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Aula 00

Atualidades
Blocos econômicos
Professor: Danuzio Neto
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Prof. Danuzio Neto

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Aula 00 – Aula Demonstrativa

a. Apresentação

Apresentação do professor e do curso

Olá, caro aluno, daqui pra frente vou apresentar pra você um mundo
de assuntos que possui a amplitude inimaginável que a nossa matéria exige.
Como efeito colateral, ao fim do curso você terá um vocabulário enriquecido,
maior conhecimento do mundo e de cultura geral. O lado negativo de uma
matéria tão maravilhosa como essa, porém, é que toda essa multiplicidade de
assuntos dificilmente permitirá que tratemos aqui de todas as questões que
caíram na nossa prova. Com este material atualizado, no entanto, e com a
experiência que tenho com exames, vamos tentar sentir a temperatura dos
tópicos mais quentes para chegarmos o mais próximo possível de abordar 100%
das questões com que teremos de enfrentar no dia do nosso certame. Como
você deve saber, o nosso conteúdo é tão amplo que o avaliador pode cobrar
praticamente tudo sobre o mundo contemporâneo e, ainda assim, manter-se fiel
ao que é cobrado no edital.

Para nos conhecermos melhor, agora vou falar um pouco da minha


formação. Meu nome é Danuzio Neto, sou Auditor Fiscal da Secretaria Estadual
de São Paulo, formado em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão.
Como sou concurseiro de longa data, além de exercer minhas atividades na área
fiscal, eu já tive também cargos no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região

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e, anteriormente, no Banco do Brasil. Em tempos ainda mais remotos fui


também aprovado e nomeado no Ministério Público Estadual do Maranhão, onde
não cheguei a trabalhar. Em resumo, já são mais de dez anos de experiência
com provas e com o serviço público, o que me permite poder passar com muita
tranquilidade um pouco dessa bagagem.

Além da experiência em concursos, ser formado em Letras é também


um grande aliado nessas horas, pois, como amante das letras, pra mim poucos
prazeres se comparam à leitura de um bom livro de política, economia, história
e literatura. Com esse conhecimento teórico e prático, portanto, espero estar
com o faro apurado pra trazer pra você apenas os assuntos mais quentes e de
maneira bastante objetiva. Durante o estudo da nossa matéria, farei regressões
históricas e contextuais apenas quando absolutamente necessárias, evitando,
sempre que possível, delongas teóricas que não têm muita a agregar aos nossos
estudos. De qualquer forma, se mesmo após a aula restarem dúvidas, estarei à
disposição em todos os canais de comunicação disponíveis: o fórum, o whatsapp
e o e-mail.

Então é isso, meu amigo(a). Agora é só afiar as armas e cair


matando no material. Por favor, não me decepcione! Estou nessa também pra
dar o meu máximo por sua futura aprovação!
Sem mais, vamos à nossa aula!

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b. Teoria

Blocos econômicos na atualidade

1. Atenção! Apesar de atualmente haver muitos blocos econômicos em pleno


funcionamento ao redor do globo, focaremos apenas em dois deles nesta
rodada – a UNIÃO EUROPEIA e o MERCOSUL. O estudo desses dois blocos
se faz necessário, principalmente, em virtude da relevância dos
acontecimentos arrolados de meados de 2016 para cá e da proximidade
desses deles com a nossa realidade.

2. Blocos econômicos – Antes de prosseguirmos, vale lembrar que bloco


econômico, conceitualmente, é o agrupamento de países com interesses
econômicos mútuos. Além do aspecto econômico, no entanto, é possível
haver também integração social entre seus membros. Em poucas palavras,
o objetivo maior do bloco econômico é buscar integração comercial e
social entre os Estados membros.

3. Níveis de integração dos blocos econômicos: Como se sabe, a União


Europeia possui uma moeda oficial, o Euro, que é adotada por 19 dos 28 de
seus países membros, formando, assim, a chamada Zona do Euro. O
Mercosul, por outro lado, apesar de também ser um bloco econômico, não
possui uma moeda oficial única de livre circulação entre seus membros, o
que demostra que entre blocos econômicos diferentes existem também
diferentes níveis de integração.

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3.1. Área de livre-comércio – É o que acontece quando um grupo de


países elimina impostos e taxas de importação que recairiam sobre a
maioria dos bens importados de algum dos países do grupo. O Mercosul
está neste nível de integração.

3.2. União aduaneira – Além de unificar o comércio entre seus membros,


definem-se regras comuns a serem adotadas por todos os países
membros quando qualquer destes negociar com países de fora do
grupo. Neste caso, geralmente é adotada uma tarifa externa única por
todos os países membros para importação de bens com Estados não
membros. O Mercosul começa a dar os primeiros passos para este tipo
de integração.

3.3. Mercado comum – Além de mercadorias e serviço, há também livre


circulação de pessoas, de trabalho e de capital entre os Estados
membros. Observação: como o nome do próprio bloco já diz, é neste
nível de integração que o Mercosul pretende chegar. Como vimos,
porém, o máximo que este bloco até agora conseguiu foi dar seus
primeiros passos como união aduaneira.

3.4. União econômica e monetária – Este é o estágio máximo de


integração econômica e monetária entre países, o que significa a adoção
de uma moeda oficial única que substitui as moedas locais e a
implantação de um Banco Central do bloco, que passa a adotar uma
política econômica comum para todos os seus Estados membros. A
União Europeia é o único bloco a alcançar este nível de integração.

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4. União Europeia – Além de ser o bloco econômico mais antigo, é também o


de maior importância no globo. Nasceu inicialmente como CECA –
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço – e reunia apenas seis países
(Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Alemanha Ocidental, França e Itália).
Atualmente, a União Europeia conta com a presença de 28 Estados-membro,
possui uma população de pouco mais de 500 milhões de habitantes, que fala
20 línguas oficiais, e forma um dos maiores mercados consumidores do
mundo.

5. Características da União Europeia: é uma economia tão rica, grande e


complexa quanto a norte-americana, tendo, ambas, produtos internos
brutos equivalentes (a população dos Estados Unidos, no entanto, é menor,
possui aproximadamente 320 milhões de habitantes – contra os 500 milhões
da União Europeia). Sob este prisma, nada nos impede afirmar que a União
Europeia é uma superpotência com condições de influenciar de modo
decisivo os rumos políticos e econômicos das relações internacionais. Como
vimos, a União Europeia está no nível mais alto de integração que um bloco
econômico pode ter, a união econômica e monetária. Assim sendo, possui
uma moeda oficial própria, que substituiu as moedas locais dos Estados
membros que a adotam, e um Banco Central único (vale lembrar, no
entanto, que o Euro não foi adotado por todos os países membros do bloco).
Afora a política monetária, a União Europeia também possui políticas
trabalhistas, de defesa, de imigração e de combate ao crime em
comum.

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6. Espaço de Schengen - Importante também ressaltar que existe, no bloco


europeu, livre circulação de pessoas entre os países membros. Assim como
a Zona do Euro, no entanto, nem todos os países do bloco adotaram a livre
circulação de pessoas (Irlanda e Reino Unido fazem parte da União
Europeia, mas não são signatários do acordo para livre circulação de
pessoas). O espaço geográfico que abrange e livre circulação de pessoas é
conhecido como Espaço Schengen e dele participam inclusive Estados que
não são membros da União Europeia, sendo o espaço geográfico de um não
coincidente com o do outro (Islândia, Noruega e Suíça fazem parte do
Espaço Schengen e não são membros da União Europeia). Enquanto a
implantação do Espaço de Schengen proporcionou por um lado uma
integração de pessoas que não precisam mais usar passaporte para se
movimentarem de um país para outro, por outro fez também com que a
segurança nas fronteiras da União Europeia aumentasse de forma
considerável para turistas de fora do bloco.

7. Estrutura burocrático-administrativa: a fim de manter a integração de


pessoas, trabalho e capital, a União Europeia se socorre de uma estrutura
burocrática-administrativa que permite que muitas decisões que antes
seriam tomadas unilateralmente por cada país soberanamente, passassem
a ser tomadas centralizadamente pelo bloco. Desta forma, há de se destacar,
desta estrutura, o Conselho Europeu, a Comissão Europeia, o Parlamento
Europeu, o Tribunal de Justiça, o Banco Central e o Banco Europeu de
Investimento. É importante notar dois pontos quanto ao arcabouço
administrativo: o primeiro é que para ser mantida, a União Europeia recebe
vultosas contribuições de seus membros, segundo, é que uma vez
funcionando na plenitude de suas funções legais, o que cada um desses
órgãos decide deve ser obedecido por todos os Estados membros de forma
vinculada, o que costuma gerar reclamações dos habitantes desses países
quanto a uma possível mitigação da respectiva soberania da sua nação.

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8. Problemas na União Europeia: Talvez os grandes problemas da União


Europeia começaram a surgir com a crise financeira de 2008, quando,
envoltos em uma crise econômica de proporções mundiais, os países
membros não puderam, cada um individualmente, tomar totalmente as
atitudes que julgassem mais adequadas aos seus interesses nos âmbitos
financeiro, monetário e econômico. Lembremos que, na estrutura do bloco
europeu, há um Banco Central único a ser respeitado, que é o órgão
responsável, dentre outras coisas, pela emissão e controle da moeda. Nessa
esteira, os graves problemas econômicos enfrentados pela Grécia naquele
cenário não se restringiram apenas às fronteiras deste país, mas ameaçou
também fortemente todos os demais membros do bloco, chegando,
inclusive, a alastrar pânico em outras nações. Outro grande dilema vivido
pelo bloco diz respeito à crise migratória, alimentada, principalmente, pelos
refugiados de guerra vindos principalmente do norte da África (sendo os
naturais da Síria os imigrantes em maior número). Lembremos que, dentre
as políticas comuns, a imigratória faz parte daquela que deve ser adotada
por todos os membros a partir de diretrizes de órgãos europeus centrais.

9. Reino Unido: Com as crises migratória e econômica batendo à porta


dos vizinhos, além de ter de bancar uma estrutura burocrática gigantesca,
tornou-se lugar comum entre os países do bloco um discurso sobre a vontade
de se retirarem desta organização. A fim de reforçar esse discurso, políticos
de diversos países a favor da saída da União Europeia tem batido
intensamente na tecla da identidade nacional e cultural, em vista do medo
da população com a crescente imigração (lembremos que a população
europeia, por conta da crise de 2008, pode ser considerada empobrecida sob
certo ponto de vista). Diante deste cenário, portanto, encontrou-se o
ambiente perfeito para se gerar o principal argumento para a saída do Reino
Unido do bloco: a possível incapacidade do país para evitar que uma onda

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imigratória invadisse suas fronteiras acaso permanecesse no bloco (essa


invasão, para o europeu, significa uma série de ameaças: a do “roubo” de
emprego pelos imigrantes, por exemplo, bem como a possibilidade desses
imigrantes cometerem atentados e desfigurarem “a identidade
nacional/cultural”). Em outras palavras, retomar o controle das fronteiras e
garantir a soberania nacional passou a ser uma bandeira valiosa que foi
fartamente levantada pelos políticos.

10. O Reino Unido nunca foi um membro assim tão fiel – Apesar de todas
as recentes preocupações dos seus cidadãos, vale lembrar que o Reino Unido
nunca foi um membro totalmente integrado ao bloco europeu: o Reino Unido
não fez parte da Zona do Euro, por exemplo, e nem do Espaço de Schengen.
Mais uma vez, não custa lembrar, que todo país participante da União
Europeia precisa seguir regulações migratórias, políticas e econômicas
decididas pelo bloco. Esse tipo de decisão, tomada centralizadamente e fora
das fronteiras do país, causava angústia nos britânicos sobre uma possível
diminuição da soberania da sua própria nação. Além de considerar que sua
soberania estava assim diminuída, era comum haver entre os britânicos a
sensação de que o país enviava mais dinheiro para a União Europeia do que
recebia desta em investimentos.

11. Brexit – É a abreviação em inglês das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit


(saída) e serviu para designar a saída do Reino Unido da União Europeia.
Como se viu, a relação do Reino Unido com o resto da União Europeia sempre
foi permeada pela difícil dualidade entre centralização do poder fora de suas
fronteiras e controle nacional. Como reforço a esse argumento,
historicamente o Reino Unido não foi sequer membro de primeira hora da
União Europeia (além de não fazer parte da Zona do Euro e do Espaço de
Schengen, como já vimos). A União Europeia teve suas origens em 1957,

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mas foi só em 1973 que teve o Reino Unido como um de seus membros. À
época, o Reino Unido passava por uma grave crise econômica, oportunidade
na qual foi vendida pelos políticos a ideia de que a sua integração ao bloco
traria dinamismo para a economia e permitiria ao país um crescimento
robusto em pouco tempo. Décadas depois, e na mão inversa, os defensores
do Brexit propagavam que o Reino Unido de agora é bem mais rico e
dinâmico do que aquele de 1973, quando entrou no bloco, não havendo mais
necessidade, portanto, segundo esses defensores, de que o país
permanecesse no bloco. A permanência no bloco, segundo os simpatizantes
do Brexit, apenas prejudicaria a criatividade e o dinamismo do país. Para
eles, o Reino Unido era prejudicado também pela burocracia de Bruxelas, a
sede da União Europeia. Em 1973, a população do Reino Unido havia sido
consultada por meio de plebiscito sobre a possibilidade de entrar no bloco
econômico e, pelo mesmo meio, um plebiscito, a população foi consultada
em 23 de junho de 2016 e decidiu sair.

12. Escócia e Reino Unido – De todo o processo do Brexit, vale a pena notar
também como foi a votação dos habitantes de acordo com a região que
habitavam. Como se sabe, o Reino Unido é formado por quatro países:
Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales. No País de Gales e no
interior da Inglaterra, o voto majoritário foi pela saída do bloco, enquanto
em Londres, na Escócia e na Irlanda do Norte o voto que prevaleceu foi pela
permanência. Diante deste cenário, a Escócia, que em 2014 já havia feito
um plebiscito para se separar do Reino Unido, demonstra atualmente
interesse em fazer novo plebiscito para consultar sua população sobre o
mesmo assunto. Desta vez, no entanto, com a saída do Reino Unido da União
Europeia, a Escócia pretende separar-se para poder se reintegrar ao bloco
econômico do qual acabou de sair por conta do Brexit. Em 2014, quando
houve o primeiro plebiscito, um dos argumentos para se manter junto ao
Reino Unido era justamente que essa condição permitiria à Escócia continuar

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na União Europeia. Com o Brexit, portanto, esse argumento deixou de


existir.

13. Theresa May – Uma das consequências do Brexit foi a renúncia do primeiro-
ministro inglês David Cameron, defensor da permanência do Reino Unido no
bloco. Em seu lugar assumiu o posto Theresa May, primeira mulher a exercer
este cargo desde Margareth Thatcher, a dama de ferro. Tanto Theresa May
quanto seu antecessor, David Cameron, são membros do partido
conservador inglês.

14. Le Pen, na França, queria trabalhar pela morte da União Europeia –


Após o Brexit, vários países deram sinais de que poderiam seguir o mesmo
caminho e deixar a União Europeia. Como exemplo, podemos citar a Itália
e, também, a França. Na última eleição presidencial francesa, a candidata
Marine Le Pen, política nacionalista e do partido de direita Frente Nacional,
havia deixado claro que se ganhasse iria trabalhar para convocar um
referendo que tratasse sobre a saída da França da União Europeia. Além
disso, prometeu que, se a população optasse pela continuação no bloco, ela
se demitiria imediatamente. Segundo a candidata, esta seria a melhor forma
de proteger a França da atual onda de imigrantes que assusta o velho
continente. Apesar de ser tachada de xenófoba, no entanto, Le Pen recusava
este rótulo e afirmava querer apenas defender a identidade nacional
francesa. Ressaltava que, nos seus discursos, sua munição era voltada para
a imigração ilegal, e não para a legal. Le Pen também ficou conhecida por
afirmar que proibiria o uso do véu islâmico e do “burkini” em público.

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15. Macron, o contraponto ao possível esfacelamento da União Europeia


- Com 66,1% dos votos, contra 33,9% de Marine Le Pen, Emmanuel Macron
venceu as últimas eleições presidenciais e se tornou o mais jovem presidente
eleito da França. Membro do Partido Socialista de 2006 a 2009, ele só deixou
de trabalhar no gabinete do então presidente François Hollande em agosto
de 2016, quatro meses depois de anunciar a criação do seu próprio partido,
o En Marche! Em novembro de 2016, lançou sua candidatura para a
presidência. Dentre suas propostas, estava o combate ao terrorismo, o
reforço da guarda de fronteira e, em contraponto ao movimento
desencadeado com o Brexit, a defesa de um maior engajamento da França
com a União Europeia.

16. Mercosul – Criado no dia 26 de março de 1991, em Assunção, pelos


presidentes de Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil, o bloco, com 200
milhões de habitantes e naquele cenário, passou a ser o mais importante do
cone sul. O Brasil, responsável por cerca de 75% do PIB do bloco, possui a
maior representatividade. Além dos países fundadores, agora a Venezuela
também é membro do grupo – ainda que agora esteja suspensa. A Bolívia é
um país membro ainda não pleno.

17. Entrada da Venezuela e suspensão temporária do Paraguai – A


presença da Venezuela já era bastante contestada desde a sua entrada no
bloco. O seu pedido de ingresso havia sido feito em 2006 e, principalmente
por conta do Paraguai, nunca fora aceito. Em 2012, por conta de um
processo de impeachment realizado em apenas dois dias, o então presidente
paraguaio Fernando Lugo fora afastado do poder. Diante deste cenário, para
os demais membros do Mercosul havia sido dado um golpe no Paraguai, o
que impediria a sua permanência no bloco, que tem, entre um dos seus
requisitos, uma cláusula democrática que exige que todos os Estados

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membros do grupo sejam uma democracia. Com o maior opositor ao seu


ingresso afastado, a Venezuela, em 2012, viu seu caminho livre para fazer
parte do Mercosul.

18. Presidência Pro Tempore do Mercosul - A Presidência do Mercosul é


Rotativa e é exercida durante o período de 6 meses por um chefe de Estado
de um dos países membros. A partir de 31 de julho de 2016, quando
terminou o mandato rotativo de seis meses do Uruguai, a presidência
do Mercosul ficou vaga, uma vez que o Uruguai não transmitiu o cargo
oficialmente à Venezuela conforme as regras do bloco. Brasil e Argentina
mobilizaram então suas diplomacias para tentarem emplacar uma
presidência conjunta, o que não foi aceito pelo governo do presidente Nicolás
Maduro. Para o então ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra,
“a entrada da Venezuela no Mercosul foi um ‘golpe’ conduzido pelos
governos do Brasil e da Argentina na época”, o que impediria que o país de
Nicolás Maduro pudesse assumir a presidência pro tempore do bloco. “A
Venezuela não cumpriu os pré-requisitos do Mercosul. O governo
venezuelano entrou no Mercosul a partir de um golpe, porque para entrar é
preciso que os outros membros concordem unanimemente e o Paraguai não
concordava. Então, naquele momento os governos do Brasil e da Argentina
lideraram um processo para suspender o Paraguai”, havia afirmado o
ministro à época. Segundo analistas, o desrespeito à clausula democrática
poderia ser comprovada pelo possível desrespeito pela Venezuela aos
direitos humanos e por este ser um regime autoritário.

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19. Suspensão da Venezuela – Segundo notificação feita pelos quatro países


fundadores, a Venezuela está suspensa por não ter cumprido obrigações
assumidas no Protocolo de Adesão ao bloco, quando se incorporou, em 2012.
No mesmo documento, ficou estabelecido ainda que a decisão de suspensão
da Venezuela vale até que os quatro países fundadores cheguem a um
entendimento com a Venezuela sobre as “condições para restabelecer o
exercício de seus direitos” no bloco.

20. Bolívia (membro em processo de adesão ao Mercosul) – A adesão


plena da Bolívia ao Mercosul se atrasaria devido aos trâmites internos do
Brasil, único país que falta conceder aprovação, depois que esta foi dada
pela Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai. A Bolívia tem atualmente a
condição de Estado associado do Mercosul e aguarda ser membro pleno com
todos os benefícios em breve.

Crise na Venezuela

21. Contexto da crise na Venezuela – Há na Venezuela uma prolongada crise


econômica. A queda dos preços do petróleo – principal commodity do país e
que representa aproximadamente 96% da renda nacional - tem reduzido
ainda mais os recursos do Estado e agravado a escassez de alimentos e
produtos de primeira necessidade. Além do desabastecimento crônico
sofrido pela população, esta também precisa conviver com a maior inflação
do mundo, o que torna a obtenção de comida algo extremamente difícil.

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22. Disputa política – Em meio à crise de alimentos e dos baixos preços do


petróleo, há uma intensa disputa política no país. A Venezuela está dividida
entre os chamados chavistas - como são conhecidos os simpatizantes das
políticas socialistas do ex-presidente Hugo Chávez -, e os opositores, que
esperam o fim dos 18 anos de poder do Partido Socialista Unido da Venezuela
(PSUV). Após a morte de Hugo Chávez, em 2013, Nicolás Maduro, também
integrante do PSUV, foi eleito presidente com a promessa de dar
continuidade às políticas sociais do antecessor. As eleições na Venezuela,
por conta do aparelhamento de todas as estruturas do Estado, inclusive do
Judiciário, têm levantado suspeitas generalizadas sobre o processo eleitoral
do país. De acordo com pesquisas, a crise tem provocado queda na
popularidade do presidente Maduro, uma das razões pelas quais a oposição,
que já controla o legislativo, insiste em antecipar as eleições presidenciais.
O governo, por seu lado, continua responsabilizando a oposição por agravar
a crise e dividir o país, não reconhecendo seus erros na gestão pública. Por
fim, o fato de não terem sido realizadas as eleições regionais previstas para
o ano passado privou aos venezuelanos a possibilidade de demonstrar nas
urnas seu descontentamento com o governo.

23. Saída da Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA)


– Após sofrer pressão internacional com as atuais manifestações de rua
recorrentes de sua população, a Venezuela decidiu sair da Organização dos
Estados Americanos, a OEA. Esta será a primeira vez que um Estado-
membro decide deixar por conta própria a organização desde que esta foi
fundada, em 1948. Minutos antes da decisão venezuelana ser anunciada, a
OEA havia aprovado a convocação de uma reunião extraordinária com os
chanceleres dos 35 países-membros para discutir a crise na
Venezuela. "Nossa retirada dessa organização não é conjuntural. Tem a ver

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com a dignidade de nosso povo", chegou a afirmar Delcy Rodríguez, a


ministra de Relações Exteriores venezuelana. Rodríguez também informou
que o país daria início ao processo de retirada "definitiva" da OEA. A decisão
ocorre em um cenário de novos protestos, com enfrentamentos entre forças
de segurança, opositores e simpatizantes do governo do presidente Nicolás
Maduro. Até o dia 26 de abril de 2017, a Procuradoria da Venezuela já
confirmava a morte de 26 pessoas por conta dos protestos. Segundo
analistas, estas são as maiores manifestações já registradas desde
dezembro de 2014, quando a oposição também foi às ruas para pedir a saída
de Maduro, sucessor de Hugo Chávez. Como dito, os dois são membros do
partido PSUV, que está há dezoito anos no poder. A oposição tem dito que,
dessa vez, ficará nas ruas até alcançar seus objetivos. Entre as demandas,
está a convocação de eleições presidenciais antecipadas. Para os
governistas, no entanto, os protestos são parte de uma tentativa de golpe.

24. Legislativo versus Judiciário Venezuelanos – Com governo e oposição


em permanente enfrentamento, a nova onda de protestos tem uma data
inicial: 31 de março de 2017. Dois dias antes dessa data, o Tribunal Supremo
de Justiça venezuelano, que tem seus membros indicados pelo próprio
Maduro, sendo que muitos deles também são filiados ao partido governista,
o PSUV, emitiu sentença assumindo as funções da Assembleia Nacional,
onde a oposição tem maioria, enquanto o Legislativo estivesse "em
desacato". Em outras palavras, o poder Legislativo venezuelano foi
dissolvido pela mais alta corte do país. Quando essa decisão do TSJ
venezuelano veio a público, opositores a Maduro não hesitaram em
classificá-la de "golpe de Estado". Deu-se início então a uma mobilização que
nem mesmo o recuo da mais alta corte do país foi capaz de conter. Foi neste
momento que as pessoas foram às ruas e os enfrentamentos começaram, o
que tem se arrastado há meses.

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25. Pleitos da oposição – Diante de todo o cenário até aqui desenhado, a


oposição venezuelana apresenta como principais pleitos a antecipação das
eleições presidenciais, que estão originalmente previstas para outubro de
2018. Ademais, eles desejam também um pleito regional, que deveria ter
ocorrido no ano passado (como já dito), e um municipal, este previsto para
2017. Nicolás Maduro, emitindo sinais dúbios, mostrou-se favorável à
realização das eleições locais, porém não as convocou. Os oposicionistas
também querem a libertação de políticos presos - a maioria deles foi detida
depois dos protestos de janeiro de 2014. Há também o desejo pela
devolução das competências da Assembleia Nacional (Poder Legislativo) e
pela renovação dos outros poderes do Estado, como o Tribunal Supremo de
Justiça e o Conselho Nacional Eleitoral, que contariam com membros
alinhados com o governo.

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c. Artigo 1

Mercosul, 25 anos

O Mercosul tem pouco a comemorar na passagem de seus sofridos 25 anos.


A esperança e os grandes avanços iniciais, quando o Tratado de Assunção foi
assinado, em 26 de março de 1991, foram gradualmente sendo perdidos. O acordo
econômico-comercial, que visava à liberalização econômica e à abertura de
mercados para os produtos brasileiros, transformou-se num fórum político e social,
com poucos avanços na área comercial.

Dentro de uma perspectiva histórica, poderíamos distinguir duas


fases bem distintas nos últimos 25 anos. Desde a sua criação até 2002, o
Mercosul expandiu-se e chegou a representar 16% do comércio exterior
brasileiro. Os focos eram a agenda de comércio exterior e os avanços para
uma união aduaneira. A segunda etapa, que começou com os governos do
PT, em 2003, dura até hoje. Além da perda do sentido econômico-comercial
original, ganhou força a visão bolivariana de que o Mercosul deveria ser um
bastião antiamericano, em torno do qual todos os países da região se
reuniriam para lutar contra as investidas do “império” na América Latina. O
Mercosul transformou-se e ganhou uma “dimensão social e cidadã”, no
jargão hoje dominante, e deixou de ter relevância para a maioria dos
empresários brasileiros. Com o foco em ações políticas (criação do Mercosul
Indígena) e sociais, as negociações comerciais passaram a segundo plano.
O mercado dos países do Mercosul caiu abaixo de 9%, com nítido retrocesso
nos avanços institucionais e na agenda externa do grupo.

Os acordos sobre residência, trabalho, previdência social, integração


educacional e turismo, nos últimos 13 anos, devem ser saudados como muito

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positivos, por serem um ganho para os países e seus cidadãos, mas nada
tem que ver com os objetivos iniciais do Mercosul. Poderiam ter sido
negociados em outros fóruns, talvez até de maneira mais rápida e eficiente.
O que não é aceitável é a transformação de um tratado econômico-
comercial, “por inspiração política e estratégica de longo prazo”, mas, na
realidade, ideológica e partidária, num “projeto de integração profundo e
multifuncional”, deixando de lado os princípios do Tratado de Assunção. Esse
“Novo Mercosul Multifuncional”, invenção bolivariana, inspirada e defendida
por Hugo Chávez e Nicolás Maduro, nos últimos 13 anos recebeu o
entusiástico apoio do Brasil.

O Mercosul foi um dos projetos que mais sofreram com a politização


e a partidarização da política externa e comercial nos tempos do lulopetismo.
Além de não defender os interesses das empresas brasileiras na abertura de
mercados contra as restrições impostas pela Argentina, os governos
petistas, subordinando o bloco às prioridades partidárias em razão de
afinidades ideológicas, aceitaram a inclusão da Venezuela sem o
cumprimento dos compromissos acordados no Protocolo de Adesão. Agora
propiciaram o ingresso da Bolívia no bloco sem nenhum compromisso, o que
justificaria a não aprovação do Protocolo de Adesão pelo Congresso Nacional.

A política ideológica e partidária colocou o interesse nacional no


Mercosul longe das prioridades do governo brasileiro, como mostram os
resultados negativos dos últimos anos. Apesar da retórica pró-integração e
pró-Mercosul, o Itamaraty está na defensiva e sem propostas próprias para
responder aos desafios institucionais e comerciais para o projeto de
integração sub-regional e regional. Se o processo de integração econômico-
comercial fosse de fato uma prioridade política, seria agora o momento de o
Brasil reconhecer a crise institucional do Mercosul e adotar uma atitude
proativa com o objetivo de modificar essa situação. Buscar formas de ampliar
as cadeias produtivas de maior valor agregado e inovar na integração de

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alimentos, energética e de infraestrutura poderiam dar um novo alento ao


bloco regional.

Os ventos de renovação política e econômica que sopram na


Argentina e, mais cedo ou mais tarde, vão igualmente soprar no Brasil
podem abrir novas perspectivas para uma ampla revisão da política brasileira
em relação ao Mercosul. Numa visão de médio e longo prazos, o Mercosul
tem de ser reinventado e voltar às suas origens. A negociação com a União
Europeia que – conforme se anuncia – começará em meados de maio poderá
tirar o Brasil do isolamento e permitir que haja aproximação com um grande
bloco comercial. Se não avançar, para resguardar nossos interesses não
restará alternativa senão examinar formas radicais de livrar o Brasil das
limitações que a negociação em bloco impõe.

“Mais democracia, mais inclusão social, mais cidadania, maior


conhecimento recíproco, maiores facilidades de trânsito, de trabalho e de
educação, comércio e investimentos são os objetivos permanentes do
Mercosul. Por isso, ele é um pilar fundamental da política externa brasileira”,
na retórica oficial.

Enquanto comércio e investimento vêm no final das prioridades,


curiosamente a democracia encabeça a lista. É interessante notar o súbito
interesse de Brasília pelos valores democráticos, quando se ignora o
desrespeito aos valores democráticos na conturbada sociedade da Venezuela
e se sabe da violenta intervenção em assuntos internos no Paraguai quando,
dentro da legalidade, o país cumpriu preceito constitucional para afastar o
presidente Fernando Lugo. Na celebração dos 25 anos do Mercosul, o
governo do PT estimula pessoas e organizações regionais a se pronunciarem
contra “o golpe às instituições democráticas no Brasil”. O Mercosul esteve a
ponto de emitir nota nesse sentido e a ministra do Exterior de um dos países-
membros afirmou que o Brasil poderia ser suspenso pela aplicação da

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cláusula democrática se prevalecer o impeachment. Além disso, um petista


brasileiro, alto representante do Mercosul, chegou a defender a tese de que
o bloco puna o Brasil.

Triste Mercosul.

Fonte: BARBOSA, Rubens. Mercosul, 25 anos. O Estado de S. Paulo.


Disponível em < http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,mercosul---
25-anos,1854748>. Acesso em: 30 jun. 2017.

* Rubens Barbosa é presidente do conselho de comércio exterior da


Fiesp.

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d. Artigo 2

O Reino Unido, o Brexit e o Brasil

Ao sair da UE, estamos apenas reorientando nosso olhar para a economia e


para oportunidades de forma mais extensiva pelo mundo

Dias atrás, tive o prazer de falar com estudantes universitários em


Curitiba a respeito das implicações do referendo ocorrido em julho de 2016,
que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE). O chamado
“Brexit” evidencia, acima de tudo, o desejo de mudança, de fazer o Reino
Unido mais forte e justo, restaurando a nossa autonomia e protagonismo
nos direcionamentos da nação, ao mesmo tempo em que nos tornamos ainda
mais globais — um assunto, portanto, de interesse do Brasil.

Mais recentemente, em março deste ano, a primeira-ministra


britânica acionou o Artigo 50 da Convenção de Lisboa – que trata da saída
de um membro do bloco europeu –, o que oficializou o Brexit. As negociações
de como isso vai acontecer iniciam agora, podendo durar até dois anos.

A história do Reino Unido com a UE começou em 1973, quando


decidiu unir-se à Comunidade Econômica Europeia. A relação evoluiu ao
longo dos anos, com o Reino Unido integrando uma importante área de livre
comércio, além do Parlamento Europeu. Importante lembrar, no entanto,
que nunca utilizamos o euro como moeda nacional e nem fazemos parte da
área Schengen.

Ao sair da UE, estamos apenas reorientando nosso olhar para a


economia e para oportunidades de forma mais extensiva pelo mundo. Isso

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não representa, contudo, a saída da Europa. Vamos continuar a ser parceiros


fiéis, aliados e muito próximos dos países europeus.

Com o Brexit, dá-se espaço para o surgimento de um Reino Unido


mais autônomo, mais global. Somos historicamente uma importante
influência no mundo e uma liderança no apoio a um sistema baseado em
regras internacionais, paz e segurança; além de sermos uma das economias
mais fortes e abertas do planeta. Não por acaso, um em cada sete líderes
mundiais e chefes de Estado foi educado em nosso país.

A visão pós-Brexit contempla objetivos imprescindíveis para a


população britânica, tais como: fortalecer a união das quatro nações que
compõem o Reino Unido (Escócia, País de Gales, Inglaterra e Irlanda do
Norte); restabelecer controle das nossas próprias leis e da imigração vinda
da União Europeia; garantir os direitos dos cidadãos europeus em nosso país
e vice-versa; buscar acordos de livre comércio com a UE e outros lugares do
mundo.

Neste contexto, o Brasil é um dos países com potencial para


aproveitar as oportunidades geradas por um Reino Unido mais global. Temos
um histórico de cooperação com o país desde a sua consolidação, como
quando atuamos como intermediadores do reconhecimento da
independência do Brasil pelas nações europeias. Uma demonstração do
potencial brasileiro com o Reino Unido é o fato de que nos últimos três anos
e meio visitaram o Brasil mais de 30 ministros britânicos, incluindo
representantes das pastas de Relações Exteriores e Comércio Internacional.

Nós, que somos o quarto maior investidor estrangeiro no Brasil,


queremos apoiar o país em sua transformação social e econômica com
projetos de proteção ao meio ambiente e promoção do crescimento,
aperfeiçoamento de infraestruturas sustentáveis nas cidades, pesquisa e
desenvolvimento, entre outros. Estudantes, turistas, pesquisadores e

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talentos do Brasil são e continuarão sendo muito bem-vindos, fortalecendo


os laços que nos unem.

Os próximos anos significam uma grande transformação no


relacionamento do Reino Unido com outras nações, e estamos cientes dos
desafios que o Brexit representa. Mas somos uma nação resiliente.
Acreditamos que as mudanças abrirão novas oportunidades e vamos
trabalhar para buscar os melhores caminhos para o Reino Unido, a UE e o
mundo.

Fonte: MIR, Wasim. O Reino Unido, o Brexit e o Brasil. Gazeta do


Povo. Disponível em < http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/o-
reino-unido-o-brexit-e-o-brasil-0fwmohf8ujpcmcx88jit9gld0>. Acesso em:
30 jun. 2017.

*Wasim Mir é encarregado de Negócios da Embaixada do Reino Unido


no Brasil.

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e. Revisão

QUESTÃO 1

O Euro foi uma criação conjunta da União Europeia e dos Estados Unidos da
América com o intuito de se tornar a única moeda oficial do globo.

QUESTÃO 2

A crise política da Venezuela é fortemente influenciada pela recente alta do preço


do petróleo nos mercados internacionais.

QUESTÃO 3

O Brasil, ainda que seja um dos fundadores do Mercosul, não pode aceitar
unilateralmente qualquer país da América Latina para participar do bloco.

QUESTÃO 4

Os Estados Unidos da América não são participantes da zona do Euro.

QUESTÃO 5

A fim de fazer frente à Zona do Euro, o Mercosul criou a Zona do Tupi, onde há
a circulação da moeda oficial do bloco.

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QUESTÃO 6

Apesar de ter surgido com o intuito de aprofundar a integração regional, a União


Europeia carrega consigo a insatisfação de alguns de seus membros, que
ameaçam deixar o bloco num futuro próximo.

QUESTÃO 7

O Brasil ajudou na articulação política para a aceitação da Venezuela no Mercosul.

QUESTÃO 8

Por conta do clima pacífico reinante dentro de suas fronteiras, a Venezuela foi
convidada a participar da Organização dos Estados Americanos, a OEA.

QUESTÃO 9

Como membro fundador do bloco, o Paraguai não pode sob hipótese alguma ser
suspenso do Mercosul.

QUESTÃO 10

O Paraguai sempre exerceu plenamente as suas funções dentro do Mercosul.

QUESTÃO 11

Por conta da afinidade ideológica com a União Europeia, os Estados Unidos fazem
parte do Espaço Schengen.

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QUESTÃO 12

Por serem membros do Mercosul, Paraguai e Uruguai fazem parte do Espaço de


Schengen.

QUESTÃO 13

Os últimos grandes protestos realizados na Venezuela têm como objetivo


principal a realização de novas eleições presidenciais.

QUESTÃO 14

A União Europeia, como bloco econômico, tem uma economia mais complexa e
rica quando comparada com a dos Estados Unidos.

QUESTÃO 15

Brexit é a palavra que designa o processo de saída de qualquer país da União


Europeia.

QUESTÃO 16

Brexit é a palavra que designa a separação da Escócia do resto do Reino Unido.

QUESTÃO 17

Apesar da insistente crise político-econômica do Brasil, este país ainda representa


a maior economia do Mercosul.

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QUESTÃO 18

A Venezuela tem sido constantemente acusada de desrespeitar os direitos


humanos.

QUESTÃO 19

Apesar de toda a insatisfação com os atuais protagonistas políticos que estão no


poder, a população venezuelana acredita que o voto é um bom instrumento para
fazer valer a sua voz e exige que sejam convocadas novas eleições gerais.

QUESTÃO 20

Espaço Schengen representa a etapa máxima de integração monetária da União


Europeia.

QUESTÃO 21

O Espaço Schengen, que representa o espaço geográfico de livre circulação de


pessoas de alguns países da União Europeia, é abrangido também por alguns
países que não são membro deste bloco econômico.

QUESTÃO 22

O Mercosul faz parte da Zona do Euro.

QUESTÃO 23

Para que um país possa fazer parte do Mercosul é necessário o aceite de todos
os países membros do bloco.

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QUESTÃO 24

Com a adoção do Tupi por todos os países do bloco, o Mercosul passará a ter, a
partir de junho de 2017, a segunda moeda mais forte do mundo.

QUESTÃO 25

O Mercosul é um bloco econômico que dá seus primeiros passos como união


aduaneira. Pretende, no entanto, torna-se ainda um mercado comum.

QUESTÃO 26

Infelizmente, há registro de morte de manifestantes nas últimas manifestações


acontecidas na Venezuela.

QUESTÃO 27

Espaço Schengen e Zona do Euro são espaços geográficos coincidentes.

QUESTÃO 28

Com a vitória do Brexit, a Escócia já demonstrou interesse em se separar do


Reino Unido.

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QUESTÃO 29

Após o Brexit, o primeiro-ministro inglês David Cameron, árduo defensor do Reino


Unido, renunciou. Em seu lugar, assumiu, no mesmo cargo, Theresa May, que é
membro do partido opositor ao de David Cameron.

QUESTÃO 30

A população do Reino Unido votou de forma homogênea a favor do Brexit, não


se destacando, portanto, qualquer região onde a população desejasse sair do
bloco.

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f. Gabarito

1 2 3 4 5

E E C C E

6 7 8 9 10

C C E E E

11 12 13 14 15

E E C E E

16 17 18 19 20

E C C C E

21 22 23 24 25

C E C E C

26 27 28 29 30

C E C E E

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g. Breves comentários às questões

QUESTÃO 1

O Euro foi uma criação conjunta da União Europeia e dos Estados Unidos da
América com o intuito de se tornar a única moeda oficial do globo.

Errado. Apesar de possuir membros que não fazem parte da União Europeia, os
Estados Unidos da América não são integrantes da Zona do Euro.

QUESTÃO 2

A crise política da Venezuela é fortemente influenciada pela recente alta do preço


do petróleo nos mercados internacionais.

Errado. Muito pelo contrário, a alta do preço do petróleo costuma ajudar na


estabilidade econômica e social da Venezuela.

QUESTÃO 3

O Brasil, ainda que seja um dos fundadores do Mercosul, não pode aceitar
unilateralmente qualquer país da América Latina para participar do bloco.

Correto. É necessário o aceite de todos os países do bloco para que haja o


ingresso de novos membros.

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QUESTÃO 4

Os Estados Unidos da América não são participantes da zona do Euro.

Correto. O dólar é a moeda oficial dos Estados Unidos.

QUESTÃO 5

A fim de fazer frente à Zona do Euro, o Mercosul criou a Zona do Tupi, onde há
a circulação da moeda oficial do bloco.

Errado. O Mercosul ainda não possui a sua própria moeda oficial.

QUESTÃO 6

Apesar de ter surgido com o intuito de aprofundar a integração regional, a União


Europeia carrega consigo a insatisfação de alguns de seus membros, que,
inclusive, ameaçam deixar o bloco num futuro próximo.

Correto. A exemplo do Reino Unido, que fez uma votação interna para decidir sua
saída do grupo, outros países também demonstram interesse em retirar-se da
União Europeia.

QUESTÃO 7

O Brasil ajudou na articulação política para a aceitação da Venezuela no Mercosul.

Correto. Em um contexto político em que a esquerda ainda gozava de prestígio


no subcontinente, o Brasil apoiou a suspensão do Paraguai do bloco e a entrada
da Venezuela.

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QUESTÃO 8

Por conta do clima pacífico reinante dentro de suas fronteiras, a Venezuela foi
convidada a participar da Organização dos Estados Americanos, a OEA.

Errado. Em vista da crise interna, o clima na Venezuela não pode ser considerado
pacífico. Ademais, foi a própria Venezuela que solicitou a sua saída da OEA por
conta da pressão que tem recebido da comunidade internacional.

QUESTÃO 9

Como membro fundador do bloco, o Paraguai não pode sob hipótese alguma ser
suspenso do Mercosul.

Errado. Por conta do impeachment relâmpago do então presidente paraguaio


Fernando Lugo, o Paraguai foi suspenso do Mercosul.

QUESTÃO 10

O Paraguai sempre exerceu plenamente as suas funções dentro do Mercosul.

Errado. Por conta do impeachment relâmpago do então presidente paraguaio


Fernando Lugo, o Paraguai foi suspenso do Mercosul.

QUESTÃO 11

Por conta da afinidade ideológica com a União Europeia, os Estados Unidos fazem
parte do Espaço Schengen.

Errado. Apesar de ter alguns países não membros da União Europeia que são do
Espaço de Schengen, os Estados Unidos não fazem parte deste rol.

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QUESTÃO 12

Por serem membros do Mercosul, Paraguai e Uruguai fazem parte do Espaço de


Schengen.

Aqui foi feita uma confusão danada. Mercosul e Espaço Schengen são coisas
absolutamente distintas.

QUESTÃO 13

Os últimos grandes protestos realizados na Venezuela têm como objetivo


principal a realização de novas eleições presidenciais.

Correto. Apesar de a soltura dos presos políticos ser um item bastante relevante
das manifestações, a deposição do presidente Maduro, e consequente nova
eleição presidencial, continua sendo a principal demanda dos manifestantes.

QUESTÃO 14

A União Europeia, como bloco econômico, tem uma economia mais complexa e
rica quando comparada com a dos Estados Unidos.

Errado. Ambas as economias possuem complexidade e robustez semelhante.

QUESTÃO 15

Brexit é a palavra que designa o processo de saída de qualquer país da União


Europeia.

Errado. Brexit é a abreviação em inglês das palavras Britain (Grã-Bretanha) e


exit (saída) e serviu para designar a saída do Reino Unido da União Europeia

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QUESTÃO 16

Brexit é a palavra que designa a separação da Escócia do resto do Reino Unido.

Brexit é a abreviação em inglês das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída)


e serve para designar a saída do Reino Unido da União Europeia

QUESTÃO 17

Apesar da insistente crise político-econômica do Brasil, este país ainda representa


a maior economia do Mercosul.

Correto. Apesar da complicada situação econômica atual do país, o Brasil ainda


é a maior economia do bloco econômico.

QUESTÃO 18

A Venezuela tem sido constantemente acusada de desrespeitar os direitos


humanos.

Correto. Dentre outros problemas, a Venezuela foi inclusive suspensa do Mercosul


sob a acusação, também, de ter desrespeitado os direitos humanos.

QUESTÃO 19

Apesar de toda a insatisfação com os atuais protagonistas políticos que estão no


poder, a população venezuelana acredita que o voto é um bom instrumento para
fazer valer a sua voz e exige que sejam convocadas novas eleições gerais.

Correto. Uma das maiores demandas das manifestações de rua venezuelanas é


justamente a convocação de novas eleições.

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QUESTÃO 20

Espaço Schengen representa a etapa máxima de integração monetária da União


Europeia.

Errado. O Espaço Schengen trata, tão somente, do espaço geográfico de livre


circulação de pessoas de alguns países da União Europeia – e também de alguns
países que não são membros do grupo.

QUESTÃO 21

O Espaço Schengen, que representa o espaço geográfico de livre circulação de


pessoas de alguns países da União Europeia, é abrangido também por alguns
países que não são membro deste bloco econômico.

Correto. A exemplo da Islândia, pertencente ao Espaço Schengen, mas não da


União Europeia.

QUESTÃO 22

O Mercosul faz parte da Zona do Euro.

Errado. O Mercosul ainda não possui uma moeda oficial única, seus países
membros ainda utilizam suas moedas locais.

QUESTÃO 23

Para que um país possa fazer parte do Mercosul é necessário o aceite de todos
os países membros do bloco.

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Correto. É necessária a concordância de TODOS os países do bloco.

QUESTÃO 24

Com a adoção do Tupi por todos os países do bloco, o Mercosul passará a ter, a
partir de junho de 2017, a segunda moeda mais forte do mundo.

Errado. O Mercosul não possui uma moeda oficial única.

QUESTÃO 25

O Mercosul é um bloco econômico que dá seus primeiros passos como união


aduaneira. Pretende, no entanto, torna-se ainda um mercado comum.

Correto. O intuito maior do Mercosul é se tornar um mercado comum regional.

QUESTÃO 26

Infelizmente, há registro de morte de manifestantes nas últimas manifestações


acontecidas na Venezuela.

Correto. Apesar de toda a pressão da comunidade internacional, ocorrência de


mortes nas manifestações venezuelanas tem se tornado uma constante.

QUESTÃO 27

Espaço Schengen e Zona do Euro são espaços geográficos coincidentes.

Errado. Todos nós já estamos carecas de saber que se trata de espaços distintos.

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QUESTÃO 28

Com a vitória do Brexit, a Escócia já demonstrou interesse em se separar do


Reino Unido.

Correto. Tendo em vista que a Escócia pretende permanecer como membro da


União Europeia, este país pretende realizar plebiscito a fim de que a população
decida a permanência ou não no Reino Unido.

QUESTÃO 29

Após o Brexit, o primeiro-ministro inglês David Cameron, árduo defensor do Reino


Unido, renunciou. Em seu lugar, assumiu, no mesmo cargo, Theresa May, que é
membro do partido opositor ao de David Cameron.

Errado. Tanto David Cameron quanto Theresa May são do partido conservador.

QUESTÃO 30

A população do Reino Unido votou de forma homogênea a favor do Brexit, não


se destacando, portanto, qualquer região onde a população desejasse sair do
bloco.

Errado. Primeiro que o destaque ficou conta justamente de desejo majoritário da


população em sair do bloco. E, em segundo lugar, por não haver essa
homogeneidade na votação de acordo com as regiões do Reino Unido. No País de
Gales e no interior da Inglaterra, o voto majoritário foi pela saída do bloco,
enquanto em Londres, na Escócia e na Irlanda do Norte o voto que prevaleceu
foi pela permanência.

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