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O
DESPERTAR
DO
URUBU
"Lapidar-me-ei como
pedra bruta na procura da sua
forma, resplandecncia e raridade.
No me deixarei rolar pelas
ribanceiras, ser parede de
masmorras ou obra de escultores.
Que o meu tempo e espao sejam
virgens
para toda a eternidade."
(FOTO E FATO) *
escrever...Remington... 1876.
Uma cadeira de palhinha de ouro tranada combinando com
o estilo clssico quintocentista da escrivaninha voltada para o lado
da porta da direita como quem viu daquela porta saindo deixando
para trs espanto. Mera especulao... Pura especulao em
situaes sem apoio de slidas evidncias que se faz:
- Que diabo de lugar este? Comigo insisti em ateno
quela sedenta voz de pronta resposta.
Resoluto em direo quela porta fui pela direita do meu
corao nervoso. Vacilei, vacilei duas vezes para retroceder ainda
vacilando. Parecendo a mim mesmo to decidido estanque falei
em pensamento:
- E se algum antes chegar e a porta abrir e de supino
pegar-me? (na verdade, mais da nudez alto falava a vergonha)
Desviei ideias:
- No, h! O qu acontecendo est? Esvai-se minha
brancura... Real ser o que me vejo? Palpando-me eu com
carinho.
Irrequieto, meia voz exclamei: - Hei daqui sair!
Desesperado a maaneta girei e a puxei, puxei e empurrei a
porta imvel que permaneceu. Sem alternativa rapidamente me
entreguei ao espanto indagativo e ao ntimo consolo quis ao
mesmo tempo mil-uma respostas.
- .. Fechada est! Afinal, as chaves? Com quem estaro
elas?
Pela conformao apossada a me induzir compenetrao e
palmilhar meditativo sobre aquele misterioso mundo envolta.