Betty Schifnagel Abramowicz, socióloga formada há 29 anos, começou sua
carreira profissional desenvolvendo estudos e projetos para as organizações sindicais paulistas, no Centro de Memória Sindical, onde teve oportunidade de lidar com os desafios da identificação, resgate e conservação de acervos, bem como desenvolver projetos como roteiros de documentários temáticos, publicação de coleções e livros e exposições iconográficas. Dessa atividade decorreu o seu primeiro convite para atuação no setor público, na oportunidade na Secretaria de Estado das Relações de Trabalho. Nessa etapa, também, cursou a Pós Graduação da FFLCH-USP na área da Ciência Política.
Na sequência foi contratada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente,
para colaborar na implantação e no desenvolvimento de ferramentas específicas para o Departamento de Avaliação de Impactos Ambientais- DAIA que na ocasião era pioneiro no Brasil na avaliação de impactos ambientais, obrigatória a partir da publicação da Resolução CONAMA 01/86. Na mesma Secretaria, alguns anos depois, exerceu o cargo de Coordenadora de Educação Ambiental. Foi no contato com as empresas que buscavam o licenciamento ambiental para seus projetos que adquiriu as primeiras experiências sobre suas dificuldades, mas também quanto às suas possibilidades de inovação, aprendizado e ganhos relacionados aos aspectos sócio-ambientais dos empreendimentos. Essa experiência no setor público ambiental foi complementada com um ano de trabalho junto à Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo, onde o desafio foi evitar a paralisação de qualquer obra, serviço ou licenciamento em decorrência de falhas relacionadas ao meio ambiente.
A partir de 1994 dedicou-se à prestação de serviços para o setor privado,
inicialmente apenas em trabalhos relacionados ao licenciamento ambiental, e mais tarde evoluindo para os demais aspectos da sustentabilidade empresarial. Através da BSA Consultores, teve como clientes empresas como Anglo American Mineração, Construtora Queiróz Galvão, ERM, COBRAPE Engenharia, NOBARA Engenharia, Diagonal Urbana Engenharia Social, Engecorps, Banco Pactual, Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, Vega Ambiental, Resiconsult, Votorantin Papel e Celulose, Iúdice Mineração, Capitalville, Metalúrgica Balancins, Sindicato da Micro e Pequena Indústria- SIMPI e outros.
Interrompeu seus trabalhos junto às empresas privadas em 1999 para,
durante dois anos, voltar ao setor público, desta vez como Secretária Adjunta de Ciência e Tecnologia, onde teve oportunidade de voltar-se para o relacionamento das empresas com o governo, especialmente no contexto de guerra fiscal entre estados e potencialidade para absorção de tecnologia. Sua realização mais significativa nesta etapa foi a criação das condições para a implantação de uma nova unidade da EMBRAER na cidade de Gavião Peixoto.
Em 2008, criou a Antroposphera Consultoria, empresa dedicada à prestação
de serviços na área de conhecimento das Ciências Humanas, cujo objeto de trabalho é a sustentabilidade, através da orientação, desenvolvimento e implantação de políticas e projetos para as organizações, privadas ou públicas, que desejam estabelecer um relacionamento diferenciado, inovador e positivo com seus “stakeholders” ou “partes interessadas”. Seu foco são as pessoas, estejam estas dentro ou fora das organizações.