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Eleitoral - Conceito, Fontes e Principios
Eleitoral - Conceito, Fontes e Principios
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DIREITO ELEITORAL PARA O TRE/PI
Técnico Judiciário – Área Administrativa
Aula 00 - Prof. Ricardo Torques
AULA 00
Apresentação do Curso
Cronograma
Introdução ao Direito
Eleitoral
Sumário
Apresentação ........................................................................................................ 3
Cronograma de Aulas ............................................................................................. 8
1 – Considerações Iniciais......................................................................................10
2 - Conceito .........................................................................................................10
3 - Fontes ............................................................................................................13
3.1 - Conceito ...................................................................................................13
3.2 - Classificação .............................................................................................13
3.3 - Competência Legislativa em Matéria Eleitoral ................................................17
3.4 - Resoluções do TSE.....................................................................................18
3.5 - Medida Provisória Eleitoral ..........................................................................21
3.6 - Consultas .................................................................................................22
4 - Noções de Teoria Geral do Direito ......................................................................24
4.1 - Constituição como norma máxima e fundamental do Estado ...........................24
4.2 - Elementos Fundamentais de um Estado .......................................................24
4.3 - Estado Democrático de Direito ....................................................................26
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6 - Questões ........................................................................................................57
6.1 - Questões sem Comentários ........................................................................58
6.2 – Gabarito ..................................................................................................62
6.3 - Questões com Comentários ........................................................................63
7 - Resumo Final ..................................................................................................76
8 - Considerações Finais ........................................................................................88
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FONTES
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CARACTERÍSTICAS DO
Utilização de recursos didáticos (esquemas, quadros,
resumos, gráficos).
CURSO
Material completo.
Foco e objetividade.
Por fim, nossas aulas seguirão uma estrutura padronizada. Haverá uma
parte inicial, onde abordaremos os assuntos que serão tratados,
informações sobre aulas passadas (tais como esclarecimentos, correções
etc.) e informações sobre os concursos eleitorais e indicação das vídeo-
aulas de revisão. Em seguida, teremos a parte teórica da aula. Após a
teoria, vamos responder às questões. Num primeiro momento você terá a
bateria de testes na forma “seca” para que possa simular o dia da prova,
juntamente com o gabarito. Após, comentaremos de modo analítico,
explicando cada uma das alternativas. Em sequência, traremos um resumo
final dos principais pontos da matéria. Por fim, faremos o fechamento da
aula, com sugestões para a revisão e dicas de estudo
Vejamos a estrutura das aulas:
Por fim, resta uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Ricardo
Strapasson Torques! Sou graduado em Direito pela Universidade Federal do
Paraná (UFPR) e pós-graduado em Direito Processual.
Estou envolvido com concurso público há 08 anos, aproximadamente,
quando ainda na faculdade. Trabalhei no Ministério da Fazenda, no cargo
de ATA. Fui aprovado para o cargo Fiscal de Tributos na Prefeitura de São
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Cronograma de Aulas
Os conteúdos acima foram distribuídos da seguinte maneira:
DATA DE
AULA CONTEÚDO
DISPONIBILIZAÇÃO
Aula 00
Apresentação do
Curso, Conceito, fontes, noções de Teoria
Cronograma de Já disponível
Geral do Estado e princípios
Aulas e
Orientações
Gerais
Aula 01
Direito Eleitoral Direitos de Nacionalidade na
Já disponível
na Constituição Constituição
(parte 01)
Aula 02
Direito Eleitoral Direitos de Políticos e Partidos Políticos
Já disponível
na Constituição na Constituição
(parte 02)
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Como vocês podem perceber as aulas são distribuídas para que possamos
tratar cada um dos assuntos com tranquilidade, transmitindo segurança a
vocês para um excelente desempenho em prova.
Eventuais ajustes de cronograma poderão ser realizados por questões
didáticas e serão sempre informados com antecedência.
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Noções de Teoria
Conceito Fontes Princípios
Geral do Estado
2 - Conceito
O Direito é composto de vários ramos como o Direito Constitucional, Direito
Administrativo, Direito Civil, Direito Eleitoral, entre outros. Cada um desses
ramos trata de um conjunto de assuntos específicos. Por exemplo, o Direito
Civil é responsável por tratar essencialmente das relações entre as pessoas,
contratos, casamento etc. Esses temas são abordados prioritariamente pelo
Direito Civil, pois pertencem a essa área específica do Direito.
O Direito Eleitoral é a disciplina que trata, essencialmente, de tudo o que
envolve eleições. Desse modo, delimita quem poderá votar e quando
determinada pessoa pode se candidatar a algum cargo político eletivo.
Estuda também todo o processo de escolha dos nossos representantes,
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TENÓRIO, Rodrigo, Direito Eleitoral, São Paulo: Editora Método, 2014, p. 29.
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2
BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral. 10ª edição. Rio de Janeiro: Editora
Elsevier, 2011, p. 01.
3
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 10ª edição, rev., ampl. e atual., Niterói: Editora
Impetus, 2010, p. 14.
4
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, 10ª edição, rev. ampl. e atual., São Paulo: Editora
Atlas S/A, 2014, p. 20.
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Por hora...
3 - Fontes
A importância desse estudo para concursos públicos reside principalmente
na frequente exigência da matéria em provas. Há um quantitativo
significativo de questões acerca do assunto. Ademais, nessa fase inicial do
estudo o conhecimento das fontes de Direito Eleitoral é importante para que
possamos nos ambientar com a matéria.
3.1 - Conceito
A expressão fontes refere-se aos modos de elaboração e revelação da
norma jurídica. A palavra fonte remete à ideia de origem, nascedouro,
surgimento. É justamente esse o conceito de fonte para o direito:
Fonte é aquilo que dá origem ao direito ou, mais especificamente,
às normas jurídicas.
3.2 - Classificação
Em Direito a classificação de institutos tem por finalidade auxiliar o estudo
de determinada matéria. As fontes podem assumir diversas classificações.
Para fins de Direito Eleitoral interessam três delas:
fontes materiais versus fontes formais;
fontes primárias versus fontes secundárias; e
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FONTE
Norma jurídica
FORMAL
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CF
Fundamento de
validade
Fontes Primárias
Fontes Secundárias
controle de legalidade.
Em síntese, distinguem-se as fontes primárias de secundária do seguinte
modo:
se presta a interpretar e
FONTE regulamentar as fontes primárias
SECUNDÁRIA e não pode inovar a ordem
jurídica
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Competência
Medida Provisória
Legislativa Resoluções do TSE Consultas
Eleitoral
Eleitoral
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Ademais, o art. 105, da Lei das Eleições, com redação dada pela Lei
12.037/2009, conceitua legislativamente as Resoluções do TSE nos
seguintes termos:
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral,
atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer
sanções distintas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para a
sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou
representantes dos partidos políticos.
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AS RESOLUÇÕES DO TSE
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5
BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral, p. 07/08.
6
BARRETO, Rafael. Direito Eleitoral, Col. Saberes do Direito, São Paulo: Editora Saraiva,
2012, versão eletrônica.
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RESOLUÇÕES DO TSE
FONTE
FONTE FORMAL FONTE DIRETA PRIMÁRIA/SECUNDÁRIA
(* divergência)
Congresso Nacional.
§1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito
eleitoral; (...).
Portanto...
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3.6 - Consultas
As consultas não são fontes formais ou diretas do Direito Eleitoral, mas
tão somente fontes interpretativas e de caráter material. Vejamos o
porquê!
As consultas consistem na atribuição conferida aos TREs e ao TSE
para responder questionamentos feitos por autoridades
competentes, desde que não se refira a um caso concreto
propriamente. A consulta não pode se reportar a um caso concreto
propriamente, pois seria uma forma irregular de antecipar o julgamento de
determinado processo judicial eleitoral.
Assim, a consulta constitui uma forma de orientar as partes envolvidas no
processo eleitoral, com a finalidade de evitar processos judiciais. Desta
forma, após as consultas os interessados sentem-se seguros dos atos
praticados durante todo o processo das eleições, sem necessidade de
recorrer às ações judiciais.
A consulta não possui caráter vinculante, muito menos erga omnes.
E o que isso significa?
Uma decisão judicial, após o trânsito em julgado, possui efeito vinculante
entre as partes. Isso significa dizer que a decisão judicial proferida vincula
a parte de modo que ela não poderá deixar de observar a decisão. O caráter
erga omnes, por sua vez, indica que a lei ou ato jurídico atinge a todos.
Tais efeitos não se aplicam à consulta, que constitui apenas um
posicionamento da Justiça Eleitoral sobre determinada matéria que tem
gerado dúvida na comunidade, sem vincular ninguém, e sem se aplicar a
todos indistintamente.
Assim, é possível que determinado TRE ou o TSE decidam, no exercício da
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autoridade de jurisdição
federal
CONSULTAS
autoridade pública
partido político
7
Consulta nº 100075, Relator Min. João Otávio de Noronha, Publicação: DJE - Diário de
justiça eletrônico, Data 01/09/2014.
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Governo
Povo Território
soberano
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Assim...
é do povo
O PODER
diretamente pelo povo
será
exercido
por intermédio de
indiretamente representantes
eleitos
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Direito Eleitoral.
8
TENÓRIO, Rodrigo. Direito Eleitoral, coord. André Ramos Tavares, Rio de Janeiro:
Editora Forense, 2014, p. 04.
9
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 9ª edição, São Paulo: Editora Atlas S/A, 2013, p.
44.
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na União...
Câmara dos
Poder Deputados
Congresso
Legislativo
Nacional
Federal Senado
UNIÃO
Federal
Justiça
Federal
Justiça do
Trabalho
Poder Judiciário
Federal
Justiça
Militar
Justiça
Eleitoral
Poder Governador e
Executivo vice-
Estadual Governador
Poder
ESTADOS/DISTRITO Assembleias
Legislativo
FEDERAL Legislativas
Estadual
Poder
Judiciário Justiça Comum
Estadual
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nos municípios...
MUNICÍPIOS
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Forma de Governo
A forma de governo determina como
se atinge o poder e disciplina a
relação entre aqueles que governam o
Estado e os governados. Deste modo,
a forma de governo fixa a
sistematização do exercício do poder e
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àqueles que pretendem chegar ao poder. Isso significa dizer que todas as
pessoas podem concorrer em condições de igualdade aos cargos políticos
previstos em nossa Constituição.
Na República o exercício do poder supremo é atribuído ao povo, que
escolhe seus representantes para “cuidar” da “coisa pública” (República).
Vejamos as características da República:
(i) O exercício do Governo pelo político escolhido é transitório, segundo
mandatos fixos, com renovações periódicas. É por isso, por exemplo, que
temos eleições a cada 4 anos.
(ii) Os governantes são escolhidos pelo povo, por intermédio do voto.
(iii) Qualquer cidadão tem a prerrogativa de participar da vida política em
condições de igualdade, desde que preenchidos os requisitos previstos na
legislação.
REPÚBLICA
Forma de Estado
A forma de Estado se refere a organização
político-administrativa dos entes que
compõe determinado Estado. Como vimos,
são três entes federativos: a União, os
estados-membros e os municípios. Por isso a
forma do Estado brasileiro é a federativa.
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FEDERAÇÃO 00000000000
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Sistema de Governo
O sistema de governo adotado pelos Estados
representa o modo como é conduzido o
relacionamento entre o Poder Executivo
e o Poder Legislativo. Os dois sistemas de
governo contrastantes são o
parlamentarismo e presidencialismo. Já o
sistema de governo adotado pelo Brasil é o
presidencialismo.
O sistema parlamentarista possui uma maior
aplicabilidade do sistema de freios e
contrapesos, tendo em vista que a chefia de
Estado e a chefia de governo são exercidas por pessoas diferentes. Nesse
sistema, a chefia de Estado é ocupada pelo monarca ou pelo presidente,
enquanto a chefia de governo fica a cargo do primeiro ministro ou
chanceler, escolhido pelo Poder Legislativo. É um sistema de chefia dual,
todavia, o poder que possui maior relevância é o Poder Legislativo, tendo
em vista que cabe aos seus membros escolher o Chefe de Governo.
Já no presidencialismo há predominância do Poder Executivo.
Assim, nesse sistema existe uma clara separação entre quem faz as
leis – Poder Legislativo – e quem tem a obrigação de executá-las –
Poder Executivo. O governo é independente do parlamento e a este cabe
fiscalizar o Executivo. Nesse sentido, as funções de chefe de governo e
chefe de estado se concentram em uma única figura, o Presidente.
Vamos às características sistema presidencialista de governo?
(i) A chefia de Estado e a chefia de Governo são ocupadas pela
mesma pessoa.
O CHEFE DE GOVERNO é o representante do país
no âmbito da política e economia interna. Representa
o país nas relações com os cidadãos e com os demais
entes. 00000000000
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PRESIDENCIALISMO
Regime de Governo
O regime de governo adotado no Brasil é o regime democrático e é
exatamente o que permite a aplicação do Direito Eleitoral. Na verdade, a
Constituição Federal consagrou o Brasil como um Estado Democrático de
Direito, o que caracteriza, segundo Francisco Dirceu Barros10:
Uma convergência de vontades entre os legalmente administrados (povo) e
aqueles que legitimamente administram (governo).
REGIME DEMOCRÁTICO
10
BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral, p. 15.
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5.1 - Introdução
As normas jurídicas podem se revelar por intermédio de regras
jurídicas ou de princípios. Essa frase é muito relevante e a sua correta
compreensão é fundamental para o entendimento do Direito
contemporaneamente.
Assim...
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regras
NORMAS
JURÍDICAS
princípios
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dispositivos do CC)
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REGRAS PRINCÍPIOS
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Aqui, na aula introdutória, vamos centrar nossa atenção nos princípios mais
relevantes e que tem sido exigido em provas com maior frequência.
11
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral, 14ª edição, atual., Niterói: Editora Impetus,
2015, p. 31.
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12
CERQUEIRA, Thales Tácito e CERQUEIRA, Camila. Direito Eleitoral Esquematizado,
4ª edição, rev. e atual, São Paulo: Editora Saraiva, 2014, p. 43.
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Há, ainda, importante dispositivo da Lei das Eleições que disciplina o prazo
de um ano entre a propositura da ação e o resultado final do
julgamento para as ações que possam resultar na perda de mandato
eletivo.
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Vejamos:
Art. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5o da Constituição Federal,
considera-se duração razoável do processo que possa resultar em perda de
mandato eletivo o período máximo de 1 (um) ano, contado da sua apresentação
à Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 1o A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em todas as
instâncias da Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2o Vencido o prazo de que trata o caput, será aplicável o disposto no art. 97, sem
prejuízo de representação ao Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Lei
nº 12.034, de 2009)
13
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral, p. 38.
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Caso não seja observado o referido prazo pode decorrer uma série de
consequências tais como crime de desobediência (art. 345 do CE), infração
disciplinar a ser apurada perante as corregedorias dos tribunais eleitorais,
TSE e Ministério Público, bem como representação ao Conselho Nacional de
Justiça e ao órgão eleitoral hierarquicamente superior.
Em forma de esquema:
CONSEQUÊNCIAS DO NÃO ATENDIMENTO DO
PRAZO ELEITORAL
•crime de desobediência
•infração disciplinar
•representação ao CNJ
•representação à Justiça Eleitoral (órgão hierarquicamente superior)
14
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral, p. 40.
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O artigo acima reforça o caráter preclusivo das decisões eleitorais, que são
excepcionadas apenas em relação aos processos que envolvam matéria
constitucional.
(ii) Outra aplicação conferida ao princípio da preclusão envolve
impugnações quanto à identidade do eleitor, que deverão ser
formuladas antes do exercício do voto, sob pena de se considerar
consumado o ato do sufrágio.
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15
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 10ª edição, rev., atual. e ampl., São Paulo:
Editora Atlas S/A, 2014, p. 248.
16
BARROS, Francis Dirceu. Direito Eleitoral, p. 18.
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VIGÊNCIA Refere à aplicação imediata da lei, que não observará prazos de vacatio legis.
Com a redação atual do art. 16 temos que com a publicação da lei ela torna-
se existente para o mundo jurídico. Contudo, apenas adquirirá eficácia com
o transcurso de um ano. Ou seja, essa alteração do princípio determinou a
aplicação da “vacatio legis” da lei que altere o processo eleitoral.
Prazo de um ano
Outro aspecto que merece destaque é a contagem do prazo para a eficácia
da lei que alterar o processo eleitoral.
Vejamos, inicialmente, o que ensina a doutrina de Thales e Camila
Cerqueira17:
Cumpre registrar que esse princípio da “anualidade eleitoral” deve ser entendido
como “anualidade e um dia”, porquanto estivermos diante de uma lei que altere o
“processo eleitoral”, ela não terá eficácia para as eleições em curso, somente no
próximo pleito. Então, para surtir eficácia, a lei deve ser publicada (e não
promulgada), no mínimo “um ano e um dia” antes das eleições.
Vimos que a lei que alterar o processo eleitoral não será aplicada se
publicada um ano antes do processo eleitoral. Vamos criar um exemplo
levando em consideração as eleições de 2016.
O primeiro turno das eleições de 2016 ocorrerá em 02.10.2016 (primeiro
domingo de outubro). Logo, eventuais alterações ao processo eleitoral, para
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que sejam aplicáveis àquelas eleições, devem ser publicadas antes do prazo
de um ano. Logo, antes de 02.10.2015. Assim, as leis publicadas até dia
01.10.2015 serão aplicadas às eleições de 2016 normalmente. Já as leis
publicadas no dia 02.10.2015, se alterarem o processo eleitoral, não serão
aplicadas às eleições que ocorrerão em 2016.
Cláusula pétrea
As cláusulas pétreas são matérias previstas na Constituição que não
poderão ser alteradas por proposta de emenda à constituição (PEC), que
17
CERQUEIRA, Thales Tácito e CERQUEIRA, Camila. Direito Eleitoral Esquematizado,
p. 41.
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CLÁUSULAS PÉTREAS
Assim, são inconstitucionais, por violação ao art. 60, §4º, IV, da CF,
propostas de emenda constitucional que restrinjam ou pretendam
abolir o princípio da anualidade eleitoral, previsto no art. 16, da CF.
18
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral, p. 52.
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PROCESSO JURISDICIONAL
PROCESSO ELEITORAL
ELEITORAL
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19
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral, p. 34.
20
ADI 3685, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 22/03/2006, DJ
10-08-2006 PP-00019 EMENT VOL-02241-02 PP-00193 RTJ VOL-00199-03 PP-00957.
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TSE STF
não sim
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21
RE 637485, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2012,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-095 DIVULG 20-05-2013 PUBLIC 21-05-2013.
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Senador
maior número
simples
de votos Prefeito (menos
de 200.000
eleitores)
majoritário
SISTEMAS ELEITORAIS
Presidente
atingir mais de
Governadores
absoluta metade dos
votos
Prefeito (mais de
Deputado 200.000
Federal eleitores)
Deputado
proporcional votos do partido
Estadual
Vereador
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criação, fusão,
Livre incorporação e
extinção
PARTIDOS
POLÍTICOS
estrutura interna,
organização,
Autônomos
funcionamento e
coligações
6 - Questões
A bateria de questões desta aula será composta de:
16
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5
4 4
2
AULA 01
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Fontes
Questão 04 – CESPE/TRE-GO – Analista Judiciário – Área
Administrativa - 2015
Julgue os itens a seguir, relativos à organização político-administrativa do Estado
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– questão adaptada
Julgue o item seguinte:
O conceito de forma de Estado está relacionado com o modo de exercício do poder
político em função do território de um dado estado, a existência, ou não, da
repartição de poderes autônomos é, pois, o núcleo caracterizador do conceito de
forma de Estado. No Brasil o adotamos a forma federal de Estado.
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6.2 Gabarito
Questão 01 – CORRETA Questão 02 – INCORRETA
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Comentário
A assertiva está correta, uma vez que retrata corretamente o conceito do
Direito Eleitoral.
Para identificação do conceito devemos lembrar dos elementos
caracterizadores do conceito, quais sejam: a) ramo do Direito Público; b)
normatividade e institutos próprios; e c) direitos políticos e eleições.
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Comentários
A assertiva está incorreta. Vejamos cada item do conceito.
O Direito Eleitoral:
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Comentários
A assertiva está correta.
Como dito, o Direito se divide em dois ramos essenciais, o Público e o
Privado. A diferença entre eles é, em essência, as pessoas envolvidas na
relação. As disciplinas que compõe o ramo do Direito Privado tratam das
relações entre particulares, no âmbito partículas, enquanto as disciplinas de
Direito Público envolvem o Estado.
Assim, o Direito Eleitoral é disciplina do ramo de Direito Público.
Fontes
Questão 04 – CESPE/TRE-GO – Analista Judiciário – Área
Administrativa - 2015
Julgue os itens a seguir, relativos à organização político-administrativa do Estado
brasileiro, às disposições gerais dos servidores públicos e ao processo legislativo.
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Comentários
A assertiva está incorreta. A competência para legislar sobre matéria
eleitoral é privativa da União, conforme o art. 22, I, da CF.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho;
Lembre-se:
DIREITO ELEITORAL COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA
DA UNIÃO
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Comentários
A assertiva está correta. É exatamente isso que traz o art. 62, §1º, “a” da
CF:
§ 1.° É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
Lembre-se:
É VEDADA À MEDIDA PROVISÓRIA TRATAR SOBRE MATÉRIA DE
DIREITO ELEITORAL
Comentários
A assertiva está correta. Para responder à questão devemos lembrar o art.
22, I, da CF:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho; (...).
ELEITORAL
Comentários
A assertiva está incorreta. Há várias questões a serem observadas nesta
assertiva. Primeiramente, a lei eleitoral é privativamente editada por lei
federal em razão do que prevê o art. 22, I, da CF, e não exclusivamente.
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Comentários
A assertiva está incorreta. Há expressa vedação para a edição de medida
provisória eleitoral no art. 62, §1º, I, a, da CF:
§ 1º É VEDADA a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
I – relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito
eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Comentários
A assertiva está incorreta.
Não vimos a questão diretamente, contudo, é importante sabermos que o
Código Eleitoral foi, em parte, recepcionado como lei complementar. No que
diz respeito à organização e competência dos Tribunais, juízes de direito e
juntas eleitorais o art. 121, caput, da CF exige a edição de lei complementar
para regular a matéria. 00000000000
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais,
dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
22
MS nº 26.604, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Diário de Justiça Eletrônico em
03.10.2008.
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Todavia, pelo princípio da simetria das leis, somente lei complementar pode
alterar lei complementar. Desse modo, a assertiva está incorreta ao afirmar
que lei ordinária específica pode alterar lei complementar.
Comentários
A assertiva está correta. Vejamos o quadro abaixo a fim de deixar clara a
questão:
Comentários
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REPÚBLICA
Comentários
A forma de Estado se refere a organização político-administrativa dos entes
que compõe determinado Estado. No Brasil existem três entes federativos:
a União, os estados-membros e os municípios.
Assim, está correta a assertiva.
Comentários
Vamos usar um esquema para resolver essa questão.
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PRESIDENCIALISMO
Comentários
Vejamos o esquema para nos ajudar a responder à questão.
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Comentários
A assertiva está correta, à face referida na assertiva denomina-se princípio
da preclusão instantânea.
Eventuais impugnações quanto à identidade do eleitor deverão ser
formuladas antes do voto, sob pena de se considerar consumado o ato do
sufrágio.
Comentários
A alternativa está incorreta por duas razões:
Em primeiro lugar, o princípio da eficiência não é um princípio basilar do
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Comentários
A assertiva está correta. Conforme mencionado em aula, o princípio da
anualidade da lei eleitoral está previsto no art. 16 da CF e consagra a
vigência imediata da lei eleitoral e a eficácia apenas após o decurso de um
ano de sua vigência.
Antes da alteração pela Emenda Constitucional nº 04/1993, o art. 16
possuía a seguinte redação:
Art. 16 – A lei que alterar o processo eleitoral só entrará e vigor um anos após sua
promulgação.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois, como dito acima, a diferenciação entre
vigência e aplicabilidade ocorreu somente após 1993.
Para não restar qualquer confusão quanto à matéria, vejamos o quadro
abaixo:
PRINCÍPÍO DA
ANUALIDADE
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Comentários
A assertiva está correta, todos esses princípios foram arrolados em aula.
Vamos relembrar os conceitos conforme quadro abaixo.
Comentários
Está incorreta a assertiva. O exercício da soberania, conforme vimos em
aula será exercido indiretamente por intermédio do voto, direto, secreto,
universal e periódico. Contudo, poderá ser exercido diretamente por
intermédio dos mecanismos previstos na CF como o plebiscito e o referendo,
entre outros.
Comentários
Está correta a assertiva. Assim prevê o art. 93, IX, da CF:
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente
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Comentários
Está correta a assertiva. A questão envolve o princípio da anualidade
eleitoral.
O art. 16 da CF preconiza que a lei que alterar o processo eleitoral
somente entra em vigor na data da sua publicação, não se aplicando
às eleições que ocorram um ano da data da sua vigência.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)
Comentários
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Comentários
A assertiva está incorreta, pois apresenta o conceito de democracia
indireta. A democracia direta é baseada em um sistema no qual os cidadãos
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Comentários
A assertiva está incorreta. O sufrágio universal e o voto são cláusulas
pétreas e não podem ser abolidos do texto constitucional. Vejamos o
dispositivo correspondente no art. 60, da CF.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
Comentários
A assertiva está correta. Vejamos o art. 16, da CF:
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)
Comentários
A assertiva está correta.
Conforme mencionado em aula, o princípio do contraditório é um dos
princípios eleitorais e é representado pelo binômio “ciência e participação”,
vale dizer, a parte interessada deve ter ciência dos atos processuais
praticada, bem como deverá ser intimada para que possa apresentar seus
argumentos de modo que tenha a possibilidade de influenciar na decisão.
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Comentários
A assertiva está correta, pois segundo o princípio da lisura das eleições, a
atuação da Justiça Eleitoral, do Ministério Público Eleitoral, dos partidos
políticos e candidatos deve ser pautada na preservação da lisura das
eleições.
Comentários
A assertiva está incorreta, tendo em vista que a emenda constitucional nº
04/93 alterou o dispositivo de modo que ficou clara a diferenciação entre
vigência e aplicabilidade da lei eleitoral.
Comentários
Está incorreta a assertiva, que acresceu informações ao art. 219, do CE.
Esse dispositivo trata do princípio do aproveitamento do voto (ou princípio
do in dubio pro voto).
Vejamos:
Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre aos fins e resultados a
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7 - Resumo Final
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um
resumo dos principais aspectos estudados ao longo da
aula. Nossa sugestão é a de que esse resumo seja
estudado sempre previamente ao início da aula
seguinte, como forma de “refrescar” a memória. Além
disso, segundo a organização de estudos de vocês, a
cada ciclo de estudos é fundamental retomar esses
resumos. Caso encontrem dificuldade em compreender
alguma informação, não deixem de retornar à aula.
Conceito
CONCEITO DOUTRINÁRIO (Francisco Dirceu Barros)
O Direito Eleitoral é ramo do Direito Público que trata dos institutos relacionados com
os direitos políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha
dos titulares dos mandatos eletivos e das instituições do Estado.
ELEMENTOS CARACTERIZADORES
DIREITO
ELEITORAL
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Fontes
CONCEITO
Fonte é aquilo que dá origem ao direito ou, mais especificamente,
às normas jurídicas.
CLASSIFICAÇÃO
FONTES MATERIAIS VERSUS FONTES FORMAIS
As fontes materiais representam o conjunto de fatores que levam ao
surgimento da norma jurídica (movimentos sociais e políticos,
consultas, doutrina)
As fontes formais, por sua vez, constituem o produto da fonte material. As
fontes formais são, portanto, as normas jurídicas.
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FONTE
Norma jurídica
FORMAL
CF
Fundamento de
validade
Fontes Primárias
Fontes Secundárias
jurídica
se presta a interpretar e
FONTE regulamentar as fontes primárias
SECUNDÁRIA e não pode inovar a ordem
jurídica
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RESOLUÇÕES DO TSE
As Resoluções do TSE são normas de caráter infralegal e
regulamentar, por meio das quais o TSE dá cumprimento à
legislação infraconstitucional.
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SEM DIVERGÊNCIA:
DIVERGÊNCIA
Há diversos autores na doutrina que afirmam que as Resoluções do TSE
possuem caráter normativo primário, normatizando hipóteses não
reguladas pela norma eleitoral. Assim, duas posições bem claras destacam-
se:
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SÍNTESE DE PROVA
RESOLUÇÕES DO TSE
FONTE
FONTE FORMAL FONTE DIRETA PRIMÁRIA/SECUNDÁRIA
(* divergência)
CONSULTAS 00000000000
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autoridade de jurisdição
federal
CONSULTAS
autoridade pública
partido político
Governo
Povo Território
soberano
Conceitos:
POVO 00000000000
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é do povo
O PODER
diretamente pelo povo
será
exercido
por intermédio de
indiretamente representantes
eleitos
Assim...
na União...
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Câmara dos
Poder Deputados
Congresso
Legislativo
Nacional
Federal Senado
UNIÃO
Federal
Justiça
Federal
Justiça do
Trabalho
Poder Judiciário
Federal
Justiça
Militar
Justiça
Eleitoral
Poder Governador e
Executivo vice-
Estadual Governador
Poder
ESTADOS/DISTRITO Assembleias
Legislativo
FEDERAL Legislativas
Estadual
Poder
Judiciário Justiça Comum
Estadual
nos municípios...
MUNICÍPIOS
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REPÚBLICA
FORMA DE ESTADO
FEDERAÇÃO
SISTEMA DE GOVERNO
PRESIDENCIALISMO
REGIME DE GOVERNO
REGIME DEMOCRÁTICO
SÍNTESE
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regras
NORMAS
JURÍDICAS
princípios
REGRAS PRINCÍPIOS
•mandados de otimização
•aplicado por subsunção •aplicado por ponderação de interesses
•técnica do "tudo ou nada" •técnica do "mais ou menos"
•buscam fundamento nos princípios •constituem a ratio das regras
•possuem reduzido grau de abstração •possuem elevado grau de abstração e
e indeterminabilidade de indeterminabilidade
•aplicação direta e imediatada •dependem da interpretação
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VIGÊNCIA Refere à aplicação imediata da lei, que não observará prazos de vacatio legis.
Prazo de um ano
Como a lei que alterar o processo eleitoral terá eficácia apenas após um
00000000000
ano, afirma-se que ela será aplicável apenas após um ano e um dia após a
publicação.
Cláusula pétrea
São inconstitucionais, por violação ao art. 60, §4º, IV, da CF, proposta de
emenda constitucional que restrinja ou pretenda abolir o princípio da
anualidade eleitoral, previsto no art. 16, da CF.
Conceito de processo eleitoral
O “processo eleitoral” constitui a sucessão, desenvolvimento e
evolução do fenômeno eleitoral em suas diversas fases (registro de
candidaturas, propaganda política, eleições, apuração do resultado e
diplomação etc.).
Princípio da anualidade e a verticalização das coligações
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Senador
maior número
simples
de votos Prefeito (menos
de 200.000
eleitores)
majoritário
SISTEMAS ELEITORAIS
Presidente
atingir mais de
Governadores
absoluta metade dos
votos
Prefeito (mais de
Deputado 200.000
Federal eleitores)
Deputado
proporcional votos do partido
Estadual
Vereador
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8 - Considerações Finais
Chegamos ao final da nossa Aula 00. Apresentamos o curso e cronograma
de aula. Analisamos também alguns assuntos introdutórios de Direito
Eleitoral.
A pretensão desta aula é a de situar vocês no mundo do Direito Eleitoral, a
fim de que não tenham dificuldades em assimilar os conteúdos relevantes
que virão na sequência.
Além disso, procuramos demonstrar como será desenvolvido nosso trabalho
ao longo do Curso.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou
disponível no fórum no Curso, por e-mail e, inclusive, pelo Facebook.
Aguardo vocês na próxima aula. Até lá!
Ricardo Torques
rst.estrategia@gmail.com
https://www.facebook.com/ricardo.s.torques
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