http://www.dema.puc-rio.br/dcmm_cursos_graduacao.

php

Fontes e Controle de
Poluição Industrial
Versão 2012-
2012-1

Prof. Luiz Alberto Cesar Teixeira

teixeira@puc-rio.br
Departamento de Engenharia de Materiais
Programa Interdepartamental de Enga. Ambiental
 Controle de Poluição Atmosférica

Problemas Globais

Efeito Estufa
Aquecimento Global:

-CO2 (queima de combustível fóssil para transporte, geração de energia
termoelétrica, aquecimento doméstico e industrial; alguns processos
industriais) / CO2 também
acidificação dos mares.
-CH4 / Absorção 21 X maior do que a do CO2 (mas t vida atm = 12 anos)
(fermentação entérica de gado; decomposição anaeróbica de resíduos
orgânicos em aterros sanitários)
-NOx / Absorção 310 X maior do que a do CO2 (fabricação de HNO3 e
fertilizantes nitrogenados)

Redução da Camada de Ozônio:

- Substâncias CFC que eram usadas em fluidos de refrigeração e
aerossóis.

Problemas Regionais e Locais

- Chuva Ácida
- Poeira e Fumaça
- CO, O3 ao nível do solo
 Controle de Emissões
Gasosas::
Gasosas

Resolução CONAMA 05 / 1989

PRONAR:

Estabelece o PRONAR (Programa

Nacional de Controle da Qualidade
do Ar) como um dos instrumentos
básicos da gestão ambiental para
proteção da saúde e bem estar das
populações e melhoria da qualidade
de vida .... pela limitação dos níveis
de emissão de poluentes por fonte
de poluição atmosférica.
atmosférica.
Definiçção de
Defini de::

 Estrat
Estratéégias
A estraté
estratégia básica do PRONAR é limitar, a nível nacional, as emissões por tipologia de
fontes e poluentes prioritá
prioritários, reservando o uso dos padrões de qualidade do ar como
ação complementar de controle.
controle.

 Limites máximos de emissão (LME)

 Adoçção de padrões nacionais de qualidade do ar.

Ado ar.

 Padrões primá
primários
rios:: se ultrapassados poderão afetar a sa
saú
úde da
populaçção.
popula ão.

 Padrões secundá
secundários
rios:: mínimo efeito adverso sobre o bem estar da
populaçção, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e
popula
ao meio ambiente em geral
geral..

 Prevençção de deteriora
Preven deterioraçção significativa da qualidade do ar.
ar.

..........
 Áreas enquadradas em Classes I (preservação, lazer e turismo);
Classe II (deterioração limitada pelos padrões secundários); Classe III
(padrões primários atendidos)

 Monitoramento da qualidade do ar >> Rede nacional

 Inventário Nacional de fontes e poluentes do ar

 Compete ao IBAMA o gerenciamento do PRONAR, e aos estados

o estabelecimento e implementação dos programas específicos.
 Resolução 03 / 1990
Padrões de Qualidade do Ar:

Art..2: Padrões de qualidade do ar

Art ar::

Partículas totais em suspensão

suspensão::

 Primário:
Primário: Conc.
Conc. média
geométrica (*) anual de 80 ug/m3.
Conc.. média de 24 hs de
Conc
240 ug/m de ar - não
3 excedida
mais de uma vez por ano
ano..

 Secundário:
Secundário: Conc.
Conc. média geom.
geom.
anual de 60 ug/m .
3

Conc.. média 24 hs de
Conc
150 ug/m .
3

(*) Mgeo = (M1xM2x..

..M
Mn)1/n
Poluentes atmosféricos mais comuns (similar à lista da US EPA)

Partículas totais em suspensão

Fumaça
Material particulado
Partículas inaláveis
CO
SO2
O3
NOx
 Fumaça::
Fumaça

 Primário::
Primário Conc.
Conc. média aritmética anual de 60 ug/m3.
Conc.. média 24 hs de 150 ug/m3.
Conc

 Secundário:: Anual = 40 ug/m3.

Secundário
24 hs = 100 ug/m3.

Partículas inaláveis:
inaláveis:

 Primário / Secundário:
Secundário: Anual = 50 ug/m3.
24 hs = 150 ug/m3.
 Dióxido de enxofre (SO2):

 Primário:: Anual = 80 ug/m3

Primário
24 hs = 365 ug/m3.

 Secundário:: Anual = 40 ug/m3.

Secundário
24 hs = 100 ug/m3.

Monóxido de carbono (CO):

(CO):

 Primário e secundário:
secundário: Média de 8 hs = 10000 ug/m3 (9 ppm)
Média de 1 h = 40000 ug/m3 (35 ppm)
 Ozônio (O3):
 Primário e secundário:
secundário: Média de 1 h = 160 ug/m3.

Dióxido de nitrogênio (NO2):

 Primário:: Anual = 100 ug/m3.

Primário
1 h = 120 ug/m3.

 Secundário:: Anual = 100 ug/m3.

Secundário
1 h = 190 ug/m3

Art..4: Estabelece os métodos de amostragem e análise dos poluentes

Art poluentes..

Art..5: O monitoramento da qualidade do ar é atribuição dos estados

Art estados..

Art..6: Níveis de atenção, alerta e emergência.

Art emergência.
Níveis de Atenção, Alerta e Emergência
Resolução 8 – 1990
Padrões Qualidade do Ar –
Usinas Termelétricas
Resolução 382 – 2006
Limites de Emissões de Fontes Fixas
Poluição Química / Sonora e Térmica
Controle da Poluição atmosférica no Estado RJ:

http://www.inea.rj.gov.br/fma/qualidade-ar.asp

No RJ, a qualidade do ar é monitorada desde 1967 qdo

foram instaladas as primeiras estações de monitoramento.

Segundo o INEA, no estado do RJ, as fontes móveis
77 %

do total de poluentes emitidos; já as fontes fixas (aí as
indústrias
22 %)

axel grael
Rede de monitoramento da qualidade do ar na Região Metropolitana do
Estado do Rio de Janeiro www.inea.rj.gov.br

Parâmetros monitorados: SO2, NOx, O3, CO, HC, PTS, PI (PM10)

Estação automática de monitoramento de qualidade do ar – CETESB SP
 Tratamento de Emissões Gasosas
Princípios:
• Deposição / Sedimentação: partículas são carregadas em uma corrente de ar.
Quando a velocidade desta corrente é reduzida, as partículas se depositam no fundo
do coletor.
• Forças inerciais: a direção da corrente de ar é modificada e as partículas mais
pesadas tendem a continuar seguindo a trajetória anterior. As partículas colidem com
as paredes do equipamento e precipitam no fundo do coletor.
• Filtração: A corrente de ar saturado com material particulado passa através de um
material poroso que retém as partículas, liberando ar limpo.
• Atração eletrostática: partículas carregadas eletrostaticamente são atraídas por
objetos com carga oposta e removidos da corrente de ar.

Parâmetros para seleção de equipamentos

•Características das partículas: tamanho médio e distribuição, densidade, viscosidade
e propriedades elétricas.
•Outras características: temperatura, concentração e fatores econômicos.
Principais Equipamentos de Tratamento de Gases

Separações físicas / despoeiramento:

Precipitador eletrostático:

Baseia-se no princípio da atração eletrostática. O gás passa entre dois

eletrodos. Um eletrodo (em forma de fio) de descarga com alta voltagem (entre -40.000
e -50.000 V), que emite elétrons, e um eletrodo coletor (em forma de placa). Os elétrons
colidem com as moléculas do ar em torno do fio (eletrodo de descarga) , ionizando-as.
Estas, ao migrarem em direção ao eletrodo coletor, colidem com as partículas presentes
no gás empoeirado passante transferindo sua carga negativa. Assim, essas partículas
eletricamente carregadas migram para o eletrodo (placa) coletor (positivo) formando
uma camada.

À medida que a espessura da camada aumenta a

atração elétrica entre as partículas e a placa é
superada pela ação da gravidade levando ao
despreendimento das partículas.
Características do Precipitador Eletrostático

•Alta eficiência em remoção de partículas muito finas (0.1 a 10 um): 99,9%;

• Ideal para despoeiramento de gases corrosivos e quentes ;
• Alto custo de instalação mas custo de manutenção e operação são
moderados;
• Condutividade das partículas é fator limitante – quanto menor a
condutividade mais eficiente é a remoção.
Precipitador eletrostático
Filtro de Mangas:
Os gases são bombeados através de “sacos” tubulares que aprisionam as
partículas, liberando o ar limpo que passa através dos interstícios do tecido. Conforme
as partículas são coletadas, a eficiência do equipamento vai aumentando, pois esta
torta filtrante formada é capaz de capturar as partículas mais finas. Esses sacos tem
que ser limpos periodicamente de forma que os materiais coletados se depositem no
recipiente de coleta na parte inferior do equipamento.
Controle eficiente para partículas menores que 5 µmµ

Materiais utilizados para os sacos:

• algodão – baixa resistência

• Nylon - boa resistência à abrasão
• poliéster - estabilidade a altas
temperaturas e melhor resistência à
abrasão
Ciclones:
Operam de acordo com o princípio da força inercial. Conforme a mistura
gasosa entra no coletor cilíndrico segue uma trajetória helicoidal. Como são mais
pesadas as partículas tendem a se deslocar no sentido da parede, desacelerando e caindo
em um recipiente. O gás purificado se movimenta para o centro e é expelido através de
um sistema de exaustão.
•Ideal para partículas entre 15 a 50 µm
•Baixos custos de instalação, manutenção e
operação
www.ecotechsystem.com.br
Resumo das principais tecnologias de despoeiramento

wtert.eu
wtert.eu
Lavadores de Gases (Scrubbers):

A corrente de ar a ser tratada entra na parte inferior da coluna e recebe um

spray de água ou solução aquosa de composição adequada para a solubilização dos
contaminantes do gás. Os sólidos particulados interagem com a corrente de água e são
arrastados para o fundo da coluna como lodo ou solução.

Gas out

Líquido in

Packing

Gas distribuidor

Gas in

Líquido out
Descontaminações químicas:

Equipamentos: Colunas recheadas com soluções e/ou sólidos (

Carvão ativado/ anéis plásticos / catalisadores).

• Absorção de SO2;
• Absorção de As;
• Absorção de Hg;
• Absorção de NOx
• Remoção de orgânicos/ absorção; oxidação.
www.ecotechsystem.com.br
 Emissões Gasosas - NOx

Geração:
Processos que usam HNO3

Problemas Decorrentes:
Qualidade do Ar - Saúde
Efeito Estufa
Chuva Ácida
 Abatimento de NOx

2NO2 (g) + H2O2 (aq)  2HNO3

NO (g) + NO2 (g) + 2H2O2 (aq)  2HNO3 (aq) + H2 O

2NO (g) + 3H2O2 (aq)  2HNO3 (aq) + 2H2O (aq)

 Injeção catalítica de amônia
Denomina-se redução catalítica seletiva a redução química do NO com
NH3 sobre um catalisador em presença de O2. Temperatura ótima dos
gases está na faixa de 300-450 ºC.

4 NO + 4 NH 3 + O2 TiO
2 or V2 O 5 catalizador
  → 4 N 2 + 6 H 2O
2 NO2 + 4 NH 3 + O2 TiO
2 or V2 O 5 catalizador
  → 3N 2 + 6 H 2O

Para uma relação molar

NH3/NO = 1,0 a eficiência de
remoção de NOx é de 80-90%.
 Abatimento de SO2
SO2
gás tóxico
gerador de chuva ácida
emitido em usinas piromet. extração metais de sulfetos
ZnS (s) + 3/2 O2 (g) = ZnO (s) + SO2 (g)
queima de carvão contendo sulfetos, petróleo,.....

Absorção Oxidante com Peróxido:

SO2 (g) + H2O2 (aq)

aq)  H2SO4 (aq)
aq)
Lavador de Gases SO2 com H2O2 - Ind. Metalúrgica em MG
Wet – dry scrubber

wtert.eu
 Lavador a seco – Dry Scrubber

Ca(OH)2 + SO2 → CaSO3 + H2O wtert.eu

Ca(OH)2 + SO2 + ½O2→ CaSO4 + H2O
Ca(OH)2 + 2HCl → CaCl2 + 2H2O
Ca(OH)2 + 2HF → CaF2 + 2H2O
Exemplo: Cálculo de Consumo de Reagentes para
Lavagem de Gases:

Calcular o consumo mensal de Peróxido de Hidrogênio de

concentração 50 % em peso para o abatimento de SO2 em
uma emissão gasosa de vazão média de 50 Nm3/h que
apresenta concentração de SO2 = 100 mg/Nm3.

Considerar a reação:

SO2 (g) + H2O2 (aq)  H2SO4 (aq)

 Dimensionamento Simplificado de Coluna de Lavagem de Gases

 Considere que a reação de transferência de um contaminante

gasoso C para uma solução de lavagem dentro de uma coluna
convencional em contra
contra--corrente,
corrente, requeira um tempo de residência
para o gás de t = 1 minuto
minuto,, para que seja alcançada uma eficiência
de 99% de remoção do contaminante.
contaminante.

Pede-se dimensionar uma coluna cilíndrica para tratar em um único

Pede-
estágio uma vazão de 600 Nm3/h do gás contaminado,
contaminado,
considerando o critério de projeto para a coluna de que h = 4d (h =
altura;; d = diâmetro).
altura diâmetro).