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CAMPUS DE JOAÇABA
Robinson Dresch
JOAÇABA – SC
2005
CAPÍTULO III - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 - GENERALIDADES
Neste item dar-se-á uma breve introdução sobre as variáveis que determinam as
condições ideais de cozimento utilizadas no processo.
3.2.1 – “QUEBRA”
3.2.2 – TEMPERATURA
Segundo manual técnico da Atmos (1995), a temperatura é uma das mais importantes
variáveis, pois é responsável pelo processo cozimento, iniciando por uma temperatura de 55°C
e finalizando com 85°C. A temperatura esta diretamente vinculada ao tempo de cozimento,
pois se busca atingir o ponto ideal de cozimento para posterior consumo do produto. Ressalta-
se que a temperatura da estufa é gradualmente elevada, então ela está sempre acima da
temperatura de núcleo real – interior do produto. A temperatura de núcleo então contínua a
aumentar até que o ponto de fixação da temperatura de núcleo seja alcançado, em torno de
73°C.
3
Segundo SILVA JUNIOR (2002), o binômio Tempo e Temperatura consiste nos dois
fatores mais pesquisados no mundo inteiro, para controlar, eliminando ou diminuindo o
número de microrganismos durante o processamento manipulação e distribuição dos
alimentos para consumo. Cada tipo de microrganismo possui características estruturais e
metabólicas próprias, oferecendo condições específicas de resistência ao calor e ao tempo de
exposição. Para que se possa utilizar o tempo e a temperatura como medidas de controle dos
pontos críticos, assegurando as condições higiênico sanitárias aos alimentos deve-se conhecer:
a) Temperatura de Cocção
• A estrutura dos alimentos, Aa, pH e teor de gordura, para avaliar o poder de penetração do
calor e possíveis alterações sensoriais.
Temperatura em °C Tempo
74 °C Poucos segundos (≈5)
70 °C Poucos minutos (≈2)
66 °C Alguns minutos (≈10)
65 °C Alguns minutos (≈15)
60 °C Vários Minutos (≈30)
55 °C Algumas horas (≈4)
52 °C Varias horas (≈12)
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- 20 minutos a 55°C, calor seco e chaminé aberta, para ocorrer a formação de cor;
- 30 minutos a 80°C, calor úmido e chaminé fechada, até atingir 71°C no centro do produto.
3.2.4 – UMIDADE
3.2.5 – POSIÇÃO
3.3 - DEFUMAÇÃO
3.4.1 - DEFINIÇÃO
3.4.2 - CLASSIFICAÇÃO
d. Paio: É o produto obtido de carnes suína e bovina (máximo de 20%) embutida em tripas
natural ou artificial comestível, curado e adicionado de ingredientes, submetida a ação do
calor com defumação.
Nas lingüiças denominadas Tipo Calabresa, Tipo Portuguesa e Paio, que são submetidas
ao processo de cozimento, será permitido a utilização de até 20% de CMS – Carne
Mecanicamente Separada, desde que seja declarado no rótulo de forma clara ao consumidor a
expressão "carne mecanicamente separada de ...." (espécie animal), além da obrigatoriedade
de constar na relação de ingredientes a expressão "contém..." ou "com CMS (espécie
animal)". Observa-se que a CMS utilizada poderá ser substituída pôr carne de diferentes
espécies de animais de açougue, até o limite máximo de 20 %.
3.4.3 - COMPOSIÇÃO
a ) Ingredientes Obrigatórios
b ) Ingredientes Opcionais
Gordura; Água; Proteína vegetal e/ou animal; Açúcares; Plasma; Aditivos intencionais;
Aromas, especiarias e condimentos.
3.4.4 - REQUISITOS
a) Características Sensoriais
São definidas de acordo com o processo de obtenção : Textura; Cor; Sabor; Odor.
b) Características Físico-Químicas
d) Acondicionamento
• Envoltórios naturais;
• Envoltórios artificiais;
• Embalagens plásticas ou similares;
Nota: Os envoltórios poderão estar protegidos por substâncias glaceantes, que
deverão estar aprovadas junto ao órgão competente.
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e) Contaminantes
4.1 – GENERALIDADES
A estufa tem a função de cozimento e cura das lingüiças depositadas em seu interior,
onde as quais necessitam de temperaturas de tratamento térmico superiores ao ambiente, são
próprios a trabalhar numa temperatura aproximada de 85°C. No processo de cozimento da
estufa deve-se controlar a temperatura, tempo e pressão do vapor d’água.
aproximadamente 73°C no interior do produto, sendo esta temperatura a ideal para eliminação
dos microrganismos contidos.
• Carregar a estufa o mais rápido possível para dar ao produto um tratamento igual;
• Se a superfície estiver seca demais o produto ficará claro, por não ter absorvido a cor
da fumaça.
• Deixar o produto pendurado com distância entre um e outro para ter uma circulação de
fumaça igual.
Na Figura 4.1 pode-se destacar a estufa com o processo de cozimento completo tendo
duas portas para abastecimento das gaiolas (A), com trilhos internos (B) para guiar as gaiolas
em seu interior e no fundo da estufa algumas gaiolas com produto.
Utilizado para criar uma alta concentração de fumaça no equipamento, destinada à cura
e coloração ideal dos produtos.
Instruções de funcionamento:
Ressalta-se, também, que a serragem deve ser peneirada sem pedaços de madeira para
evitar o entupimento da passagem da serragem para a gaveta.
14
Destacam-se na Figura 4.3, gaiolas com o produto Lingüiça Confiança (LCO), com o
processo já concluído, aguardando serem embaladas e resfriadas.
15
Em destaque na Figura 4.4 acima as varas de sustentação (A), sendo que algumas já
preenchidas com produtos, respeitando os espaçamentos para a circulação do ar em (B) para
que o cozimento seja uniformemente adequado.
16
C
D
A
C
Na Figura 4.6 destaca-se uma válvula utilizada para controle da temperatura interna
das estufas, sendo em (A) o comando elétrico da válvula que pilotado por ar a uma pressão
aproximada a 8 atm. inserida em (B) que obstrui ou não a entrada de vapor para as serpentinas
em (C).
A Figura 4.7 mostra a planta baixa da estufa carregada com as 06 gaiolas de produto,
sendo que a gaiola do ponto (A) é a examinada a seguir; já no item 4.3.2 a “quebra” é
analisada contendo quatro medições em cada gaiola, totalizando 24 medições no interior da
estufa onde se pode analisar cada ponto no interior da estufa.
" Q u e b r a " n u m a g a io la
22
20
Quebra (%)
18
16
1 2 3 4 5 6
P o si ç ã o d a v a r a
O Gráfico 4.1 mostra a “quebra” localizada numa gaiola, sendo que a posição 01
relaciona a lateral da gaiola e da estufa, já a posição 6 indica o centro da estufa indica também
que a “quebra” é maior na lateral da estufa. Esta “quebra” maior pode ser justificada pela
ventilação que está localizada nas laterais das estufas, as quais incidem diretamente no
produto devido o contato direto.
PORTA DE ENTRADA
A Figura 4.8 mostra a variação da quebra na estufa, nota-se que em geral há uma
maior perda nas laterais em decorrência de estar em contato com dutos de ventilação e que
varia de 13.9% a 21%. Já no gráfico 4.2 podemos analisar todos os pontos de “quebra” e
verificamos que só temos uma posição com 13.9% e o restante além de estar acima do padrão
está muito desuniforme.
25
Variação(%)
20
15
10
5
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23
Posição
Gráfico 4.2
A Figura 4.9 mostra a estufa frontalmente. Pode-se observar por meio das setas
indicadas a posição do fluxo do ar no interior da estufa, o qual já relatado gera uma
significativa diferença na “quebra” do produto.
20
• Existe uma variação muito elevada de “quebra” no interior da estufa, entre 13,9% a
21,7%;
• O maior índice de “quebra” está nas laterais da estufa, próximos aos dutos de
ventilação;
• Existe uma perda muito elevada de produto, pois a padrão da empresa é de 14% a
16%;
Foram inseridos tubos com perfurações, Figura 4.10, para inserção de vapor
diretamente no interior da estufa.
Após inserção dos tubos foram realizados testes para analisar a “quebra”
correspondente nos respectivos pontos analisados anteriormente para verificar o
comportamento no interior da estufa e num segmento da gaiola.
25
20
15 Atual
10 Proposto
0
1 2 3 4 5 6
O Gráfico 4.3 mostra o resultado dos testes realizados numa gaiola comparando o
sistema atual com o sistema proposto, sendo que, a “quebra” de modo geral reduzir na média
de 19,53% para 17,3%, perfazendo uma diferença de 2,23% e que existiu uma
homogeneização nos diferentes pontos, restando ainda uma maior quebra na lateral da gaiola
onde sofre a influencia da ventilação sobre o produto.
22
20
18
16
14
12 Atual
10 Proposto
8
6
4
2
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23
PONTO 1 PONTO 2
X1 X3
X4
X2
X5
X6
24
PONTO 3 PONTO 4
X7
X8
PONTO 5 PONTO 6
X10
X9
25
Instrumento de
Parâmetro de
Frequência de
Documento de
assegurado
Preventiva
Parâmetro
Processo
Corretiva
controle
controle
registro
técnico
medida
Padrão
Valor
Termo-
metro Ata de Atrasar
Quantidade 85°C Quantidade 85°C
Controle na controle processo
estufa Verificar
de Final do
Termo- interfe-
tempe- processo
Temperatura rencias
ratura 100% do metro Ata de Atrasar
Qualidade no interior 72°C
especificado no controle processo
do produto
produto
45%
Microon Livro de
Quantidade 45% a 51% Quantidade a
das controle
Controle 51% Teste Aumentar Verificar
de diário em tempo de interfe-
umidade Dentro da laboratório Microon Livro de processo rencias
Qualidade _ _
tolerância das controle
0,943
0,943% a %a Tabela Livro de
Controle Quantidade 0,953%
Quantidade
0,953 01 controle
de % Teste Aumentar Verificar
Quanti- diário em tempo de interfe-
dade laboratório processo rencias
Aquosa Qualidade Dentro da Tabela Livro de
_ _
tolerância 01 controle
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1 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATMOS ???
CETEC ????
DOSSAT, Roy J. Princípios de Refrigeração. São Paulo: Elir Behar. 884 páginas
SILVA, Eduardo Roberto da; SILVA, Ruth Rumiko Hashimoto da. Conservação de
alimentos. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1992.
SILVA JUNIOR, Eneo Alves da. Manual de controle higiênico-sanitário em alimentos. 5. ed.
São Paulo: Varela, 2002.
http://www.dipemar.com.br/carne/308/materia_arttec_carne.htm
http://www.sebraemg.com.br