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Só que esta situação, também gerado uma "corrida" em criar e ser o Orgão
máximo em Portugal. Aquele que detém o poder...
E assim tem aparecido por ai anuncios como este:
fonte: http://www.mazungue.com/angola/index.php?page=Thread&threadID=325
ou:
fonte: http://directorio.kazulo.pt/directorio/detailfo/cat_id/223/rec/2678/autoridade-e-entidade-
reguladora-do-candomble---umbanda----africa---europa.htm
comunicados:
«REGISTO DE TERREIROS DE PORTUGAL
Ao abrigo dos estatutos da Comunidade Portuguesa do Candomblé Yorùbá, pessoa coletiva religiosa
yorùbá e afro-brasileira do Candomblé única em Portugal, reconhece o governo português a competência
de gestão, reconhecimento e encerramento dos templos, terreiros, ilê axé, ilé àse, e outras denominações,
de culto do Candomblé de matriz yorùbá-jeje, jeje-nagô, ketu, ijexá, etc., a operar em Portugal.
Por esse motivo considera-se, como efeito imediato que todas as casas de Candomblé de matriz jeje-nagô e
demais variantes, que não se encontrem devidamente registadas na Comunidade Portuguesa do
Candomblé Yorùbá, sendo-lhes atribuído alvará e número de registo, são consideradas ilegais, podendo ser
encerradas a qualquer instante sem aviso prévio.
Do mesmo modo, a Comunidade Portuguesa do Candomblé Yorùbá, não se responsabiliza por quaisquer
atos litúrgicos ou práticas religiosas que tenham lugar em templos não registados, cabendo apenas acolher
as denúncias e agir em conformidade, em nome da verdade e do bom nome da religião professada.
No seguimento do constante neste comunicado online, informa-se a comunidade do Candomblé que para
fins de legalização deverá entrar em contato com a Pessoa Coletiva Religiosa, Comunidade Portuguesa do
Candomblé Yorùbá, através do endereço de correio eletrónico (email) a fim de requerer auditoria e
consequente registo. Mais se alerta para o facto de operarem em Portugal associações que não têm o
reconhecimento legal para procederem a tal registo, anunciando-se ilegalmente como pessoas coletivas
religiosas.
Seja então esta comunicação selada,
pela,
Direção da Comunidade Portuguesa do Candomblé Yorùbá
TEMPLOS REGISTADOS:
Ilé Àṣẹ Ìyá Odò (Casa Branca da Sesmaria Velha) – Ilé Ẹgb Àṣà Ìyá Nàsó Okà on Bàngbóṣé
Ofin Ẹsìn y on Kétu — templo integrante (em estruturação) do espaço sagrado da Comunidade
Portuguesa do Candomblé Yorùbá.
(brevemente novos templos)»
fonte: http://comunidadeportuguesadocandombleyoruba.wordpress.com/registo-de-terreiros-
de-portugal/
na imprensa:
Na Coutada Velha, os portões abrem-se para uma grande quinta com dez mil metros quadrados
onde se situa a Associação Portuguesa de Cultura Afro-Brasileira. Sofia, ou Mãe YéYé Sussu
como é conhecida, recebe-nos numa espécie de sótão da casa, decorado com trajes africanos e
muitos objectos afro-brasileiros expostos nas paredes. É aqui o templo onde se celebram os
rituais religiosos do candomblé.
Sofia veste toda de branco da cabeça aos pés, com um turbante que lhe envolve a cabeça. Ao
fundo da sala há três tambores rituais, denominados atabaques, e o chão está coberto de
pétalas de flores num grande rectângulo destinado às danças cerimoniais religiosas. O aroma
das flores faz-se sentir por toda a divisão, que é um espaço amplo com várias janelas e com
capacidade para conviverem mais de 50 pessoas. Ao canto esquerdo há uma pequena mesa de
café, onde se senta a sacerdotisa quando lança os búzios, o método de adivinhação que serve
para receber as mensagens das divindades.
Sofia sempre se sentiu diferente das outras pessoas. A sacerdotisa conta a O MIRANTE que
desde pequena sempre teve sonhos sobre episódios que aconteciam depois no futuro. O facto
fez com que lhe chamassem “bruxa” e cultivou muitas vezes o medo entre alguns conhecidos.
As visões continuaram ao longo da vida e foram elas que a levaram até ao candomblé. Sofia
tinha um amigo brasileiro filho de santo - que significa que foi iniciado nesta tradição. Depois
de uma viagem ao Brasil, a casa deste amigo, Sofia percebeu que esta religião estava perto
daquilo que procurava. Começou então a sonhar com uma mulher negra baixinha e ligou para
vários templos afro-brasileiros na Bahia até que encontrou a pessoa com quem tinha sonhado,
que também disse que estava à espera de Sofia há já muitos anos. Essa pessoa era a Mãe
Nitinha de Oxum, uma das mais conhecidas mães de santo do Brasil e que integrou a comitiva
presidencial de Lula da Silva aquando das exéquias do Papa João Paulo II.
Sofia regressou a Portugal e trouxe com ela a religião. Começou por envolver os amigos mais
próximos – todos eles portugueses e de classe alta - e por criar, em Janeiro de 2007 a
Associação Portuguesa de Cultura Afro-Brasileira. Neste momento o culto já conta com cerca de
50 a 60 pessoas, das quais cerca de 30 são africanos. “Não há muitos brasileiros”, explica,
“porque a maioria dos brasileiros que estão em Portugal são evangélicos e essa religião faz
guerra às tradições africanas, que consideram tudo o que é africano como demoníaco”.
Da criação da associação até à aceitação do culto religioso foi apenas um passo. A comunidade
portuguesa do candomblé yorùbá foi reconhecida pessoa colectiva religiosa em Janeiro de
2010, o que significa que tem o mesmo estatuto que outras religiões em Portugal como a
comunidade islâmica ou judaica. Isto permite também que possam celebrar os festejos
religiosos na rua, e que crianças nascidas na comunidade possam ser registadas com nomes
yorùbás. Mas esse reconhecimento oficial não impede que esta religião seja alvo de
preconceito.
“Nas festas da Coutada Velha há sempre um cortejo e o padre faz questão de não passar à
nossa porta. Há também crianças que passam e gritam ofensas”, refere tristemente João
Ferreira Dias, filho de YéYé Sussu, acrescentando que um vizinho chegou mesmo a chamar a
polícia durante a celebração do culto. YéYé Sussu não acha que seja preconceito. “As pessoas
das aldeias sempre procuraram – ainda que escondido - aquilo que chamavam as bruxinhas, as
pessoas das mezinhas. As pessoas vão à missa, rezam o Pai-Nosso, mas continuam a ir”,
sublinha. A sacerdotisa sente que tem uma função especial neste mundo. Uma missão. “Ajudar
quem precisa de mim e ir ao encontro do lado que a medicina não é capaz, recorrendo às
forças da natureza.”
O ritual do Xirê
O candomblé é uma religião iniciática, o que significa que quem não é iniciado neste culto não
conhece os segredos da religião nem os rituais privados. No entanto, existem alguns rituais com
celebrações públicas, como o Xirê, ao qual todos podem assistir. No início da celebração tocam-
se os três atabaques (tambores) e ao som ritmado da percussão africana começa o Xirê, com
cânticos alusivos aos Orixás (divindades), cantados em dialecto yorùbá.
Homens e mulheres vestem sumptuosos trajes africanos típicos, de cores vivas, e dançam
então à volta do espaço sagrado, pisando as folhas de várias flores, que formam um tapete de
pétalas pelo chão. Ao pisar as folhas nas danças inalam o cheiro forte, que conjuntamente com
os cânticos, a dança e o ritmo dos tambores pode conduzir à entrada em transe e à possessão
da divindade ou Orixá.
“Ter um Orixá é ter uma espécie de anjo da guarda”, explica a sacerdotisa YéYé Sussu. Esta
comunicação entre o sagrado e o profano pode acontecer até em pessoas que ainda não foram
iniciadas na religião. “Uma menina de 12 anos que não conhecia a religião e que participou no
ritual, entrou em transe”, refere a mãe de santo.”Quando foi tocado o Orixá da menina, eu ouvi
o coração bater e vi-a muito vermelha. Ela estava em estado febril. Enfiei-lhe uma saia pela
cabeça e pus a menina no meio a dançar. A menina dançou melhor do que algumas que já cá
estão há 5 anos. A isso eu chamo nascer e ter (o Orixá)”, conclui.
Na religião do candomblé acredita-se que a pessoa nasce várias vezes e que o que é bom é
estar na terra. Não existe a concepção de pecado nem inferno. Acredita-se na reencarnação
permanente e na predestinação, ou seja, a pessoa já nasce com o seu destino traçado, o qual é
depois revelado pelas divindades.
Diga o que pensa sobre este Artigo. O seu comentário será enviado directamente para a
redacção de O MIRANTE.»
fonte: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=457&id=67449&idSeccao=7250&Action=
noticia
comentários:
«3 comentários:
Proman disse...
FEUCA...federacão europeia de umbanda e cultos -Afro??????..........
Já pesquisaram quantos filiados têm (e se são europeus) ?????
Quem tem autoridade para fiscalizar terreiros de umbanda na europa???
se calhar alguem com fome de protagonismo, não?
Gostaria de saber quantos terreiros foram triados na Europa, lolololololol?
É brincadeira
6 de julho de 2009 07:29
Anônimo disse...
É verdade que cada vez existem mais terreiros em Portugal e Europa. Em Portugal,
inclusive a maioria dos assistentes e médiuns são Portugueses, assim como muitos
pais e mães de santo. Existe este cadastro que tenta divulgar os terreiros
existentes, que tenham fundamento e estejam realmente representados por
dirigentes espirituais credenciados, embora existam outros tantos, talvez até em
maior numero, desconhecidos, e muitos á margem da lei. Pois, os Pseudo-pais e
mães de santo encontraram em Portugal um espaço propicio para se puderem
afirmar naquilo que queriam ser mas não o são…muito também devido á falta de
conhecimento das pessoas, e á grande fé existente no povo Português, mas que ao
verem um Pseudo-pai ou mãe de santo paramentados, acreditam no que lhes
dizem, no que lhes pedem, e no que lhes cobram, pois devido á falta de
conhecimentos, e por ser algo novo, não tem bases para desconfiar da
credibilidade dessas pessoas.
http://sites.google.com/site/terreirosnaeuropa/
5 de dezembro de 2009 18:34
Anônimo disse...
Neste momento existe em Portugal uma carência de um orgão Potugues que
represente e regule tanto a Umbanda como o Candomble.E por causa dessa
situação já se assiste a uma "corrida" e a "guerrinhas" ridiculas na disputa desse tal
"cargo".
Este é um assunto que não é falado (pelo menos publicamente), mas que precisa
de ser falado e discutido.
De certeza que estas palavras aqui escritas não vão agradar a muita gente, mas
como é do conhecimento geral, é uma tarefa quase impossivel, essa de agradar a
toda a gente...
Eu, no meu ver, e no de algumas pessoas que também pensam do mesmo modo,
acho que se faz necessário, criar um Orgão Nacional (Português), que tutele,
credibilize, e represente todas as casas de culto e seus dirigentes, sejam de
Umbanda, Candomblé, e ou outros cultos similares Afro. Não importando que se
chame federação, associação, união, organização, ou qualquer outra designação, o
que importa é que seja criado.
Já se houve falar para ai de representações de Federações Brasileiras,
representadas cá, e que se intitulam os Orgãos máximos em Portugal, na Europa, e
até imagine-se nos Paises Africanos de lingua portuguesa...como se os Paises
Africanos precisacem de uma Federação Brasileira para lhes representar os seus
terreiros...
Por isso, seria muito bom, se os dirigentes dos terreiros e casas de culto existentes
em Portugal (e resto da Europa), se entendessem e se organizassem, de forma a
fundar um Orgão que já começa a ser preciso. E que acima de tudo, fosse um
Orgão aberto a todas as linhas e várias formas de culto, dentro da Umbanda e do
Candomblé. E que não discriminasse as diferentes ritualisticas existentes. Além do
mais que, o ainda reduzido numero de terreiros existentes, daria para que cada
dirigente espiritual, ficasse com um cargo administrativo adequado ás suas
capacidades.
Portanto, não importa que o suposto Orgão se chame, Federação x, Associação x,
ou União x, mas que seja criado de raiz em Portugal, que tenha os seus própios
estatutos, e esteja dentro da lei Portuguesa.
???????
Vivemos em democracia, num pais livre, por isso quem quiser diga o que pensa,
pois é falando e conversando é que se chega a uma conclusão.
▶ Responder a esta"
Retirado de :
http://reuca-europa.ning.com/forum/topics/criacao-de-uma-federacao
8 de dezembro de 2009 09:39
Postar um comentário»
fonte: http://oscaminheiros.blogspot.com/2009/03/umbanda-e-candomble-na-
europa.html
E por ultimo, e mais recentemente, podemos ver este post no
blog Noticias e Eventos sobre os Orixás e suas religiões, que pelo
menos dá uma ajuda a como os terreiros e seus dirigentes têm de
proceder para se legalizarem:
Data: 2008-04-11 NIF/NIPC: 508436893 Ylê Axé Ògun y Odé Oloná Ola -
Associação Luso-Afro-Brasileira de Candomblé
fontes:
fontes:
Portal da empresa do IRN
Fontes:
http://digestoconvidados.dre.pt/digesto/(S(c5ohw4rcaaiudn553hgxhqzi))/Paginas/Di
plomaTexto.aspx
Enfim...e nesta confusão toda, resta esperar que as coisas pelo menos sigam o
caminho mais justo e benéfico para todos.