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A fórmula
básica de apuração do custo de mercadoria, do produto em processo ou do
produto acabado é:
C.M.V(P). = E.I. + C – E.F.Onde;
CMV(P) é o custo da mercadoria vendida ou produzida.
E.I. é o estoque inicial apurado no balanço (inventário físico).
C = as compras realizadas no período ou as transferências recebidas para
processo ou acabado.
E.F. é o estoque final apurado no balanço (inventário).
Utilizando como exemplo a ficha de estoque de capacetes e utilizando a
fórmula de apuração de custo, teremos:CMV = E.I. + Compras (-) E.F.
(Compras = 48.000,00 + 17.696,00 + 37.080,00) = 102.776,00
CMV = 85.000,00 + 102.776,00 – 87.770,37C.M.V. = R$ 100.005,63ou ainda a
somatório do valor/custo nas vendas.
Custo = 17.347,83 + 26.318,72 + 11.860,86 + 44.478,22
Custo = R$ 100.005,63
Classificação dos sistemas de Custeio
Mecânica de acumulação – Por ordem específica – são transferidos
diretamente para uma solicitação de fabricação, de um modo em geral, para
produtos de encomenda. Por processo – a empresa apresenta produção
contínua, em unidades idênticas e demanda constante.
Grau de absorção – Por Absorção - quando os custos indiretos também são
transferidos ou rateados aos produtos ou serviços. Direto – somente os custos
diretos são lançados (incorporados) no custo do produto, os indiretos são
lançados apenas na Demonstração do Resultado.
Momento da apuração – Pós-calculados – equivalem aos custos reais
apurados no final do período.
Pré-calculados – representam o custo alocado no produto, baseado em um
histórico médio passado do CIF (custo indireto de fabricação).
Padrão – custo cientificamente predeterminado, constituindo a base para
avaliação do desempenho efetivo. Na realidade, representa o quanto o produto
deveria custar.
Métodos de Aplicação de Custeios
Custos Indiretos de Fabricação – são aqueles alocados através de rateio
pelo produção em um período.
b) Custeio por departamentos – é quando os custos são alocados por centro
de custos (departamentalização), ou seja, cada departamento contribui de uma
forma quantitativa ao custo do produto.
c) Custeio por ordem de produção – os custos vão direto para o produto ou
para o lote de produção de um determinado item, este método valoriza a
qualificação para evidenciar o custo.
d) Custeio-padrão – são aqueles cuidadosamente predeterminados e que
deveriam ser atingidos em operações eficientes, tem como grande objetivo a
aferição de desempenho, elaboração de orçamentos, orientação de formação
de preços e na obtenção de custos significativos do produto, com razoável
economia e simplicidade de escrituração.
e) Custeio por curva ABC – este método esta voltado para o ganho de tempo,
levando em consideração os principais itens que formam o custo do produto,
estes itens são obtidos quer de forma histórica, quer por metodologia de
estudos.
Formação de Preço
Segundo alguns autores, esta parte da ciência financeira ou econômica deveria
ser chamada de “a arte do negócio”. Pelo fato de que a decisão do preço do
produto é o que decidirá o sucesso ou não do negócio.
A política de preço deve sempre ser algo de longo prazo, acompanhando a
vida útil do produto, buscando proporcionar no longo prazo, o maior lucro
possível.O que nem todos os autores concordam é que apesar de todas as
ciências que iremos expor a baixo, o principal determinante da formação de
preços é o mercado consumidor.
Ou seja, se estivermos praticando o comércio em um país democrata, uma
economia de livre mercado e num sistema de Concorrência Pura.
O grande formador do preço de venda é o
C O N S U M I D O R.
Métodos de formação de Preços
Baseado nos Custos – muitas razões justificam a utilização deste método, a
simplicidade, custos incorridos, justiça, porém o preço baseado apenas em
custos deixa de levar em consideração os outros dois processos, pois deixa de
considerar a demanda e os níveis da concorrência.
Mercado Consumidor – é a percepção que o consumidor tem do produto,
interessa como o valor que o consumidor dá ao produto e não o valor que o
consumidor “acha” que custou para o vendedor. Um consumidor paga R$ 15,00
em uma garrafa de vinho no mercado, porém aceita pagar no mesmo vinho R$
45,00 em um restaurante famoso.
Baseado na Concorrência – esta metodologia emprega a análise da
concorrência, deixando de enxergar os seus custos e a sua demanda, quem
passa a determinar seus preços é a concorrência. Os preços podem ser de
oferta – quando a empresa cobra mais ou menos do que seus concorrentes,
ou de proposta – quando a empresa determina seu preço segundo seu
julgamento sobre como seus concorrentes irão fixar seus preços
Métodos Baseados em Custos
CUSTO PLENO
também chamado de custo integral, são os custos totais de produção,
acrescidos das despesas de vendas, de administração e da margem de lucro
desejada, formando o preço de venda. Não é levado em consideração
mercado, nem tão pouco a concorrência, tem-se o preço de venda de um
produto, a partir daí verá se o produto será aceito por aquele preço ou não,
tomando-se as devidas medidas corretivas.
Ou seja, é a somatória de material direto + mão de obra direta + G.G.F. (gastos
gerais de fabricação) + despesas de vendas e administrativas + lucro desejado
= preço de venda.
CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO
é quando se leva em consideração apenas o custo com a transformação do
bem, ou seja, a aplicação de mão de obra e os gastos gerais, não sendo
considerado nos cálculos o custo com matéria prima. Um exemplo disso é
quando se fabrica dois produtos distintos como saia e blazer, em que o custo
de transformação do blazer é muito maior que o da saia. Neste caso, as
margens de lucro para formação de preços devem ser diferentes, pois caso
contrário, o mercado passará a comprar muito mais o produto com maior custo
agregado, porque a concorrência praticará o custo de transformação, e sua
empresa estará com os custos defasados neste item. De um modo geral, este
custo é percebido pela aplicação da hora/homem no produto.
CUSTO MARGINAL
esta modalidade é extremamente discutida e polêmica, consiste no incremento
de custo correspondente a adição de uma unidade de produto. Assim
corresponde aos custos que não seriam incorridos se um produto fosse
eliminado ou não produzido. No cálculo do custo pleno leva-se em
consideração tudo que foi aplicado para obtenção do produto, no caso do custo
marginal somente é considerada a capacidade instalada e os custos variáveis,
ou seja, somente poderemos montar preço de venda baseado no custo
marginal, caso tenhamos capacidade ociosa na fábrica, o que quer dizer que
se aumentar a produção, não haverá alteração dos custos fixos. É o cálculo
que leva em consideração basicamente os custos variáveis.
A Microeconomia e o Mercado
A microeconomia é o ramo da ciência econômica que estuda o comportamento
das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e pelas famílias, as
empresas e suas produções e custos, o preço de diversos bens, serviço e
fatores produtivos. Em outras palavras, a microeconomia ocupa-se da forma
como essas células ( consumidores, empresas comerciais, agricultores e
outros) agem e reagem umas sobre as outras.
A compreensão do valor percebido pelo mercado é facilitada pelo entendimento
de alguns conceitos derivados da microeconomia, como as curvas de demanda
e os diferentes tipos de mercado.
Tipos de Mercado
Concorrência Pura
caracteriza-se por um mercado composto de muitos compradores e muitos
vendedores comercializado produtos uniforme e sem grandes características
especiais, trigo, laranja, vidro. O principal neste mercado é que nenhum
comprador ou vendedor tem influência sobre os rumos do mercado. Entram
novos fornecedores e compradores há todo momento, mantendo sempre
estável o mercado. Neste caso a função do “Marketing” é pouco significante.
Concorrência Monopolista
também caracterizado por um mercado com muitos compradores e muitos
vendedores, porém o produto/serviço ofertado tem muita diferenciação assim
como seus preços. O produto pode variar em tamanho, qualidade, estilo. Os
consumidores percebem as diferenças e aceitam ou não pagar o preço
desigual. Neste caso, entra a criatividade do vendedor, com as ofertas,
alterações de preço, promoções, propagandas e as estratégias, aqui o
“Marketing” é importante.
Concorrência Oligopolista
é um mercado caracterizado por um pequeno número de vendedores, ou seja,
tem muita força de decisão, podendo variar muito as características e preços
de seus produtos, acompanhando os movimentos da concorrência. O produto
pode tanto ser uniforme, como aço e alumínio, como não uniforme, veículos e
computadores. A pequena quantidade de vendedores é pela dificuldade de
penetração neste mercado. A atenção é fundamental nos movimentos da
concorrência para poder agir e proteger seu mercado com reduções de preços
ou incremento nos serviços.
Monopólio Puro
caracteriza-se por um mercado de um único vendedor que pode ser monopólio
governamental (correios), monopólio privado regulado (energia elétrica) ou
monopólio privado não regulado, decorrente de determinada tecnologia ou
patente.