A QUARTA LINHA DA UMBANDA TRADICIONAL ou LINHA DE OXÓSSI,
sob o comando de São Sebastião, é também chamada de Linha da Mata e possui Sete Falanges de entidades missionárias.
A Linha de Oxóssi é a Umbanda em ação nos planos espiritual e físico. Ela é a
raiz da árvore umbandista. Sem o conhecimento e prática desta linha, não existe umbanda ou Umbandista. Ela é tão fundamental, tão radical, que sua existência começou a ser moldada no Mundo dos Espíritos muito antes do nascimento oficial da Umbanda, como religião brasileira, entre nós.
As oferendas (velas, flores) são realizadas preferencialmente nas matas, perto
de grandes árvores ou ao lado de rios. Flores ervas medicinais e odoríferas, frutas, tabaco (a planta que representa esta Linha) e bebidas diversas são utilizadas como oferendas. Não se usa vela na mata como oferenda, apenas como elemento cerimonial (acendo, faço o cerimonial, apago e levo a vela embora – a vela é simbólica). 1) FALANGE DO CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS (Caboclo das Setes Matas)
O Chefe da Falange é o conhecido caboclo de fundou a Umbanda
Brasileira através do médium Zélio Fernandino de Moraes. Ele chefia, na verdade, todos os caboclos que militam na umbanda, independente de que linha ou falange trabalhem. O Caboclo das Sete Encruzilhadas é o responsável também por todos os povos e fraternidades espirituais que vibram nas matas.
Esta falange é o posto de comando de todas as entidades que
sustentam a Umbanda na Terra e sua egrégora no plano astral: Os Caboclos.
A doutrina da Umbanda Tradicional afirma que sem Caboclo não existe
Umbanda e que todo médium umbandista possui um caboclo em sua coroa.
São os caboclos os mentores e guias espirituais por excelência na
Umbanda.
Esta falange, além de assumir a chefia da egrégora também agrega
todas as manifestações de cura e do verdadeiro xamanismo nativo brasileiro: A Pajelança.
OBS: É provável que a palavra Pajé venha da raiz pa-y = profeta,
adivinho, curador, sacerdote, xamã. O termo pajelança é aplicado nas manifestações xamânicas dos índios brasileiros. Pode ser divido em pajelança indígena (rituais indígenas) e pajelança cabocla, que são praticas religiosas (não indígenas) mais comuns no Norte e Nordeste brasileiro.
Cores: branca e Verde. Símbolo: Arco e Flecha
2) FALANGE DO CABOCLO URUBATÃO (Urubatan)
A Falange, que leva o nome de seu chefe, congrega os mais antigos
espíritos nativos brasileiros (conhecem toda a história do país – tudo). Eles são os vigilantes de nossa terra e os guardiões da assumida por seus habitantes naturais.
Estes Caboclos prepararam o advento da umbanda e estiveram
presentes quando ela começou a ser implantada. Também colaboraram com os espíritos africanos (bantus) na formação do candomblé de Caboclo e outras tradições afro-ameríndias.
Se a falange anterior é a sede administrativa e política para os caboclos,
esta é a grande universidade ou sede científica e espiritual.
Cores: Branca, verde e amarela. Símbolo: Arco, flecha, penas e
maracás.
3) FALANGE DO CABOCLO ARARIGBÓIA
O grande chefe Temiminó Ararigbóia, que dá nome a esta falange, lidera
guerreiros espirituais destemidos e muito atentos. Está falange é a sede do quartel-general de combatentes da Umbanda, que tem no Caboclo o seu principal soldado. Os seus integrantes são caboclos bravos e extremamente disciplinados. No plano astral formam linhas de defesa em dos verdadeiros terreiros umbandistas que os invocam e os prezam. Jamais se acercam de templos que não honram a reputação cabocla e que temem demandas e feitiços de forma supersticiosa e infantil. Eles são os Flecheiros do Senhor e os Guerreiros de Zambi!
Cores: Branca, verde e vermelha. Símbolo: Arco, flecha, lanças e
tacapes.
Mais sobre Ararigbóia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arariboia
Um interessante estudo sobre ele:
https://www.revistanavigator.com.br/navig14/art/N14_art1.html 4) FALANGE DO CABOCLO GRAJAÚNA
O Caboclo Grajauná chefia esta falange que também é chamada de
Falange dos Tamoios. Estes indígenas estão entre os mais antigos do grupo tupi e sua antiguidade permite que tomem um lugar importante na Linha de Oxóssi.
A falange trabalha no cumprimento da justiça dentro da Umbanda (não
confundir com a Linha de Xangô que representa o labor universal ou coletivo da justiça). (Se errar eles atuam). Os umbandistas; sejam médiuns, dirigentes ou apenas frequentadores, junto com toda a população invisível que circula pelo ambiente dos terreiros é observada pelos Tamoios do astral.
São eles que colocarão na balança as pendências, vícios, enganos e
mentiras que, porventura, sejam praticadas dentro dos terreiros. Suas flechas acertam todos! Mesmo os que estão distantes e que buscam refúgio na Esquerda! Assim é a Lei!
Cores: Branca e Verde. Símbolo: Arco, flecha, lanças e tacapes e
machadinhas.
Mais sobre os Tamoios: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tamoios
A Confederação dos Tamoios:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_dos_Tamoio s
5) FALANGE DO CABOCLO ARAÚNA
O Cacique Araúna é o chefe desta falange, que é mais conhecida com o
nome de Falange dos Guaranis.
É a falange mais típica da Linha e a mais numerosa em trabalhadores
espirituais. Quase 80% dos Caboclos que conhecemos e vemos trabalhando nos terreiros são Guaranis. São os Caboclos por excelência, com seus brados e trejeitos, uso intenso do charuto e da fumaça sagrada, “passes” (empajelamento), “língua dura” (jeito característico de falar de forma direta) e expressões regionais e idiomáticas.
Dificilmente um médium umbandista não trabalhará com um caboclo
guarani, já que eles são os principais agentes do desenvolvimento mediúnico na Umbanda!
São estes caboclos missionários que imantam o corpo fluídico do
médium umbandista durante o desenvolvimento nos terreiros e nas giras.
Mais sobre os Guaranis: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guaranis
6) FALANGE DA CABOCLA JUREMA
Esta Falange trabalha com uma grande multidão de entidades indígenas
chefiadas pela Cabocla Jurema. Comumente se confunde esta cabocla com alguma entidade do culto de Jurema Encantada ou Catimbó- Jurema. Também se faz confusão com os espíritos desta falange e os mestres e mestras atuantes no culto da Jurema. Recordemos que são dias tradições distintas e com egrégora bem diferentes!
As entidades Juremeiras (Umbanda) são almas indígenas e caboclos
brasileiros que militam sob o estandarte de Nosso Senhor, Jesus Cristo. As entidades juremadas (Catimbó-Jurema) são almas de adeptos que passaram pelo Tombamento (iniciação) em vida ou por terem se tornado encantados, passando a integrar uma egrégora exclusiva e muito particular. Além disso, nesta falange se manifestam indígenas naturais e mestiços, e no Catimbó-jurema acostam caboclos, mestiços, brancos e negros.
A cura do corpo e da alma é a principal atividade da Cabocla Jurema e
seus chefiadps, que utilizavam muito os elementais da mata e das águas em seus trabalho. (OBS: É dito que os pajés trabalham direto com os elementais).
A Cabocla Jurema é uma entidade muito misteriosa e complexa, embora
se comporte sempre de modo simples e reservada. Ela possui setes aspectos ou manifestações e trabalha aliada a um Caboclo muito especial: O Caboclo Juremeiro. As entidades desta falange são conhecidas como “Capangueiras da Jurema!, expressão utilizada para todo o conjunto de caboclos também.
Cores: Branca e Verde. Símbolos: Arco, flecha, folhas, árvores e raízes.
7) FALANGE DO CABOCLO ÁGUIA BRANCA
Aqui encontramos uma falange que congrega entidades indígenas de
origem norte-americana, sobretudo. Seu Chefe, que dá nome à falange, é bastante conhecido nos meios esotéricos americanos e até europeus.
A falange faz uma ponte entre as Américas e mantém o equilíbrio entre
as suas diversas nações com grande esforço. Ela trabalha mais coletivamente e menos individualmente, razão pela qual vemos raras entidades desta falange guiando algum médium.
A falange concentra sua atividade regeneradora, purificadora e protetora
sobre coletividades, sociedades, federações e templos espiritualistas e esotéricos.
Cores: Branca, verde, Amarela e Vermelha. Símbolos: Arco, flecha,
Machadinhas e Cachimbos.
Um site sobre Águia Branca no exterior: http://www.whiteagle.org/