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Renan A. F. Silva
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1. Introdução
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letrados), o Brasil criou um curso para diminuir o número de analfabetos do país, que
não levou em conta a precariedade estrutural para se ensinar jovens e adultos
propondo a garantia de uma formação rápida, e ainda por cima de qualidade (Cunha,
in Porcaro).
Fazendo um paralelo com a atualidade a partir de impressões obtidas nas
visitas, é triste, porém, necessário identificar que a precariedade estrutural relacionada
com instituições para ensino de jovens e adultos se mantém. Não somente a
infraestrutura da sala de atendimento, mas um conjunto de precariedades como a falta
de biblioteca, falta de um ginásio de esportes, ocupação de prédios governamentais
que cairiam em desuso, uma rachadura no teto que chegou a culminar num
desabamento parcial do mesmo e as ameaças de fechamento do Ceebeja de Maringá
por parte do governo estadual, evidenciam esse descaso. A garantia de uma formação
rápida, que esteve diretamente ligada à intenção de criar mão de obra minimamente
capaz e burocraticamente legal (Rodrigues 2011), foi substituída pela garantia de uma
formação dinâmica, adaptada a rotina de uma mão de obra já existente, porém pouco
qualificada, ou de alguma forma desfavorecida frente à educação. Mas, uma
característica que continua a mesma durante anos, e presentes em todos projetos
seguintes, é a imaculada proposta de um ensino de qualidade que é capaz de dar
conta de toda e qualquer adversidade.
Uma evidente característica das propostas destes projetos é que eles parecem
não levar em conta problemas externos a educação, mas que influenciam nela de
maneira incisiva. Consideram seus projetos como “todo poderoso”; como se as
intenções fossem suficientes para superar adversidades; como se as intenções
fossem mais superestimadas que os resultados (D.Julia). Entretanto, uma intenção
para com o EJA que não aparece em nenhuma proposta, mas constitui uma de suas
mais marcantes e sinceras características é um ensino voltado para formação, e/ou
qualificação, ligado a uma exploração de capital humano para trabalho.
A partir da vinculação entre certos recortes históricos da educação de jovens e
adultos e a continuidade de condições do passado nos dias de hoje, a análise das
observações em Maringá principia evidenciar um diagnóstico que tornam visíveis
algumas relações que o ensino de jovens e adultos mantém com um conjunto de
outras culturas em determinado espaço e tempo. Um dos primeiros critérios que a
própria secretaria da educação propõe (na Agenda Territorial de Desenvolvimento
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Integrado de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos) para criar diagnósticos
que fortaleçam o ensino de jovens e adultos realça a necessidade de análises
geoespaciais. Através deste caminho surgiu a contradição entre a precariedade
estrutural do CEEBEJA (Maringá) comparada ao conceituado local inserido;
contradição esta que cria um meio de conexão entre as propostas feitas pelo Estado
e o reflexo real do descaso histórico do mesmo para com essa modalidade de
educação. Nesse sentido, os mecanismos para demonstrar esse reflexo na situação
particular de Maringá são os mesmos; buscar certos recortes históricos do EJA na
cidade que ilustre esse tratamento subalterno para com a educação de jovens e
adultos.
A proposta de formular diagnósticos que ajudem da implantação a
implementação da educação para jovens e adultos possibilitou que a percepção que
tivemos do local se tornasse parte efetiva da construção dessas analises, fazendo
com que, como diz tal autora: a própria percepção de quem esta em campo faz parte
da etnografia.
DOCENTE
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O descaso estrutural percebido desde as primeiras observações influenciaram
para uma inserção critica.
Ilesi aponta que os resquícios desta composição curricular da época acabaram por
precarizar a formação docente, já que a fundamentação teórica estava em segundo
plano. Na observação do atendimento identifiquei um dos pontos que caracteriza essa
precarização segundo Ilesi. Mas não foi na formação docente, mas na aplicação
técnica que o Estado propõe para o desenvolvimento de atividades no EJA. No caso
especifico do atendimento individual, como disse anteriormente, o papel do professor
se fixa mais em correção das atividades, exemplificando que: “A formação de
professores nesta perspectiva pode ser aligeirada, simplificada, porque os professores
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devem dominar apenas as técnicas de reprodução dos módulos e os exercícios
previamente determinados.”(Ilesi, 195).
(Os ajustes do espaço urbano na z7 se dão pela universidade, assim como os ajustes
profissionais se dão a partir da universidade tbm. Assim, os arranjos que colocaram o
eja ali se conecta com acordos do governo. A universidade cria trabalhadores para
intelectuais se alimentarem de suas forças de trabalho. Assim ate o pibid seria um
elogio contraditório na medida que cria programa para reforçar tais estruturas. Se
ressaltar a contradição é importante seguir mais com as contradições teóricas
fundamentais escrita por outros autores; e ressaltar caracter marxista de movimento
de contradições.) O resultado do espaço urban eja ocupou lugar de uma antiga
escola, distancia entre eja e universidade?
É preciso atentar que essa “liberdade” de observar, e a reflexão que surge dela
acaba sendo condicionada pela subjetividade do observador (Fonseca, 1998, p. 61),
eu buscava observar situações que gerassem críticas ao modelo educacional vigente,
e por isso tentei traçar um “perfil” destes alunos na intenção de justificar que a suposta
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“condição” que o aluno estava inserido era a causa que os distanciava da
universidade. Mas houve uma dificuldade em conseguir dados numéricos que fossem
cedidos pela instituição, somado a dificuldade em entrevistar os alunos no momento
do atendimento, e para complicar ainda mais, a rotatividade dos alunos era tremenda,
os alunos de uma semana já não eram mais ou mesmos alunos da semana anterior,
e nem seriam os alunos da próxima.
. Um dos pontos importantes para que a comunicação com os alunos seja bem
construída leva em conta características próprias que constroem quem os alunos são,
e como se portam. Desta preocupação, a necessidade de lidar com diferentes perfis
é eminente, com isso a necessidade da versatilidade docente também.
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exemplo, construir um foco de preocupação voltado mais para capacidade de resolver
o problema do diploma do que resolver as duvidas quanto às matérias passadas em
sala.
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A partir das observações e inserções do conjunto de integrantes do programa,
foram criadas oficinas, aulas, participação em semanas culturais, cujos resultados em
primeira estância parece positivo, mas sendo aplicado de forma descontínua, podem
passar a existir implicações que também precisam ser levadas em conta. De qualquer
forma, para que se construa; aplique, ou se leve em conta os resultados, o processo
de multiplicar formas de inserir futuros docentes dentro das escolas é extremamente
valioso e necessário.
Referencias bibliográficas:
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<http://www3.uma.pt/jesussousa/Publicacoes/15Oolharetnograficodaescolaperantea
diversidadecultural.pdf > Acesso em: 15/09/2014
Tanto com relação ao seu corpo de alunos quanto em relação a tratar os conteúdos
que cada um se encontra no atendimento individual, percebi que nesse caso o docente
necessitava lidar com heterogeneidades diversas
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