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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO

29" Câmara

APELAÇÃO C/ REVISÃO
N° 941658- 0/4

Comarca de SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 7.V.CÍVEL


Processo 196/00

APTE HELENA MARIA CENZE RIBEIRO


APDO JOSÉ JORGE SEBA

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos,


os desembargadores desta turma j ulgadora da Seção
de Direito Privado do Tribunal de Justiça, de
conformidade com o relatório e o voto do relator, que
ficam fazendo parte integrante deste julgado, nesta data,
negaram provimento ao recurso, por votação unânime.
Turma Julgadora da 29* Câmara
RELATOR DES. FRANCISCO THOMAZ
REVISOR DES FERRAZ FELISARDO
3 o JUIZ DES SILVIA ROCHA GOUVEA
Juiz Presidente DES PEREIRA CALÇAS
Data do julgamento : 13/09/

SCO THOMAZ
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
APELAÇÃO COM REVISÃO N° 941.658-0/4

APELANTE : HELENA MARIA CENZE RIBEIRO.


APELADO : JOSÉ JORGE SEBA.
COMARCA : SÃO JOSÉ DO RIO PRETO.
29" CÂMARA

EMENTA: BEM MÓVEL -


MEDIDA CAUTELAR - DESISTÊNCIA
DA AÇÃO DEPOIS DE
ANGULARIZADA A RELAÇÃO
PROCESSUAL E OFERECIDA A
CONTESTAÇÃO - MANIFESTAÇÃO
QUE IMPLICA NO PAGAMENTO DAS
DESPESAS PROCESSUAIS E DE
HONORÁRIOS DO ADVOGADO DO
CONTESTANTE (APLICAÇÃO DO
ARTIGO 26 DO CPC) - RECURSO
IMPROVIDO.

VOTO N° 7080

Trata-se de medida cautelar de busca e


apreensão de bem móvel, extinta sem julgamento de mérito, com
^fundamento no artigo 267, VIII, do CPC, por força da decisão
>mologatória de desistência da ação manifestada pela autora,
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carreando à desistente o ônus pelo pagamento das verbas


sucumbenciais (fls. 132).

Inconformada, apela a autora (fls.


138/140), impugnando a fixação da verba honorária que lhe foi
imposta na decisão homologatória de desistência da ação, haja vista
que a demanda perdeu o seu objeto, considerando que o veículo em
apreço foi localizado e apreendido pelo Banco Continental, em ação
de reintegração de posse promovida contra a ora apelante. Não
havendo vencedor ou vencido e consoante entendimento legal e
doutrinário, a sucumbência não é devida, devendo cada uma das
partes arcar com os seus respectivos gastos.

Recurso regularmente processado,


preparado (fls. 141) e respondido.

^v É o relatório.

\ Insurge-se a apelante contra o


arbitramento dos honorários advocatícios que lhe foram impostos
na sentença, alegando que a desistência da ação por ato unilateral,
por si só, não a sujeita à condenação.

No presente feito, é bem verdade, e como


reconhecido pela E. Primeira Câmara do extinto Primeiro Tribunal
de Alçada Civil, em acórdão relatado pelo juiz SILVA RUSSO
Tkgravo em apenso), por ocasião da propositura da demanda,

APELAÇÃO COM REVISÃO N° 941.658-0/4 - VOTO N° 7080


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preenchia a autora os requisitos necessários para o exercício da


ação, mas que por fato superveniente não comprovado nos autos,
teriam deixado de subsistir.

É que conforme noticiado pela autora,


com o ajuizamento da ação de reintegração de posse movida pelo
Banco Continental, com posterior liquidação total do contrato por
parte da apelante, propiciou-se o imediato retorno do bem à sua
posse, perdendo o presente procedimento o seu objeto.

Todavia, não trazendo a apelante para os


autos, como era de rigor, prova documental dos fatos relatados na
petição de fls. 125/126 em que se alicerça para pleitear a desistência
da medida cautelar, atento ao que dispõe o artigo 26 do CPC,
corretamente atribuiu-se à apelante a responsabilidade exclusiva
pelos encargos sucumbenciais, cuja verba honorária no valor de R$
300,00, por sinal, foi fixada de maneira parcimoniosa.

Eventual direito à composição de


prejuízos, poderá e deverá ser buscado em procedimento próprio.

Face^ão exposto, pelo meu voto, nego


provimento ao r e c u r s o / ^ \

CISGO THOMAZ
RELATOR

APELAÇÃO COM REVISÃO N° 941.658-0/4 - VOTO N° 7080

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