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Este trabalho visa analisar e discutir a relação entre memória, história e

imagem na contemporaneidade a partir de obra “La Jetée”(1963) do


cineasta francês Chris Marker, procurando construir um debate com as
teorias e a historiografia sobre a memória como forma de mostrar a
relevância da discussão sobre as possibilidades de construção da
memória no nosso tempo.
Trata-se do único filme de ficção de Chris Marker, tem de cerca de 25
minutos, em que acompanhamos a história de um homem marcado por
uma imagem de infância, e que por ter esta relação com o vivido, vai ser
tomado como experiência por cientistas em uma Terceira Guerra
Mundial.
A forma que Chris Marker decide filmar este drama é peculiar, seja por
se tratar do seu único filme de ficção, mas também pelas escolhas
estéticas para filmar as lembranças deste homem, que constituem a
narrativa do filme. Marker escolhe fazê-lo através de uma montagem com
imagens em preto e branco, estáticas, algo que informa sobre sua
compreensão da memória e da lembrança. Ou como chama a atenção
Márcio Seligmann-Silva, esta obra seria como uma encenação da nossa
memória (SELIGMANN, 2003:410). Encenação esta, que mostra-se
impregnada da historicidade deste tempo em que a relação do vivido
com a linguagem é inquietada com as experiências extremas na
Segunda Guerra Mundial.
Partindo desta relação que o filme possibilita construir, é possível
analisar os procedimentos de Chris Marker para construir esta sua única
obra de ficção que toca em diversos aspectos que contemplam o debate
contemporâneo sobre a memória, suas forma de representação, e a
relação que ela tem com a imagem.

Este filme traz os signos das experiências extremas da Segunda Guerra


Mundial, junto aos filmes de outros diretores desta geração, como Alain
Resnais, Jean Luc Godard, Agnés Varda, nessa tentativa de lidar com o
seu tempo, com a inquietude que esta experiência devastadora
representa. O protagonista de La Jetée que vive a violência da última
grande guerra, guarda do passado, como contraponto e como lugar de
continuidade, a imagem do sorriso de uma mulher. Com isso Marker
problematiza o acesso ao passado através de imagens e a relação entre
experiência e linguagem diante do extremos das experiências vividas.

Em La jetée Chris Marker problematiza o acesso ao vivido através das


imagens e desassossega a relação entre experiência e linguagem diante
de experiências extremas

Este trabalho visa analisar e discutir a relação entre memória, história e


imagem na contemporaneidade a partir de obra “La Jetée”(1963) do
cineasta francês Chris Marker, procurando construir um debate com as
teorias e a historiografia sobre a memória como forma de mostrar a
relevância da discussão sobre as possibilidades de construção da
memória no nosso tempo.
Trata-se do único filme de ficção de Chris Marker, tem de cerca de 25
minutos, em que acompanhamos a história de um homem marcado por
uma imagem de infância, e que por ter esta relação com o vivido, vai ser
tomado como experiência por cientistas em uma Terceira Guerra
Mundial.
A forma que Chris Marker decide filmar este drama é peculiar, seja por
se tratar do seu único filme de ficção, mas também pelas escolhas
estéticas para filmar as lembranças deste homem, que constituem a
narrativa do filme. Marker escolhe fazê-lo através de uma montagem com
imagens em preto e branco, estáticas, algo que informa sobre sua
compreensão da memória e da lembrança. Ou como chama a atenção
Márcio Seligmann-Silva, esta obra seria como uma encenação da nossa
memória (SELIGMANN, 2003:410). Encenação esta, que mostra-se
impregnada da historicidade deste tempo em que a relação do vivido
com a linguagem é inquietada com as experiências extremas na
Segunda Guerra Mundial.
Partindo de questões como a forma que Marker impregna sua imagem do
sentido da memória, e da forma como Marker filma esta Terceira Guerra
Mundial ainda sob o peso das experiências recentes da Segunda Guerra,
este trabalho se volta aos diálogos possíveis de fazer com seu cinema e
as reflexões sobre a memória e a história na contemporaneidade.

procedimentos de Chris Marker para construir esta sua única obra de


ficção que toca em diversos aspectos que contemplam o debate
contemporâneo sobre a memória, suas forma de representação, e a
relação que ela tem com a imagem.

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