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• Perscrutando o texto –

Amazônia sonha Brasil pg. 02

• Acentuação dos monossílabos


pg. 04

• Dificuldades da língua pg. 05

• Literatura –
Arcadismo (1768 – 1836) pg. 08

• Redação pg. 10

Igapó, trecho alagado


paisagem típica da Amdeazôfloresta,
nia

rsonagem das
pe
de escravosa,l
iante peri
Comerccolonial e im
fases
Português 03. Na primeira estrofe, o pronome “teu”:

Organizando Professor João BATISTA Gomes


a)
b)
simboliza o leitor do poema;
simboliza o Brasil;

um método
c) constitui incoerência gramatical;
d) deveria ser trocado pelo pronome “seu”;
e) simboliza a pessoa por quem o poeta se
apaixonou no passado.

de estudo
Texto 1
04. Assinale a alternativa em que a palavra
Amazônia sonha Brasil tenha sido acentuada por regra
distinta das demais.
Sidney Resende
Eu serei o teu amor a) índia
Depois da escolha da profissão, ou mesmo se b) refúgio
Quando lembrares do passado
você deixou isso para depois, é hora de come- c) glória
Índia primeira em sua tribo
çar a organizar um método eficiente de estudos, d) memória
Paixão assumida, filha crescida
dentro de duas possibilidades, mas sempre e) amazônico
A Amazônia em teu abraço
tendo em mente que você terá de abrir mão de 05. Observe os versos seguintes:
algumas horas de lazer para chegar ao obje- Eu serei a tua senhora Vivo várias nações
tivo principal: a Universidade. Ao defenderes meu refúgio Que anseiam futuro
Para garantir que você vai estudar de maneira Tua amante embevecida
Os substantivos têm função sintática
correta, é bom lembrar os princípios da quali- Imensa floresta agradecida
dade total, que tem balizado a atuação de em-
respectivamente de:
A natureza toda a seus pés
presas e instituições nesses tempos de merca- a) sujeito e sujeito;
do competitivo. E como o vestibular não deixa Sou aquela mulher guerreira b) objeto direto e objeto indireto;
de ser um processo seletivo, é possível aplicar De sonho grandioso c) objeto direto e objeto direto;
esses princípios aos seus objetivos pessoais. Distante solo de glória d) objeto direto e sujeito;
É preciso ter em mente que, embora do ponto Rituais dos rios, memória e) sujeito e objeto indireto.
de vista teórico ela seja inatingível, a qualidade Dos portais da verde herança 06. Observe o emprego do verbo ansiar
total (perfeição) é nossa grande meta, é o que Rituais nos versos seguintes.
devemos almejar em nossas relações, tanto
Vivo várias nações
comerciais quanto pessoais. Vivo várias nações
Que anseiam futuro
Para se obter sucesso na busca da qualidade Que anseiam futuro
Assinale a construção em que o em-
total, deve-se observar rigorosamente o cum- Qual boca que sorve um beijo
prego de verbo terminado em “-iar”
primento de alguns princípios. Planta que espera o seu fruto
contraria a norma culta da língua.
Estabeleça um propósito claro e bem definido. Amazônia que sonha o Brasil
Amazônia que sonha o Brasil a) Pode deixar que eu intermedio a ne-
No seu caso, o objetivo é o vestibular. A priori-
Amazônia gociação entre você e o sindicato.
dade de qualquer projeto é sempre determina-
b) Medidas preventivas remedeiam as
da pelas atitudes. Por isso, é preciso esquecer
um pouco determinadas prioridades pessoais enfermidades.
e “entrar de cabeça” nos estudos. c) Apesar de humilde, ela anseia pela
Perscrutando o texto fama.
É preciso superar as expectativas. Como fazer
d) Essa sua dança erótica incendeia a
isso em relação a você mesmo? Não se satis- 01. Observe os dois primeiros versos do minha imaginação.
faça com a resolução de um exercício que poema; sobre eles, assinale a afirma- e) Disseram-me que ela odeia bajulações.
você considerava difícil. Parta para outro mais tiva incorreta.
complexo ainda e exija cada vez mais de você 07. Observe os versos seguintes.
mesmo. Estabeleça um propósito desafiador Eu serei o teu amor
Vivo várias nações
para seus resultados de todo mês. Quando lembrares do passado
Que anseiam futuro
Estabeleça um vínculo de parceria entre seus a) O pronome “eu” remete ao eu lírico do
O sujeito de “anseiam” é:
colaboradores, ou seja, seus mestres, seus co- poeta.
b) O pronome “eu” caracteriza a fala da a) simples e vem representado por um
legas de classe, seus amigos. É com eles que
Amazônia. substantivo;
você vai trocar experiências e aprender cada
vez mais. Busque envolver e contagiar todo o c) Os versos encerram prosopopéia. b) simples e vem representado por um
seu círculo familiar e de amizades com seus d) A equivalência entre as formas verbais pronome;
objetivos. “serei” e “lembrares” condiz com a c) indeterminado;
norma culta da língua. d) oculto (eles);
Gerencie por processos: veja as partes e en-
e) A forma verbal “lembrares” está no e) inexistente.
xergue o todo! Trate cada uma das disciplinas
de uma forma diferenciada, de acordo com futuro do subjuntivo. 08. Observe os versos seguintes:
suas necessidades. Verifique seus pontos fra- 02. Observe o emprego do verbo lembrar Amazônia que sonha o Brasil
cos, enumere-os e estabeleça prazos para que no segundo verso do poema. Assinale Amazônia que sonha o Brasil
você resolva suas dificuldades. Por exemplo: Amazônia
a construção em que o emprego de
“Em 24 horas, estarei com determinada fórmu-
lembrar e/ou esquecer agride a norma A repetição de “Amazônia” constitui:
la completamente entendida e esmiuçada”.
culta da língua. a) pleonasmo;
Além disso, o melhor controle é aquele que re-
a) Quando lembrares o passado, não b) aliteração;
sulta da responsabilidade. Considere erros e
esqueças o presente. c) silepse;
dificuldades como grande oportunidade para
b) Quando te lembrares do passado, não d) anáfora;
melhoria! Faça desses princípios um processo
te esqueças do presente. e) animismo.
contínuo e permanente, e que estará sendo vi-
c) Lembra bem o teu passado para
venciado e aprimorado a cada dia. 09. Observe os versos seguintes:
compreenderes melhor o presente.
Dedique pelo menos três horas por dias para Vivo várias nações
d) Lembre bem o seu passado para
seus estudos. Daqui a oito meses, você vai Que anseiam futuro
compreender melhor o presente.
poder verificar o quanto progrediu. Qual boca que sorve um beijo
e) Lembre bem do teu passado para
compreender melhor o presente. A palavra em destaque é:

2
a) pronome relativo;

Desafio
b) pronome indefinido;
c) interjeição; Dificuldades da língua
d) conjunção;
e) pronome demonstrativo. FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Gramatical
10. Observe os versos seguintes: 1. Função poética
Eu serei a tua senhora
É a linguagem usada na composição de
Ao defenderes meu refúgio
obras literárias, principalmente na
Tua amante embevecida
composição de poemas, em que as
Pode-se trocar embevecida, sem palavras são escolhidas e dispostas de
prejuízo semântico, por: maneira que se tornem especiais.
a) estática; Exemplo: 01. (UFAM) Assinale o item que identifica
b) elevada; a função da linguagem predominante
Tenho fases, como a lua
c) extasiada; no seguinte trecho:
Fases de andar escondida,
d) umedecida; “Hipótese é uma coisa que não é mas a
fases de vir para a rua...
e) entristecida. gente diz que é para ver como seria se
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha! fosse”. (Millôr Fernandes)
Tenho fases de ser tua, a) poética
Arapuca tenho outras de ser sozinha. b) referencial
c) metalingüística
Lua Adversa, Cecília Meireles
11. Observe a estrofe seguinte: d) conativa
2. Função conativa ou apelativa e) fática
Sou aquela mulher guerreira
De sonho grandioso Função da linguagem em que predominam 02. (UFAM) Como na questão anterior,
Distante solo de glória os enunciados que visam a atuar sobre o assinale o item que identifica a fun-
Rituais dos rios, memória destinatário. É a linguagem usada, por ção da linguagem predominante no
Dos portais da verde herança exemplo, em textos publicitários como seguinte texto:
Rituais recurso para atrair o consumidor. Também A lâmpada de tungstênio é a mais comum
usada em discursos e sermões. de todas. É constituída de um globo de
A exemplo de rios, assinale a
alternativa com palavra dissílaba: Exemplo: vidro transparente ou opaco soldado a um
Veja, ilustre passageiro, soquete de latão. Dentro dele, uma haste
a) seus
o belo tipo faceiro também de vidro sustenta uma armação
b) pneus
que o senhor tem a seu lado. de arame com um filamento (fio dobrado
c) seria
E, no entanto, acredite, em ziguezague) de tungstênio. Quando a
d) pais
quese morreu de bronquite, eletricidade passa através do filamento,
e) rua
salvou-a o Rum Creosotado. ele esquenta; ele fica tão aquecido que
12. Assinale a alternativa em se fez análise passa do vermelho ao branco. Isto é
fonética errada. 3. Função referencial chamado incandescência e com esta luz
a) índia: dígrafo e ditongo crescente. assim produzida podemos ler, escrever e
Acontece a função referencial quando o
b) distante: dígrafo e encontro conso- trabalhar.
objetivo do emissor é informar. É também
nantal. conhecida como “função denotativa”, “infor- a) referencial
c) portais: encontro consonantal e ditongo mativa” ou “cognitiva”. São exemplos de b) fática
decrescente. c) conativa
função denotativa a linguagem jornalística e
d) anseiam: um dígrafo, um hiato e dois d) metalingüística
a científica,
ditongos decrescentes. e) emotiva
e) crescida: dois encontros consonantais. 4. Função fática SONETO
13. Observe os versos seguintes: É também conhecida como “função de Por que me descobriste no abandono?
contato”, visando estabelecer, prolongar ou Com que tortura me arrancaste um beijo?
Eu serei a tua senhora
interromper a comunicação, testando para Por que me incendiaste de desejo
Ao defenderes meu refúgio
verificar a eficiência do canal, ou seja, esta- Quando eu estava bem, morta de sono?
Também há ocorrência de pronome
belecendo e mantendo contato com o inter-
empregado com sentido de posse em: Com que mentira abriste meu segredo?
locutor.
a) O trabalho afasta de nós três grandes De que romance antigo me roubaste?
Na prática, a função fática caracteriza-se Com que raio de luz me iluminaste
males: o tédio, o vício e a necessidade.
pelo uso das expressões “não é mesmo?”, Quando eu estava bem, morta de medo?
b) O trabalho impede-o de olhar um outro
“você está entendendo?”, “cê tá ligado?”,
que é ele e que lhe torna a solidão
“ouviram?”, “alô!”, “oi”, “quem está Por que não me deixaste adormecida?
horrível. E me indicaste o mar, com que navio?
c) O trabalho desvia-o da visão falando?”
E me deixaste só, com que saída?
assustadora de si mesmo.
5. Função metalingüística
d) Vagabundo é quem não tem o que fazer, Por que desceste ao meu porão sombrio?
nós temos, só não o fazemos. É a função que ocorre quando o destaque Com que direito me ensinaste a vida
e) O trabalho faz-nos sentir a esperança de é dado ao código. Numa situação em que Quando eu estava bem, morta de frio?
um bom acontecimento. um lingüista define a língua, observa-se (Chico Buarque)
que, para conceituar um termo do código,
14. Observe o verso seguinte: 03. (FGV) Assinale a alternativa em que
ele usa o próprio código, ou seja, define
Qual boca que sorve um beijo estejam corretamente apresentadas
“língua” usando a própria língua.
as funções da linguagem predomi-
Pode-se trocar sorve, sem prejuízo Também ocorre metalinguagem quando o nantes no texto.
semântico, por: poeta, num texto qualquer, reflete sobre a
a) emotiva e conativa
a) aniquila; criação poética; quando um cineasta cria b) conativa e poética
b) rejeita; um filme tematizando o próprio cinema; c) metalingüística e fática
c) absorve; Nessas situações, percebe-se o uso do d) emotiva e poética
d) atrai; “código” para definir (ou fazer referência) e) conativa e referencial
e) desperdiça. ao próprio “código”.

3
Ágape Banquete, almoço festivo. Plural:

Momento
ágapes. Forma variante: ágapa.
Acentuação dos Ágata Variedade de calcedônia de bri-
monossílabos lho ceroso e litóide; serve para a

Fonético
manufatura de jóias, objetos de
1. MONOSSÍLABO (definição) arte, etc.
Monossílabo é palavra de uma só sílaba. Álacre Alegre, jovial, animado. Fonética:
Pode ser átono ou tônico. cr = encontro consonantal.

a) Átono – É o monossílabo pronunciado Alcáçova Castelo fortificado, ou fortaleza;


tão fracamente na frase que a sua inten- casbá; castelo antigo. Fonética:
sidade equivale à de uma sílaba átona. l-c = encontro consonantal.
Por isso, não tem autonomia fonética e Álcali Qualquer hidróxido dos metais
Proparoxítonas: prosódia e jamais leva acento gráfico. alcalinos (lítio, sódio, potássio,
sinonímia rubídio e césio).
Exemplos: de, um, uns, sob, em, sem,
Ápage Exprime raiva, repulsa, dum. Alcíone Ave fabulosa, dos antigos; na
desaprovação, desprezo; apre, Astronomia, uma das sete estre-
b) Tônico – É o monossílabo cuja intensida-
fora. las visíveis à vista desarmada do
de se equipara à de uma sílaba tônica,
Apóstata Que ou quem cometeu asterismo das Plêiades. Fonéti-
pois é pronunciado fortemente. Nem
apostasia: abandono da fé de ca: l-c = encontro consonantal;
todos são acentuados graficamente.
uma igreja, especialmente a i-o = hiato.
cristã. Cf. apostata, do verbo Exemplos: pá, pé, pó, pós, cós, dá-lo,
Álibi Artifício do réu para se livrar de
apostatar. pô-lo, só, sós, nó, nós, trem, bem.
uma acusação.
Apótema Segmento da perpendicular
2. MONOSSÍLABOS TÔNICOS Alíquota Percentual sobre o valor da coi-
baixada do centro de um
ACENTUADOS sa tributada. Fonética: qu = dí-
polígono regular sobre um lado;
raio do círculo inscrito num grafo; oito letras e sete fonemas.
Acentuam-se os monossílabos tônicos
polígono regular. terminados em: Andrógino De aparência ou modos indefini-
Áptero Sem asas. Fonética: p-t = dos, entre masculino e feminino,
encontro conso-nantal. a) a, as – Pá, pás, Brás, já, lá, má, más; ou que tem traços marcantes do
Areópago Tribunal ateniense, assembléia de fá-lo-ás, fá-lo-ei, fá-lo-emos, trá-lo-ei, trá- sexo oposto. Fonética: an = dí-
magistrados, sábios, literatos. lo-íamos. grafo; dr = encontro consonan-
Fonética: e-o = hiato. tal; nove letras e oito fonemas.
b) e, es – Fé, fés, pé, pés, ré, rés, mês;
Aríete Antiga máquina de guerra para crê, crês, dê, dês, vês, fê-lo, fê-la. Anádromo Diz-se de peixe marinho que so-
abater muralhas; máquina para be para os rios na época da de-
c) o, os – Pó, pós, nó, nós, cós, só, sós;
elevar água, acionada pela própria sova. Fonética: dr = encontro
pôs; pô-lo-ás, pô-lo-ei, pô-la-íamos, pô-
água. Fonética: i-e = hiato. consonantal.
lo, pô-la.
Arquétipo Modelo, protótipo. Fonética: r-q = Anátema Expulsão do seio da Igreja; exco-
encontro consonantal; qu = dígra- munhão; maldição, execração,
fo; nove letras e oito fonemas. opróbrio.
Assíntota Reta que é tangente a uma curva Acentuação das
Anêmone Gênero de plantas herbáceas,
no infinito; reta limite da família proparoxítonas
perenes, ornamentais, da família
de tangentes a uma curva
das ranunculáceas, de flores va-
quando o ponto de tangência 1. PROPAROXÍTONA (definição)
riadamente coloridas. Sinônimo:
tende para o infinito. Fonética: ss
e in = dígrafos; nove letras e oito É a palavra que tem a antepenúltima sílaba anêmona.
fonemas. tônica. Todas elas são acentuadas Anódino Que mitiga as dores (medica-
Autóctone Que é oriundo de terra onde se graficamente. Exemplos: mento); acesódino, antalgésico,
encontra, sem resultar de imigra- crisântemo álibi biótipo antálgico; aliativo; que é pouco
ção ou importação; aborígine, álacre aborígine Lúcifer importante; secundário.
indígena, nativo. Fonética: au = ínterim Júpiter Jupíteres Antífrase Emprego de palavra ou frase em
ditongo decrescente oral; c-t = Lucíferes díptero férula sentido oposto ao verdadeiro,
encontro consonantal.
neófito hábitat ádvena como no famoso caso do cabo
Azáfama Muita pressa, urgência; égide ágape ímprobo das Tormentas, cujo nome, para
atrapalhação, agitação. Cf. fugir-se ao mau agouro, foi tro-
lêvedo óbolo fenótipo
azafama, do verbo azafamar cado em cabo da Boa Esperan-
(pôr em azáfama; agitar). 2. PROPAROXÍTONAS (prosódia e ça. Fonética: an = dígrafo; fr =
Azêmola Besta de carga, que forma récua sinonímia) encontro consonantal; nove le-
com outras; pessoa curta de Acrópole A parte mais elevada das antigas tras e oito fonemas.
inteligência, ou sem préstimo.
cidades gregas, que comportava Antífona Curto versículo recitado ou can-
Bátega Bacia antiga; pancada de chuva; a cidadela e, eventualmente, san- tado pelo celebrante, antes e
aguaceiro, chuva grossa. tuários. Fonética: cr = encontro depois de um salmo. Fonética:
Bávaro Da, ou pertencente ou relativo à consonantal. an = dígrafo; oito letras e sete
Baviera (Alemanha).
Ádito Câmara secreta, nos templos fonemas.
Bímano Que tem duas mãos. antigos; santuário onde só os Antístrofe Mudança de sentido na
Biótipo Conjunto de indivíduos cujos sacerdotes podiam entrar; com- associação de certas palavras,
patrimônios genéticos muito se partimento reservado. Cf. adito, pela repetição delas em ordem
assemelham. Fonética: i-o = hiato. do verbo aditar. inversa. Fonética: an = dígrafo;
Bólide Meteorito de volume acima do
Ádvena Forasteiro, estrangeiro. Fonética: s-t e tr = encontros
comum que, ao penetrar na
atmosfera terrestre, produz ruído d-v = encontro consonantal. consonantais; dez letras e nove
e se torna muito brilhante, Aerólito Meteoróide que cai na superfície fonemas.
podendo deixar um rastro terrestre depois de ter produzido Aríete Antiga máquina de guerra para
luminoso. Forma variante: bólido. meteoro; astrólito, meteorólito, abater muralhas; máquina para
uranólito, pedra-de-raio. Foné- elevar água, acionada pela pró-
tica: a-e = hiato. pria água. Fonética: i-e = hiato.

4
Ele tem eles têm

Dificuldades
Ele vem eles vêm
Acento diferencial Ele retém eles retêm
Ela entretém elas entretêm
1. DIFERENCIAL DE TONICIDADE Ele intervém eles intervêm

da língua
Ele provém eles provêm
Acento gráfico usado para distinguir homó-
grafos (palavras de igual grafia) tônicos de
átonos. O acento pode ser agudo ou circun-
flexo. Veja a relação completa das palavras Caiu no vestibular
com esse tipo de acento:
(FGV) Com base na formação da pala-
a) Ás – Carta do baralho; pessoa exímia em vra hierarquizar, assinale a alternativa
determinada atividade. cuja palavra apresenta erro de grafia 1. Palavras que só existem no plural
As – Artigo feminino plural. por NÃO seguir o mesmo processo de As alvíssaras
b) Pára – Forma verbal de parar: eu paro, formação: Os anais
tu paras, ele pára. a) legalizar d) americanizar Os antolhos
b) civilizar e) radicalizar Os arredores
Para – Preposição.
c) improvizar As belas-artes
c) Péla, pélas – Formas verbais de pelar: As cãs
eu pélo, tu pélas, ele péla. As condolências
As espadas (naipe)
Pela, pelas – Contrações de por + a, Desafios Os esponsais
por + as.
As exéquias
d) Pélo – Forma verbal de pelar (eu pélo, tu 01. Assinale a alternativa com erro de As férias
pélas, ele péla). grafia:
As fezes
Pêlo, pêlos – Substantivo (conjunto dos a) sintetizar Os idos
pêlos de um animal; cabelo). b) catequisar As núpcias
c) hipnotizar Os óculos
pelo, pelos – Contração de por + o, por
d) batizar As olheiras
+ os.
e) avalizar Os ouros (naipe)
e) Pólo, pólos – Extremidade; face ou Os paus (naipe)
02. (FGV) O vocábulo embora é uma
aspecto oposto a outro; jogo. Os pêsames
aglutinação de em+boa+hora; o
Pôlo, pôlos – Falcão, açor ou gavião que vocábulo abaixo que é exemplo do As primícias
não chega a ter um ano. mesmo processo de formação de Os víveres
Polo – contração antiga de por + o. palavras é: 2. Adjetivos pátrios reduzidos
f) Pêra – Substantivo (o fruto da pereira). a) passatempo; África afro
b) girassol; Inglaterra anglo
Pera – Contração antiga de per + a.
c) planalto;
Alemanha teuto, germano
g) Pôr – Verbo. d) sexta-feira;
Itália ítalo
Por – Preposição. e) urbanismo.
Áustria austro
h) Côas, côa – Formas verbais de coar: eu 03. Assinale a alternativa em que as Japão nipo
côo, tu côas, ele côa. palavras sejam, depois de Bélgica belgo
Coa, coas – Aglutinação da preposição corretamente acentuadas, Macedônia mácedo
respectivamente: oxítona, paroxítona China sino
com + a, com + as.
e proparoxítona. Malásia malaio
i) Quê – Substantivo; pronome em fim de Espanha hispano
a) Nobel, aziago, habitat.
frase. Polônia polono
b) Novel, triplex, interim.
Que – Conjunção. c) Ureter, aziago, cadmio. Europa euro
d) Transistor, mister, austero. Portugal luso
j) Porquê – Substantivo.
e) Ruim, cateter, avaro. Finlândia fino
Porque – Conjunção. Síria siro
Observações importantes: 04. Assinale a alternativa em que a norma França franco, galo
culta da língua escrita NÃO foi Suíça helveto
1. O substantivo pêra só leva acento gráfico respeitada. Grécia greco
no singular; no plural (peras) perde o
a) As cãs cobriam-lhe a cabeça como se Tibete tibeto
acento.
neve fosse. Índia indo
2. Conjugando o verbo parar no presente b) Compre aqui seu óculos de grau por um Zâmbia zambo
do indicativo, só a terceira pessoa do precinho módico.
singular é acentuada: eu paro, tu paras, c) As olheiras denunciavam uma noite 3. Compostos invariáveis
ele pára, nós paramos, vós parais, eles maldormida. arco-íris os arco-íris
d) Lá pelos idos de 1930, Carlos bota-fora os bota-fora
param.
Drummond de Andrade estreou na cola-tudo os cola-tudo
2. DIFERENCIAL DE TIMBRE Literatura Brasileira. diz-que-diz os diz-que-diz
Acento gráfico usado, excepcionalmente, e) Com as técnicas disseminadas pelo faz-de-conta os faz-de-conta
Ibama, as famílias aprenderam a extrair fora-da-lei os fora-da-lei
para distinguir o homógrafo tônico fechado
óleo de pau-rosa sem sacrificar as fora-de-série os fora-de-série
pôde (pretérito perfeito do verbo poder) do
árvores. habite-se os habite-se
homógrafo tônico aberto pode (presente do
leva-e-traz os leva-e-traz
indicativo do mesmo verbo). Este acento foi
louva-a-deus os louva-a-deus
extinto na Reforma Ortográfica de 1971. pára-quedas os pára-quedas
Arapuca perde-e-ganha os perde-e-ganha
3. DIFERENCIAL MORFOLÓGICO
pisa-mansinho os pisa-mansinho
Acento circunflexo usado para fazer Há um plural condenado pela norma saca-rolhas os saca-rolhas
diferença entre a terceira pessoa do plural e culta da língua. Assinale-o. salva-vidas os salva-vidas
a terceira do singular do presente do a) caracteres d) seniores sem-terra os sem-terra
indicativo dos verbos ter, vir e seus b) itens e) Luciferes topa-tudo os topa-tudo
derivados. Exemplos: c) juniores

5
Momento
e) referência à exploração do homem
negro pelo homem branco.

Texto 3 03. Sobre a segunda estrofe do poema,


abaixo transcrita, assinale a afirmativa

Fonético
Tu não verás, Marília, cem cativos incorreta.
Tomás Antônio Gonzaga Não verás separar ao hábil negro
do pesado esmeril a grossa areia,
Tu não verás, Marília, cem cativos e já brilharem os granetes de oiro
tirarem o cascalho e a rica terra, no fundo da bateia.
ou dos cercos dos rios caudalosos, a) A estrofe contém hipérbato.
ou da mina da serra. b) O substantivo areia completa o sentido
de separar.
Proparoxítonas: prosódia e Não verás separar ao hábil negro c) A expressão “no fundo da bateia” tem
sinonímia do pesado esmeril a grossa areia, valor adverbial.
Brâmane Entre os hindus, membro da mais e já brilharem os granetes de oiro d) O substantivo granetes completa o
alta das quatro castas e que, no fundo da bateia. sentido de brilharem.
tradicionalmente, era votado ao
e) O substantivo bateia tem o timbre da
sacerdócio. Fonética: br =
Não verás derrubar os virgens matos, vogal tônica idêntico ao de colmeia.
encontro con-sonantal.
queimar as capoeiras inda novas,
Cáfila Grande quantidade de camelos servir de adubo à terra a fértil cinza,
que transportam mercadorias.
lançar os grãos nas covas.
Cânhamo Planta herbácea da família das Caiu no vestibular
canabidáceas, amplamente Não verás enrolar negros pacotes
cultivada em muitas partes do das secas folhas do cheiroso fumo; 04. (UFAM) No poema em questão, o
mundo. Sinônimos: cânave,
nem espremer entre as dentadas rodas agente da ação expressa pelo verbo
cânhamo-da-índia e maconha. separar (verso 5) é:
da doce cana o sumo.
Fonética: nh = dígrafo; sete
a) tu (oculto);
letras e seis fonemas.
Verás em cima de espaçosa mesa b) a grossa areia;
Célere Veloz, ligeiro, rápido.
altos volumes de enredados feitos; c) o hábil negro;
Cêntimo Moeda divisionária que ver-me-ás folhear os grandes livros, d) ele (oculto).
representa a centésima parte do e decidir os pleitos.
franco, do dólar e de várias outras 05. Sobre a terceira estrofe do poema,
moedas. Fonética: en = dígrafo; abaixo transcrita, assinale a afirmativa
Enquanto revolver os meus consultos,
sete letras e seis fonemas. incorreta.
tu me farás gostosa companhia,
Cônjuge Cada uma das pessoas ligadas Não verás derrubar os virgens matos,
lendo os fastos da sábia, mestra História,
pelo casamento em relação à queimar as capoeiras inda novas,
e os cantos da poesia.
outra. Fonética: on = dígrafo; servir de adubo à terra a fértil cinza,
sete letras e seis fonemas.
Lerás em alta voz, a imagem bela; lançar os grãos nas covas.
Cotilédone Folha seminal ou embrionária, a
eu, vendo que lhe dás o justo apreço, a) No vocábulo inda há aférese.
primeira que surge quando da
gostoso tornarei a ler de novo b) O adjetivo virgens tem função de
germinação da semente, e cuja
função é nutrir a jovem planta o cansado processo. adjunto adnominal.
nas primeiras fases de seu c) O adjetivo novas tem função de adjunto
crescimento. Se encontrares louvada uma beleza, adnominal.
Crisântemo Designação comum a vários Marília, não lhe invejes a ventura, d) O substantivo cinza é agente da ação
subarbustos ornamentais; que tens quem leve à mais remota idade verbal.
despedidas-de-verão, monsenhor. a tua formosura. e) O adjetivo fértil tem função de
Fonética: cr = encontro Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu predicativo do sujeito.
consonantal; an = dígrafo; dez
letras e nove fonemas. 06. Sobre a quarta estrofe do poema,
abaixo transcrita, assinale a afirmativa
Crisólito Pedra preciosa da cor do ouro; Perscrutando o texto
crisólita. Fonética: cr = encontro incorreta.
consonantal. Cf. crisolita. 01. Sobre a primeira estrofe do poema, Não verás enrolar negros pacotes
Cúpido Ávido de dinheiro ou bens abaixo transcrita, assinale a afirmativa das secas folhas do cheiroso fumo;
materiais; cobiçoso. Plural: incorreta. nem espremer entre as dentadas rodas
cúpidos. Cf. cupido. Tu não verás, Marília, cem cativos da doce cana o sumo.
Diástase Fermento ou outra substância tirarem o cascalho e a rica terra, a) Em enrolar, há encontro consonantal.
produzida por células vivas, por ou dos cercos dos rios caudalosos, b) Em cana, a primeira vogal é nasal por
seres vivos microscópicos ou por ou da mina da serra. imfluência da letra n.
glândulas, e que decompõem os c) Em espremer, há dois encontros
a) O substantivo Marilia tem função de
alimentos ou a matéria orgânica.
vocativo. consonantais.
Patologia: afastamento de duas
b) O último verso é uma redondilha maior. d) Em entre, há dígrafo e encontro
estruturas que normalmente se
apresentam em contato mediato c) Trocando-se tirarem por tirar, não se consonantal.
ou imediato. Fonética: i-a = hiato; infringe a norma gramatical. e) Em dentadas, há dígrafo.
s-t = encontro consonantal. d) A rima entre terra e serra é pobre.
07. Observe a construção “ver-me-ás
Díptero Animais (insetos) que têm duas e) A estrofe contém versos brancos.
folhear os grandes livros”. Assinale a
asas. Fonética: p-t = encontro 02. As duas primeiras estrofes do poema frase em que há erro na grafia das
consonantal. formas do verbo folhear.
têm em comum:
Édito Ordem judicial publicada por
a) referência à atividade de prisioneiros, a) Folheia os livros e encontrarás respostas
anúncios ou editais; texto
isto é, de quem está condenado a aos teus anseios.
publicado sob a responsabilidade
do autor. Cf. edito. serviços forçados; b) Às vezes, folheiamos os livros, mas não
b) referência à atividade mineradora; tiramos disso muito proveito.
Égide Escudo, defesa, proteção.
c) referência à atividade de exploração da c) Folheie os livros e encontrarás respostas
terra, especialmente à agricultura; aos seus anseios.
d) referência à atividade pastoril;

6
Dificuldades
d) Depois de folheados, os jornais ainda b) Conjunto de lascas de pedra proveniente
têm muitas utilidades. do trabalho de lavrar a cantaria.
e) Livros de Machado de Assis, convém c) Mistura de conchas, pedras miúdas e
que os folheemos mais de uma vez. areia, que se encontra nas praias e em

da língua
alguns pontos do fundo do mar.
08. Na estrofe seguinte, a oração “que lhe d) Pedra britada ou lascas de pedra, que
dás o justo apreço” é: geralmente se misturam com areia e
Lerás em alta voz, a imagem bela; fragmentos de tijolos, compondo
eu, vendo que lhe dás o justo apreço, material muito utilizado em construções.
gostoso tornarei a ler de novo e) Escória que o ferro solta ao ser forjado.
o cansado processo.
14. Ainda com base na estrofe da questão
a) subordinada adjetiva restritiva; anterior, cercos significa:
b) subordinada adjetiva explicativa;
a) Quintal fechado de um convento.
VERBOS COM CONSOANTES
c) subordinada substantiva subjetiva; b) Círculo formado por redes para capturar
MUDAS
d) subordinada substantiva objetiva direta; peixes. Na nossa língua, os verbos com consoantes
e) subordinada adverbial causal. c) Espécie de barragem, feita com pedras mudas – adaptar, captar, designar,
e material vário, para que as águas de impugnar, interceptar, obstar, optar, raptar,
09. Assinale a alternativa em que os
um rio passem num só e estreito lugar. repugnar – têm as formas rizotônicas (aquelas
vocábulos tenham o timbre da vogal
d) Escavação feita no leito de rio corrente. em que a sílaba tônica cai na raiz do verbo)
tônica idêntico ao de bateia (verso 8):
e) Assédio, bloqueio ou sítio, com pronúncia proparoxítona, mas sem a
a) crosta, obeso, ileso vogal i (depois da consoante muda) e sem
especialmente a uma praça de guerra.
b) coldre, imberbe, grumete acento gráfico. Veja a conjugação de alguns
c) sesta, badejo, obsoleto 15. No poema, “rios caudalosos” sugere: desses verbos.
d) espelha, algozes, ileso a) rios com o leito cheio de pedras;
e) fecha, algoz, cerda 1. IMPUGNAR (contrariar com razões; refutar,
b) rios que possuem intensa corrente ou
contestar).
fluxo de água;
10. Assinale a alternativa em que a troca Presente do indicativo:
c) rios que possuem corrente minguada de
do complemento verbal pelo pronome
água; Eu im-pug-no
pessoal oblíquo átono infringe a norma
d) rios com águas mornas; Tu im-pug-nas
culta da língua escrita. e) rios em que há cascalho com ouro e Ele im-pug-no
a) Derrubar os matos = Derrubá-los. diamante. Nós im-pug-na-mos
b) Espremer o sumo da cana = Espremê- Vós im-pug-nais
lo.
16. Na estrofe seguinte, o vocábulo
Eles im-pug-nam
granetes sugere:
c) Revolver os consultos = Revolvê-los.
Presente do subjuntivo:
d) Ler os cantos da poesia = Lê-los. Não verás separar ao hábil negro
e) Obedecer à consciência = Obedecer- do pesado esmeril a grossa areia, Que eu im-pug-ne
e já brilharem os granetes de oiro Que tu im-pug-nes
lhe.
no fundo da bateia. Que ele im-pug-ne
11. Escolha a alternativa em que se Que nós im-pug-ne-mos
a) pequenos grãos;
aponta erradamente o fenômeno b) carga transportada sem embalagem;
Que vós im-pug-neis
fonético: c) grãos em proporções além do normal;
Que eles im-pug-nem
a) mais: hiato. d) lingotes; 2. DESIGNAR (dar a conhecer; nomear;
b) enquanto: dois dígrafos. e) pequenas barras. indicar).
c) virgens: ditongo decrescente nasal.
Presente do indicativo:
d) imagem: ditongo decrescente nasal.
Eu de-sig-no
e) quem: ditongo decrescente nasal. Arapuca Tu de-sig-nas
12. Opte pela construção em que, Ele de-sig-na
reescrevendo trechos do poema, se Ainda com base na estrofe da questão Nós de-sig-na-mos
cometeu erro de pontuação. anterior, o vocábulo oiro: Vós de-sig-nais
a) foi usado com grafia errada; Eles de-sig-nam
a) Verás, em cima de espaçosa mesa, altos
b) foi usado com grafia correta (forma
volumes de enredados feitos. Presente do subjuntivo:
arcaica e variante de ouro);
b) Ver-me-ás folhear os grandes livros e Que eu de-sig-ne
c) foi usado com grafia obsoleta e
decidir os pleitos. Que tu de-sig-nes
antigramatical;
c) Enquanto revolver os meus consultos, tu Que ele de-sig-ne
d) indica um tipo de metal inferior ao ouro;
me farás gostosa companhia. Que nós de-sig-ne-mos
e) indica o ouro em estado bruto, tal como
d) Lerás em alta voz, a imagem bela; eu, é encontrado na natureza. Que vós de-sig-neis
vendo que lhe dás o justo apreço, Que eles de-sig-nem
gostoso tornarei a ler de novo o
3. OPTAR (decidir-se por uma coisa; preferir,
cansado processo.
escolher).
e) Se encontrares louvada uma beleza, não Desafio
lhe invejes a ventura Marília. Presente do indicativo:
Nas frases seguintes, a sílaba tônica Eu op-to
das formas verbais vem indicada entre Tu op-tas
parênteses. Assinale a alternativa em Ele op-ta
Ampliando o vocabulário
que isso ocorre de maneira equivoca- Nós op-ta-mos
da. Vós op-tais
13. Na estrofe seguinte, cascalho Eles op-tam
significa: a) Agora, convém que optes (op) por um
curso menos concorrido. Presente do subjuntivo:
Tu não verás, Marília, cem cativos
b) É importante que você designe (gui) Que eu op-te
tirarem o cascalho e a rica terra, uma pessoa de sua inteira confiança. Que tu op-tes
ou dos cercos dos rios caudalosos, c) Sempre que a vejo, eu a saudo (ú). Que ele op-te
ou da mina da serra. d) Pode deixar que apaziguo (gu) os Que nós op-te-mos
a) Camada de areia grossa ou pedras ânimos. Que vós op-teis
roliças onde se encontra ouro e e) A sala foi alugada; é imperioso que você Que eles op-tem
diamantes. a mobilie (bí).

7
Contexto Literatura
b) A figura dominante do período é o Mar-
quês de Pombal, ministro de D. José I
(1750 – 1777). Modelo de déspota escla-
recido, impõe transformações significan-

Histórico
Professor João BATISTA Gomes
tes nos setores administrativo e educaci-
onal.
c) Marquês de Pombal expulsa os jesuítas
ARCADISMO
do Brasil e retira a educação da alçada
(1768 – 1836)
religiosa, estimulando a divulgação das
idéias científicas e fundando as primeiras
1. ASPECTOS GERAIS escolas públicas.
a) Duração no Brasil: 1768 a 1836 (século
XVIII). 4. SITUAÇÃO BRASILEIRA NO SÉC.
Principais filósofos iluministas
XVIII
b) Livro inaugurador: Obras Poéticas
Podemos dividir os pensadores iluministas a) A descoberta de ouro em Minas Gerais
(poesias), de Cláudio Manuel da Costa.
em dois grupos: os filósofos, que se preocu- motiva mudanças significativas na vida
c) Outros nomes para o movimento:
pam com os problemas políticos; e os econo- da sociedade brasileira.
1. Arcadismo ou Neoclassicismo – São
mistas, que procuram uma maneira de aumen- b) Há o deslocamento do centro econômico
as denominações comuns para o mo-
tar a riqueza das nações. Os principais filóso- do Nordeste (Pernambuco e Bahia) para
vimento onde quer que ele tenha exis-
fos franceses envolvidos com o Iluminismo são tido. o Sul (Minas Gerais e Rio de Janeiro).
Montesquieu, Voltaire, Rousseau e Diderot. c) A melhoria econômica faz surgir uma so-
2. Arcádia Mineira ou Movimento
MONTESQUIEU publica, em 1721, as Car- Mineiro – Em homenagem ao local em ciedade urbana e complexa nas cidades
tas Persas, em que ridiculariza costumes e que o movimento nasce e desenvolve- mineiras, com maior poder aquisitivo e,
se: Minas Gerais, especialmente em portanto, mais ávida de conhecimentos
instituições. Em 1748, publica O Espírito das
Vila Rica, atual Ouro Preto. culturais.
Leis, estudo sobre formas de governo em que
3. Setecentismo – Denominação no Bra- d) O crescimento (influenciado pelo aspecto
destaca a monarquia inglesa e recomenda,
sil, em seqüência ao Quinhentismo e cultural) da consciência política de brasi-
como única maneira de garantir a liberdade, a
ao Seiscentismo (Barroco). lidade provoca as primeiras tentativas de
independência dos três poderes: Executivo,
d) O movimento arcádico é um retorno ao independência da Colônia em relação a
Legislativo e Judiciário.
equilíbrio e à simplicidade do Classicis- Portugal.
VOLTAIRE é o mais importante filósofo do mo, movimento que não existiu no Brasil,
e) A assimilação dos ideais iluministas pro-
Iluminismo. Exilado na Inglaterra, publica Car- mas que fez sucesso em Portugal.
move a estabilização de uma sociedade
tas Inglesas, com ataques ao absolutismo e à e) Imitando a literatura clássica, o Arcadis- culta, constituída de funcionários da Co-
intolerância e elogios à liberdade existente mo mantém postura de oposição ao Bar- roa, magistrados, mineradores e comerci-
roco. É contra os exageros verbais, as
naquele país. Fixando-se em Ferney, França, antes, que estudaram na Europa,
sutilezas da construção, o uso abusivo
exerce grande influência por mais de vinte f) O aparecimento de associações de ho-
das figuras de linguagem. Tudo isso na
anos, até morrer. Discípulos seus espalham-se teoria, porque, na prática, os autores bra- mens cultos – as Academias e as Arcá-
pela Europa e divulgam seus pensamentos, sileiros ainda escrevem fazendo largo dias – transpõe para a Colônia os modis-
especialmente o anticlericalismo. uso da antítese e do hibérpato – figuras mos artísticos e intelectuais da Europa.
tipicamente barrocas. g) A capital do Brasil passa a ser o Rio de
ROUSSEAU tem origem modesta e vida
f) O Arcadismo propõe, pois, uma literatura Janeiro, mas a elite intelectual e política
aventureira. Nasce em Genebra, é contrário ao
compromissada com a simplicidade. mora em Vila Rica, Minas Gerais.
luxo e à vida mundana. Em Discurso Sobre a
Nesse sentido, os escritores valorizam
Origem da Desigualdade Entre os Homens quatro palavras: clareza, razão, verdade 5. CARACTERÍSTICAS DO ARCADISMO
(1755), defende a tese da bondade natural dos e natureza. a) Oposição ao Barroco – Proposta de lin-
homens, pervertidos pela civilização. Consagra g) A própria sociedade da época substitui a guagem simples, de frases na ordem dire-
toda a sua obra à tese da reforma necessária fé e a religião pela razão e pela ciência. ta e de palavreado de uso popular, ou se-
da sociedade corrompida. Propõe uma vida fa- Daí a denominação de Século das Luzes ja, o contrário das pregações do Seis-
miliar simples; no plano político, uma socieda- para o período em que o Arcadismo centismo.
de baseada na justiça, na igualdade e na sobe- predominou.
b) Versos brancos – Ao contrário do Barro-
rania do povo, como mostra em seu texto mais
2. ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS co, o poeta árcade pode usar o verso
famoso, O Contrato Social. Sua teoria da von- branco (sem rima), atitude que simboliza
a) O berço das idéias novas, quer na litera-
tade geral, referida ao povo, é fundamental na liberdade na criação. No Brasil, Basílio da
tura quer no campo científico, é a França.
Revolução Francesa e inspira Robespierre e Gama foi o mais ousado: compôs o livro
b) Surgem a Física de Newton, a Química
outros líderes. O Uraguai (poema épico) sem fazer uso
de Lavousier, a Biologia de Bueton e de
Lineu, a Psicologia de Locke. de rima.
DIDEROT organiza a Enciclopédia, publi-
cada entre 1751 e 1772, com ajuda do mate- c) Faz-se, pela primeira vez, o emprego da c) A poesia como imitação da natureza –
mático d' Alembert e da maioria dos pensado- energia a vapor na indústria têxtil inglesa. Os árcades copiam os modelos clássicos
res e escritores da época. Proibida pelo gover- antigos ou renascentistas, numa flagrante
d) O Iluminismo e o Enciclopedismo são os
falta de originalidade. O poeta busca, na
no por divulgar as novas idéias, a obra passa a movimentos filosóficos franceses que de-
sencadeiam as idéias de igualdade entre natureza, os modelos de beleza, bonda-
circular clandestinamente.
os homens. O resultado final é a Revolu- de e perfeição. Falta, pois, ao árcade a
Os economistas pregam, essencialmente, ção Francesa. capacidade de inventar, comum nos poe-
a liberdade econômica, opondo-se a toda e tas do Barroco, do Romantismo, do Sim-
qualquer regulamentação. Segundo eles, a na- 3. INFLUÊNCIAS DO ILUMINISMO EM bolismo e do Modernismo.
tureza deve dirigir a economia; o Estado só po-
PORTUGAL d) Compromisso com a beleza, o bem, a
de intervir para garantir o livre curso da nature- a) O século XVIII representa para Portugal perfeição – Compromisso com a poesia
za. São os fisiocratas, ou partidários da fisio- um período de evolução e de prosperida- descritiva e objetiva. Nesse aspecto, a
de no campo material e cultural. O ouro poesia árcade faz lembrar a época par-
cracia (governo da natureza). Quesnay afirma
do Brasil marca o crescimento econômi-
que a atividade verdadeiramente produtiva é a nasiana. Há mais preocupação com si-
co, e a absorção dos ideais do Iluminis-
agricultura. tuações do que com emoções.
mo faz avultar a importância cultural.

8
Desafio
e) PASTORALISMO – O poeta do Arcadis- 8. AUTORES DO ARCADISMO
mo imagina-se, na hora de produzir poe- BRASILEIRO
mas, um “pastor de ovelhas”. É de supor
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
que um pastor não disponha de lingua-

Literário
gem sofisticada. Daí a idéia de simplici- Nasce em 5 de junho de 1729, em Ribeirão
dade no escrever. O próprio tema da do Carmo (hoje Mariana), Minas Gerais.
poesia converge para assuntos bucóli- Suicida-se em Vila Rica (MG), em 4 de julho
cos, amorosos, com riachos, campinas, de 1789, aos 60 anos.
fontes, rebanho, ovelhas, cajado. A pró- Filho de mineradores abastados, forma-se
pria condição de amar e ser feliz é condi- em Direito pela Universidade de Coimbra.
cionada à convivência campestre. Tem um papel lateral na na Incofidência Mi-
f) Uso de pseudônimos – O poeta árcade neira. Preso e interrogado uma só vez, con-
fessa seus crimes e inculpa seus compa- 01. Identifique o período literário a que
adota nome falso porque se considera
nheiros. É encontrado morto na cela, fato pertence o poema seguinte.
um “pastor de ovelhas”. É como se o es-
critor tivesse duas identidades: uma real, que se atribui a suicídio. Árvores aqui vi tão florescentes,
outra especial, usada apenas para com- Introduz o Arcadismo no Brasil com o livro Que fazem perpétua a primavera:
Obras Poéticas (poesias, 1768). Nem troncos vejo agora decadentes.
por poesias. Tomás Antônio Gonzaga, o
nosso maior poeta árcade, era advogado Nome árcade: Glauceste Satúrnio. Em me engano: a região esta não era:
e político na vida real. Na momento de Mas que venho a estranhar, se estão
Musas que aparecem na sua poesia lírica: [presentes
compor poemas, transformava-se em Nise e Eulina. Nise é a musa preferida. Meus males, com que tudo degenera!
Dirceu, um simples (às vezes nem tanto)
Tipos de poesia: lírico-amorosa e épica. a) Barroco
pastor de ovelhas.
Considerado, até hoje, um dos melhores so- b) Seiscentismo
g) Presença de musas – Diz-se que a con-
netistas de nossa literatura. c) Arcadismo
dição precípua para ser poeta, no Arca- d) Quinhentismo
Temas comuns em sua poesia: o amante
dismo, é estar apaixonado. Exageros à e) Romantismo
infeliz e a tristeza da mudança das coisas
parte, a maioria dos poetas árcades bra-
em relação aos sentimentos. 02. Identifique o período literário a que
sileiros notabilizam-se fazendo poesias
líricas para suas amadas. Alguns comedi- OBRAS pertence o poema seguinte.
dos (caso de Gonzaga, que se inspira em 1. Obras Poéticas (poesias líricas, 1768). O todo sem parte não é todo;
uma só mulher: Marília), outros mais ou- Reúne a produção lírica do poeta: sone- A parte sem o todo não é parte;
sados (caso de Cláudio Manuel da Cos- tos, éclogas, epicédios, cantatas e outras Mas se a parte o faz todo, sendo a parte,
modalidades. Não se diga que é parte, sendo todo.
ta, que faz poemas para Nise e Eulina),
a verdade é que poucos se aventuram à 2. Vila Rica (poema épico, 1839). Poemeto a) Quinhentismo
lavra pura e simples da poesia dissocia- épico-clássico, à maneira de Os Lusía- b) Barroco
da da figura feminina. das, de Camões. c) Arcadismo
d) Romantismo
ANTOLOGIA
6. ARCADISMO NO BRASIL e) Parnasianismo
A vida é sofrimento – Veja, no soneto a
QUADRO GERAL seguir, a angústia provocada pela 03. Identifique o período literário a que
constatação de que a vida é feita de pertence o poema seguinte.
a) Início: 1768 (meados do século XVIII).
sofrimento: Aqui um regato
b) Fim: 1836 (princípio do século XIX). Corria sereno,
Soneto XIII
c) Livro inaugurador: Obras Poéticas (poe- Por margens cobertas
Continuamente estou imaginando, De flores e feno:
sias líricas).
Se esta vida, que logro, tão pesada, À esquerda se erguia
d) Primeiro autor: Cláudio Manuel da Costa. Há de ser sempre aflita, e magoada, Um bosque fechado;
e) Local onde o movimento nasce: Vila Rica, Se com o tempo enfim se há de ir E o tempo apressado,
atual Ouro Preto, Minas Gerais. mudando. Que nada respeita,
f) Capital do Brasil: Rio de Janeiro. Em golfos de esperança flutuando Já tudo mudou

g) Movimento histórico importante: Inconfi- Mil vezes busco a praia desejada; a) Quinhentismo
E a tormenta outra vez tão esperada b) Barroco
dência Mineira.
Ao pélago infeliz me vai levando. c) Arcadismo
7. GÊNEROS LITERÁRIOS DO d) Romantismo
Tenho já o meu mal tão descoberto, e) Parnasianismo
ARCADISMO Que eu mesmo busco a minha desventura;
Pois não pode ser mais meu desconserto. 04. Os versos do poema da questão
POESIA LÍRICA
anterior são:
a) Claúdio Manuel da Costa – autor de Que me pode fazer a sorte dura
a) redondilha maior;
Obras Poéticas. Se para não sentir seu golpe incerto,
b) redondilha menor;
Tudo o que foi paixão, é já loucura!
b) Tomás Antônio Gonzaga – autor de c) octossílabos;
Marília de Dirceu. Soneto XCVIII d) hexassílabos;
Destes penhascos fez a natureza e) heterométricos.
c) SIlva Alvarenga – autor de Glaura.
O berço em que nasci: oh! quem cuidara,
d) Alvarenga Peixoto – autor de Obras 05. A rima sereno/feno só não é:
Que entre penhas tão duras se criara
Poéticas. Uma alma terna, um peito sem dureza! a) perfeita;
e) Caldas Barbosa – autor de Viola de b) feminina;
Amor, que vence os tigres, por empresa c) rica;
Lereno.
Tomou logo render-me; ele declara d) soante;
POESIA ÉPICA Contra o meu coração guerra tão rara, e) toante.
Que não me foi bastante a fortaleza.
a) Basílio da Gama – autor de O Uraguai. 06. A rima fechado/apressado só não é:
b) Santa Rita Durão – autor de Caramuru. Por mais que eu mesmo conhecesse o a) perfeita;
[dano, b) feminina;
c) Cláudio Manuel da Costa – autor de Vila
A que dava ocasião minha brandura, c) rica;
Rica.
Nunca pude fugir ao cego engano: d) soante;
POESIA SATÍRICA Vós, que ostentais a condição mais dura, e) emparelhada.
Tomás Antônio Gonzaga – autor de Cartas Temei, penhas, temei; que amor tirano,
Chilenas. Onde há mais resistência mais se apura.

9
Tema Redação
3. TRANSFORMANDO PERÍODOS
Reescrever – Um bom exercício para quem

dissertativo
quer dominar a construção de períodos (e
Professor João BATISTA Gomes de parágrafos) é reescrever textos que fo-
ram estruturados em períodos longos. A se-
guir, um exemplo de como isso pode ser
feito.
Período longo 1 – O parágrafo seguinte
contém um só período. Note como a leitura
A construção do período é cansativa.
Contrariando a idéia de que adoles-
1. FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO
cente só pensa em “rock”, é rebelde por
INSTRUÇÕES
Frase nominal – As frases desprovidas de índole, desconhece a realidade socioeco-
Esta prova é constituída de apenas um texto. verbos são chamadas de nominais. Entram, nômica de seu país e só dá seu voto de
Com base nele: na sua formação, apenas nomes: substanti- confiança aos modismos internacionais,
1. Dê um título sugestivo à sua redação. vos, adjetivos, pronomes, advérbios. Com a nova Constituição Brasileira resolve
criatividade, é possível compor textos (lite- apostar, ainda que de forma inibida, na
2. Redija um texto dissertativo, a partir das
rários ou não) sem a presença de verbos. capacidade da joventude e no seu po-
idéias apresentadas.
Em Juca Mulato, Menotti del Picchia conse- tencial de discernimento, dando-lhe o di-
4. Defenda os seus pontos de vista utili- reito de votar, o que, para uns, é um pas-
gue dizer coisas de uma beleza ímpar sem
zando-se de argumentação lógica. so precipitado dos constituintes: aos de-
usar formas verbais. Veja:
Na avaliação da sua redação, serão zesseis anos, nenhum jovem possui sen-
Amor?
pondera-dos: so político à altura de opinar sobre ques-
Receios, desejos,
1. A correta expressão em língua tões que afligem o seu país, para outros
promessas de paraísos.
portuguesa. (talvez para a maioria), a decisão de-
Depois sonhos, depois risos,
monstra a valorização de idéias novas,
2. A clareza, a concisão e a coerência na depois beijos!
de credibilidade a um público que,
ex-posição do pensamento.
Depois... apesar da pouca idade, tem visão crítica
3. Sua capacidade de argumentar das mazelas mais graves da sociedade
E depois, amada?
logicamen-te em defesa de seus pontos em que vive.
Depois dores, sem remédio,
de vista.
depois pranto, depois tédio, Períodos curtos – Veja o período anterior
4. Seu nível de atualização e informação. depois... nada!" reestruturado: o parágrafo contém agora
A Banca aceitará qualquer posicionamento Frase oracional – A presença do verbo dá à quatro períodos. Praticamente, não houve
ideológico do examinando. frase aspectos especiais. Ela passa a ter pe- mudança de idéias.
Atenção para escrever com caligrafia bem lo menos dois termos essenciais: o sujeito e Contrariando a idéia de que adoles-
legível. o predicado, permitindo descobrir quem pra- cente só pensa em “rock”, é rebelde por
tica (ou sofre) a ação verbal. Mas a oração índole, desconhece a realidade socioeco-
TEXTO-TEMA nômica de seu país e só dá seu voto de
pode prescindir do sujeito (oração sem sujei-
“Nossa cultura perdeu muito de to), e o verbo pode estar subentendido (zeug- confiança aos modismos internacionais,
seus valores tradicionais. O dinheiro é a ma) para evitar repetição desnecessária. a nova Constituição Brasileira resolve
única coisa que sobrou para estimular apostar, ainda que de forma inibida, na
Período – Período é a frase organizada em capacidade da joventude e no seu poten-
os desejos e as aspirações da maioria
oração (período simples) ou em orações cial de discernimento, dando-lhe o direito
das pessoas. O dinheiro tomou o lugar
(período composto). O período termina sem- de votar. Para uns, é um passo precipita-
ou entrou profundamente no mundo da pre por uma pausa bem definida. Na escrita, do dos constituintes. Aos dezesseis anos,
religião, do patriotismo, da arte, do o fim do período é indicado pelo ponto, pon- nenhum jovem possui senso político à al-
amor e da ciência... Os ricos e os to de interrogação, ponto de exclamação, re- tura de opinar sobre questões que afli-
pobres lutam por dinheiro por razões ticências e, algumas vezes, por dois-pontos. gem o seu país. Para outros (talvez para
muito diferentes. Mas quem é pobre O reinício do texto com letra maiúscula é a a maioria), a decisão demonstra a valori-
entende algo sobre o di-nheiro que os prova de que um período acabou e outro foi zação de idéias novas, de credibilidade a
ricos não entendem. E o contrário iniciado. um público que, apesar da pouca idade,
também é verdadeiro. Os pobres tem visão crítica das mazelas mais gra-
sentem o poder do dinheiro na própria 2. EXTENSÃO DO PERÍODO ves da sociedade em que vive.
pele. Uma pessoa rica freqüentemente Períodos longos – Em textos quaisquer (nar- Período longo 2 – O parágrafo seguinte
sente isso nas suas emoções, não no rativo, descritivo, dissertativo), não há tama- (seqüência do anterior) foi desenvolvido em
seu corpo. Quem é rico sabe que com nho exato, milimetrado para o período. Sa- um só período.
di-nheiro, muitas vezes, você pode be-se que períodos por demais longos (nor-
Em um ponto, todos são obrigados a
malmente, compostos ou mistos) contribu-
manipular, blefar, e fazer o que você concordar: a classe política brasileira pre-
em para a falta de clareza. A leitura torna-se,
quiser. Mas até um certo ponto. Sabe cisa sofrer inclusões novas, porque a
então, cansativa, exigindo do leitor um esfor- imagem do político inimigo do trabalho,
interiormente que há algo essencial na
ço mental desgastante. As idéias não ganham amante de mordomias e falcatruas e in-
condição humana que o dinheiro não
destaque justamente porque estão mistura- sensível, depois de eleito, às necessida-
compra.”
das a outras idéias. des da população carente fixou-se na
(JACOB NEEDLEMAN, entrevista a
Períodos curtos – Já o período curto (en- mente de todos os eleitores, e qualquer
EXAME, edição 645, pg.76).
tenda-se: de sentido completo; normalmente tentativa de mudança é bem-vinda.
simples, mas pode ser composto) realça ca- Períodos curtos – Veja o parágrafo anterior
da idéia escrita, dá impressão de leveza e é reestruturado em três períodos.
excelente recurso para tornar tudo muito cla- Em um ponto todos são obrigados a
ro, transparente. Basta dizer que Machado concordar: a classe política brasileira
de Assis e Graciliano Ramos (para ficar ape- precisa sofrer inclusões novas. A imagem
nas com dois exemplos literários) são famo- do político inimigo do trabalho, amante
sos pelo uso de tal técnica. de mordomias e falcatruas e insensível,

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Dificuldades
depois de eleito, às necessidades da po- 2. As respostas aos apelos violentos do ter-
pulação carente fixou-se na mente de to- ror são dadas em forma de agressão.
dos os eleitores. Qualquer tentativa de
A ação terrorista, usando a violência
mudança é bem-vinda.
como diálogo, não consegue diminuir a

da língua
4. COORDENAÇÃO E INFANTILIDADE discriminação social. As respostas aos
Idéias infantis – As orações coordenadas, apelos violentos do terror são dadas em
dependendo da maneira como se distribu- forma de agressão, criando-se, assim,
em no período, podem denotar infantilidade, um círculo vicioso.
depreciando o texto escrito – quando pro-
Um só período – É possível reunir todas as
duzido por adulto. Pode-se dizer o mesmo
idéias em um só período, demonstrando-se
dos períodos curtos (que não deixam de ser
um modo de coordenação): eles não con- com isso o domínio das conjunções, qua- 1. VIR, VIER e VIM
seguem dar realce a um determinado ponto lidade essencial de um bom redator. O pe-
a) Vir – Usa-se o infinitivo do verbo vir nos
de vista nem estabelecer a verdadeira rela- ríodo sendo único, apenas uma idéia ganha
seguintes casos:
ção entre fatos enumerados. Vamos mostrar destaque: a da oração principal.
1. Depois de preposição (normalmente
uma seqüência de períodos que denotam
1. Destaque apenas para a oração princi- de ou para). Veja exemplos:
infantilidade do redator:
pal: “A ação terrorista não consegue di- Você tem obrigação de vir trabalhar no
1. A ação terrorista não consegue diminuir minuir a discriminação social.” sábado.
a discriminação social.
A ação terrorista, usando a violência O prefeito eleito fez tudo para vir à to-
2. Os terroristas usam a violência como na o escândalo dos transportes coleti-
como diálogo, não consegue diminuir a
diálogo. vos.
discriminação social porque as respostas
3. A resposta aos apelos dos terroristas é Ela ficou de vir, mas não apareceu.
aos apelos violentos do terror são dadas
dada também em forma de violência. Disseram-me para vir mais cedo; por
em forma de agressão, criando-se, assim,
4. Cria-se, assim, um círculo vicioso. isso, estou aqui.
um círculo vicioso.
Orações coordenadas – Agora, vamos or- 2. Emprega-se o infinitivo vir quando
2. Destaque para a oração principal (A ação existem dois verbos: um auxiliar e ou-
ganizar os tópicos acima no formato de ora-
terrorista não consegue diminuir a discri- tro principal, formando locução verbal.
ções coordenadas, ou seja, vamos colocá-
minação social) e para outra idéia (usan- Veja:
los no papel e separá-los basicamente por
vírgulas: do a violência como diálogo). Você pode vir amanhã, pela manhã?

Usando a violência como diálogo, a Sua esposa não pode vir aqui.
A ação terrorista não consegue dimi-
nuir a discriminação social, os terroristas ação terrorista não consegue diminuir a Mesmo sendo feriado, você deve vir à
usam a violência como diálogo, a respos- empresa.
discriminação social porque as respostas
ta aos apelos dos terroristas é dada tam- aos apelos violentos do terror são dadas Você poderia vir à minha casa, mais
bém em forma de violência e cria-se, as- tarde?
em forma de agressão, criando-se, assim,
sim, um círculo vicioso. b) Vier – É a forma verbal correspondente à
um círculo vicioso.
Períodos simples – Agora, vamos organizar primeira e à terceira pessoas do singular
3. Destaque para a oração principal (A ação do futuro do subjuntivo. Veja construções
as mesmas idéias no formato de períodos
simples, ou seja, vamos colocá-los no papel terrorista não consegue diminuir a discri- certas e erradas:
e separá-los por ponto seguido: minação social) e para duas outras idéias 1. Quando você vir de Presidente Figuei-
(usando a violência como diálogo e crian- redo, traga doce de cupuaçu para mim.
A ação terrorista não consegue dimi-
do um círculo vicioso). (errado)
nuir a discriminação social. Os terroristas
usam a violência como diálogo. A res- 2. Quando você vier de Presidente Fi-
Usando a violência como diálogo e
gueiredo, traga doce de cupuaçu para
posta aos apelos dos terroristas é dada criando um círculo vicioso, a ação terro-
mim. (certo)
também em forma de violência. Cria-se, rista não consegue diminuir a discrimina-
assim, um círculo vicioso. 3. Se ela vir mais cedo, anteciparemos a
ção social porque as respostas aos ape- reunião. (errado)
Conclusão – Nos dois casos (orações co- los violentos do terror são dadas em for- 4. Se ela vier mais cedo, anteciparemos
ordenadas e períodos simples), o texto ma de agressão. a reunião. (errado)
deixa transparecer infantilidade. Existem
idéias, mas o modo como foram dispostas 4. Vejamos uma versão em que a frase “As c) Vim – A forma verbal vim é a primeira
no papel sugere imaturidade. Outro fator respostas aos apelos violentos do terror pessoa do singular do pretérito perfeito
negativo que se nota na coordenação é a são dadas em forma de agressão” é pro- do verbo vir: eu vim, tu vieste, ele veio,
repetição de palavras. Note que os vocábu- movida a oração principal: nós viemos, vós viestes, eles vieram.
Veja exemplos:
los terrorista e violência aparecem de for- As respostas aos apelos violentos do
ma exagerada. 1. Estava chovendo muito; por isso, não
terror são dadas em forma de agressão, vim.
5. SUBORDINAÇÃO: COISA DE ADULTOS criando-se um círculo vicioso, razão pela 2. Você telefou-me, e eu vim correndo.
Idéias de adultos – O processo de subordi- qual a ação terrorista, que usa a violência
nação das idéias denota que o redator é como diálogo, não consegue diminuir a
adulto, capaz de valorizar este ou aquele discriminação social. Desafio
ponto de vista, realçar uma ou outra idéia,
valorizando aspectos que a simples coorde- CONCLUSÕES
Escolha a única construção que desrespeita a
nação não permite fazer. Assim procedendo, Vamos enumerar as vantagens do período norma culta da língua escrita.
evitam-se as repetições desnecessárias. composto: a) Durante o mês de dezembro, boa parte dos
Vamos reescrever as idéias anteriores sob a 1. Possibilidade de destacar idéias, elevan- operários da fábrica estará de férias.
forma de período composto por subordina- b) Durante o mês de dezembro, boa parte dos
do-as à condição de oração principal ou
ção. operários da fábrica estarão de férias.
usando-as no início do período.
Dois períodos – A vantagem de dois perío- c) Amanhã, não vou poder vir trabalhar.
2. Prova de que o redator tem raciocínio d) A Polícia tem agido com muita discrição nas
dos compostos por subordinação, além da
facilidade de compreensão, é a valorização lógico. investigações.
e) Dentro de casa, enquanto trabalhávamos,
de duas idéias: 3. Prova de que o redator tem domínio gra-
nossa empregada entretia as crianças.
1. A ação terrorista não consegue diminuir matical (pontuação, concordância, regên-
a discriminação social. cia, uso das conjunções).

11
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 2)
Amazonas. Não pode ser vendido. 01. D
02. D
03. E
04. B
Governador 05. A
Eduardo Braga ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário
06. C
brasileiro da língua portuguesa. São Paulo:
07. C
Vice-Governador Melhoramentos, 1975.
08. E
Omar Aziz ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de 09. E
Reitor questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 10. D
1996. 11. C
Lourenço dos Santos Pereira Braga
_______. Gramática metódica da língua 12. C
Vice-Reitor portuguesa 35. ed. São Paulo: Saraiva, 1988. 13. E
Carlos Eduardo Gonçalves AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 3)
Pró-Reitor de Planejamento e Administração língua portuguesa. 4. ed. Atualizado por Hamílcar 01. E
de Garcia. Rio de Janeiro: Delta, 1958. 02. E
Antônio Dias Couto
03. A
BECHARA, Evanildo. Lições de português pela
Pró-Reitor de Extensão e 04. B
análise sintática. Rio de Janeiro: Fundo de
Assuntos Comunitários Cultura, 1960. DESAFIO GRAMATICAL (p. 3)
Ademar R. M. Teixeira _______. Gramática portuguesa. 31. ed. São 01. C
Paulo: Nacional, 1987 02. B
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
03. C
Walmir Albuquerque CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de 04. B
dúvidas da língua portuguesa. 2. impr. São Paulo: 05. D
Coordenadora Geral Nova Fronteira, 1996.
Munira Zacarias EXERCÍCIOS (p. 4)
_______. Novíssima gramática da língua
01. E
Coordenador de Professores portuguesa. 30. ed. São Paulo: Companhia
02. E
João Batista Gomes Editora Nacional, 1988.
03. A
CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática 04. C
Coordenador de Ensino
do português contemporâneo 3. ed. Rio de 05. E
Carlos Jennings Janeiro: Nova Fronteira, 1985. 06. E
Coordenadora de Comunicação GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa 07. A
moderna. 13. ed. Rio de Janeiro: Fundação 08. A
Liliane Maia
Getúlio Vargas, 1986. 09. D
Coordenador de Logística e Distribuição
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo dicionário PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 6)
Raymundo Wanderley Lasmar da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova 01. E; 02. D; 03. A; 04. D; 05. D; 06. B;
Produção Fronteira, 1986. 07. B; 08. A; 09. A; 10. D; 11. D; 12. A;
Aline Susana Canto Pantoja HOUAISS, Antônio. Pequeno dicionário 13. D; 14. A; 15. C; 16. C; 17. D; 18. A;
enciclopédico Koogan Larousse. 2. ed. Rio de 19. E; 20. A;
Renato Moraes
Janeiro: Larousse do Brasil, 1979. DESAFIO LITERÁRIO (p. 9)
Projeto Gráfico – Jobast
KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever 01. E
Alberto Ribeiro melhor o português. Rio de Janeiro: Nova 02. B
Antônio Carlos Fronteira, 1989. 03. B
Aurelino Bentes MARTINS, Eduardo. Manual de redação e estilo. 04. D
3. ed. São Paulo: Moderna, 1997. 05. D
Heimar de Oliveira
Mateus Borja SACCONI, Luiz Antonio. Não erre mais. 19. ed. DESAFIO GRAMATICAL (p. 11)
Paulo Alexandre São Paulo: Atual, 1995. 01. B
02. B
Rafael Degelo SEREBRENICK, Salomão. 70 Segredos da língua
03. E
Tony Otani portuguesa. Rio de Janeiro: Bloch, 1990.
04. B
05. A
Editoração Eletrônica 06. D
Horácio Martins

Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é
base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:
• TV Cultura (7h às 7h30 e 23h40 às 00h15) Postos de distribuição:
• Amazon Sat (15h10 às 15h40)
• RBN (13h às 13h30) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José
• Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I
• Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa
(7h às 8h e 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.°
• Rádio Panorama de Itacoatiara (23h às 23h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro
• Rádio Difusora de Itacoatiara (23h às 23h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João
• Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto
(22h00 às 22h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos
• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)
• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local
• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)
• Rádio Cultura (6h às 6h30 e 12h às 12h30)
• Centros e Núcleos da UEA (12h15 às 12h45)

www.uea.edu.br e www.linguativa.com.br
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