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Teoria da
Mdia
Nessa reflexo ps-simblica sobre os impactos psquicos, sensoriais e corporais das
mdias, a histria no desempenha o papel de mero pano de fundo, mas toma a frente da
cena. tal posicionamento que permite romper com o triunfalismo tecnolgico
moderno e descobrir os (frequentemente obscuros) elementos de gnese da atual
tecnocultura. No coincidncia que o livro se inicie e encerre com referncias aos
cabos de fibra tica e ao processo de digitalizao geral da cultura. Como sugere Kittler,
uma conexo de mdia total numa base digital apagar o prprio conceito de meio
(1986, 1999, p. 2). Essa desapario do meio correlata desapario da histria. E
combater esse esquecimento talvez seja uma das tarefas mais importantes a que a teoria
da mdia pode hoje se dedicar.
(Felinto, 2010, p. 5)
Pelejar contra esse naturalismo histrico significa sugerir outras histrias possveis,
inventariar seus aparentes fracassos, professar uma (an)arqueologia que considere,
como faz Siegfried Zielisnki (2006), o tempo profundo da mdia (Tiefenzeit der
Medien).
Afinal, no campo da artemdia
que encontramos o horizonte de experimentao capaz de inaugurar novos usos e
interfaces que mais tarde sero incorporados s gramticas tradicionais dos meios.
The Book of Imaginary
Media: Excavating the Dream of the Ultimate Communication Medium (2007), coleo
de
textos sobre projetos tecnolgicos fantasiosos e visionrios. A variantologia da mdia,
novo campo de estudos inventado por Zielisnki, constitui um forma de produo de
saber que
3 Zielinski,
S. Deep Time of the Media: Toward an Archaeology of Hearing and Seeing by Technical
Means
(trad. inglesa de Archologie der Medien: Zur Tiefenzeit ds technischen Hrens und Sehens), 2006.
Associao Nacional dos Programas de Ps-Graduao em Comunicao
www.compos.org.br 7
Se
um dos temas mais pregnantes da cibercultura a idea de real time, isso
possivelmente