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Skinneriana de Self
Por
Renan Miguel Albanezi
23 ago. 2014
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Independente do que o self seja, para Skinner (1953; 1974), ele não parece ter
a mesma natureza do organismo físico. Uma pessoa age no mundo e é dito
que ela faz isso em função de seu eu interior, pois é ele que inicia e direciona
um comportamento à obtenção de reforçamento. Muitas vezes, mais de
um self é utilizado para explicar o porquê uma pessoa se comporta. O mesmo
acontece com a personalidade.
Muito do que sabemos de nós mesmos, muito do que sabemos do outro e das
coisas que nos cercam, só sabemos porque a comunidade verbal em que
estamos inseridos arranjou contingências para que soubéssemos nomear e
descrever cada um desses fenômenos (Skinner, 1957; 1974; Catania, 1999;
Hübner, Borloti, Almeida & Cruvinel, 2012). Só dizemos como nos sentimos, o
que pensamos e o nome das coisas a nossa volta porque nossa comunidade
verbal arranjou contingências e consequenciou nossas verbalizações de
acordo com aquilo que seria produtivo para a sobrevivência da própria
comunidade verbal (Skinner, 1957; Abreu & Hübner, 2012).
Uma vez que o self é uma construção social e que o comportamento social
depende de outros para ocorrer e ser consequenciado, poderíamos dizer que,
por só sabermos descrever quem somos e como nos comportamos em função
de uma comunidade verbal, há uma evidência de que o self pode ser, portanto,
controlado verbalmente. E isso não nos dá necessidade de explicar
determinados comportamentos dividindo-os em diversos selves e/ou
personalidades.
Referências
Skinner, B. F. (1953) Science and Human Behavior. New York: The Free Press.