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Reforma Ortografica PDF
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Orientações Básicas
Douglas Tufano
3. Palavras que terminam em óia, óias, óio, éia, éias, éio não são mais acentuadas. Ex.:
Como era: jóia, jóias, idéia, idéias, apóia (v. apoiar), apóio (v. apoiar), estréio (v.
estrear).
Como fica: joia, joias, ideia, ideias, apoia, apoio, estreio.
4. Palavras que têm o grupo éi ou ói no meio não são mais acentuadas. Ex.:
Como era: heróico, paranóico, debilóide, asteróide, protéico.
Como fica: heroico, paranoico, debiloide, asteroide, proteico.
* Palavras que terminam em éis ou ói(s) continuam com acento: papéis, herói, heróis.
* Como se vê em 3 e 4, caiu o acento das paroxítonas nas quais a base da sílaba tônica
são os ditongos abertos ói, éi. Mas o acento continua quando se trata de palavras
oxítonas ou monossílabos tônicos: herói, dói, sóis etc.
6. Palavras que terminam em êem ou ôo(s) não são mais acentuadas. Ex.:
Como era: abençôo (v. abençoar), dêem (v.dar), crêem (v.crer), lêem (v.ler), vêem
(v.ver), vôo, vôos, zôo.
Como fica: abençoo, deem, creem, leem, veem, voo, voos, zoo.
7. Caiu o acento das seguintes palavras: pêlo, pêlos, pólo, pólos, pêra, pára.
Agora devemos escrever: pelo, pelos, polo, polos, pera, para.
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8. O acento circunflexo na palavra fôrma é opcional, isto é, pode ou não ser usado. Às
vezes, é bom usar para evitar confusão. Veja como ele é útil nesta frase: Não sei qual é
a forma da fôrma do bolo.
9. Caiu o acento agudo (´) no U de três formas dos verbos arguir e redarguir.
Como era: (tu) argúis, (ele) argúi, (eles) argúem, (tu) redargúis, (ele) redargúi, (eles)
redargúem.
Como fica: (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, (tu) redarguis, (ele) redargui,
(eles) redarguem.
1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Ex.:
guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume,
joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
* Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de
composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas,
paraquedista, paraquedismo.
3. Não se usa o hífen em palavras compostas que apresentam elementos de ligação. Ex.:
pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho,
ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Ex.:
maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda,
cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-
meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Ex.:
queda-d'água, gota-d'água, copo-d'água.
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (palavras que indicam
nomes de lugares) que apresentam ou não elementos de ligação. Ex.:
Belo Horizonte — belo-horizontino
Porto Alegre — porto-alegrense
Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte
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6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de
plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Ex.:
bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra,
lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-
campo, cravo-da-índia.
Obs.: Não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e
zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido
entre os pares:
arroz-do-campo (certo tipo de erva) - arroz de festa (alguém que está sempre presente
em festas).
bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas
vértebras).
olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).
Uso do hífen na formação de palavras com prefixos (anti, super, inter, semi, sub, ultra
etc.) e elementos antepositivos como aero, auto, bio, macro, micro, mini etc., também
chamados de falsos prefixos ou pseudoprefixos.
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra
palavra. Ex:
micro-ondas, anti-inflacionário, sub-bibliotecário, inter-regional.
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia
a outra palavra. Ex.:
autoescola, antiaéreo, intermunicipal, supersônico, superinteressante,
agroindustrial, aeroespacial, semicírculo.
5. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra começada por R. Ex.:
sub-região, sub-reitor, sub-regional.
6. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por O ou
H. Ex.: coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação, coerdeiro,
corréu, corresponsável.
7. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Ex.:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado,
pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu, vice-rei.
8. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas
por E. Ex.: preexistente, preelaborar, reescrever, reedição.
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OUTROS CASOS DO USO DO HÍFEN
2. Com mal, usa-se hífen quando a palavra seguinte começar por Vogal, H ou L. Ex.:
mal-assombrado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo.
* Nos outros casos, escreve-se sem hífen: malcriado, malcomportado, malcheiroso,
malfeito, malsucedido, malvisto.
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se a palavra não tiver elemento de
ligação. Ex.: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem hífen. Ex.:
mal de lázaro, mal de sete dias.
3. Com bem, não há orientações novas no Acordo Ortográfico. De modo geral, usa-se o
hífen nos compostos. Ex.:
bem-aventurado, bem-intencionado, bem-humorado, bem-merecido, bem-nascido,
bem-falante, bem-vindo, bem-visto, bem-disposto.
* Mas há vários casos em que bem se liga sem hífen à palavra seguinte. Ex.:
benfazejo, benfeito, benfeitor, benquisto.