DEZESSEIS

Eu me sento na mesa e vou trabalhar, verifico alguns papéis, ler o resumo

do novo programa da tarde. Minha mente está distraída, eu ainda estou
curtindo as passagens. Não é ruim. É um jogo sobre a escola, com assuntos
e questões de cultura geral, aparecem o diretor, os professores e,
naturalmente, os estudantes, que também são concorrentes. Quando a
resposta falha três vezes, eles ficam atrás do quadro e encontram o diretor
para a pergunta final. Há seis participantes, então passam para quatro e, no
final, para dois. Eu acho que é perfeito para a programação antes do horário
nobre do Rete 2, que vai entre o final do noticiário e o horário nobre da
noite. Chiara Falagni, a diretora assistente, informou Giorgio sobre o que
eles descartaram e o que eles procuram, e parece que o que eles precisam é
apenas esse tipo de programas. Amanhã temos a reunião. Esta é a virtude
de Giorgio: use o dinheiro sabiamente. Ele quer investir quarenta por cento
dos lucros obtidos em relatórios, relacionamentos, compras, ações de
empresas, colaborações em novos projetos, possíveis aplicações, cadeias
emergentes, pequenas produções.
"Não podemos ficar quieto. Avançar é o futuro do Futura. "Esse é o nome
que demos à empresa. Giorgio estudou, calculou os riscos e investimentos,
abriu uma parceria em Miami, uma em Marbella, outra em Berlim.
Pequenos escritórios que fazem o produto se mover, em seis anos de
trabalho calvinista, agora transmitimos vinte e três programas entre a Itália
ea Europa. Não posso me queixar. Giorgio Renzi é a melhor aquisição que
ele poderia ter feito. Foi sugerido por Marcantonio Mazzocca, o designer
gráfico com quem comecei as primeiras obras no Rete. Nós nos vemos de
vez em quando e mantemos um bom relacionamento. Ele não quis entrar no
Futura quando o propus. Que estranho, ele pode não confiar. Você tinha
que colocar uma quantidade inicial de capital, se você tivesse coragem e
desejo, que você teria recuperado em um curto espaço de tempo em vista
de como as coisas se passaram. Mas ele preferiu permanecer livre e, acima
de tudo, ele não estava disposto a correr riscos. Alguém como Giorgio, por
outro lado, poderia ter aberto Futura perfeitamente por conta própria, ele
não precisava de mim e, no entanto, quando o conheci graças a Mazzocca,
fiquei surpreso com sua determinação: "Conheço sua história, eu quero
trabalhar com você", ele disse. E quando perguntei por que ele respondeu:
"É como quando voce faz pipa ou windsurf. O único que você espera é ter
vento ... ».
Eu assenti com a cabeça fingindo entender isso, mas na realidade não
estava absolutamente claro por que essa resposta. Eu tenho que dizer que
fiquei perplexo naquele dia e pensei: "Faço bem em me juntar a esse cara?
Eu acho que um daqueles que atravessaram o ginásio com os músculos
feitos de anabolizantes ». E, no entanto, há momentos em que você precisa
confiar em quem confia em você. Coloque de lado medos e preconceitos.
As melhores coisas sempre são feitas entre duas. Dois é um número
positivo, como as duas mãos que prendem os sapatos ou puxam os de outra
pessoa para salvá-lo; Tente fazê-lo com uma mão! E então penso sobre o
que foi minha vida, no meu grupo. Nós éramos muitos, mas às vezes, no
meio, me sentia sozinha. E então eles me lembram um pouco de tudo: o
siciliano, Gancho, Schello, Coelho, Lucone e, claro, frango. Nomes
improváveis para garotos difíceis, com bicicletas poderosas, brincadeira
fácil, mãos ásperas e esquisitas, excelentes para perfurar. Como eu ri
daquela tropa. O tempo não sabia a medida das horas. Amanhã, noite, dia,
estávamos sempre juntos, com uma continuidade absurda sem solução. Se
eles me viram agora, o que eles poderiam me dizer! Só sei que há seis anos
eu me vi como um pequeno advogado, um desses advogados que, para
ganhar a vida, cuidam dos pequenos processos de acidentes de trânsito de
um parente ou amigo.
Eu me pergunto o que cada um deles fará, se eles abriram um pequeno bar
em uma das muitas praias desconhecidas, na Itália ou no exterior, ou uma
cama e café da manhã, ou se eles trabalharem em uma oficina. Algum
tempo atrás, passei por Piper e vi Hook na porta, com aquele remendo em
seu olho que lhe deu seu apelido; Ele sorriu para algumas crianças que
entraram no clube à tarde. Eu não podia acreditar no que meus olhos viram:
eu ainda usava a jaqueta de couro, tão estúpida como sempre, se não mais,
porque agora tem um pouco de barriga e um pouco de cabelo. E talvez
alguns deles tenham formado uma família. E então, de repente, cruza um
raio que deixa o céu limpo, inesperado, surpreendente. Eu tenho um filho.
Eu nem sei quando ele nasceu, se ele foi batizado, onde ele mora, quem é o
pai dele. Seu pai? Seu pai é eu, o outro é apenas o padrasto, o marido de
Babi. E Massimo, você conhece tudo isso? E Babi?
O que Babi quer fazer? Você vai dizer a ele um dia? Ele viveu seis anos
sem mim, quantas coisas aconteceram ... Então tirei o cartão do bolso. Eu
olho para isso, é elegante, tem uma carta definitiva, Babi Gervasi.
Aparecem números telefônicos, privados e de escritório. Eu deveria
escrever para você. Eu deveria pedir-lhe para me contar mais coisas. Mas
eu quero saber mais? E, enquanto retiro o telefone e olhei indeciso sobre o
que fazer, recebo uma mensagem. É ela.

Dezessete

Naquela página de um jornal amarelado, eu vi toda a história inteira

novamente. Você se lembra de quão forte eu estava segurando para você?
Você sabe muito bem, porque você sempre se queixou.

Estou surpreso com essas palavras. Eu vejo-me correndo de novo com a

motocicleta, a polícia municipal atrás de nós, numa perseguição em que
Babi acabou com sutiã e calcinha, apenas com a jaqueta. Terminou em um
pântano, mas não era lama, mas esterco. Eu passei um bom momento
provocando ele naquela noite, eu disse a ele que com aqueles pintas e que
fedores nunca iria subir na minha bicicleta. E ela, cansada, despida. Não
pude deixar de notar quão linda ela era, irritada ainda mais, e quando
cheguei em casa, ela não queria que ele fosse embora. O cabelo comprido,
desgrenhado, a pele branca e fria. O azul de seus olhos, no qual gostei de
me perder, como quando a vi dançando em Vetrine e, com nosso novo
amor, fugimos de noite na minha Honda azul escuro. Eu sinto a emoção de
cada um desses instantes, eles retornam como um tsunami de sentimentos,
e eu me pergunto por que Babi negou tudo isso, por que ele queria congelá-
lo, deixá-lo de lado, negar tudo até desaparecer. Eu sinto mesmo raiva,
desaparo por seis longos anos e depois parece assim, como se nada, e com
uma criança como uma surpresa. Ele sempre fez as coisas como ele queria,
e continua a fazê-lo. Então eu olho para o telefone novamente e leio:

Embora você não acredite, sofrei muito tentando me afastar de você. E eu

digo tentando, porque, se as coisas foram assim e no final estou agora com
você, talvez eu deva admitir que nunca entendi.

Claro ... Mas você se casou, trouxe meu filho para o mundo e não sei em
que clínica, com outro homem fazendo-o como pai e com sua mãe, aquela
mulher que sempre me odiava, que o teria segurado em seus braços, mesmo
antes do que você, com quão egoísta ele é. Naquele momento, eu teria
gostado de que Massimo o fizesse xixi, molhando sua blusa de seda ou
qualquer outra coisa tão elegante que ele usara naquele dia. E, pensando em
meu filho, o vingador, isso me faz querer rir.

Agora estou aqui novamente. Eu vi você e eu te encontrei bem, muito bem,

e estou feliz por ter conhecido Massimo. Eu não sei nada sobre sua vida e
eu gostaria muito de me ver novamente. Talvez como dois amigos, mesmo
que você não acredite na amizade entre um homem e uma mulher. Você
sempre me disse: "É uma besteira ... Talvez seja possível em apenas um
caso, se as duas pessoas estiveram satisfeitas bem e muito tempo passou".

É certo. Ainda me lembro, estávamos jantando com Pollo e Pallina. Ele

libertou uma das suas honestas irreverentes. "Eu costumava ser gay e sair
com você!" Ele disse apontando. Nós nos rimos e continuamos a beber
cerveja naquela noite divertida e tranquila, onde tudo era possível, era
infinito e nosso

Risos, nossa felicidade, eles não tinham limite. E vejo que Pollo ergue seu
Heineken e choca com o meu e depois se dissolve no vento, da mesma
maneira que a minha memória, como a vida que me levou embora. E você,
por outro lado, está aqui. Babi, você, você não merece isso, você não
cumpriu nossa aliança e você me fez sofrer infinitamente. E isso me faz
querer invocar o Senhor: "Deus, que mal fiz eu com você? Por que você
está me enviando de volta para mim? ».
Mas não consigo pensar em nenhum motivo, e olho para o meu telefone
para obter alguma explicação.

Em qualquer caso, uma coisa que eu posso dizer: estou muito feliz por ter
visto você novamente, você não sabe o quanto. Vamos ficar, se você sentir
vontade. Eu vou escrever você a menos que você me diga que você não
quer saber mais sobre mim. Adeus, Babi.

Por quê? Por que o destino sempre o coloca à prova? Para ver se a decisão
que você fez é a certa? Fazia falta? Então eu estou olhando meu celular.
Seria tão fácil: "Não me ligue mais. Ela desaparece para sempre da minha
vida ». Faça o que fez comigo. E, no entanto, não, não posso. Eu
permaneço assim, como em suspenso, sem tomar nenhuma decisão, deixe a
vida que decidir por mim. Mas uma coisa tenho certeza, e depois ligarei
para o celular.
-Giorgio?
- Sim?
- Você jogou Giuliana?
Sim, por que? Você mudou de idéia?
Não Ele também lhe deu meu número de telefone.
Dezoito

Quando eu sair, já está ficando escuro. Peguei a mochila e enviei uma

mensagem para Gin, avisando-a de que vou chegar atrasado. Não adicionei
nada mais. Não sei o que dizer. Recebo sua resposta atempada:

Estou de volta. Não se preocupe amor. Jantaremos quando você terminar.

E, pela primeira vez, essa palavra, amor, parece-me um pouco fora de

sintonia. Como se algo tivesse quebrado de repente. Como se eu tivesse
desrespeitado ele por manter a calma sobre um segredo que eu nem sabia.
Mas o que mais me surpreende é outra coisa: eu não estou sozinho, há um
pedaço de mim, uma peça que permanecerá no mundo, mesmo depois de
mim. E isso me conforta de uma maneira inexplicável. Meu filho.
Massimo. Se eu quero ou não, existe, e de uma maneira inexplicável,
sorrio, sinto-me ligado a esse estranho. Lembro-me de suas primeiras
palavras, seus cabelos escuros, seus olhos, seu sorriso: "Posso também
chamar você de Passo?"
Me desculpe, não consegui dizer-lhe outra coisa, conversar com ele um
pouco, ter todas as perguntas que estão agora na minha cabeça prontas.
Saúdo a garota na recepção e entre no vestiário. Talvez um dia meu filho
também vá para a academia e não vou saber. Na sala grande, a música é
alta; Apesar dos cristais grossos, posso ouvi-lo de qualquer maneira.
Dentro, há apenas garotas, ágeis, soltas, musculosas; Em um bar eles
desenham figuras acrobáticas, até muito difíceis, são apanhados, eles se
voltam, tentam se colocar verticalmente ou horizontalmente. Uma menina
com pele escura e cabelo loiro claro faz com que a bandeira revele o
intestino, que destaca abs abstratos perfeitamente esculpidos. Parece
tranquilo naquela posição. Não consigo imaginá-lo nos outros ... Estou
falando sobre dança bar americana, é claro. E, como se ela tivesse me
ouvido, a menina faz outro movimento e fica presa à meia altura, apoiada
apenas pela força de suas pernas. Então ele alcança o chão e abre os braços,
em um gesto para enfatizar que seu desempenho acabou. Os outros
aplaudem, e ela, divertida, arcos. Deve ser o professor desta nova
disciplina. Uma jovem em calças de estiramento azul escuro e uma camisa
comprida está se preparando para ocupar seu lugar. Mas na tentativa
desesperada de fazer algo que, pelo menos, parece um pouco, lembre-se de
mais uma dessas salsichas estranhas que estão penduradas nas imitações de
árvores das feiras da aldeia e que alguns blindfolded com tesão tem o que
derrubar. Bem, a menina continua a ser um momento vertical, enquanto o
professor grita algumas direções, então se aproxima e continua gritando
com as mãos juntas na frente da boca. Aqui duas coisas podem acontecer:
ou ela é surda ou ela realmente é uma salsicha.
Deixo minha toalha na beira de um banco e deitei a tempo de ver a garota
descer agitando sua cabeça insatisfeita. Eu decido não continuar cuidando
deles e eu começo a carregar os pesos, quero fazer pequenos peitorais. Eu
morro no banco e começo lentamente; Levanto vinte kilos para aquecer um
pouco. Sim, parece que voltei aos bons tempos, quando fui ao Budokan, a
academia onde comecei a treinar depois que Poppy me atingiu, um cara
gordo que me bateu perto do Café Fleming. Poppy me deixou muito ruim e
pensei em me vingar bem. Embora sem músculos eu não estava indo a
lugar algum. Lucone, Chicken, Hook, Bunny, o siciliano, conheci todos no
Budokan. Onde eu comecei a "inchar", onde o café da manhã era baseado
em ovos e anabolizantes, do Deca-Durabolin aos incríveis asteróides
usados com vacas e cavalos de corrida. Mas talvez eles fossem apenas
lendas. E, no entanto, alguém mudou a voz, tornou-se mais profundo, quase
cavernoso, e a barba apareceu onde não havia nenhum traço de cabelo. E
rumou-se que os anabolizantes, se fossem abusados, tiraram o apetite
sexual. Lembro-me de que o siciliano tomou o suficiente e disse: "Melhor
... Então me acalmei um pouco, quando há muitos, queixam-se!" E riu com
a risada feita de cigarros e cerveja e deu tudo, carregou o Pesa mais do que
qualquer: 140, 160, 180, 200 ... Eu levantei até 240 gritos tanto que as
meninas que estavam fazendo ginástica no último andar estavam
assustadas. E o siciliano ainda estava enrolado com nandrolone, apesar dos
perigos e dos efeitos indesejáveis, como o fato de eles terem dito que
ampliam tudo, exceto que, além disso, isso mesmo o fazia menor. Muitas
vezes eu vi uma vinheta que enfatizava o enorme tamanho dos músculos e
o tamanho reduzido do resto, e também no Budokan, sob o chuveiro,
naquela época eu percebi aquela estranha contradição, mas eu atribuí-lo a
uma chance de natureza. Nunca tomei nada. Embora tenha comido muito,
ingeri muitos ovos pela manhã, fígado, fermento de cerveja que mastiguei
com prazer, e Pollo olhou-me desconcertado porque estava nojo. Eu fui à
academia todos os dias, com disciplina, com vontade, com raiva. Cada
treinamento significava ir mais longe, manter o peso, controlá-lo, aumentar
e avançar apenas com a força da mente, da vontade, mesmo sentindo os
músculos gritando de dor, a carne quase implorando piedade sob o peso dos
pesos.
Eu levanto do banco e cobro cinquenta de um lado e cinquenta do outro.
Então eu me coloco novamente e faço cinco, seis, rapidamente, agora
percebo o peso e os últimos me custaram um pouco, mas eu termino.
Descanso Eu respiro minha respiração. Eu fecho meus olhos, eu separo o
bar novamente, eu faço mais dez. Esta vez já custa desde o início. Mas não
porque pesam. A raiva começa a crescer novamente. O riso de Babi e esse
pacote, um presente agradável e cruel, que primeiro me coloca na frente,
depois me tira da vista e, finalmente, deixa-me abrir. E eu vejo a camisa
listrada azul escuro e azul céu, idêntica à criança, meu filho. E a raiva
aumenta: eu conversei com Giuliana, decidiram tudo nas minhas costas.
Não, ela decidiu, sempre ela, Babi, entrando e saindo da minha vida; e
quase joguei o bar, parece leve, sem peso, tanta raiva que eu sinto. E ele
sobe, mais alto, mais alto do que os apoios, e depois cai sobre os apoios e
salta e inclina-se para a direita e para a esquerda, prestes a cair no chão,
mas, com as mãos, eu o paro.
- Ei, mas você é Step!
Eu me levanto e tento ver quem fala comigo. Há um menino antes de mim.
-Stefano Mancini, não é você? Você era um mito para nós. Minha
namorada cortou a foto da moto com aquela tia que se agarrava a você e
sempre me disse: "Você deve ser rebelde como ele, não tão preguiçoso".
Foda-se, você arruinou minha adolescência. Na verdade, nós quebramos e
eu não joguei! - E ele ri com um amigo dele que está ao seu lado. Ele é
magro, magra, mas bem proporcionado, tem cabelos cacheados, abundantes
e longos e olhos escuros. Parecia Renga, o cantor, se não fosse por seus
dentes ligeiramente danificados.
O amigo atinge os cinco como se ele tivesse dito algo incrivelmente
engraçado.
-Me chamo Diego; Venho ao ginásio de vez em quando, mas nunca vi você
antes.
-Estou no Circolo, mas nao geralmente venho aqui para treinar,
principalmente jogamos padel.
- Ah, o jogo dos queers!
E seu amigo começa a rir como um louco.
- Não, o que aconteceu, você é um passe, um passado verdadeiro ...! Estou
chorando com você! E então ele dá um tapinha nas costas.
- Oh, porra! Você me machucou! Bem, você é pesado, muito pesado!
Na verdade, seu amigo é gordo, redundante, ele é como um barril, e a
chicha o transborda.
- Seria bom para ele jogar tênis de pá. Apesar do que você pensa, está indo
bem, você sabe? Isso o coloca em forma e você perde peso.
Então pego a toalha do banco, me levanto, coloco-a nos ombros e vá
embora.
-Eh, Step, por que não batemos um par de socos?
Eu virei e vejo que Diego tem os punhos fechados na frente do rosto dele e
ele pula, ele me acende e ele quer ser legal, mas ele não pode.
"Vamos lá, há um anel lá ..." Ele me aponta com o queixo, bate a cabeça no
ombro como se dissesse: "Venha, não se faça implorar" e pisca de novo. É
demasiado. Talvez ele tenha um tic.
-Não, obrigado.
- Vamos, eu quero saber se minha namorada estava certa. Se eu sou
preguiçoso. - E o cara ao lado dela começa a rir, quase grita. Ou você tem
medo?
E eu acho que esse tempo passou, que eu não estou mais interessado em
vencer-me, para provar que sou o mais forte, e então eu acho que me tornei
pai, sim, eu tenho um filho e eu devo ser responsável. E eu deveria ter em
mente todas essas coisas, mas, em vez disso, eu de repente eu sorria e
apenas disse:
-Não, não estou com medo.
Dezenove

Nós preparamos sem dizer uma palavra, colocamos algumas luvas que
encontramos em uma caixa ao lado delas. Há também capacetes, mas ele
não o coloca, então eu descarto isso também. Ele tira sua camisola, depois
a camisa. É grande, bem definido, tem braços longos e pernas muito
agachadas. Começa a pular para a direita e para a esquerda, é leve nessas
pernas fortes, não tem muito peso na parte superior, é por isso que se move
com tanta agilidade. Seu amigo arrastou uma cadeira até a borda do anel,
tira uma goma e remove o papel. É a goma da ponte, um Brooklyn. Ele o
dobra e coloca na boca enquanto ele deixa o papel no chão. É alcaçuz, o
único sabor que não gosto.
-Você toma o tempo? Diego diz a ele. Três minutos estão indo bem? Ele
me pergunta mais tarde.
Sim
-Docelamos ou lançamos boxe?
-Como quiser. Então Diego sorri.
"Kick boxing", ele diz, e então grita com seu amigo, "Três minutos agora!"
E, imaginando um gongo hipotético, atinge uma luva contra a outra e vem
em minha direção. Seus golpes são precisos, todos diretos para o rosto e o
baú, mas eu posso detê-los. Ele é rápido, ele se move bem, ele sabe respirar
e, quando ele se afasta, ele pode até falar.
- Mais tarde, o nome dela era Eliana, e ela era muito boa, realmente, mas
muito boa; ela conhecia alguns pequenos jogos, mas queria uma história de
amor séria. "Como Step's!" Você entende? Porra, eu estava apaixonado por
você, e eu nem conheci você! Você poderia ter jogado para você ... "ele diz,
e ele pode encaixar os dedos dentro das luvas. Eu, por outro lado, não
consegui uma merda!
Seu amigo ri, ele também, e enquanto eu me distraio, Diego faz um salto
circular e me atinge diretamente no ombro. Isso me desestabiliza de forma
ruim e vou parar contra as cordas e, quando ele saltar e voltar a entrar, ele
me atinge com um chute frontal direto, trazendo a perna para o meu peito e
depois rapidamente para mim como se quisesse me fazer voar fora do
ringue. Mas eu sou rápido: sob o braço direito e me afasto com todo o
corpo evitando o contato de sua perna, frustrando-o, mas ele tira proveito
disso e libera dois ganchos, um direito e outro esquerdo, me alcançando no
rosto. Eu percebo o golpe, eu estou cegado pela visão; Na verdade, vejo
Diego duplo e rindo de riso.
-Se Eliana te viu agora ... Talvez você use seu capacete! Ele diz, e está
prestes a voltar à carga com uma série de socos.
No entanto, assim que ele se move, aproveito, me acorde, abra meu braço e
bata no rosto como se estivesse carregando um bastão de baseball. Diego
não vê nada, faz respiração seca e cai no

chão Seu amigo diz "Fuck" e ele mantém sua boca aberta. Desfaça as luvas.
- Bem, se Eliana estivesse agora, ela teria dito: "Você vê, ele estava certo,
você é preguiçoso". Saudá-la de mim ", eu digo, e deixe o anel pegar minha
toalha.
O amigo de Diego tenta reanimá-lo, abafou-o, o chama e, depois de o
martirizar, vejo no espelho que Diego o afasta com as mãos, mas ele
mantém a cabeça inclinada, tentando recuperar sua força.
Passar pelas garotas. O antigo está de volta ao bar, desta vez parece ter
colocado as mãos bem, não parece mais uma salsicha; ela conseguiu seu
pequeno feito e a professora concorda com a aprovação. Com um giro ágil,
ele volta de volta satisfeito. Gosto de aproveitar os sucessos dos outros, e
com esse pensamento entrei no vestiário. Eu tenho que fazer mais pulmões.
Tenho que começar a correr novamente. Eu tenho que ir ao ginásio mais
vezes. Eu não estou em forma O passo não está em forma. Quem sabe
como a competição push-up entre o Budokani terminaria agora? Eu ri para
mim mesmo. Parece um velho nostálgico entediado. Bem, o siciliano ainda
pode ganhar; É com uma dessas crianças que eu estaria com problemas.
Chega um momento em que o corpo o deixa, muitas reuniões, muitas
conversas sentadas no escritório, a indolência torna-se preguiça. Abro a
bilheteria onde deixei minhas roupas e vejo que o telefone está iluminado.
Eu respondo
- Amor, mas onde você está?
-No ginásio.
-Mas bom! Eu pensei que você tinha uma reunião.
-Não, eu precisava desabafar.
-Por que? Alguma coisa deu errado com o trabalho? Eu não deveria ter dito
a você.
-Eh, você está aí?
-Não, não, está tudo bem.
Sim, sim, com essa voz ... Quando você volta para casa, você me conta. E
ele ri. Se quiser, eu vou ao ginásio e nos dançamos como fizemos quando
nos conhecemos. Mas desta vez parece-me que vou derrubá-lo. Você não
está em forma!
-É verdade. Imagine, entrei no ringue.
-E como foi?
- Bem, pelo menos eu posso atender o telefone.
-Ja, ha, ha! Venha, não demora.
Esta é Gin. Gin e sua alegria. Gin e sua risada. Gin e sua facilidade. Gin e
sua elegância. Seu modo de aceitar coisas simples e o que a torna tão
bonita. Gin e sua transformação com um pouco de maquiagem e saltos
altos. Gin sexi. Eu começo a me despir, coloco minhas chinelas, pego a
toalha.
Gin, quão difícil foi recuperar seu amor, sua apreciação, sua confiança.
Estou sob o banho e lembro-me de tudo o que fiz para recuperá-lo.

Vinte

Todas as manhãs eu fico na frente de seu portal. Chego antes das oito,
então Gin sabe que estou lá. Você tem que saber que eu te amo, que cometi
um erro, e mesmo que o tempo não seja suficiente para apagar meu erro,
talvez você possa pelo menos me perdoar. Então eu estou aqui. Quando
Gin não sai e fica em casa, eu sei que ele me olha pela janela. As pessoas
que vivem ao redor me observam com curiosidade, não me conhecem
como Passo, mas como "O que está lá". Na outra manhã, uma mãe passou
carregando seu filho pela mão. Quando chegaram ao meu lado, a criança
me apontou com a mão livre.
-Mom, é o cavalheiro que está sempre esperando. A mulher sacudiu-o um
pouco, puxando-o para longe.
-Calla.
- Mas é ele, eu o reconheci.
Isso me fez querer rir. Eles falam sobre mim nas casas do bairro. Mario, o
jornalista, me cumprimenta. Descobri que Alessia, a garota que leva o
cachorro todas as manhãs, é advogada. Depois, está Piero, o florista;
Giacomo, o padeiro; Antonio, o reparador de pneus. Todo mundo me
cumprimenta, mas ninguém teve a coragem de me perguntar por que estou
aqui. E um mês se passou. Hoje Alessia perdeu o cachorro, escapou; Eu ia
atravessar a rua quando um carro estava vindo, mas consegui detê-lo.
Inclinei-me com ambas as mãos ao redor do meu peito e abracei-o. Ele é
um golden retriever dourado, grande e forte, mas consegui detê-lo. Alessia
chega correndo.
-Ulisse! Ulisse! Já lhe falei mil vezes! E encaixa a alça no colarinho. Você
não deve se afastar! Você entendeu?! Ele grita com a mão levantada na
frente de seu focinho, embora Ulisse olhe para a frente, impassível. Você
entendeu? Você entende sim ou não? - Então ele se acalma e fala comigo
...: Ele sempre faz o que ele quer ...
"Ah, bem, você, colocando Ulisse sobre ela, o que você esperava?" Mas eu
não estou dizendo a ela, ela ainda está com medo de entender que é apenas
uma brincadeira estúpida.
"Obrigado de qualquer maneira ..." ele diz, e um sorriso é desenhado. Meu
nome é Alessia.
Eu sei o nome dele porque sua mãe, todas as manhãs, grita para ele da
janela para comprar cigarros.
"Passo", respondo, e eu aperto a mão.
Ele pausa por um momento e então encolhe os ombros.
-Can eu convido você para um café? Venha, eu adoraria. Ele parece
indeciso.
- O que você quer levar, hein? ...

-Um café é perfeito.

Cruzamos a rua para entrar em um bar quando sua mãe aparece, que, sem
procurá-la, grita para o bairro:
-Alessia!
"Os cigarros", nós dois respondemos em coro.
Sim, mãe, tudo bem. Então ele se vira para mim. "Ele gosta de fumar, você
sabe?"
-Não ...
O rosto redondo de Franco nos acolhe no bar.
- Você nos colocou dois cafés? Passo, como você quer?
- Um corte longo e com leite quente, sem açúcar. Ele repete e depois
acrescenta:
- E para mim, como sempre, obrigado.
Alessia acaricia Ulisse e me faz a única pergunta possível:
- Vejo você todos os dias aqui embaixo. É uma aposta ou você tem que
perdoar alguma coisa? - E ele me diz com a sutileza típica dos advogados.
Então ele acrescenta: "Seja o que for, se você quiser, eu vou te dar uma
mão; O que você fez para Ulisse foi um passe ... "E ele o acaricia ainda
mais com o pescoço dele.
- Você não pode me ajudar, mas eu aprecio isso.
Um belo dia atrás, o céu é claro, é uma extensão de azul, e ficamos na porta
do bar.
Alessia tem seu café curto na mão e eu toco um pouco com Ulisse, que não
tem vontade de voltar para casa. No entanto, Alessia está prestes a bloqueá-
lo, ele tem um teste às onze horas.
Quando eu me preparo para me despedir dela, Gin aparece no outro lado do
cruzamento de pedestres, olha ao redor, está surpreso por ele não estar lá, e
quando ele me vê, ele esguelha e não parece muito bem. Alessia percebe.
- Em vez de te ajudar, parece-me que tenho coisas complicadas. - E ele diz
com um ligeiro arrependimento.
-Não te preocupes.
- Você sabe, nesses casos, pensar que há outro para o melhor que pode
melhorar a situação ... Então leva a Ulisse, ele puxa e ele me olha
levantando a cabeça e encolhendo os ombros.
Bem, espero que tudo venha bem, fico feliz por te conhecer; de uma forma
ou de outra, nos veremos de novo. De qualquer forma, pena ... "Ela sorri
para mim sem acrescentar nada mais e desaparece na rua em direção à loja
de tabaco.
Não sei o que ele quis dizer. Mas também não estou muito interessado. Só
sei que agora também conheço Franco, o que está no bar, que prepara um
excelente café.
No dia seguinte, volto lá, no lugar habitual, quando Gin sai do portal. Ele
vai com a mãe dele. Então ele me vê e diz algo. Sua mãe acena com a
cabeça. Gin está indo em minha direção com determinação e segurança.
Seu passo não promete nada de bom. Não ria, não pare de me olhar,
atravesse a rua sem sequer olhar se um carro vem. Ele tem sorte, não vem;
Ele anda tão rápido que em um instante ele já está na minha frente, ele me
aborrece, em qualquer momento ele me dará uma colisão. Então, com o
rosto próximo do meu, ele me mostra toda a raiva dele.
-E bem? Você jogou isso também?
Sinto falta de um sorriso idiota, mas a verdade é que eu realmente não sei o
que diabos fazer.

-A quem? - E enquanto eu digo isso, eu entendo que eu deveria ter liderado

a discussão em uma direção completamente diferente.
-A quem? A ela. É evidente, não o outro! Para ela, para Alessia, o
advogado. Conheci ela desde que ela era pequena. Viver no segundo andar
do edifício ao lado do meu. Ele está namorando um médico por três anos,
mas ele o engana com um mais novo, um idiota chamado Fabio, um como
você.
Fecho meus olhos e decido tentar:
- Fale-me.
-Favor me por aquele que você jogou fora primeiro ou perdoe-me pelo que
você jogou ontem? Não, explique. Então eu sei o que desculpa eu deveria
ter em conta.
Eu vejo que ela está ferida, com raiva, como nunca esteve. Seu rosto está
contraído, marcado, quase parece mais angular. E tudo é minha culpa.
- Fale-me, Gin ... Mas ele não me deixa falar.
- Você poderia ter pensado nisso antes. Você não sabia que eu me sentiria
mal? O que você imaginou? O que teria aceitado sua traição como se nada?
Você já sabia quanto tempo esperava por você, certo? - Ele tem lágrimas
em seus olhos, eles se acumularam na parte inferior, como uma enorme
barragem prestes a explodir.
"Sério ... Não sei o que aconteceu comigo, eu juro, eu gostaria de voltar e
não fiz o que fiz.
- Você não pode resistir a ela, essa é a verdade. O mesmo acontecerá toda
vez que você a conhecer ... - Eu percebo uma resignação amarga em suas
palavras.
Não Você está errado, Gin. Foi apenas o desejo de mostrar que ainda era
meu. E, por outro lado, tudo acabou e eu percebi ...
- Enquanto você estava jogando?
Gin nunca me falou assim, a raiva a transforma, a faz mal como nunca foi.
- O nosso poderia ter sido um amor precioso, no entanto, você escolheu não
me amar, não foi suficiente para você. Você estragou tudo. Agora, de
qualquer forma, será imperfeito.
E ele sai antes de explodir em lágrimas. Ele chegou a sua mãe e eles
começam a andar em silêncio, sem dizer nada. Era suficiente para sua mãe
olhar para ela por um momento para entender que nenhuma palavra poderia
confortá-la. Então ele se vira e olha para mim. Ele tem a mesma expressão
em seu rosto naquela manhã quando ele me deixou entrar com um buquê de
rosas. Minha primeira tentativa de fazer Gin me perdoar. Deixei as flores
na mesa em seu quarto e lá encontrei seus diários. A verdade de Gin, seu
sonho, escondido de todos. E esse sonho era eu. Ele me amou há muito
tempo, ele conhecia minha história com Babi, ele sabia muito sobre mim,
eu também estava nos Estados Unidos porque ele conseguiu fazer amizade
com minha mãe. Sim, mesmo da minha mãe. Então, nossa primeira
reunião, no self-service do posto de gasolina, de noite, quando roubei a
gasolina. Eu pensei que tudo aconteceu por acaso e, em vez disso, ela
planejou todos os detalhes. Gin e a paciência de sua mulher. Gin e amor
absoluto. Gin e seu grande sonho ... E eu o destruí em uma noite. Dou uma
última olhada para sua mãe. Ela me olha sem repreensão, sem me julgar,
talvez queira entender o incompreensível, entender a dor da filha, que
parece imensa, tão grande que não tem coragem de perguntar ... Mas se ela
me viu e o que ela Ele gritou no meu rosto, ele sabe que tem que ver com
uma decepção, que é minha culpa, por um erro. Embora seja grande o
suficiente para ser imperdoável? Isso não significa desistir da possibilidade
de ser feliz? E precisamente naquele olhar que me acompanha, parece
vislumbrar essas reflexões. E então, algo me faz pensar que talvez ela seja
o último cartão que eu deixei para jogar.
Vinte e um

No dia seguinte.

São quase dez e trinta, quando Gin sai da casa e sai do meu esconderijo,
uma árvore atrás da qual fiquei para que ele não me veja. Não conheci
Franco, nem Alessia nem ninguém. Gin usa Dark Ray-Ban, uma jaqueta
preta e seus cabelos em um rabo de cavalo. Normalmente, ele não usa
óculos, e o sol, hoje, também não é deslumbrante, mas talvez seja a única
maneira de não mostrar os traços da noite em que ele passou me
amaldiçoando, quem sabe. Sua maneira de chorar é única. Parece-me que
nunca vi alguém chorar como ela, em silêncio, com as lágrimas caindo um
após o outro sem a intenção de parar. Ele é imparável, como se ele
realmente se liberasse de toda a dor que ele sente. Até agora, o motivo
desse choro não era eu, mas Francesco, sua namorada, como ela chamou,
justificando com esse nome todos os meus invejosos ciúmes. Francesco
tinha sido seu primeiro e único namorado, o mais castrado de todos, por
isso ela ainda se lembrava dele. Ele transformou a beleza desse primeiro
amor no pior erro de sua vida. Naquela noite, eles se despediram de uma
forma um tanto apressada e ela voltou para casa para continuar estudando.
Mas algo estava em sua mente, então ele tentou chamá-lo, mas seu celular
tocou sem ser pego. Ele foi procurá-lo em Gilda, o lugar onde ele poderia
ter ido. Quando Gin disse isso, ele começou a soluçar, com raiva, ela me
assegurou, "porque ele era um verdadeiro bastardo", ele acrescentou, "ele
traiu minha confiança". Um sexto sentido levou-a à casa de Simona, uma
amiga dele, que, no entanto, não gostava de Ele, porque sempre dizia:
"Veja que você é tolo sobre isso". Então, às quatro e quatro da manhã, o
portal da casa de Simona abriu e Francesco apareceu como o pior filho que
já viveu na Terra. Gin sentiu uma grande dor passar por ele, e um momento
depois ele decidiu que a única maneira de corrigir era vingar-se de quem
não respeitava as regras do amor. Ela estava em seu carro, soltou a
embreagem e atirou no Mercedes 200 SLK de Francesco. Um golpe
incrível que o atingiu diretamente; de um lado e na porta. Gin também é
isso: amor e raiva, orgulho e lágrimas. No fundo, acho que a cicatriz da
memória de Francesco ainda doeu, então ela começou a chorar baixinho e a
me dizer: "Nunca mais me faça assim, não aguento mais isso". Beijei seu
rosto ainda molhado e fui para Monti. Foi a abertura de uma loja de amigos
e foi distraído um pouco entre sacos de neoprene, cintos coloridos e brincos
com sinais de trânsito, outra bola ou comprimentos pendurados de todas as
sombras possíveis. Ele parou diante de um par de brincos feitos de papel
com desenhos de estilo oriental, ele os tentou e seu rosto se iluminou, mas
no final decidiu não comprá-los. Pity, eu era linda com esses brincos
longos. Então ele encontrou um amigo dele e eles se cumprimentaram
beijando um ao outro com grande carinho. O nome dela era Gabriella, eles
passaram a aula juntos, mas ela era uma aluna melhor, ela me disse rindo.
Eles continuavam falando, rindo e brincando sobre o que aconteceu com
alguns amigos comuns, sobre como eles mudaram, sobre o que eles
estavam fazendo, e ambos ficaram surpresos com o fato de uma certa
Pasqualina finalmente ter prometido a si mesma. Olhei para ela de longe e
falei muito, parecia que nunca ia parar; De vez em quando, ele moveu as
mãos. Por fim, ela se afastou da tristeza que a dominou. Gin ouviu sua
amiga divertida e no final ela soltou uma risada bonita. Já era, a tristeza
tinha ido completamente. Um pouco como as crianças, que vão de chorar
para rir sem perceber. Ele me olhou de longe e então ele também sorriu
para mim e piscou um pouco, como se dissesse: "Tudo está bem, estou
melhor, obrigado"; Pelo menos, foi o que eu pensei que entendi.
Quando chegamos em sua casa já era noite. Ele saiu da bicicleta e me
abraçou com força. Ele me sacudiu por um longo tempo e sussurrou no
meu ouvido:
- Obrigado, você foi muito bom.
E nos olhamos um para o outro. Então ele balançou a cabeça.
"Você não sabe o quanto eu te amo, Step.
Mas ele não me deu uma oportunidade de responder. Ele correu para fora e
entrou no portal sem se virar, como se tivesse quase se envergonhado de
sua declaração.
É certo. Talvez ele realmente não soubesse. Ele tem uma maneira própria
de amar. Quando cheguei em casa, meu celular tocou.
- Querido! Ele me dominou com o entusiasmo dele. Você não precisava!
- Como?
-Idiota! Eles eram muito caros!
- Eu acho que você está errado; Gostaria, mas infelizmente deve ser um
detalhe de algum outro admirador seu.
Ela riu como uma mulher louca.
- Talvez você não tenha notado, mas naquela loja como um possível
admirador você estava lá! Os outros eram mulheres ou gays!
Eu também ri, não tinha notado; Ele estava observando-a sozinha o tempo
todo, esperando que ele dissolvesse essa dor.
- Eu os amo, eu queria comprá-los, mas eles custam demais.
E naquele momento eu obtive uma foto. Era ela com os brincos que tinham
sido colocados no bolso da jaqueta. Ele escreveu:

Você gosta? Para mim, muito, quase tanto quanto você! E não para essas
surpresas traiçoeiras.
Então eu a ouvi rir novamente no telefone.
-Você chegou? Talvez depois de lhe enviar um sexo sexy e meio como uma
recompensa. Hoje você foi realmente perfeito.
E desligou. Bem, fiquei feliz. Ele se sentiu melhor. Então eu decidi ir à
cozinha e tomar uma cerveja, desfrutar de um pouco de relaxamento, talvez
passar algum tempo no computador ou assistir a um filme, quando de
repente o telefone tocou. Era uma mensagem, uma foto. E fiquei surpreso.
Ela e seus puristas. Ela e a timidez dele. Ela e sua sinceridade. Ela estava
no crepúsculo, mas estava nua, vestindo apenas os brincos bem iluminados.
Abaixo da foto, ele havia escrito:

Somente para você, para sempre.

Eu senti vontade, então eu decidi responder:

Gostaria de estar aí. Para tirar os brincos e poder te amar agora.

Ele me enviou um coração imediatamente.

Bem, isso é Gin. Naquela noite, ela apenas superou sua dor quando se
sentiu amada.
Mas hoje, como posso superar? Desta vez, o culpado é eu, devo fazê-lo
acreditar novamente em mim.
Então toco na porta e preparo algo para dizer. Só vem à minha cabeça:
"Você tem que me ajudar". Talvez seja melhor: "Gin é ótimo e eu sou um
idiota", seria a verdade, mas acho que ele fecharia a porta na minha cara e
não gostaria de continuar me ouvindo. Eu permaneço em silêncio, com o
rosto contra a porta fechada e penso em outras frases possíveis. Mas não
consigo pensar em nada. Há momentos na vida que parecem infinitos. Este
é um deles. Então eu ouço passos próximos a isso, no final, eles param
atrás da porta.
Quem é?
-Stefano Mancini.
- quem?
Bem, vá. Pior ainda. Ele nem sabe quem eu sou. Então a porta se abre e a
senhora que freqüentemente sai com Gin aparece: sua mãe.
- Bom dia, senhora, sou uma amiga da sua filha ...
- Eu sei quem você é.
Fico em silêncio. Eu me sinto morrendo. Foda-se, na vida eu fui perfurada
com caras que eram o dobro do que eu e eu não senti nada e, antes disso,
antes da aparência desta mulher eu sou como um creme.
- Você é Step, certo? Minha filha me contou sobre você.
-Sim sou eu. E o que Gin disse?
- Não abrir Então ele sorri para mim. Mas eu fiz isso ...

Vinte e dois

Naquela manhã, Gin sai e não a vê. Por um lado, ele é feliz, mas no fundo
ele se arrepende. Eu não pensei que ele ficaria cansado tão rápido, embora,
se assim for, isso significa que é o melhor para todos. Sua avó Clelia
sempre disse a ela: "Você deve fazer os homens esperar até que eles não
possam realmente fazer isso, e você também pode. Isso é certo, aquele que
detém e permanece é o perfeito ». O passo não foi perfeito. Pity, ele
gostava mesmo de sua imperfeição.
Na faculdade, ocupado com aulas de direito, não pense muito sobre isso.
Envie uma mensagem para casa, informe a sua mãe que chegará em torno
de seis e, à hora do almoço, você terá um sanduíche de salmão e um suco
de maçã, laranja e cenoura. Sua mãe lê a mensagem e sorri. "Para saber o
que minha filha vai dizer sobre tudo isso. Eu sei, ela vai me acusar de ser
um traidor, mas no final ela vai pensar que eu tenho feito bem. Pelo menos,
espero que sim. "E, dizendo isso, ele pega o envelope e coloca na cozinha
quando é hora de dar a ele. Às seis horas e algo ouvindo a porta se abre.
-Mom, você está aqui? Sou eu...
Francesca começa a bater seu coração com força. Ele teme que ele a
descubra, que a emoção de seu rosto possa trair ela. Sua filha é
particularmente sensível.
- Bem, você está aqui! O que faz? Gin está na porta da cozinha.
- O que você acha? Francesca mostra-lhe o ferro na mão e uma camisa de
seu pai ao lado dele na mesa.
- Deixe-me adivinhar ... Mmm ... - Então sorria como se você adivinhasse.
Já sei! Você está tentando queimar a camisa de um pai!
-Exacto! E, se eu conseguir, você vai segurá-lo, tão exigente como ele é.
- No caminho, onde está?
- Jogando futebol com seus amigos.
- Ele mantém a forma, não há como negar ...
Gin vai ao seu quarto e, por um momento, pensa que seu pai está em forma
e sua mãe passando suas camisas, tentando sempre olhar bonito, elegante,
apropriado em todas as situações, perfeito. Ou seja, sim, perfeito. Quem
sabe quanto tempo o fez esperar, de acordo com as regras da avó Clelia.
Gin ri. Quem sabe se eles ainda sentem paixão e o que acontece no quarto
uma vez por semana?, Mês ?, ano? ... Gin lembra Step, como eles viveram
antes, os dias que passaram em As Maldivas, com quase nada, na água
quente, na praia, no bangalô, sem horários, sem tempo, sem compromissos.
Sexo, amor, não houve tempo em que não tocaram. Passar por ela era uma
espécie de ímã; Ela sentiu isso, atraiu-a, ela só teve que tocar sua perna,
suas costas ou apenas um braço para que ela acendesse. Nunca aconteceu
com nenhum homem; Bem, não é como se eu tivesse muitos. E então o
cheiro, o cheiro de Step, ao qual ele lambeu e beijou em todos os lugares
quando ele o segurou em seus braços. Um afrodisíaco natural. Era uma
questão de química. Além disso, Gin tinha cuidado de documentar: eram os
feromônios, uma substância perfumada produzida por humanos e que
conduz diretamente ao parceiro certo. E pensar que alguém até a acusou de
frio, outros gelados ... Não, a verdade era que ela nunca tinha amado, e o
amor às vezes pode ser com o que ninguém nunca poderia. Gin ri sozinha.
Frigido, nada, com o Passo ele acreditava que ele se tornara uma espécie de
nympho, estava com medo e ficou surpreso ao mesmo tempo para se
parecer com isso. Como aquela noite no bangalô quando, sob as estrelas,
ele disse:
- Basta, o suficiente, por favor.
Eu estava tremendo com o que eu sentia e com o que eu tinha desfrutado.
Step sorriu, pensou que ele estava provocando ela.
- Você não entende, eu estava na Omega. Estou completamente lido!
-Lelada não existe! Em qualquer caso, será surpreendido!
"Sim, mas se eu disser certo, não sou!
E eles continuaram a rir e depois bebiam cerveja gelada, olhando as
estrelas, e Gin estava perdida em seu abraço e nos seus olhos e em cada um
dos seus beijos, que parecia único, especial.
-És meu?
-Só você.
Na noite seguinte, eles fizeram o amor mais docemente; ele sentiu que se
movia dentro dele, primeiro lentamente, então mais alto, com paixão, e Gin
mordeu seu pescoço e segurou-o contra ele, quase gritando.
-Calla! Ele sussurrou, rindo. Há vizinhos.
- Estarão felizes se eles me ouvirem gritar assim!
Ficaram adormecidos, perdidos no gosto desse amor, ainda gostosos de
sexo, com a boca aberta, um dentro do outro, vivendo a mesma respiração,
nunca se separando.
Gin parece despertar daquela lembrança e lágrimas vêm aos seus olhos.
"Não era o suficiente?
Você queria mais? Não era a coisa mais bonita que poderíamos viver?
Você precisava estar com ela novamente? E, no entanto, você já a
conhecia, não era nem uma conquista. Por que? Ele tem feito a mesma
pergunta há meses e não encontrou a resposta por meses. E ele não teve
relações sexuais desde então. Talvez eu nunca mais voltei! Oh, minha mãe,
você nem quer pensar sobre isso.
-Mom! Ela vai à cozinha e, ao caminhar lembrando os pensamentos que ela
teve com ela e com seu pai, ela sente vontade de rir.
Francesca terminou de passar a ferro; Ele puxa para trás um pedaço de
cabelo que caiu no rosto.
Sim, querida, fale-me.
Gin aparece no fato de treino na porta.
- Vou correr por um tempo. Preciso respirar. Estou em casa em uma hora.
Francesca assente gostaria muito de lhe dizer tudo, sim, bem, o plano, o
que você previu, mas não pode.

- Claro, tesouro. Até logo.

E então ele a vê sair e pára em frente a essa porta fechada e a tristeza de
Gin, o que, embora não possa ser visto, mostra. E a culpa é precisamente
aquele garoto, Step. Francesca balança a cabeça. Vamos ver como Gin
leva, "Eu não sei, eu não sei". Mas já está decidido, ele não gosta de ter que
aceitar as coisas sentindo ociosamente. Francesca acredita que dar um
passo é sempre melhor do que não fazer nada, deixando o tempo dominar a
dor. E se o tempo não bastasse? Comece a armazenar a roupa que você
preparou no lugar. Em seguida, é permitido um pequeno sorriso. Não, ela
está convencida de que ela agiu bem.

Gin chega com o Micra no lago Tor di Quinto, parques e, assim que ele sai
do carro, ele coloca seus fones de ouvido, seleciona sua lista no Spotify e
começa a correr. A primeira música para tocar é Up & Up, pelo Coldplay.
[5] "Bem", ele diz para si mesmo, "eu tenho que começar a pensar em uma
nova vida. Passo parou de me procurar, ele conheceu Alessia ou algum
outro, ele entendeu que não valia a pena, que seria mais fácil. "E esse
pensamento o machucou, ele gostaria de tê-lo ainda muito, muito tempo em
frente ao seu portal e no final, perdoa-o. «Você pode perdoar no amor? E
eu, eu poderei perdoar? Ainda não pensaria que ele, nesses momentos, não
fosse meu? Sua boca, sua língua, sua respiração, seu abraço, sua cabeça,
seu coração, o dele ... Não. Eu não quero pensar sobre isso, porra! Era isso,
eu tinha que dizer isso! E ele ri, aumentando seu ritmo um pouco. Ok,
vamos começar a imaginar uma nova vida, sim, uma nova vida com outra.
Comecemos com as pessoas que ultimamente tentaram se conectar comigo:
um, Giovanni, bonito, mas um pouco estúpido. Ele estuda medicina, mas é
tudo eu, eu, eu. "Eu sei como fazer isso, eu sei como fazer o outro. E eu ...
"Como será na cama? Oh, minha mãe, não é isso. Não consigo pensar em
meu toque. Dois, Alessandro. Alto, magro, um rosto bonito, interessante.
Mas também insegura. Eu deveria provocá-lo e, para ser sincero, não sinto
vontade. Ele me repete muitas vezes que eu sou bonito, como se fosse uma
limitação em vez de um simples ponto a favor. Está condicionado por ele
próprio. Eu sempre seria atormentado, uma tortura contínua. Muito o
oposto desse idiota e proxeneta do Step! Deixe-o ir para o inferno! Ela diz
isso quase com raiva, sabendo o quão perfeito era apesar de ser totalmente
imperfeito e quão bom era para ela. OK Já basta. Acabou-se. Faltaria mais.
Saia da minha vida, Step, para sempre. Definitivamente Eu tenho que
percorrer o portal sem qualquer curiosidade, sem expectativas, sem pensar
que pode estar lá fora e, se for, seguir em frente, deixá-lo para trás, naquela
vida que não mais me pertencerá, que traz consigo uma dor muito grande. -
E ela continua a correr concentrada, mantendo a respiração, mantendo o
ritmo, auxiliada pelas notas de Come, de Jain.
[6] Então ele tem iluminação. Sim, também existe Nicola. Ele é o único
que me faz rir e me faz passar um tempo divertido e despreocupado na
faculdade. Uma vez que ele mesmo me acompanhou para casa.
Se Step nos tivesse visto ...! Isso teria sido bom, ele teria merecido isso.
Embora não tenha sido justo para Nicola. Sempre atento, amigável, nunca
uma palavra demais, e não uma alusão. Ele sabe como manter-se comigo.
Ele viu que não é o momento, que por enquanto é bom conhecer-se,
distrair-se, rir. Ele me convidou para jantar mais de uma vez, mas eu disse
que não. Se você me procurar e me convidar novamente, está decidido, eu
aceitarei. "
Então Gin empurra o ritmo. Ele começa a correr com ímpeto, é a última
volta antes de voltar para casa para jantar com seus pais. Ele não sabe que
as coisas irão completamente diferente.
Vinte e três

-Mom, volto!
Gin fecha a porta atrás dele e percebe um silêncio estranho.
-Mom, você está aqui?
E então aparece Francesca, que parece ter encontrado a necessária
tranquilidade.
- Sim, claro que estou ...
-O que você estava fazendo?
Gin levanta uma sobrancelha ligeiramente suspeita.
- Eu estava cozinhando, por quê?
-Mmm ... É verdade, cheira muito bem. O que você preparou para esta
noite?
- Estou fazendo um bom creme de cogumelos para o pai ...
-Que queres dizer? E não para mim? Você não está me explicando tudo.
- Mas o que você diz? Francesca ri. Claro, também é para você! Mas eu não
sei se você ficou ou algo assim ...
Gin está em silêncio. Seu coração começa a bater mais rápido. Ele sente
que tem falta de ar e, por um momento, a cabeça dele está girando. «Quem?
O que? Ele não pode estar aqui. Outra vez não. Agora não. Com minha
mãe, não. "Gin então olha para ela, mas sua mãe está calma, ela sorri para
ele, balança a cabeça como se dissesse:" O que você tem, meu pequeno? "
E então, pronuncie uma frase simples:
-Eleonora deixou um envelope no seu quarto, talvez alguns ingressos, eu
não sei, não o abri.
-Claro! O que eu estava perdendo!
Gin volta a ser "o difícil", o certo de si mesma, e rapidamente vai para o
quarto dela. Francesca faz um suspiro de alívio, a coisa mais difícil já
aconteceu. "Bom, pensei que não deixaria essa".
Na mesa há um envelope fechado, Gin rasga-o de um lado para abri-lo e
encontra uma nota com a letra inconfundível de Ele.

Ei, como você está, querido? Faz um tempo que nos vimos! Você está
vindo ao restaurante Mirabelle na Via di Porta Pinciana, 14 na noite?
Venha, uma boa cinza juntos! Eu tenho que lhe dizer algo importante. É
algo muito importante, e não posso te falar no telefone! Não se faça
implorar como de costume e venha, hein? Reservei uma mesa para as duas,
às nove horas, em nome de Fiori, só para você e para mim! Vamos, espero
por você!
Gin dobra a nota. Já são oito e oito. "Oysters, ainda tenho que tomar banho
e não sei se vou estar pronto às nove. Bem, eu vou chamá-la. "Gin pega o
telefone, marca o número, mas salta o correio de voz. Nada, como sempre,
ele é uma lianta. "O que posso, eu vou ter que fazer tudo correndo!"
-Mom! Ela grita para ele de seu quarto enquanto ela se despira
rapidamente.
- Sim, querido?
- Nada, que esta noite eu vou jantar fora!
"Não me diga", Francesca pensa, "de verdade?" E ela parece muito feliz.
- Tudo bem, querida, não fique muito atrasado.
-Não, não
E, em um salto, Gin fica sob o chuveiro.