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Clara Zetkin

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Clara Josephine Zetkin, nascida Eißner, (Wiederau, 5 de julho de
1857 — Arkhangelskoye, 20 de junho de 1933) foi uma Clara Zetkin
professora, jornalista e política marxista alemã. É uma figura
histórica do feminismo. Foi uma das fundadores e dirigentes do
Socorro Vermelho Internacional.[1]

Índice
Atividade jornalística
Criação do Dia Internacional da Mulher
Pacifismo na Alemanha
Honrarias
Últimos anos e morte
Referências
Ligações externas Deputada da República de Weimar
Período 1920 - 1933
Dados pessoais
Atividade jornalística Nascimento 5 de julho de 1857
Wiederau, Reino da Saxônia
Apesar das leis antissocialistas vigentes então na Alemanha, Clara Morte 20 de junho de 1933
Zetkin (que adotou o nome de seu companheiro, Ossip, embora Arkhangelskoïe, União Soviética
eles jamais tivessem se casado), participa clandestinamente da Cônjuge Friedrich Zundel (1899 - 1928)
difusão do jornal do SPD, Der Sozialdemokrat. Ossip é preso Partido KPD
juntamente com August Bebel e Wilhelm Liebknecht, e, como era
russo, é expulso da Alemanha em 1880. A própria Clara também seria expulsa da Saxônia pouco depois, refugiando-se em Zurich. O
casal se reencontraria emParis, 1882, passando a residir na capital francesa.

Quando Ossip Zetkin (1850 -1889) se torna secretário do primeiro movimento de trabalhadores imigrados de Paris, majoritariamente
composto de russos e romenos, Clara se torna correspondente de Der Sozialdemokrat. Nessa época, o casal Zetkin encontra-se com
Louise Michel, Jules Guesde, Laura Marx e seu marido Paul Lafargue. Em 1886, Clara contrai tuberculose e retorna a Leipzig por
quatro meses, para se tratar.[2]

Em 1889, violentas greves ocorrem em toda a Alemanha e, em 1890, as leis antissocialistas são abolidas. Em 1891, pouco depois da
morte do marido, Clara Zetkin volta à Alemanha e cria, em 1892, o jornal Die Gleichheit (A Igualdade), do qual ela será redatora-
chefe. O jornal será publicado até 1917. Die Gleichheit será um instrumento de educação popular das mulheres trabalhadoras e de
[3].
informação sobre suas condições de trabalho, estruturando um importante movimento social-democrata feminino.

Criação do Dia Internacional da Mulher


Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres
Socialistas, realizada na Casa do Povo (Folket Hus), em Copenhage, Clara Zetkin
propôs, com Alexandra Kollontai, a criação do Dia Internacional da Mulher, como uma
jornada anual de manifestação pelo direito de voto para as mulheres, pela igualdade dos
sexos e pelo socialismo. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi comemorado em 19
de março de 1911. Posteriormente, a comemoração passaria a ocorrer no dia 8 de
março.[4][5]

Pacifismo na Alemanha
Copenhague, 1910. VIII
Congresso da Internacional Depois de ter sido membro da ala esquerda do Partido Social-Democrata da Alemanha
Socialista: na frente, Alexandra (SPD) até 1917, juntou-se ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha
Kollontai e Clara Zetkin (USPD) (pacifistas) filiando-se à corrente revolucionária representada pela Liga
Spartacus, de cuja criação, em 1915, Clara Zetkin participou, com Rosa Luxemburgo e
Karl Liebknecht.

A Liga Spartacus daria origem, durante a Revolução Alemã de 1918-1919, ao Partido


Comunista da Alemanha (KPD), pelo qual Clara Zetkin seria eleita deputada no
Reichstag, durante a República de Weimar (1919 – 1933).

Como membro da Liga, Zetkin participou de numerosas ações pacifistas, o que lhe
rendeu várias detenções e, finalmente, a prisão. Dentre essas ações, destaca-se a
organização de uma conferência da Internacional Socialista de Mulheres, realizada em
Berna, 1915, quando mulheres de todos os países envolvidos na Primeira Guerra
Mundial declararam "guerra à guerra", conforme os princípios originais da Internacional
Socialista. [3]

Honrarias
Clara Zetkin e Rosa Luxemburgo, Clara Zetkin foi agraciada com Ordem de Lênin (1932) e a ordem do Estandarte
1910
Vermelho (1927).

Últimos anos e morte


Obrigada a fugir da Alemanha após a ascensão donazismo e a interdição do KPD, faleceu algumas semanas mais tarde, no exílio, em
Moscou, aos 75 anos. O túmulo de Clara Zetkin se encontra junto à muralha do Kremlin, na Praça Vermelha, em Moscou, local em
que eram enterradas conhecidas e influentes personalidades ligadas ao regime soviético.

Referências
1. Clara Zetkin (http://ciml.250x.com/cwish/zetkin/clara_zetkin.html)
2. Partington, John S. Clara Zetkin's Reception in British Socialism and the British Women's Movement, 1889-1909"(htt
ps://www.academia.edu/400260/Clara_Zetkins_Reception_in_British_Socialism_and_the_British_W omens_Moveme
nt_1889-1909). In Stefan Welz e Fabian DellemannAnglosachsen: Leipzig und die englischsprachige Kultur .
Francfurt: Peter Lang, 2010, pp 117-137ISBN 9783631601891
3. (em francês) L'internationale des femmes socialistes(http://www.persee.fr/doc/mat_0769-3206_1989_num_16_1_40
4022), por Nicole Gabriel. Matériaux pour l'histoire de notre temps, 1989 v. 16 nº 1 pp. 34-41.
4. Copenhague, contracultura e repressão(http://diplo.org.br/2007-04,a1549), por René Vásquez Díaz.Le Monde
diplomatique Brasil, abril de 2007.
5. International Women’s Day - A Militant Celebration(https://www.marxists.org/archive/kollonta/1920/womens-day.htm
#n3). M. I. A.
Ligações externas
(em inglês) Spartacus Educational. Dados biográficos.
(em português) URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses, 26 de maio de 2007.
Clara Zetkin na
abertura do parlamento alemão, após a vitória do partido nazi.
(em português) Lenin e o Movimento Feminino, por Clara Zetkin, 1920.

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