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Oxjertvos po CapituLo * Oferecer uma introdugao as quantidades basicas ¢ idealizagoes da mecanica * Apresentar o enunciado das leis de Newton do movimento e da gravitacao. * Revisar os principios para a aplicagao do Sistema Intemacional de Unidades — SI * Investigar os procedimentos padrao de execugao de célculos numéricos. Oferecer uma orientago geral para a resolugéo de problemas. 1.1 MecAnica ‘A mecinica € definida como © ramo das cigncias fisicas que trata do estado de repouso ou de movimen- to de corpos sujeitos a agdo de forgas. Em geral, esse © projero desia esrunira de foguete © de torre de langamento ‘requerconecimentobisico de esticaedindmice, que si0.0 obj 10 da mecinice, assunto € subdividido em meciinica dos corpos rigidos, mecinica dos corpos deforméveis © mecdnica dos fluidos. Este livro trata apenas da mecanica dos ccorpos rigidos, uma vez que esta constitui uma base adequada para 0 projeto € a andlise de muitos tipos de dispositivos estruturais, mecanicos ou elétricos encontrados na engenharia. Além disso, ela fornece 0 conhecimento necessé- rio para o estudo da mecdnica dos corpos deformaveis ¢ da mecinica dos fluidos, ‘A mecénica dos corpos rfgidos divide-se em duas 4reas: estética e dindmi- ca. A estitica tata do equilibrio dos corpos, isto ¢, daqueles que esto em Tepouso ou em movimento, com velocidade constante; jé a dindimica preocu- pa-se com o movimento acelerado dos corpos. Apesar de a estética poder ser considerada um caso especial da dindmica, no qual a aceleracao é nula, ela merece tratamento separado no estudo da engenharia, uma vez que muitos objetos séo desenvolvidos com o intuito de que se mantenham em equilibrio. Desenvolvimento Histérico. Os principios da estatica desenvolveram-se hé muito tempo, porque podiam ser explicados simplesmente por medigoes de geometria © forea. Por exemplo, os escritos de Arquimedes (287-212 a.C) tratam do principio da alavanca. Estudos sobre polia, plano inclina- do ¢ torgéo também aparecem registrados em escritos antigos. da época em que os requisitos da engenharia restringiam-se basicamente & constru- go de edificios. 2 Estatica ‘Como os prinefpios da dinamica dependlem da medigéo precisa do tempo, fesse assunto se desenvolveu bem mais tarde. Galileu Galilei (1564-1642) foi uum dos primeiros que muito contribuiu nesse campo. Seu trabalho consistit em experiéncias com péndulos corpos em queda. As contribuig6es mais sig- nificativas para a din&mica, no entanto, foram oferecidas por Isaac Newton (1642-1727), conhecido por sua explicagao das trés leis fundamentais do movi- mento e pela lei universal da atragdo da gravidade. Pouco depois que essas leis foram postuladas, técnicas importantes para sua aplicagao foram desenvolvi. das por Euler, D’Alembert, Lagrange e outros. 1.2 Concerros FuNDAMENTAIS Antes de comegarmos o estudo da mecfnica, é importante compreender © significado de alguns conceitos ¢ principios fundamentais. Quantidades Basicas, As quatro quantidades que se seguem sto usadas em toda a mecanica, Comprimento. © comprimento & necessério para localizar a posigio de um onto no espago e, por meio dele, descrever a dimenso de um sistema fisico. ‘Uma vez definida uma unidade-padrao de comprimento, pode-se definir quan- titativamente distancias e propriedades geométricas de um corpo como miltiplos da unidade de comprimento. Tempo. © tempo € concebido como uma sucesso de eventos. Apesar de os Principios da estética serem independents do tempo, essa quantidade desem- penha importante papel no estudo da dinamica. Massa, A massa é uma propriedade da matéria pela qual se pode comparar ago de um corpo com a de outro, Essa propriedade se manifesta como uma atragao da gravidade entre dois corpos e fornece a medida quantitativa da resis- téncia da matéria a mudanga de velocidade. Fora. Em geral, a forca & considerada um ‘empurrao’ ou ‘puxao’ exercido or um corpo sobre outro. Essa interacdo pode ocorrer quando ha contato dire. to entre os dois corpos, como quando uma pessoa empurra uma parede, ou pode ocorrer & distncia, quando os corpos estio fisicamente separados. Alguns exemplos deste tltimo caso so as forcas da gravidade, elétricas e magnéticas. Em qualquer caso, a forga € completamente caracterizada por sua intensida- de, diregao e ponto de aplicagio. Idealizacdes. As idealizagdes ou modelos so usadas em mecéinica a simpli- ficar a aplicagéo da teoria. Algumas das idealizagSes serao definidas a seguir. Outras serao discutidas em outros momentos, quando for necesséri Porsto Material. Um ponto material possui massa, porém suas dimensdes so despreziveis. Por exemplo, 0 tamanho da Terra é insignificante comparado as dimens6es de sua érbita e, portanto, ela pode ser modelada como um ponto material ao se estudar seu movimento orbital. Quendo um corpo é idealizado ‘como um ponto material, os principios da mecfnica reduzem-se a uma forma simplificada, uma vez que a geometria do corpo néo ser envolvida na andlise do problema. Corpo Rigido. Um corpo rigido pode ser considerado a combinagao de gran- de niimero de partfculas no qual todas elas permanecem a uma distancia fixa uumas das outras, tanto antes como depois da aplicacéo de uma carga. Como resultado, as propriedades do material de qualquer corpo supostamente rigido ro precisam ser consideradas na andlise das forgas que atuam sobre ele. Na maioria dos casos, as deformagoes reais que ocorrem em estruturas, méquinas, or ae les es see Gp.1 PRINcIPIOS Gerats mecanismos e similares sao relativamente pequenas e a hipétese de corpo rf R rm do é adequada para a andlise. J Forga Concentrada, Uma forga concentrada representa o efeito de uma car- ga admitida como atuando em um ponto do corpo. Pode-se representar uma , carga como forga concentrada, desde que a area sobre a qual ela é aplicada ties seja pequena, comparada as dimensdes totais do corpo. Um exemplo seria a forca de contato entre uma roda ¢ o terreno. As Trés Leis do Movimento de Newton. Tudo o que a mecanica abordaé — —*O. explicado a partir das trés leis do movimento de Newton, cuja validade € basea- da em observagées experimentais. Essas leis se aplicam ao movimento do ponto material medido a partir de um sistema de referéncia ndo acelerado.* Em rela- _ forgade A sobre 8 fo a Figura 1.1, pode-se dizer, em resumo, 0 que se segue. Ger eer Movimento eelerado Primeira Lei. Um ponto material inicialmente em repouso ou movendo-se em linha reta, com velocidade constante, permanece nesse estado desde que nao seja submetido a uma forga desequilibrada, fora de B sobre.a Ago —reagio Segunda Lei. Um ponto material sob a ago de uma forga desequilibrada F Figura 1.1 sofre uma aceleragio a que tem a mesma diregiio da forga e grandeza direta- mente proporcional a ele.' Se F for aplicada a um ponto material de massa m, essa lei pode ser expressa matematicamente como: F=ma (uy) Terceira Lei, As forgas mituas de ago € reagao entre dois pontos materiais sto iguais, opostas e colineares. Lei de Newton de Atracao da Gravidade. Depois de explicar suas trés leis, do movimento, Newton postulou a lei que governa a atragao da gravidade entre dois pontos materiais quaisquer. Expressa matematicamente: r (12) onde F = forca da-gravidade entre 0s dois pontos materiais, G = constante universal da gravidade; de acordo com evi- déncia experimental, G = 66,73(10") m/(kg-s*) ‘massa de cada um dos dois pontos materiais distincia entre 05 dois pontos materiais ma, Ma Peso. De acordo com a Equagio 1.2, quaisquer dois pontos materiais ou cor- Pos tém uma forga de atragZo miitua (gravitacional) que atua entre eles Entretanto, no caso de um ponto material localizada sobre a superficie da Terra u préxima dela,a tinica forca de gravidade com intensidade mensurdvel 6 aque- la entre a Terra e 0 ponto material. Consequlentemente, essa forca, denominada peso, seré a tinica forga da gravidade considerada neste estudo da mecénica, Pela Equacio 1.2, pode-se desenvolver uma expresso aproximada para deter. minar o peso W de um ponto material com massa m, = m. Admitindo-se que a ‘Terra seja uma esfera de densidade constante que nao gire e que tenha massa my ‘Mre se ré a distancia entre o centro da Tetra ¢ © ponto material, tem-se: mM; W=G = Como vimos 8.2, neste livro optow-se pelo uso do termo “ponto material's em alguns casos. {pomo 0 das leis de Newion, seria comum também 0 uso do terma‘pérticla’ (N. do E). "Dito de outra mancira, a forsa desequilirada que atua sobre o ponto material é proporcional | taxa de mudanga do momento linear dest. 3 4 Esrarica 981N @ 1 slag 22216 © Figura 1.2 Fazendo-se g = GMyl?,tem-se [w= ms] (13) Por comparagio com F = ma, denominamos g a aceleragio devida & gra- Vidade. Como ela depende de r, pode-se observar que o peso de um corpo ndo uma quantidade absoluta, Ao contrério, sua intensidade € determinada onde 4 medigfo foi feita. Para a maioria dos célculos de engenharia, entretanto, g & determinada ao nivel do mar e na latitude de 45°, que € considerada a ‘locali- zagio-padrao’. 1.3. Unipapes pe Mepipa As quatro quantidades basicas — forga, massa, comprimento e tempo — no sio todas independentes umas das outras. Elas estao relacionadas pela segunda lei do movimento de Newton, F = ma. Por causa disso, as unidades usadas para medir essas quantidades nao podem ser selecionades arbitraria- mente. A igualdade F = ma é mantida somente se trés das quatro unidades, chamadas unidades basicas, sio definidas arbitrariamente, ¢ a quarta unidade € entdo derivada da equagao. Unidades SI. O Sistema Internacional de Unidades, abreviado SI, do fran- ets “Systéme International d‘Unités”, € uma versio moderna do sistema métrico que teve aceitagdo mundial. Como mostra a Tabela 1.1, 0 sistema ST specifica o comprimento em metros (m), o tempo em segundos (8) e a massa em quilogramas (kg). A unidade de forga, chamada newton (N), € derivada de F = ma. Assim, um newton é igual & forca requerida para dar a 1 quilograma dde massa uma aveleragio de 1 mis* (N = kg+mis?) Se 0 peso de um corpo situado na ‘localizago-padrao’ for determinado em newtons, entdo deveré ser aplicada a Equagao 1.3. Nessa equacao, g = 9,80665 mis; entretanto, nos célculos, ser4 usado o valor g = 9,81 m/s. Assim: W=mg (g= 981 mis?) a4) Portanto, um corpo de massa de 1 kg pesa 9,81 N, um corpo de 2 kg pesa 19,62 Ne assim por diante (Figura 1.22), fema Usual Americano, No sistema de unidades Usual Americano (FPS — feet, pound, second — pé, libra, segundo), o comprimento é medido em pés (Pés), a forca em libras (Ib) e o tempo em segundos (s) (Tabela 1.1). A. uni- dade de massa, chamada slug, € derivada de F = ma, Portanto, 1 slug é igual quantidade de matéria acelerada de 1 pé/s? quando acionada por uma forca de 1 Ib (slug = Ib-s*/pé). Para se determinar a massa de um corpo que tenha 0 peso medido em libras, deye-se aplicar a Equagdo 1.3. Se as medidas forem feitas na ‘localiza- ‘lo-padréo’, entdo g = 32,2 péls? ser usado nos céleulos. Portanto: (g = 32,2 pés/s?) (as) Desse modo, um corpo pesando 32,2 Ib tem massa de 1 slug, um corpo pesando 64,4 Ib tem massa de 2 slugs e assim por diante (Figura 1.26) Cop. Princtpios Gerais 5 ‘TaweLa 1.1 + Sistemas pe UNIDADES Nome Comprimento Tempo Massa Forga Sistema Internacional metro segundo quilograma newton aoe (m) © (ks) ~ (fe) Usual Americano pé segundo slug* libra Ge) (EPS) (ve) © Pe (oy Conversao de Unidades. A Tabela 1.2 fornece um conjunto de fatores de conversa direta entre unidades FPS e SI para as quantidades basicas. Além disso, lembre-se de que no sistema FPS, 1 pé = 12 polegadas, 5.280 pés = 1 milha, 1.000 Ib = 1 kip (quilo-libra) e 2.000 Ib = 1t. ‘Tanita 1.2 + Eatorts De Conversio Unidad de ‘Unidade de a ee span asians (FPS) orga 7 4a : as iss hg Comprimento pe 0,3048 m 1.4 Sistema InrerNAcIONAL DE UNIDADES O sistema SI seré bastante usado neste livro, visto que se pretende torn: 100 padrao de medidas mundial. Por isso, as regras para seu uso e a terminolo; relevante para a mecdnica sao apresentadas a seguir, Prefixos. Quando uma quantidade numérica é muito grande ou muito peque- nna, as unidades usadas para definir seu tamanho devem ser acompanhadas de lum prefixo, Alguns dos prefixos usados no sistema SI sdo mostrados na Tabela 13. Cada um representa um miiltiplo ou submiiltiplo de uma unidade que, apli- cado sucessivamente, move o ponto decimal de uma quantidade numérica para cada terceira casa decimal. Por exemplo, 4.000.000 N = 4.000 KN (quilonew- ton) = 4 MN (meganewton) ou 0,005 m = 5 mm (tmilimetros). Observe que 0 sistema SI no inclui o méiltiplo deca (10) nem o submiltiplo centi (0,01), que fazem parte do sistema métrico. Exceto para algumas medidas de volume € rea, o uso desses prefixos deve ser evitado em ciéncia e engenharia, Regras de Uso. As regras a seguir permitem o uso adequado dos varios sim- bolos SI 1 Um simbolo nunca é escrito no plural, uma vez que pode ser confun- dido com a unidade de segundo (s). 0 quillograma € a dnica unidade bésica defnide com prefso. 6 Esratica ‘Tawera 1.3 * Prenxos Forma exponencial Prefixo ‘Simbolo SI ‘Miltiplo 1.000 000 000 0 siga G 1000 000 108 mega M 1.000 10° quilo k Submiiipto 0,001 103) m 0,000 001 10° ‘micro » 0,000 000 001 10? nano n 2. Os simbolos devem ser sempre escritos com letras mintsculas, com as seguintes excegdes: os simbolos dos dois prefixos maiores mostrados na Tabela 1.3, giga e mega, G e M, respectivamente, devem ser sempre escritos com letra maiiscula; os simbolos referentes a nomes de pes- soas também devem ser escritos com letra maiiscula, por exemplo, N. 3. Quantidades definidas por diferentes unidades que so miltiplas ‘umas das outras devem ser separadas por um ponto para evitar con- fusio com a notagio do prefixo, como no caso de N = kg-ms? = kg:m-s"?, Da mesma maneira, m-s (metro-segundo), enquanto ms (milissegundo). 4. Poténcia representada por uma unidade refere-se @ ambas as unida- des e seu prefixo. Por exemplo, wN? = (uN)? = wN- uN. Da mesma maneira, mm? representa (mm)? = mm:mm. 5. Ao realizar célculos, represente os niimeros em termos de suas uni- dades bésicas ou derivadas, convertendo todos os prefixos a potencias de 10. 0 resultado final deve entgo ser expresso usando-se um tinico prefixo. Além disso, apés os célculos, € melhor manter 08 valores numéricos entre 0,1 1.000; caso contréio, deve ser escothido um pre- fixo adequado. Por exemplo: (50 KN)(60 nm) = [50(10*) N][60(10-%) m} = 3.000(10-§) N-m = 3(10°9) N-m = 3mN-m 6. Prefixos compostos no devem ser usados. Por exemplo, kus (quilo- microssegundo) deve ser expresso como ms (milissegundo), visto que ‘L ks = 1(10°)(10™) s = 1(10°) s = 1 ms. 7. Com excecZo da unidade bésica quilograma, evite, em geral, 0 uso de prefixo no denominador de unidades compostas. Por exemplo, nao escre- ‘va N/mm, mas kNim; além disso m/mg deve ser escrito como Mmm/kg. 8, "Apesar de nao serem expressos em milltiplos de 10, 0 minuto, a hora etc. so mantidos, por razSes préticas, como miltiplos do segundo. ‘Além do mais, as medidas angulares planas so feitas em radianos (rad). Neste livro, entretanto, serao usados com frequéncia graus, sendo 180° = a rad. 1.5 CALcuLos Numéricos s célculos numéricos, em engenharia, costumam ser executados com fre- Uéncia em calculadoras de mao e computadores. E importante, porém, que as Tespostas de quaisquer problemas sejam expressas com preciso e com 0 uso de algarismos significativos adequados. Nesta segao serio discutidos esses.e ‘outros aspectos importantes envolvides em todos os célculos de engenharia. Homogeneidade Dimensional. Os termos de qualquer equagio usada para des- crever um processo fisico devem ser dirnensionalinente homogéneos, ou seja, cada ‘um deles deve ser expresso nas mesmas unidades, Se for 0 caso, todos os termos de uma equagio poderao ser combinados se os valores numéricos forem substi tuldas pelas varidveis Vamos considerar, por exemplo, a equagios s = vt + 1/2a, nna qual, em unidades SI, sé a posigao em metros, é o tempo em segundos (s), v é a velocidade em m/s e a € a aceleragao em mis”, Independentemente de como a equacdo seja avaliada, ela mantém sua homogeneidade dimensional. Na forma descrita, cada um dos trés termos é expresso em metros [m, (m/s}s, (in/#)s"] ou, resolvendo em fungio de a, a = 28/1" — 2v/t, cada um dos termos € expresso em unidades de m/s? (m/s, m/s?, (mis)s]- Como os problemas de mecéinica envolvem a solucdio de equagdes dimen- sionalmente homogéneas, 0 fato de que todos os termos de uma equagéo so representados por um conjunto de unidades consistente pode ser usado como verificagdo parcial para manipulagdes algébricas de uma equagio. Algarismos Significativos. A preciso de um nimero é determinada pela ‘quantidade de algarismos significativos que ele contém. Algarismo significati- vo é qualquer algarismo, inclusive 0 zero, desde que no seja usado para especificar a localizagao de um ponto decimal do mimero. Por exemplo, 5.604 © 34,52 tém, cada um, quatro algarismos significativos. Quando os ntimeros comegam ou terminam com zeros, entretanto, é diffcil dizer quantos algarismos significativos hé neles. Vamos considerar o niimero 400. Ele tem um (4), talvez dois (40), ou trés (400) algarismos significativos? A fim de esclarecer essa situa- ‘gio, 0 mimero deve ser descrito como poténcia de 10. Usando a notago da engenharia, 0 expoente é expresso em miiltiplos de trés para facilitar a conver- sio das unidades SI para as que tenham prefixo apropriado. Assim, 400 expresso com um algarismo significativo deve ser escrito 0,4(10°). Da mesma maneira, 2.500 e 0,00546 expressos com trés algarismos significativos devem ser escritos assim: 2,50(10°) e 5,46(10">). Arredondamento de Nitmeros. Nos célculos numéricos, a precisto do resul- tado de um problema em geral nao pode ser melhor do que a precisao dos dados do problema. E 0 que se espera, mas freqilentemente calculadoras de bolso ou computadores envolvem mais digitos na resposta do que 0 niimero de algaris- mos significativos dos dados Por essa razio, 0 resultado calculado deve ser sempre ‘arredondado’ para um ntimero apropriado de algarismos significativos. Para assegurar uma preciso apropriada, aplicam-se as seguintes regras de arredondamento de um niimero com 7 algarismos significativos: + Seon +1 digito for menor do que 5,0 n + 1 digito € 0s outros que ‘ seguem devem ser descartados. Por exemplo,2,326 e 0,451, arredon- dados com n = 2 digitos significativos, tornam-se 2,3 e 0,45. + Seon +1 digito for igual a 5 seguido de zeros, arredonda-se 0 ené- simo dfgito para um nimero par. Por exemplo, 1,245(10°) e 0,8655, arredondados com n = 3 algarismos significativos, tornam-se 1,24(10°) © 0,866. + Seon +1 digito for maior do que ou igual a 5 seguido de qualquer quantidade de digitos diferentes de zero, entdo aumenta-se 0 enési- ‘mo digito de 1 e abandona-se 0 n + 1 digito e os que o seguem. Por exemplo, 0,723 87 ¢ 565,500 3, arredondados com n = 3 dfgitos signi- ficativos, tornam-se 0,724 € 566. Céileulos. Como regra geral, para garantir a preciso do resultado final, ao exe- cutar eéleulos com uma calculadora de bolso deve-se manter sempre um ntimero de digitos maior do que os dados do problema. Se possivel, deve-se procurar capt PrinciPios GERaIs 7 8 EsrAtica fazer 0s célculos de modo que ntimeros aproximadamente iguais nfo sejam sub- traidos, uma vez que a preciso em geral perdida no resultado do céiculo. ‘Nos célculos de engenharia, costuma-se artedondar a resposta final com rés algarismos significativos,jé que os dados de geometria, cargas e outras medidas so expressos com essa preciso.’ Por isso, neste livro 0s edleulos intermediérios dos exemplos em boa parte sfo realizados com quatro algarismos significativos as respostas so dadas em geral com érés algarismos significativos. 2 Converta 2 km/h para m/s, Quantos pés vale essa medida? SOLUCAO Como 1 km = 1.000:m e I h = 3.600 5,0s fatores de conversio s20 organiza- dos na seguinte ordem,de modo que possa ser feito um cancelamento de unidades: 2 kai (1.000 m\ /_1_) bees easing ( ro DC 005) 2.000m _ 4 ce = Fee 7 0556m/s Resposta Pela Tabela 1.2, 1 pé = 0,3048 m. Assim: 05565 1 pé s 03048 x8 = 1,82 pés/s Resposta 0,556 m/s = EXEMPLO 1.2 Converta as quantidades 300 Ib « s e 52 slug/pé* para unidades SI apro- priadas. SOLUCAO Usando a Tabela 1.2, 1 Ib = 4,448 2 N. 300 1b-s = so (“82 ) = 13345 Nes = 133 kNes Resposta Além disso, 1 slug = 14,593 8 kg e 1 pé = 0,304 8 m. oe (ta) oem) = 26,8(10°)kg/ = 268 Mg/m? Resposta 52 slug/pe* SNaturalment; alguns ndmeros, como 7, usados nas {Grmulas deduzidas, so exatose, portanto, precios com nimero infnito de algerimos sign i i il it iS cap.1 Princtrios Gerais 9 EXEMPLO 1.3 ‘Avalie cada uma das seguintes expressdes e expresse-as em unidades ST ‘com prefixo adequado: (a) (50 mN)(6 GN), (b) (400 mm) (0,6 MN), (c) 45 MN*/900 Gg. SOLUCAO Primeiramente, converta cada ntimero para unidades bésicas, execute as operagdes indicadas e depois escolha um prefixo adequado (consulte a Regra 5 da p.6). Parte (a) (50: mN) (6 GN) = [50(10™) N][6(10%) N] = 300(108) N? = P| i \a8) wo i) Go = 300 kN? Resposta Observe com atengdo a convengio KN? = (kN)? = 10° N? (Regra 4 da P.6). Parte (b) (400 mm)(0,6 MN}? = [400(10-) mlf0,6(108 NP = [400(10-*) m][0,36(10%) N29] = 144(10°) m-N* 44 Gm-N? Resposta Podemos escrever também: 1MN)/1MN °)m-N? = ym =| ACIP) N? = 144(10")m w(t (a ) = 0,144 m-MN? Parte (o) . 45(10° N)* 45 MN?/900 Gg = <= '900(10%) kg = 0,05(10") N4/kg = 1kNY 1 10° N/ kg = 0,05(10°) KN?/kg = SOKN?/kg = 0,05(10") xi Resposta Nesse caso, usamos as regras 4 © 7 da p. 6. 10 EsrAtica PROCEDIMENTO PARA ANALISE 'A maneira mais eficaz de aprender os principios da mecanica é resolvendo problemas. Para obter sucesso nessa empreitada, € importante apresentar o trabalho de maneiraIdgica e ordenada, como sugerido na seguinte sequén- cia de passos! 1. Leia o problema cuidadosamente e tente relacionar a situagfo fisica real com a teoria estudada. 2. Trace of diagramas necesssrios € tabule os dados do problema. 3 Aplique os prinefpios relevantes, geralmente sob a forma matematica 4. Resolva as equaches requeridas algebricamente da maneira mais prética possivel c asscgure-se de que estejam

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