposição garante que uma quan-
tidade equivalente de osso seja deixada após
Osteoblastos
a fase anterior de reabsorção. A natureza
detalhada da ativação e do mecanismo de
aposição ainda é desconhecida, embora al-
Osteóide Osteoclasto guns fatores de crescimento e proteinases,
tal como o fator de crescimento beta-trans-
formador (TGF)-β, IGFs I e II, e ativadores
Osteócitos Osteoblasto ori- do plasminogênio tenham sido propostos
ginou das meta- (MARTIN e NG, 1994; MUNDY, 1994).
loproteinases
Lacuna de que degradam o Se a ativação dos osteoblastos inicia si-
reabsorção osteóide multaneamente com o recrutamento do
Osso Mineralizado osteoclasto ou em algum estágio poste-
rior durante o desenvolvimento das lacu-
nas, ainda não está estabelecido. Um mo-
FIGURA 3 - Remodelação óssea (aposição). Representação diagramática da delo que ilustra este processo de “aposi-
reabsorção óssea osteoclástica seguida da aposição por formação óssea
osteoblástica. A ocorrência inicial envolve a síntese e liberação das matrizes de ção” é apresentado na FIG. 3. Durante a
metaloproteinase (MMPs) pelos osteoblastos, responsáveis por degradar o reabsorção, os osteoclastos liberam fato-
osteóide, expondo a matriz mineralizada que pode ser quimiotática ao osteo-
clasto. O osteoblasto também estimula diretamente a atividade do osteoclas- res locais do osso que possuem dois efei-
to. Durante o processo de reabsorção, fatores de crescimento são liberados da tos: inibição da função osteoclástica e
matriz que então ativa as células osteoprogenitoras. As células osteoprogenitoras
amadurecem em osteoblastos e finalmente substituem o osso reabsorvido. Os estimulação da atividade osteoblástica.
mecanismos pelos quais os osteoblastos são direcionados para formar osso Além disso, os osteoclastos sozinhos pro-
somente na lacuna de reabsorção podem ser devido à presença de moléculas
tal como o TGF-β e BMPs, deixados para trás durante a atividade osteoclástica.
duzem e liberam fatores que possuem um
Os osteócitos se comunicam um com o outro via processos citoplasmáticos. efeito regulatório negativo sobre sua ati-
vidade e reforçam a função osteoblástica.
Finalmente, quando os osteoclastos com-
locais de inserção do tendão. Na biologia insulina (IGF)-I em resposta às forças pletam o ciclo da reabsorção, eles secretam
esquelética, enquanto as protaglandinas mecânicas (LEAN et al, 1996). Embora proteínas que posteriormente servem
estão envolvidas, o quanto de tensão é o IGF-I possa agir como um fator de apo- como um substrato para a fixação do
sentida pelas células ósseas residentes e sição no ciclo de remodelação óssea, o osteoblasto (MCKEE et al, 1993).
em quanto tais sinais contribuem para o sinal que inicia o ciclo permanece indefi- A remodelação óssea é regulada por
controle celular e molecular da remode- nido. A seqüência de ocorrências no ci- hormônios sistêmicos e por fatores locais
lação óssea, são questões importantes clo da remodelação normal é sempre a que afetam as células da linhagem dos os-
ainda sem solução. Mais recentemente, mesma, reabsorção óssea osteoclástica, teoclastos e osteoblastos e exercem seus
foi demonstrado que a força mecânica uma fase reversa, seguida por formação efeitos sobre (i) a replicação de células não
pode ser sentida pelos osteócitos e que óssea osteoblástica para reparar o defei- diferenciadas, (ii) o recrutamento de célu-
estas células secretam fatores parácrinos, to (FIG. 2). las e (iii) a função diferenciada das células
tal como o fator de crescimento do tipo A finalização da reabsorção óssea e o (veja TAB. 1 e 2; CANALIS, 1983). O pro-

TABELA 1 TABELA 2
Hormônios que regulam a remodelação óssea Fatores de crescimento que regulam a
Hormônios polipeptídeos remodelação óssea
Hormônio da paratiróide Fatores de crescimento insulina-like (IGF) I e II
Calcitonina Superfamília do Fator de crescimento beta-transforma-
Insulina dor (TGFβ) incluindo-se as proteínas osteomorfogenéti-
Hormônio do crescimento cas (BMPs)
Hormônios Esteróides Fatores de crescimento para fibroblasto (FGF)
1,25 dihidroxivitamina D3 Fatores de crescimento derivados de plaquetas (PDGF)
Glucocorticóides Citocinas como interleucina (IL), fator de necrose
Esteróides sexuais tumoral (TNF), e famílias de fatores estimuladores da
Hormônios da Tiróide colônia (CSF)

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duto final da remodelação é a manutenção célula-a-célula com células osteoblásticas podem ativar os osteoclastos através de
de uma matriz óssea mineralizada e do estromais (SUDA et al, 1996). É provável um mecanismo que envolve o contato
componente orgânico maior desta matriz, que uma subpopulação de monócitos da célula-a-célula (FULLER et al, 1991). O
o colágeno do Tipo I. Os fatores locais são medula e circulação seja, na verdade, pré- próximo passo envolve o osteoclasto ati-
sintetizados por células esqueléticas e in- osteoclastos determinados. O próximo vado que reabsorve o osso pela produção
cluem fatores de crescimento, citocinas e passo envolve a preparação da superfície de íons de hidrogênio (dissolução do mi-
prostaglandinas. Os fatores de crescimen- óssea pela remoção da camada de osteóide neral) e enzimas proteolíticas (degrada-
to são polipeptídeos que regulam a não-mineralizado pelos osteoblatos de re- ção da matriz orgânica) no ambiente lo-
replicação e função diferenciada das célu- vestimento que produzem várias enzimas calizado (hemi- vacúolo) sob a borda on-
las. Os fatores de crescimento possuem efei- proteolíticas, em particular a matriz das dulada da célula. Os íons de hidrogênio
tos sobre as células da mesma classe (fato- metaloproteinases (MMPs), colagenase e são gerados dentro da célula pela enzima
res autócrinos) ou sobre as células de ou- gelatinase (MEIKLE et al, 1992). Este pro- anidrase carbônica II (LAITALA e
tras classes dentro do tecido (fatores cesso facilita o acesso dos osteoclastos ao VAANANEN, 1994) que está localizada
parácrinos). A presença de fatores locais osso mineralizado subjacente. O próximo no citoplasma próximo à borda ondulada
não é particularidade do sistema esqueléti- passo envolve o reconhecimento das pro- (GAY e MULLER, 1974). A principal im-
co porque os tecidos não esqueléticos tam- teínas da matriz óssea extracelular via portância da anidrase carbônica II no os-
bém sintetizam e respondem aos fatores membros da superfamília da integrina dos teoclasto foi demonstrada em estudos
autócrinos e parácrinos. Os fatores do cres- receptores de adesão, em particular o re- com pacientes com ausência congênita
cimento também estão presentes na circu- ceptor vitronectina ανβ3 (LAKKAKORPI dessa enzima e osteopetrose (SLY et al,
lação e podem agir como reguladores et al, 1991). O receptor vitronectina se 1985). Os prótons são extruídos ao lon-
sistêmicos do metabolismo esquelético, mas liga às proteínas da matriz extracelular, go da borda ondulada em micro-ambien-
os fatores produzidos localmente possuem tal como a osteopontina, num local de te de reabsorção por um próton vacuolar
funções mais diretas e importantes no cres- reconhecimento do ácido arginino-glicino- polarizado (BLAIR et al, 1989). A degra-
cimento celular. Os fatores do crescimento aspártico (RGD) e parece essencial para a dação da matriz orgânica colagenosa se-
podem desempenhar um papel fundamen- indução da polarização osteoclástica. O gue a dissolução da matriz mineralizada
tal na aposição da formação óssea com a último processo envolve a formação de e envolve duas classes maiores de
reabsorção óssea e, possivelmente, na bordas escovadas e zonas claras, dois dos enzimas, proteinases cisteína lisossômica
patofisiologia das disfunções ósseas. aspectos mais característicos dos osteo- tal como a catepsina B, L e K (HILL et al,
clastos (ROODMAN, 1996; SUDA et al, 1994a; DRAKE et al, 1996) e MMPs in-
Reabsorção Óssea 1996). A zona clara é uma região livre de cluindo a colagenase e a gelatinase B (HILL
A cascata da reabsorção óssea envol- organela do citoplasma rico em filamentos et al, 1993; 1994b; 1995).
ve uma série de etapas direcionadas para F-actina (anéis de actina). Estes anéis de Os osteoclastos finalmente sofrem
a remoção dos constituintes minerais e actina juntamente com os receptores apoptose ou morte celular programada,
orgânicos da matriz óssea pelos osteoclas- integrina e RGD que contém proteínas caracterizada por condensação citoplás-
tos, auxiliados pelos osteoblastos. O pa- extracelulares formam adesões ou mica e nuclear e fragmentação do DNA
pel do osteoclasto como uma célula de podossomos focais. As adesões focais são nuclear em unidades de tamanho nucle-
reabsorção maior e sua estrutura e pro- responsáveis pela forte interação célula- ossômico. O TGF-β que bloqueia a reab-
priedades bioquímicas foram bem carac- substrato e o fechamento do espaço ex- sorção óssea pode induzir a apoptose nos
terizados (ROODMAN, 1996). O primei- terno abaixo da célula onde a borda on- osteoclastos enquanto os fatores osteo-
ro estágio envolve o recrutamento e dis- dulada se espalha e ocorre a dissolução clásticos estimulatórios, tal como o
seminação dos progenitores osteoclásti- da matriz óssea. Este espaço extracelular hormônio da paratiróide PTH, e a 1,25
cos para o osso. Os precursores dos osteo- é chamado de “compartimento de reab- dihidroxivitamina D3 inibem a apoptose
clastos são claramente de origem sorção” ou “lacuna de reabsorção”. O ter- in vitro do osteoclasto (ROODMAN,
hemopoiética (WALKER, 1973) e relacio- ceiro estágio envolve a ativação do osteo- 1996). Estes dados sugerem que a
nados à linhagem monócito-macrófago, clasto na superfície do osso mineralizado. regulação do tempo de vida do osteoclas-
mas o ponto de divergência daquela li- Este provavelmente é iniciado pelos efei- to desempenha um papel importante no
nhagem não está estabelecido tos dos fatores locais sobre as células da processo de remodelação óssea normal
(HATTERSLEY et al, 1991). As células linhagem do osteoblasto ao invés da ati- seja para reforçar ou inibir a reabsorção
progenitoras são recrutadas dos tecidos vação direta dos osteoclastos e seus pre- óssea osteoclástica. As citocinas que re-
hemopoiéticos tal como a medula óssea e cursores (MARTIN e NG, 1994). Além do forçam a atividade osteoclástica o fazem
tecidos esplênicos ao osso via corrente conceito clássico de que os osteoblastos em parte pelo aumento do tempo de vida
sangüínea circulatória. Elas se proliferam liberam um fator (es) de ativação osteo- do osteoclasto e os fatores que inibem a
e se diferenciam em osteoclastos através clástica, descobertas recentes propuseram atividade osteoclástica parecem induzir
de um mecanismo que envolve a interação um novo conceito de que os osteblastos à apoptose osteoclástica junta-

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mente com o bloqueio da formação os- Formação Óssea tam os fatores autócrinos e parácrinos.
teoclástica e reabsorção óssea. Uma vez A formação óssea resulta de uma com- Entre eles estão os membros da
que os osteoclastos têm um tempo de plexa cascata de ocorrências que envol- superfamília do TGF-β e vários outros fa-
vida limitado, ~12,5 dias, a progressão vem a proliferação de células mesenqui- tores de crescimento que são seqüestrados
da remodelação óssea requer a adição mais primitivas, diferenciação em células da matriz óssea e estimulam a prolifera-
contínua dos precursores dos osteoclas- precursoras osteoblásticas (osteoprogeni- ção de osteoblasto, incluindo o IGF-I e II,
tos para manutenção de uma população tora, pré-osteoblasto), maturação dos os- fatores de crescimento do fibroblasto
existente. Os precursores osteoclásticos teoblastos, formação de matriz e, final- (FGFs) e fator de crescimento derivado de
mononucleares precisam ser direciona- mente, mineralização. Os osteoblastos plaqueta (PDGF). O interessante é que es-
dos para o seu destino por um sinal “lo- convergem para o fundo da cavidade de tes fatores de crescimento podem desem-
cal” específico. Tem sido sugerido que o reabsorção e formam os osteóides que penhar um papel mais sutil na formação
sinal dos pré-osteoclastos para o início começam a mineralizar após 13 dias num óssea uma vez que eles recentemente
da remodelação é dado pelas células de índice inicial de ~1µm/dia. Os osteoblas- mostraram que evitam a apoptose
revestimento sob instrução dos tos continuam a formar e mineralizar os osteoblástica in vitro (HILL et al, 1997).
osteócitos, mas que o sinal para progres- osteóides até que a cavidade seja preen- A terceira ocorrência na fase de forma-
são é dado pelos osteoclastos. As evidên- chida. O tempo para preencher a cavidade ção é a diferenciação do precursor do
cias sugerem que os osteoclastos podem em qualquer ponto sobre a superfície é de osteoblasto numa célula madura. Vários
liberar fatores parácrinos, em particular 124-168 dias em indivíduos normais dos fatores de crescimento ósseo-derivados
as interleucinas (IL)-1, IL-6 e anexina II (ERICKSEN et al, 1984). podem causar o surgimento de marcadores
que se preocupam com o recrutamento No fundo da cavidade os osteoblatos dos fenotipos dos osteoblastos diferencia-
dos osteoclastos (ROODMAN, 1996). são ricos e vigorosos, possuem núcleo alto dos incluindo a expressão da atividade
e formam uma camada espessa de osteóide. fosfatase alcalina, colágeno do tipo I e os-
Fase Reversa As células gradualmente se achatam e se teocalcina. Os mais proeminentes destes
Depois que a profundidade máxima tornam células de revestimento quiescentes. fatores são o IGF-I e a proteína morfogené-
erosionada foi alcançada pelos osteoclastos, Alguns dos osteoblastos diferenciam-se em tica óssea (BMP)-2, este último, um mem-
há um fase reversa que dura ~9 dias. Os osteócitos e ficam submersos na matriz. bro da superfamília do TGF-β dos polipep-
mecanismos regulatórios que suspendem a A ocorrência inicial deve ser atração tídeos. As lacunas de reabsorção geral-
atividade osteoclástica são muito mal en- quimiotática dos osteoblastos ou de seus mente são completamente reparadas,
tendidos, mas há várias possibilidades. A precursores nos locais do defeito da reabsor- embora não se saiba como isto seja al-
primeira é que, desde que os osteoclastos ção. Isto provavelmente é mediado por fato- cançado. O interrompimento da ativida-
tenham um tempo de vida limitado, a célula res locais produzidos durante o processo de de osteoclástica pode ser devido à inibição
provavelmente sofre apoptose após um epi- reabsorção. Tem sido demonstrado que o do feedbak negativo ou à indução da
sódio extenso de atividade de reabsorção. A osso em reabsorção produz fatores apoptose do osteoblasto pelo fator de
segunda é que foi demonstrado que a acu- quimiotáticos para células com caracte- necrose tumoral (TNF) liberado pelas cé-
mulação de cálcio em altas concentrações rísticas osteoblásticas in vitro (MUNDY lulas medulares vizinhas (HILL et al,
na lacuna de reabsorção controla diretamen- et al, 1982). Um mediador que pode ser 1997).
te a atividade osteoclástica causando retração responsável por este efeito é o TGF-β,
celular rápida e, a longo prazo, uma inibição uma vez que o TGF-β ativo é liberado Regulação local da remodelação
na liberação de enzima e reabsorção óssea pelas culturas ósseas em reabsorção óssea
(ZAIDI et al, 1990). Uma terceira possibili- (PFEILSCHIFTEReMUNDY,1987)eoTGF- O osso é uma fonte rica de fatores de
dade é que a liberação do TGF-β ou os β é quimiotático para células ósseas crescimento com ações importantes na
peptídeos relacionados da matriz durante o (PFEILSCHIFTER et al, 1990a,b). As proteí- regulação da formação e reabsorção ósse-
processo de reabsorção desativa os osteo- nas estruturais, tal como o colágeno, tam- as (TAB.1 e 2). Freqüentemente, estes fato-
clastos e atrai os osteoblastos bém poderiam estar envolvidas uma vez que res locais são sintetizados por células es-
(PFEILSCHIFTER e MUNDY, 1987; o colágeno do Tipo I e seus fragmentos cau- queléticas embora algumas citocinas se-
PFEILSCHIFTER et al, 1990 a,b). Durante a sam o mesmo efeito (MUNDY et al, 1982). jam secretadas por células estromais e por
fase reversa, os osteoclastos desaparecem e A segunda ocorrência envolvida na fase células do sistema imunológico ou
as células do tipo macrófago podem ser vis- de formação do fenômeno de aposição é a hematopoiético, e como tal, estão presen-
tas na superfície óssea. Estas últimas célu- proliferação dos precursores dos osteoblas- tes no microambiente ósseo (MANALOGAS
las poderiam liberar fatores que inibem os tos. Provavelmente, eles são mediados pe- e JILKA, 1995). Estes fatores provavelmen-
osteoclastos e estimulam os osteoblastos. los fatores de crescimento liberados dos te são liberados localmente pelo osso quan-
Os macrófagos também podem remover a osteoblastos e aqueles fatores de crescimen- do ele reabsorve ou pelas células ósseas
matriz residual uma vez que elas são mais to liberados do osso durante o processo de ativadas como uma conseqüência do pro-
ricas em colagenase que os osteoclastos. reabsorção. Há vários fatores que represen- cesso de reabsorção. Elas podem então agir

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de maneira seqüencial para regular todas sobre os osteoblastos. Por exemplo, o TGF-β, Conclusões
as ocorrências celulares necessárias para FGFs, PDGF, BMPs, IGF-I e IGF-II podem to- A remodelação óssea é um processo
formação do osso. dos influenciar diretamente os osteoblastos, complexo que envolve várias funções celu-
A superfamília do TGF-β pode ser par- mas também podem modular a responsabi- lares direcionadas para a reabsorção coor-
ticularmente importante na aposição que lidade do osteoblasto a estes outros fatores denada e formação de osso novo. A remo-
liga a formação óssea com a reabsorção do crescimento (MASSAGUE, 1985; delação óssea é regulada por hormônios
óssea anterior (FIG. 3). Tem sido proposto ROBERTS et al, 1985). Estas potenciais sistêmicos e por fatores locais. Os hormô-
que a seguinte seqüência de ocorrências interações entre estes fatores são comple- nios regulam a síntese, ativação e efeito
acontecem durante a remodelação óssea xas, mas será essencial elucidá-las para se dos fatores locais que exercem uma ação
normal. entender o controle local da formação ós- direta sobre o metabolismo celular e eles
A reabsorção óssea leva à liberação do sea.Éprovávelqueascomplicadasinterações modificam a replicação e função diferenci-
TGF-β ativo do osso (PFEILSCHIFTER e entre estes fatores liberados localmente de ada das células da linhagem dos osteoclas-
MUNDY, 1987) e exposição dos precursores forma ativa, como uma conseqüência do tos ou osteoblastos. É possível que o papel
dos osteoblastos para que o TGF-β ativo cau- processo de reabsorção, sejam responsáveis dos hormônios seja oferecer especificidade
se proliferação. No entanto, esta exposição pela formação cuidadosamente coordenada tecidual para um certo fator de crescimen-
ao TGF-β é transitória e, como conseqüên- do osso novo que ocorre nestes locais. to porque a maioria destes fatores é sinteti-
cia, as células proliferantes sofrem diferen- Uma abordagem nova potencialmente zada por uma variedade de células esque-
ciação e expressam os BMPs. Estes últimos frutífera ao problema do entendimento do léticas e não-esqueléticas.
são responsáveis por um efeito auto papel destes fatores de crescimento na re- O recente conhecimento, rapidamente
estimulatório sobre os osteoblastos e a for- modelação do osso é estabelecer modelos acumulado sobre os múltiplos mecanismos
mação de nódulos mineralizados. É óbvio apropriados em ratos transgênicos para se regulatórios possíveis dentro do osso, de-
que é improvável que os membros da estudar os muitos fatores parácrinos de vem auxiliar o entendimento sobre a re-
superfamília do TGF-β atuem sozinhos. Ou- diferenciação e crescimento que, baseados modelação óssea fisiológica e também ofe-
tros fatores de crescimento tal como IGFs, nos estudos de cultura celular, estavam recer potenciais explicações para as altera-
FGFs e PDGF provavelmente também têm envolvidos na remodelação óssea (ver TAB. ções na modificação óssea observadas em
um efeito sobre a proliferação e diferencia- 1 e 2). O sucesso inicial desta abordagem diversos estados doentios. Este conheci-
ção dos osteoblastos. Estes fatores são to- pode ser observado com a demonstração mento será importante para se estabelecer
dos estimulantes do crescimento ósseo. Há de que a interleucina-4, muito expressiva novas estratégias terapêuticas para con-
várias evidências que sugerem que há em rato transgênico, desenvolve trole da formação e reabsorção ósseas ba-
interações sinérgicas, bem como inibitórias, osteoporose devido à função osteoblástica seadas nestes novos mecanismos
entre os fatores de crescimento que agem desequilibrada (LEWIS et al, 1993). regulatórios.

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Consultoria Consultoria
Dr. Alberto Consolaro Dr. Liogi Y. Filho

- Consultor Científico da - Colaborador Científico da


Revista Dental Press Revista Dental Press
- Graduação em Odontolo- - Graduação em Ortodontia
gia pela Faculdade de pela Faculdade de Odon-
Odontologia de tologia de Bauru – USP
Araçatuba. 1.988.
- Mestre em Biologia e Patologia Buco- - Residência em Cirurgia Oral pelo Hospital
Dentária pela UNICAMP – Piracicaba. de Reabilitação de Bauru (Centrinho) –
- Doutor em Diagnóstico Oral pela Faculda- USP 1.990
de de Odontologia de Bauru – USP - Professor de Cirurgia do Curso de
- Professor Titular de Patologia pela FOB. Odontologia da UEM – 1.991.
- Mestre em Diagnóstico Bucal pela FOB-
USP – 1.994.
- Doutorando em Diagnóstico Bucal pela
FOB-USP.
- Coordenador do Curso de Cirurgia Oral do
IPEO.

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