Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
SUMÁRIO
página
INTRO
DUÇÃ
O..........
............
............
............
............
............
............
1. INTRODUÇÃO............................................................................................ ..........
2. OBJETIVO.................................................................................................. OBJETI
VO.......
............
............
............
............
............
............
............
.......
JUSTIF
ICATIV
A..........
............
............
............
............
............
............
3. JUSTIFICATIVA.......................................................................................... ........
REVIS
ÃO DA
LITERA
TURA...
............
............
............
............
............
4. REVISÃO DA LITERATURA...................................................................... .......
4.2 Agachamento....................................................................................
CONCL
USÃO..
............
............
............
............
............
............
............
5. CONCLUSÃO............................................................................................. .......
BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………………. BIBLIO
GRAFI
A……
………
………
………
………
………
………
………
…….
LISTA
DE
FIGUR
AS........
............
............
............
............
............
............
LISTA DE FIGURAS................................................................................... ...
1 INTRODUÇÃO
O exercício de agachamento tem sido amplamente utilizado no meio acadêmico, assim como
prescritos em programas de treinamento que visam a melhora de desempenho, promoção da
qualidade de vida, além de ser muito utilizado em casos de disfunção e reabilitação articular.
Contudo, tem-se por senso comum que tal exercício pode ser um tanto quanto danoso, visto
que produz elevada sobrecarga nas estruturas do joelho (FRY et al., 2003 e ABELBECK,
2002).
Tal fenômeno teria por fundamentação, o fato de que quando realizada grande amplitude
e/ou anteriorização do joelho, elevados níveis de forças de cisalhamento entre a patela e o
fêmur seria produzida, portanto elevada tensão na articulação patelofemoral (FRY et al.,
2003 e ABELBECK, 2002). Tal condição iria predispor ao desgaste e degeneração da
cartilagem patelar e da superfície do fêmur, o que resultaria em patologias como
condromalácia patelar e osteoartrose (ESCAMILLA, 2001).
2 OBJETIVO
3 JUSTIFICATIVA
Muitas das informações veiculadas por profissionais da área da saúde nas academias têm
por base de conhecimento o empirismo e/ou reproducionismo, tendo por vezes a criação
e/ou aumento exponencial dos reais danos articulares ao joelho normalmente atribuído ao
exercício agachamento.
4 REVISÃO DA LITERATURA
O joelho é uma articulação do tipo gínglimo, onde uma superfície convexa encaixa-se em um
suporte côncavo essa articulação também é considerada articulação sinovial, sendo este tipo
de articulação caracterizada por possuir uma cavidade onde terminações dos ossos contidas
numa cápsula fibrosa se opõem, os ligamentos reforçam a cápsula e cartilagens que cobrem
essas terminações dos ossos que é revestida por uma membrana chamada membrana
sinovial a qual produz o líquido sinovial, mecanismo responsável pela lubrificação dessas
estruturas para minimizar o atrito sobre a cartilagem articular (JACOB, et al. 1980).
O joelho é composto basicamente por três articulações, sendo duas delas responsáveis pela
sustentação do peso corporal, denominadas condilares do complexo articular tibiofemoral, e
uma terceira estrutura denominada patelofemoral, responsável 1) pelo aumento do ângulo de
tração do tendão quadríciptal sobre a tíbia, 2) por centralizar as tensões divergentes
exercidas pelo quadríceps, e também 3) por proporcionar tensão sobre a fáscia anterior do
joelho protegendo o tendão quadriciptal de atrito contra os ossos adjacentes (HALL, 2005).
Além destas estruturas, a articulação do joelho é composta por outras estruturas
denominadas menisco e ligamento.
Contudo, visto que a teórica fundamentação dos danos provocados pelo agachamento está
relacionada a anteriorização do joelho, mais precisamente a elevada tensão na articulação
patelofemoral provocada por tal atitude (FRY et al., 2003 e ABELBECK, 2002), iremos nos
ater a descrição de forma mais detalhada as estruturas presentes na articulação
patelofemoral.
Entende-se por articulação patelofemoral aquela formada pela patela, embutida no tendão
patelar, com o sulco troclear entre os côndilos femorais (HALL, 2005).
4.2 Agachamento
Dentre as mais diferenciadas formas de realização de tal exercício, os tipos Front Squat
(FIGURA 1), Squat (FIGURA 2), Side Squat (FIGURA 3), Overhead Squat (FIGURA 4),
Dumbbell Wide Squat (FIGURA 5), Wall Squat (FIGURA 6), Smith Machine Squat (FIGURA
7), Single-leg Balance Squat (FIGURA 8) são frequentemente citados (KURT et al., 1995).
1) Fase de preparação:
O executante deve manter a cabeça ereta com olhar fixo à frente durante todo o movimento.
O tórax é levemente projetado a frente, com simultânea rotação interna (não seria externa?)
de ombro e adução das escápulas. Os músculos estabilizadores da região cervical e lombo-
sacral devem estar sempre em contração isométrica intensa. Os pés devem estar
completamente apoiados no solo em distância maior que a distância encontrada entre os
ombros, com abdução entre 15 a 30º.
Antes de iniciar a fase de descida, todos os músculos da coxa e do tronco devem estar
contraídos, para ativar os mecanismos de reflexo de estiramento, auxiliando na produção de
uma forte contração excêntrica na fase de descida.
2) Fase de descida
Ainda, uma inclinação excessiva à frente do tronco tem de ser evitada, sendo tolerável uma
inclinação de até 30°.
3) Fase de subida
Ao obter um ângulo dos joelhos de aproximadamente 90º graus, e mantendo a cabeça ereta
com olhar fixo à frente, uma forte pressão dos músculos abdominais contra o cinturão deverá
ser realizada, assim como uma de forte contração do quadríceps, produzindo uma
aceleração vertical ascendente. Neste momento, deve-se ter cautela e evitar que a parte
superior do tronco seja inclinada ainda mais à frente.
GROVES (2002) cita que os erros mais comuns durante a prática do agachamento são a 1)
inclinação excessiva do tronco, 2) anteriorização dos joelhos, 3) perda de contato com o solo
pelos calcanhares tanto na fase de descida quanto na fase de subida, 4) apoio inadequado
da barra, 5) posição incorreta da cabeça, 6) posicionamento incorreto dos pés e 6) manobra
de Valsalva durante a realização do movimento.
HIRATA (2002) cita em seu estudo que apesar de existir diferentes classificações das forças
musculares que agem no joelho (força tendínea quadríciptal, força do tendão patelar, forças
compressivas na articulação patelofemoral), estas estão intimamente relacionadas, uma vez
que maiores níveis de força do tendão quadríciptal e tendão patelar irão produzir maiores
níveis de força compressiva patelofemoral.
Por outro lado, HIRATA (2006) identificou aumento da força compressiva patelofemoral de
31% em exercícios de agachamento com anteriorização.
Segundo conceitos abordados por HIRATA (2006), os fenômenos identificados por tais
estudos (ESCAMILLA et al., 1997, COHEN et al., 2001 e HIRATA 2006) talvez possam ser
justificados quando considerado a área de contato patelofemoral (HITARA, 2002), visto que a
força compressiva patelofemoral pode ser considerada como sendo o resultado da
força a qual a patela é submetida dividida pela área de contato (HIRATA, 2006).
Em um estudo clássico, MATTHEWS et al. (1977) utilizaram cadáveres para estimar a área
de contato patelofemoral durante diferentes amplitudes de movimento do joelho.
Desta forma, MATTHEWS et al. (1977) identificaram que quanto maior a amplitude para
flexão do joelho, menor é a superfície de contato.
Apesar de existir limitação quanto o comparativo dos resultados apresentados nos estudos
citados, em função das diferentes metodologias adotadas, o que podemos perceber é que
parece existir um padrão do comportamento das sobrecargas exercidas na articulação
patelofemoral quando realizado a anteriorização joelho e/ou grandes amplitudes de
movimento.
Estes estudos contribuíram para o esclarecimento de como os componentes mecânicos
estão associados a possíveis lesões no joelho em praticantes de agachamento,
corroborando com o pressuposto de que a posição relativa do joelho interferiria de forma
significativa no torque nesta articulação, sendo que quanto maior a anteriorização do joelho,
maior será o torque articular na região patelofemoral (ABELBECK, 2002; FRY et al., 2003 e
HIRATA, 2006), o que poderia predispor a uma maior incidência de lesão (ESCAMILLA et al.,
2001b).
5 CONCLUSÃO
Os dados mostram que a maior força compressiva ocorre quando o joelho ultrapassa a ponta
dos pés e/ou aumentado o ângulo de flexão dos joelhos. Nestas condições o agachamento
com joelhos ultrapassando a ponta dos pés e/ou em altos ângulos de flexão do joelho parece
não ser o modo mais seguro de realizar esse exercício.
Portanto, estes fenômenos nos levam a conclusão de que grande amplitude de movimento,
assim como a anteriorização do joelho durante a execução do agachamento pode aumentar
o risco de lesão na articulação do joelho, o qual faz ser de extrema importância, e
imprescindível, que o profissional de educação física tenha conhecimento de fenômenos
mecânicos e tensionais produzidos neste exercício, para uma prescrição coerente e segura
das sessões de treino, preservando assim a saúde e a boa funcionalidade do aparelho
locomotor do mesmo.
BIBLIOGRAFIA
ABELBECK, K.G., Biomechanical model and evaluation of a linear motion squat type
exercise, Journal of Strength and Conditioning Research, Champaign, v. 16, p. 516 - 524,
2002.
BRITO, L.P.S. Atlas de Histologia, 6.ed., p.72, 2003, Guanabara Koogan, São Paulo.
COHEN, Z.A.; ROGLIC, H.; GRELSAMER, R.P.; HENRY, J.H.; LEVINE, W.N.;MOW, V.C.;
ATESHIAN, G.A., Patellofemoral stresses during open and closed kinetic chain exercises, in
analysis using computer simulation, The American Journal of Sports Medicine, v. 29, p.
480 - 487, 2001.
DANGELO, G.T; FATTINI A.C., Anatomia Humana Básica, 2.ed., 1998, Atheneu, Rio de
Janeiro.
ESCAMILLA, R.F.; FLEISIG, G.S.; ZHENG, N.; BARRENTINE, S.W.; WILK, K.E.;
ANDREWS, J.R., Biomechanics of the knee during closed kinetic chain and open kinetic
chain exercises, Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 30, p. 556 -569, 1998.
ESCAMILLA, R.F.; FLEISIG, G.S.; LOWRY, T.M.; BARRENTINE, S.W.; ANDREWS, J.R., A
three-dimensional biomechanical analysis of the squat during varying stance widths,
Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 33, p. 984 - 998, 2001a.
ESCAMILLA, R.F.; FLEISIG, G.S.; ZHENG, N.; LANDER, J.E.; BARRENTINE, S.W.;
ANDREWS, J.R.; BERGEMANN, B.W.; MOORMAN, C.T., Effects of technique variations on
knee biomechanics during the squat and leg press, Medicine and Science in Sports and
Exercise, v. 33, p. 1552 - 1566, 2001b.
FRY, A.C.; SMITH, J.C.; SCHILLING, B.K., Effect of knee position on hip and knee torques
during the barbell squat, Journal of Strength and Conditioning Research, Champaign, v.
17, p. 629-633, 2003.
GROVES, B., Powerlifting Levantamento Básico, 2002, Manole, São Paulo. (PÁGINA??)
HALL, J. S. Biomecânica Básica. 4.ed. p. 230 – 240, 2005 Guanabara Koogan, Rio de
Janeiro.
JACOB, W. S., FRANCONE, A.C., LOSSOW, J.W. Anatomia e Fisiologia Humana. 4. ed. p.
126 – 129, 1980. Interamericana, Rio de Janeiro.
KURT; MIKE; & BRUNGARD B., The complete book of Butt and legs, 1995, Villards
Books, New York. (PÁGINA??)
MATTHEWS, L.S.; SONSTEGARD, D.A.; HENKE, J.A., Load bearing characteristics of the
patello-femoral joint, Acta Orthopaedica Scandinavica, Hampshire, v. 48, p. 511 - 516,
1977.
REILLY, D. T.; MARTENS, M., Experimental analysis of the quadriceps muscle force and
patello-femoral joint reaction force for various activities, Acta Orthopaedica Scandinavica,
v. 43, p. 126 - 137, 1972.
VAN EIJdEN, T. M.; WEIJS, W. A.; KOUWENHOVEN, E.; VERBURG, J. Forces acting on the
patella during maximal voluntary contraction of the quadriceps femoris muscle at different
knee flexion/extension angles. Acta Anatomica, v.129, p. 310-314, 1987.
YAMAGUCHI, G.T.; ZAJAC, F.E., A planar model of the knee joint to characterize the knee
extensor mechanism, Journal of Biomechanics, v. 22, p. 1 - 10, 1989.