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Os efeitos da Auto-hemoterapia foram comprovados através de seis trabalhos científicos

apresentados no 10º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem, realizado de 3 a 6


de setembro de 2007 no Rio de Janeiro, cujos anais estão sendo disponibilizados no site do
evento. As pesquisas mostraram que a técnica é eficaz e apresentam recomendações para
que as autoridades regularizem a sua prática no Brasil.
Eis os títulos dos trabalhos, que podem ser encontrados no site
http://www.cbcenf.com.br/10cbcenf/anais/

Autohemoterapia: resultados de estudos de casos clínicos realizados na UNIPAC-JF


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Autohemoterapia: Resultados de estudos de casos clinicos realizados na UNIPAC-JF Pesquisa
descritivo-exploratória com abordagem quanti-qualitativa do tipo estudo de caso, que através
da análise de fontes primárias (prontuários) e secundárias (depoimentos dos pacientes),
acompanha e relata o processo de pacientes submetidos ao tratamento pela auto hemoterapia.
Acompanhamento através de anamnese, exames complementares, imagens fotográficas e
relatos audio-visuais. O tratamento seguiu um protocolo de enfermagem para aplicação de
autohemoterapia, dentro das normas de biossegurança, tendo supervisao médica e de
enfermagem direta. A pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução CNS 196/96 e não
houve ônus para os participantes. A autohemoterapia - AHT é um recurso terapêutico de baixo
custo, simples que consiste em coletar sangue do próprio paciente e aplicar em seu músculo.
Este procedimento estimula o Sistema Retículo Endotelial, quadruplicando o percentual de
macrófagos em todo organismo. É uma técnica bastante antiga. Em 1911 o francês F. Ravaut
já descrevia seu emprego em diversas doenças infecciosas, especialmente na febre tifóide e
nas dermatoses. Era também usada em casos de asma, urticária e estados anafiláticos.
Resultados parciais da pesquisa, agosto/06 a maio/07 - Prescrição médica: 12 seções de
autohemoterapia com aplicações semanais de 10 ml - Casuística: 35 pacientes de 18 a 77
anos tendo sido analisadas as dores e as doenças autoimunes. 22 pacientes (63%) referiram
redução da intensidade dos sintomas, 11 pacientes = (31,3%), referiram remissão total dos
sintomas - 02 pacientes (5,7%), não apresentaram alteração dos sintomas. Não foi registrado e
não houve queixas quanto a efeitos colaterais ao tratamento e efeitos adversos das aplicações
por nenhum dos pacientes, ou seja 0%. Com este estudo,consideramos que a
autohemoterapia, por sua simplicidade constituiu um ótimo tratamento complementar,
demonstrando sua inocuidade e comprovando sua eficácia.

CONHECENDO A AUTOHEMOTERAPIA E COMPROVANDO A SUA EFICÁCIA

A auto hemoterapia é uma técnica bastante antiga. Em 1911 F. Ravaut descreveu seu
emprego em diversas doenças infecciosas, especialmente na febre tifóide e nas dermatoses. É
um recurso terapêutico de baixo custo, simples que se resume em coletar sangue do próprio
paciente e aplicar em seu músculo. Este procedimento estimula o Sistema Retículo Endotelial,
quadruplicando o percentual de monócitos e por conseguinte, de macrófagos em todo
organismo. Esta pesquisa descritivo exploratória de enfoque quanti-qualitativo, tem como
objetivo demonstrar a importância da auto hemoterapia, através da realização do procedimento
e de estudos de casos clínicos em uma amostra de dez pacientes, dos quais destacaram-se 05
(cinco) casos, em vista de sua relevância. O critério de inclusão foi terem os pacientes
procurado espontaneamente este tratamento, sendo em seguida incluídos em um protocolo de
atendimento específico. Realizou-se o follow-up dos casos e coletaram-se as expectativas e
resultados obtidos com o tratamento através de depoimentos dos próprios pacientes, com a
intenção de divulgar a auto-hemoterapia no meio acadêmico e cientifico, demonstrando a
eficácia do método e evidenciando a importância e papel do enfermeiro como profissional
responsável pela aplicação deste procedimento. Ressaltamos neste estudo, o
desaparecimento de verrugas após a 3ª aplicação; da grande melhora das dermatoses
crônicas. O relato de melhora com relação ao estado de ânimo e ao desaparecimento de dores
foi unânime entre os participantes da pesquisa.

Estudo da eficácia da Autohemoterapia: Uma análise fisiopatológica

A autohemoterapia - AHT vem sendo combatida pelas autoridades de saúde no Brasil,


tornando necessário o desenvolvimento de pesquisas que demonstrem sua efetividade. Este
estudo qualitativo e descritivo-exploratório tem por objetivo abordar os aspectos
fisiopatológicos dos casos clínicos de clientes participantes da pesquisa sobre eficácia da AHT,
desenvolvida na UNIPAC-JF. Os dados foram coletados de agosto/06 a junho/07 através da
análise de prontuários (fontes primárias) - numa casuística de 35 pacientes classificados em
grupos patológicos - e analisados com base em referencial bibliográfico específico. A AHT
estimula o sistema fagocitário mononuclear através da ativação do sistema reticulo endotelial.
A partir deste estímulo, o monócito diferenciado permanece de 1 a 6 dias na circulação de
onde passa para os tecidos se denominando macrófago e combatendo processos
inflamatórios, apresentando antígenos e induzindo ao reparo tecidual. (ABBAS, 2005). É sabido
que tal mecanismo atua no combate de processos patológicos, aumentando a vigilância
imunológica, revertendo e/ou estabilizando processos crônicos-inflamatórios e crônico-
degenerativos (JUNQUEIRA, 2004). Isto também é valido para as patologias auto-imunes.
Resultados parciais da pesquisa demonstram que nos processos auto-imunes, a AHT
estimulou a renovação tecidual de lesões e implementou o combate ao processo inflamatório
gerado. Em processos crônicos degenerativos, os clientes relataram melhora dos sintomas, o
mesmo ocorrendo para aqueles que apresentavam processos crônico-inflamatórios. Não foram
constatados efeitos adversos ou colaterais à esta terapia, mesmo naqueles que fizeram uso
prolongado da AHT. Concluiu-se que, por sua simplicidade, a AHT se mostrou um ótimo
tratamento complementar, inócuo e de eficácia comprovada. Palavras-chaves:
Autohemoterapia, Imunologia, Terapias complementares.

PERSPECTIVAS DA ENFERMAGEM FRENTE A IMPLANTAÇÃO DA SAE NA


AUTOHEMOTERAPIA

Um crescente uso de terapias naturais e complementares no Brasil tem sido observado na


última década, referendado pelo Ministério da Saúde, que no sentido de assegurar aos
usuários do SUS o direito de realizarem as terapias com segurança, propôs a implementação
de política de adoção de terapias não convencionais na rede básica de saúde. De acordo com
a resolução 197/97 do COFEN, essas terapias são especialidade do profissional de
enfermagem quando qualificado. Há um ano, a Faculdade de Enfermagem da Unipac-JF
realiza pesquisas sobre autohemoterapia AHT, para referendar a técnica, que nessa
experiência tem comprovado sua eficácia e inocuidade, desde que efetuada por profissional de
enfermagem qualificado. Na AHT, o enfermeiro realiza punção venosa periférica e injeção
intramuscular, procedimentos que inequivocamente, são ATOS DE ENFERMAGEM e não de
outros profissionais, devendo ser regidos pelos órgãos de enfermagem competentes.
Entretanto, devido a infundadas alegações médicas de que não existem comprovações
científicas para a AHT - malgrado evidências de sucesso do seu uso em outros países - no
Brasil esta prática encontra-se proibida. Consideramos esta proibição um verdadeiro equívoco
das autoridades, diante das evidências científicas que temos vivenciado em nossa prática,
sendo também um risco para os usuários, devido a grande demanda reprimida para a
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utilização do procedimento no país. Preocupados com os fatos, relatamos neste estudo, nossa
experiência ao evidenciarmos que a prática bem feita não resulta em efeitos adversos, visto
termos uma casuística de 35 pacientes, dentre os quais, alguns realizaram mais de 20
aplicações sem que tenham apresentado qualquer problema sistêmico ou local. Neste estudo
demonstramos a implantação da SAE e do protocolo de AHT no âmbito da pesquisa científica
universitária, ressaltando a necessidade da supervisão direta da AHT pelo enfermeiro, como
forma de incentivo às autoridades no reconhecimento da prática no Brasil.

TRATAMENTO DA ESCLERODERMIA ATRAVÉS DE AUTOHEMOTERAPIA: UM ESTUDO


DE CASO CLÍNICO

Neste estudo de caso clínico, com abordagem quanti-qualitativa, apresentamos através de


registro fotográfico e acompanhamento clínico sistematizado, o caso da cliente ADB, 48 anos,
branca, do lar, diagnostico de esclerodermia, portadora de extensas feridas com predominância
de tecido necrótico, envolvendo os membros inferiores dos joelhos para baixo. A esclerodermia
é uma doença do tecido conjuntivo que afeta a pele, e algumas vezes os órgãos internos. É
classificada como doença auto-imune devido ao fato de que o sistema imunológico nestas
doenças é ativado para agredir os tecidos do próprio organismo. A paciente em questão
apresentava a forma sistêmica (esclerose sistêmica) que afeta os órgãos e sistemas internos
do organismo. Na esclerose sistêmica, o sistema imunológico costuma causar dano a duas
áreas principais: os vasos sangüíneos de pequeno calibre e as células produtoras de colágeno
localizadas na pele e em todo o organismo. É o componente colágeno da doença o
responsável pelo espessamento da pele. Até o momento, não há cura para a esclerodermia,
apenas tratamento e minimização dos sintomas e complicações decorrentes. Submetida à auto
hemoterapia durante 3 meses e limpeza das feridas com solução isotônica de cloreto de
magnésio a 10%, a cliente apresentou melhora acentuada do quadro clínico, com granulação
de 70% da área afetada, resultados estes comprovados através de registro fotográfico e
documentação específica.. A autohemoterapia visa a autoestimulação do sistema imunológico
através da retirada de determinado volume de sangue venoso do paciente e aplicação deste
mesmo volume por via IM, dividindo-se o volume em 2 ou mais partes, técnica simples que
estimula o aumento dos macrófagos pela medula óssea, indicada especialmente em doenças
auto imunes. A taxa normal de macrófagos no sangue sobe de 5 para 22%, complementando a
ação da antibioticoterapia que paralisa a reprodução de microorganismos, enquanto o sistema
imunológico ativado, vence a infecção.
USO DA AUTOHEMOTERAPIA-ATH COMO FATOR COADJUVANTE NO TRATAMENTO
DA PSORIASE VULGAR

Este estudo descritivo com abordagem quanti qualitativa realizado através de registros de
prontuário (fontes primária) e registros fotográficos de lesões, relata o caso clinico da cliente
MGSS, 59 anos, negra, do lar, com diagnóstico de psoriase vulgar ativa há 30 anos, referindo
não ter neste período apresentado melhoras significativas do quadro, embora tenha
experimentado inúmeros tratamentos. A cliente iniciou a terapia com múltiplas lesões
características da doença, disseminadas por todo o corpo, com predominância nas nádegas e
nos membros inferiores e superiores, acompanhada de sintomatologia intensa, como prurido,
irritação e estado emocional instável. A psoríase vulgar é uma dermatose crônica, inflamatória,
não contagiosa, multigênica, caracterizada por placas e pápulas descamativas, bem 4
delimitadas de tamanhos variados. É classificada como doença auto-imune onde as lesões
iniciais estão associadas a infiltrados dérmicos perivasculares de linfócitos e fagócitos
mononucleares, onde os neutrófilos podem aparecer no interior da epiderme criando
microabcessos. A autohemoterapia - AHT consiste na coleta e aplicação IM de determinado
volume de sangue, visando o aumento da imunidade, através do aumento do numero de
monócitos no sangue e de macrófagos celulares. MOURA (2006). MGSS foi submetida ao
tratamento com 20 aplicações de 10 ml de sangue, apresentou melhora significativa do quadro
sintomático, com redução do prurido que era intenso, remissão total de algumas lesões e
parcial de outras, conforme pode ser verificado através de registros fotográficos. Paralelamente
observou-se redução da pressão arterial, da paciente como resultado inesperado da AHT. Este
estudo de caso pretende demonstrar a efetividade da AHT em lesões da pele, contribuir para
validar a AHT como tratamento complementar, considerando a necessidade atual de pesquisas
que comprovem a efetividade deste processo. Palavras chaves: Autohemoterapia - Psoríase
vulgar - Terapias complementares

http://www.cbcenf.com.br/10cbcenf/anais/

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