I. No século XX, os direitos sociais começaram a ser vistos como direitos fundamentais na Europa, mas na prática não foram implementados até a segunda metade do século.
II. Na segunda metade do século, os tribunais constitucionais foram criados para proteger os direitos fundamentais contra o legislador.
III. Leis que criminalizam a prostituição de forma indireta podem ser consideradas excessivas e uma violação da dignidade humana.
I. No século XX, os direitos sociais começaram a ser vistos como direitos fundamentais na Europa, mas na prática não foram implementados até a segunda metade do século.
II. Na segunda metade do século, os tribunais constitucionais foram criados para proteger os direitos fundamentais contra o legislador.
III. Leis que criminalizam a prostituição de forma indireta podem ser consideradas excessivas e uma violação da dignidade humana.
I. No século XX, os direitos sociais começaram a ser vistos como direitos fundamentais na Europa, mas na prática não foram implementados até a segunda metade do século.
II. Na segunda metade do século, os tribunais constitucionais foram criados para proteger os direitos fundamentais contra o legislador.
III. Leis que criminalizam a prostituição de forma indireta podem ser consideradas excessivas e uma violação da dignidade humana.
Tpicos de correco I seis valores Na Europa a ideia de direitos sociais como direitos fundamentais marcou e caracteriza, no perodo de entre as duas guerras, a transio entre o Estado de Direito liberal e o Estado de Direito social, mas, na prtica, durante toda a primeira metade do sculo XX no teve expresso, j que Constituio e direitos fundamentais eram sobretudo documentos polticos e retrica. Lema dos direitos fundamentais medida da lei, dependentes da forma como o legislador livremente os realizasse. S na segunda metade do sculo XX se desenvolveram as preocupaes com a realizao prtica dos direitos fundamentais, com a aplicao da Constituio como norma jurdica, com a criao dos Tribunais Constitucionais e com a ideia da tutela judicial efectiva e plena dos direitos fundamentais, mesmo contra a vontade do legislador. Lema doa lei medida dos direitos fundamentais. Nesta transio desempenhou papel determinante o recurso aos princpios constitucionais estruturantes, utilizados como instrumento decisivo do controlo dos poderes pblicos, incluindo o legislador, por parte dos tribunais e, designadamente, do Tribunal Constitucional. II seis valores Dfice principal resultante do facto de o sistema de fiscalizao da constitucionalidade apenas consagrar o controlo da constitucionalidade de normas e no de actos por parte do Tribunal Constitucional. Intervenes restritivas sem possibilidade de acesso ao Tribunal Constitucional. Violao dos direitos fundamentais por omisso sem possibilidade de acesso ao Tribunal Constitucional. Eventual violao dos direitos fundamentais por outros particulares sem possibilidades de acesso ao Tribunal Constitucional. A ltima palavra no controlo das violaes aos direitos fundamentais distribuda por vrios protagonistas jurisdicionais (Tribunal Constitucional, STJ, STA, TEDH).
III oito valores
Havendo um claro desfasamento entre o fim visado com a norma incriminadora e a sua letra, a criminalizao resultante, ainda que no intencionada, de prticas de prostituio pode ser considerada excessiva, nas vrias dimenses da necessidade, da proporcionalidade e, sobretudo, da razoabilidade. Em ltima anlise, a criminalizao indirecta da prostituio e o recurso ao Direito penal para interferir com escolhas pessoais autnomas poderia ser considerado atentatrio da dignidade da pessoa humana. A hiptese de uma interpretao judicial correctiva e redutora que ajustasse o sentido da norma ao seu verdadeiro fim poderia significar uma violao da separao de poderes e teria como consequncia uma indeterminao incompatvel com os requisitos de norma restritiva de direitos fundamentais com a gravidade de uma norma criminalizadora.