Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DOCUMENTO REFERENCIAL DO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO
PETROLINA/JUAZEIRO
Coordenação Geral
Francisco Mavignier Cavalcante França (Ambiente de Políticas)
Coordenação do Workshop
( Ambiente de Políticas)
(Gerente da Agência de )
Equipe de Elaboração
Antônio Pereira Neto (Ambiente de Políticas)
José Nilo Meira (Ambiente de Políticas)
Colaboração Técnica
Antônio Renan Moreira Lima (Ambiente de Políticas)
Carlos Antônio Geminiano da Costa (Etene)
Francisco Raimundo Evangelista (Etene)
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO
ÍNDICE
1. APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 3
2.INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5
4. AÇÕES PROPOSTAS.................................................................................. 27
5. CONCLUSÃO............................................................................................... 34
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 35
ANEXOS........................................................................................................... 36
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 3
1. APRESENTAÇÃO
2.INTRODUÇÃO
FIGURA 1
LOCALIZAÇÃO DO PÓLO PETROLINA/JUAZEIRO NO SEMI-
ÁRIDO NORDESTINO
PI
MA CE
RN
PB
PE
AL
Pólo
Petrolina/Juazeiro SE
BA
MG
FIGURA
PÓLO JUAZEIRO-PETROLINA x PRINCIPAIS MERCADOS
EUROPA
ESTADOS
UNIDOS
ÁSIA
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 13
No que diz respeito ao transporte ferroviário inexiste linha ativa que sirva à
região, mas um ramal ferroviário que liga Salgueiro-PE a Recife-PE, o qual se
encontra em péssimas condições de conservação e em estado de
obsolescência com bitola de tráfego de 1,0 m , quando o ideal seria de 1,60 m.
O rio São Francisco é navegável de Pirapora-MG ao Pólo Petrolina/Juazeiro,
no entanto não é utilizado para escoamento da produção.
No que concerne à capacitação técnica, o Pólo conta, ainda, com uma Escola
Agrotécnica, além de cinco cursos de nível superior (agronomia,
administração, contabilidade, letras e filosofia). Está também prevista para os
próximos anos a criação da Universidade do Vale do São Francisco, que
contará com vinte e três cursos superiores.
Finalmente, cabe ressaltar que o acelerado crescimento do Pólo vem atraindo
a população pobre das áreas vizinhas em busca de oportunidades de
emprego. Esses migrantes instalam-se precariamente nas cercanias das
cidades e têm sua força de trabalho absorvida no campo, sobretudo durante o
período de safra, ou em tarefas urbanas não qualificadas.
Outro grave problema social é o incremento dos níveis de violência urbana
verificado nos últimos anos, inclusive com a ação de narcotraficantes que se
utilizam das ilhas do São Francisco para o cultivo de ervas psicotrópicas.
Observa-se, também, a possibilidade de agravamento de problemas
relacionados à violência no campo, com a disputa por terra entre latifundiários
improdutivos e os trabalhadores sem terra. Esta situação está a exigir dos
poderes públicos e da iniciativa privada ações no sentido de promoverem uma
reforma agrária e melhorarem a infra-estrutura social dos municípios desse
pólo agroindustrial.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 16
FIGURA 3
EM AÇÃO
PÓLO
PETROLINA JUAZEIRO
BAHIA
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 17
INFRA-ESTRUTURA
MEIO AMBIENTE
Por outro lado, esse processo traz, também, aspectos positivos, como, por
exemplo: transforma solos anteriormente considerados marginais ou
improdutivos em solos economicamente aproveitáveis; introduz tecnologias
modernas; gera grande quantidade de empregos diretos e indiretos; implanta
agroindústrias; diversifica e dinamiza centros urbanos; gera toda uma gama de
serviços correlatos e, principalmente, eleva a renda “per capita”.
Para arrefecer, diminuir ou eliminar esses problemas, a sociedade deve criar
salvaguardas que impeçam, ou pelo menos minimizem, as conseqüências
danosas que podem influenciar o meio ambiente por intermédio da ação do
homem, a exemplo do Protocolo Verde (∗).
∗
Protocolo Verde é um grupo composto por integrantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA),
Ministério da Fazenda (MF), Ministério do Planejamento (MPO), Ministério da Agricultura (MA),
Banco Central e os bancos oficiais (BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica
Federal e Basa), para apresentar diretrizes, estratégias, recomendações e mecanismos operacionais com
o objetivo de inserir a variável ambiental no processo de concessão e gestão do crédito e dos benefícios
fiscais às atividades produtivas.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 19
PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO
A questão do mercado não deve ser encarada como um ente estático, mas
como algo extremamente dinâmico que muda constantemente. Pensando
assim é que se deve montar uma estrutura mínima de técnicos, produtores,
empresários que realizem estudos constantes das tendências de mercado e
desenvolvam políticas de “marketing”, estabelecendo-se os elos das cadeias
comerciais. Dentro desse escopo, procurarar-se-á identificar as diversas
cadeias comerciais dos vários produtos, suas interligações e interseções, de
forma que, ao se abrirem as alternativas de comercialização, haverá chance
da obtenção de preços mais remuneradores para os produtores.
A esse respeito, cabe ressaltar o esforço que já vem sendo realizado pelas
diversas instâncias governamentais e o Banco do Nordeste, com uma
participação ainda muito tímida dos agentes privados, tais como: apoio à
realização "rodada de negócios" e a participação em feiras internacionais,
indução à vinda de missão de empresários externos, apoio a viagens de
grupos de empresários da região para outros países onde a atividade está em
estágio tecnológico e de desenvolvimento mais avançado, dentre outros.
3.2.1 INFRA-ESTRUTURA
a) drenagem agrícola deficiente;
b) ausência de barreiras fitossanitárias (postos), com riscos de introdução
de agentes patogênicos oriundos de frutas importadas;2
c) sistemas de irrigação muitas vezes inadequados para a fruticultura,
com desperdício de água, incremento de custos e prejuízo para o solo,
muitos com sérios problemas de drenagem;
d) deficiência na infra-estrutura social (saúde, saneamento, educação,
habitação popular e segurança pública);
e) infra-estrutura de armazenamento insuficiente;
f) estrutura de telecomunicações deficiente;
g) insuficiente estrutura de câmaras frias nos pontos de exportação de
frutas para o exterior (porto, aeroporto e porto seco);
h) malha ferroviária deficiente, obsoleta e sucateada;
i) mau estado de conservação de rodovias que cortam a Região;
j) estrutura de estradas vicinais insuficiente e em mau estado de
conservação;
l) deficiente infra-estrutura do sistema hidroviário;
m) limitada capacidade do aeroporto de Petrolina;
n) elevado custo das operações portuárias.
2
Vale ressaltar que o mercado brasileiro é, no momento, o único grande mercado que não
apresenta restrições ao acesso do produto importado. Observe-se , por exemplo, as exigências para
obter acesso ao mercado americano e japonês.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 24
3
Além da incidência em cascata e da “exportação de impostos”, o sistema tributário vigente tem
aberrações como a bitributação, bases de cálculos impróprias, iniqüidades fiscais, cobranças de ICMS
sobre frutas destinadas à industrialização e “in natura”, sobre o frete destas, dentre outras.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 26
4
Os altos juros históricos do sistema de crédito rural, aliados às conseqüências dos diversos planos
econômicos e à rápida abertura comercial recente, trouxeram um quadro grave de insolvência
generalizada do setor.
5
A abertura comercial do Brasil, promovida ao longo dos últimos 5 anos, tem sido feita sem uma
contrapartida negocial que otimize a participação dos nossos produtos no mercado externo. Como
exemplo, pode-se citar que as importações de frutas temperadas têm subido vertiginosamente nos
últimos 4 semestres, ao passo que nossas exportações se reduziram cerca de 30%, nos últimos dois anos.
6
Nossos parceiros comerciais subsidiam pesadamente sua agricultura e impõem exigências de
qualidade, muitas vezes descabidas, para a entrada de nossos produtos em seus mercados. Além disso,
interpõem outras barreiras de ordem tarifária, o que, aliado ao já conhecido ‘CUSTO BRASIL” ,
dificulta a competitividade da fruticultura nacional. Vale ressaltar que há uma clara discriminação
contra os produtos brasileiros . Para citar um exemplo: na exportação para a Europa, as uvas e melões
brasileiros estão sujeitos a um imposto adicional de 11% (manga 4%), enquanto Honduras, Costa Rica,
El Salvador, Colômbia, Israel, dentre outros, gozam de isenção total deste tributo.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 27
4. AÇÕES PROPOSTAS
4.1 INFRA-ESTRUTURA
4.2 MEIO-AMBIENTE
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BNDES. Complexo agroalimentar, 1994. 26p.
SOUZA, H. R. Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável no
ANEXOS
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PETROLINA-JUAZEIRO 37
ANEXO 1
ANEXO 1
ANEXO 2
ANEXO 2
DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS DO PÓLO
PETROLINA/JUAZEIRO
ASPECTOS FÍSICOS
DEMOGRAFIA
EDUCAÇÃO
SAÚDE
SANEAMENTO BÁSICO
ENERGIA ELÉTRICA
EXTRAÇÃO VEGETAL