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AULAMODELO – Disciplina: Introdução à Ciência e Engenharia de Materiais

 Unidadesde Ensino–Propriedades mecânicas dos materiais

Carga Horária:03 horas

Objetivos da Unidade:Oferecer ao aluno um embasamento conceitual que lhe permita selecionar o


material mais adequado para uma determinada aplicação, de modo a atender às características de
desempenho esperadas, tanto no que se refere às características de serviço quanto de processamento
destes.

Competência:Espera-se que os alunos ao cursarem esta disciplina, tenham já adquirido uma boa
compreensão dos fundamentos de Cálculo, Física e Química.

Habilidades:ser capaz de tomar decisão com relação aos materiais mais adequados, raciocinar de forma
lógica, criativa e analítica no que tange a resolução de problemas em materiais.

Temas (ou assunto a ser discutido na aula):


Unidades 5 – Propriedades mecânicas
5.1 Dureza
5.2 Ductibilidade
5.3 Resiliência
5.4 Tenacidade
Proposta Metodológica:
1. Pré-Aula
2. Aula: Texto sobre o conteúdo programático
3. Pós-Aula
1-)Pré-Aula:
Para instigar sua curiosidade e aumentar seu entendimento sobre o conteúdo da disciplina “introdução
à ciência e engenharia de materiais”, vamos fazer algumas perguntas que servirão mais como reflexão
sobre as principais e indispensáveis questões que envolvemnovos conceitos indispensáveis à
integralização dos seus conhecimento na área de materiais aplicados a engenharia:
1) Os materiais podem ser alterados por meio de tratamentos térmicos?
2) As propriedades mecânicas de um material podem ser alteradas quando este passa por um
tratamento térmico? Dê exemplos de propriedades que serão alteradas.
3) Nos processos de produção de materiais quais outras condições além da temperatura podem
ser alteradas?

2-) Aula
Leia o texto abaixo:

Propriedades mecânicas: Dureza

Uma das propriedades dos materiais que sofre grande influência dos tamanhos dos grãos é a
dureza, que é a medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada. Os
primeiros ensaios de dureza foram baseados em minerais naturais, com uma escala baseada
unicamente em função da habilidade de um material riscar outro material mais mole. Um sistema
quantitativo e um tanto arbitrário de indexação de dureza foi assim concebido, denominados escala
Mohs, que varia de desde 1, para o talco, no início de baixa dureza na escala, até 10, para o diamante.
Os ensaios de dureza são realizados mais frequentemente do que qualquer outro ensaio
mecânico, por diversas razões:
1- Eles são simples e baratos, pois nenhum corpo de prova especial precisa ser preparado e o
equipamento de ensaio é relativamente barato.
2- O ensaio é não destrutivo, tanto que o corpo de prova nem é fraturado nem
excessivamente deformado, pois somente uma pequena impressão é a única deformação.
3-Outras propriedades mecânicas podem, com frequência, ser estimada a partir dos dados de
dureza, tal como o limite de resistência a tração.
Os ensaios de dureza Rockwell constituem o método mais comumente utilizado para medir
dureza, pois são muito simples de executar e não exigem habilidades especiais. Várias escalas diferentes
podem ser utilizadas a partir de combinações possíveis de vários penetradores e diferentes cargas, o
que permite o ensaio de, virtualmente, todas as ligas metálicas (assim como polímeros).
Com esse sistema, um número de dureza é determinado pela diferença na profundidade de
penetração resultante da aplicação de uma carga inicial menor (aproximadamente 10kg) seguida por
uma carga principal maior (varia desde 60 até 150kg). A utilização da carga menor aumenta a precisão
do ensaio. Imprecisões ou erros de medidas advém de um corpo de prova muito fino, se uma impressão
é feita muito próxima à aresta da amostra ou se são feitas duas impressões muito próximas uma da
outra. A espessura do corpo de prova deve ser de, pelo menos, dez vezes a profundidade da impressão,
e deve ser dado um espaçamento de, no mínimo três diâmetros da impressão entre o centro de uma
impressão e a aresta do corpo de prova ou até o centro de uma segunda impressão. Adicionalmente, o
ensaio de corpos de prova empilhados uns sobre os outros não é recomendado. Além disso, a precisão
depende de a impressão estar sendo feita sobre uma superfície lisa e plana.

Figura 5 – Dispositivo eletrônica de medida de dureza com mostrador digital (Durômetro Digital Portátil
ITDPMD-130)

5.2 – Ductibilidade

Vimos no inicio do nosso curso de materiais, quando analisamos as propriedades das três
classes de materiais (metais, cerâmicos e polímeros) como é a ductibilidade geral para os mesmos. Na
ocasião conceituamos ela como a facilidade de um material de ser transformado em fios e tubos. Agora,
neste estágio do curso, podemos conceituá-la de forma mais profunda. Ductibilidade seria a medida do
grau de deformação plástica que um dado material suporta sem romper ou fraturar. Caso o material
deforme plasticamente um pouco e já apresente fraturas é considerado frágil. Podem ser enquadrados
como frágil materiais que deformem até 5%. Esta propriedade mecânica é de suma importância porque:
indica ao projetista o grau ao qual uma estrutura irá se deformar plasticamente. Também especifica o
intervalo máximo de deformação que pode ser trabalhado o material quando o produto esta sendo
fabricado.
Caso desejarmos analisar o comportamento quantitativo de materiais frágeis e dúcteis podem
usar um gráfico tensão-deformação produzido em um ensaio mecânico. Neste gráfico primeiramente o
material deforma em função da magnitude da tensão que lhe é imposta (Figura 6). Do valor C de
deformação em diante não existe mais correlação linear com a tensão, o que chamamos de deformação
plástica. Deste ponto até o limite de resistência a tração entra em cena a ductibilidade do material.
Sendo que quanto maior seu valor, menor será a tensão no material quando este é deformado.

5.3 – Resiliência
Como vimos anteriormente a ductibilidade seria a habilidade do material ser conformado
mecanicamente. Quando isso ocorre o material naturalmente guardará energia dentro dele quando é
deformado elasticamente. Ele será resilientecaso consiga devolver essa energia potencial acumulada
quando recuperar sua forma original.
O módulo de resiliência, UR, é a energia de deformação por unidade de volume necessária para
submeter um material a tensão, desde um estado com ausência de carga até o ponto limite de
elasticidade.
Em termos de cálculo, o modulo de resiliência para um corpo de prova submetido a um ensaio
de tração uniaxial é tão somente a área sob a curva tensão-deformação até o limite de elasticidade. As
unidades de resiliência são o produto das unidade de cada eixo do gráfico tensão-deformação, que são
joules por metro cúbico (J/m3) ou pascal (Pa).

Figura 6 –

3.5 – Tenacidade

Na prática para um material ser tenaz ele antes tem que ser dúctil e resistente. Haja visto que a
tenacidade seria a habilidade de um material em absorver energia até sua fratura. Pode ser tenacidade
ao entalhe ou a fratura quando há trinca presente.
Ela também pode ter seu valor calculado considerando a curva tensão-deformação do ponto inicial
até o limite de resistência a tração. As unidades de tenacidade são as mesmas da resiliência.

3-) Pós-Aula:

Questionário – 2 horas:

1-) Como o tamanho dos grãos em materiais policristalinos pode influenciar sua dureza?

2-) Quando se fala de ensaios mecânicos, um dos mais frequentemente usados é o ensaio de dureza.
Por quais razões?

3-) Qual é a diferença entre fases em equilíbrio e fases metaestáveis?

4-) Qual é a diferença de um diagrama unário e um diagrama isomorfo?


5-) Como se resfria uma solução líquida contendo dois componentes metálicos para que os grãos
tenham como difundir tais componentes evitando a segregação?

6-) Em termos das ligas isomorfas o que ocorre com a dureza quando se aumenta a porcentagem de um
componente?

7-) Faça uma pequena dissertação discorrendo sobre a importância dos diagramas de fases em sua área
especifica de atuação? (dissertação de no mínimo de 10 linhas)

Referências:

CALLISTER,W.D. Ciência e EngenhariadosMateriais:UmaIntrodução. 7ªedição. EditoraLTC,Riode


Janeiro, 2008.CALLISTER, Van Vack, L. H.; Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais. 4ªedição.
EditoraCampus,1984

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