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ENCONTROS VOCÁLICOS
ACENTUAÇÃO DO HIATO
OBSERVAÇÃO
➢ São oxítonas: aloés, cateter, harém, Gibraltar, mister (=necessário), Nobel, novel, recém,
refém, ruim, sutil, ureter.
➢ São paroxítonas: acórdão, âmbar, ambrosia, avaro, aziago, barbaria, cânon, caracteres,
cartomancia, ciclope, edito (lei, decreto), epifania, exegese, filantropo, fluido (ui ditongo),
fortuito (ui ditongo), gratuito (ui ditongo), ibero, inaudito, látex, maquinaria, misantropo,
necropsia, Normandia, oximoro (tb. oximóron), pudico, quiromancia, simulacro.
➢ São proparoxítonas: aeródromo, aerólito, álcali, álcool, alcoólatra, álibi (lat.), alvíssaras,
âmago, amálgama, ambrósia, anátema, andrógino, antídoto, arquétipo, autóctone, brâmane,
cáfila, condômino, crisântemo, década, díptero, écloga, édito (ordem judicial), Éfeso,
êmbolo, epíteto, épsilon, escâncaras (às), êxodo, fac-símile, fíbula, idólatra, ímprobo, ínclito,
ínterim, máxime ou maxime (lat.), ômega, plêiade (-a), protótipo, Tâmisa, trânsfuga,
vândalo.
Hífen
➢ Exemplo de alguns prefixos: Pseudo, Intra, Semi, Contra, Auto, Proto, Neo, Extra, Ultra,
Super… (PiscaPneus);
➢ Na união de prefixos “os diferentes se atraem”;
➢ Por regra, o hífen usado na união de prefixos vai separar LETRAS IGUAIS (Ex: micro-
ondas, anti-inflamatório)
➢ NÃO se usa hífen Para:
• Unir vogais diferentes (autoestrada, agroindustrial, anteontem, extraoficial);
✗ Exceção: o prefixo “CO” não tem hífen, mesmo que a próxima letra seja igual: Ex.:
Cooperativa, coobrigado…;
• Para unir consoantes diferentes (Hipermercado, superbactéria, intermunicipal)
• Usa-se hífen para separar consoantes iguais: Super-romântico; hiper-resistente; sub-
bibliotecário;
• Para unir consoante com vogal: (Hiperativo; interescolar; supereconômico; interação);
• Além disso, temos que saber que se a consoante após a vogal que termina o prefixo for S ou
R, esta deve ser duplicada: (Minissaia; contrarregra; antissocial; antirracismo);
✗ “Regra do aRRoSS”, em que após uma vogal temos RR ou SS.
➢ Usa-se hífen para:
• Separar vogais iguais: (Micro-ondas; contra-ataque; anti-inflamatório; auto-observação);
• Para separar consoantes iguais: (Super-romântico; hiper-resistente; sub-bibliotecário).
➢ Palavras como “segunda-feira”, “mato-grossense”, “bem-te-vi”, “verde-amarelo”, “luso-
francês”, “guarda-roupa” não estão nessa regra geral, porque esses termos destacados não
são prefixos.
➢ Não se usa hífen após “não” e “quase”: Ex.: não agressão; não beligerante; não
fumante; quase delito; quase equilíbrio; quase morte.
➢ Não se usa hífen entre palavras compostas com elemento de ligação (A lógica é que a
preposição já é um elemento conector das palavras de uma locução, então não há
necessidade de outro. Ex.: Mão de obra; dia a dia; café com leite; cão de guarda)
✗ Contrariamente, se não houver elemento de ligação, há hífen: boa-fé; arco-íris; guarda-
chuva; vaga-lume; porta-malas.
➢ Exceções: arco-da-velha; mais-que-perfeito; cor-de-rosa; água-de-colônia; pé-de-meia;
gota d’água, ao deus-dará, à queima-roupa.
• Também recebem hífen espécies botânicas e zoológicas: bem-te-vi, erva-doce, pimenta-do-
reino, cravo-da-índia; bico-de-papagaio…
➢ Obs.: Outra hipótese de uso do hífen é o “Encadeamento”, que é a união de duas palavras
que formam uma unidade de sentido particular, sem se tornar um substantivo composto:
Encadeamentos: Ponte Rio-Niterói; Eixo Rio-São Paulo; Percurso casa-trabalho… (duas
palavras independentes, encadeadas com hífen).
➢ Antes de palavra com H, HÁ HÍFEN! Ex.: anti-higiênico, circum-hospitalar, contra-
harmônico, extra-humano, pré-história, sobre-humano, sub-hepático, super-homem, ultra-
hiperbólico, geo-história, neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar
• Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e
nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano,
etc.
Uso da letra Ç
➢ Escrevem-se com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e
os substantivos derivados de ações (Erudito = erudição, Exceto = exceção, Setor = seção,
Intuitivo = intuição)
➢ Escrevem-se -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter e
com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce (Deter = detenção, Conter
= contenção, Alcance = alcançar)
Uso da letra S
➢ Escrevem-se com “S” as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e –ndir
(Compreender = compreensão, Fundir = fusão);
➢ Escrevem-se com “S” as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir
(Reverter = reversão, Divertir = diversão, Aspergir = aspersão)
➢ Verbos terminados em –pelir formarão substantivos terminados em –puls (Expelir =
expulsão)
➢ Verbos terminados em -correr formarão substantivos terminados em -curs (Percorrer =
percurso)
➢ Usa-se “S” para grafar as palavras terminadas em -oso, -osa, -ase, -ese, -ise, –ose, -isa:
✗ Exceções: gozo, gaze, deslize, baliza, coriza, etc.
Ç ou S
➢ Após ditongo, escreveremos com “Ç”, quando houver som de “S”, e escreveremos com
“S”, quando houver som de “Z”. Ex.: Eleição, coisa, etc.
S ou Z
➢ Palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios
devem ser grafadas com “S”. Ex.: Português, Norueguesa, Marquês, etc.
➢ Por outro lado, palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de
adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade devem ser grafadas
com “Z”. Ex.: Embriaguez, limpeza, lucidez, etc.
➢ Os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o “S”, também serão
grafados com “S”. Se a palavra primitiva não possuir “S”, grafa-se com “Z”. Ex.:Paralisia
= paralisar, Economia = economizar, Terror = aterrorizar.
✗ Exceções: Catequese = catequizar, Síntese = sintetizar, Hipnose = hipnotizar, Batismo =
batiza.
➢ Se palavra primitiva possuir “S”, devem-se grafar com “S” os diminutivos terminados em -
sinho e –sito. Ex.: Casinha, asinha.
➢ Caso não haja “S” na palavra primitiva, grafam-se com “Z” os diminutivos. Ex.:
Mulherzinha, arvorezinha.
SIGLAS E ABREVIAÇÕES
A fim/ afim
➢ A fim de: locução prepositiva com sentido de “propósito”, “para”. Ex.: Estou aqui a fim de
te orientar sobre seu estudo.
➢ Afim: Semelhante, correlato. Ex.: Matemática e estatística são matérias afins.
Acerca/ A cerca
➢ Acerca: Sobre, assunto. Ex.: Discutiremos acerca do aumento de seu salário.
➢ A cerca: Artigo a + substantivo cerca. Ex.: A cerca não resistiu ao vento e desabou.
➢ “Cerca de” é expressão que indica medida aproximada. Aqui também cabe a combinação
com verbo haver. Ex.: Chegou aqui há cerca de duas horas. / Estamos a cerca de dois KM de
sua cidade.
De mais/ Demais
➢ De mais: oposto a “de menos”. Ex.: Não acho nada de mais desse filme.
➢ Demais: muito; o restante. Ex.: Esse filme é bom demais! / O líder fala, os demais ouvem.
Senão/ Se não
➢ Se não: Se (Conjunção Condicional) + Não (Adv. Negação). Ex.: Se não revisar
regularmente, esquecerá o conteúdo.
➢ Se não: Se (Conjunção Integrante) + Não (Adv. Negação). Ex.: João perguntou se não
haveria aula. / “Pensei em fazer alguma coisa, se não para ajudar, ao menos para distraí-lo”
(quando não... ao menos).
➢ Se não: Se (Pronome apassivador) + Não (Adv. Negação). Ex.: Há verdades que se não
dizem (que não são ditas).
➢ Senão: do contrário, mas, mas também, mas sim, a não ser, exceto... Ex.: “Venha, senão vai
se arrepender.”
CLASSES DE PALAVRAS
SUBSTANTIVO
• É a classe que dá nome a seres, coisas, sentimentos, qualidades e ações.
➢ Classificação dos substantivos:
Classificação Definição Exemplos
Primitivo Não se origina de outra palavra Pedra, mulher, felicidade
da língua e, portanto, não traz
afixos (prefixo ou sufixo)
Derivado Deriva de uma palavra primitiva, Pedreiro, mulherão, infelicidade
traz afixos
Simples É constituído por uma única Homem, pombo, arco
palavra, possui apenas um
radical
Composto É constituído por mais de uma Homem-bomba, pombo-correio,
palavra, possui mais de um arco-íris
radical
Comum Designa uma espécie ou um ser Mulher, cidade, cigarro
qualquer representativo de uma.
Próprio Designa um indivíduo específico Maria, Paris, Malboro
da espécie.
Concreto Designa um ser que existe por si Pedra, menino, carro, Deus, fada
só, de existência autônoma e
concreta, seja material,
espiritual, real ou imaginário
Abstrato Designa ação, estado, Criação, coragem, liberalismo
sentimento, qualidade, conceito
Coletivos Designa uma pluralidade de tropa(soldados),
seres da mesma espécie. cardume(peixes), alcateia (lobos)
GRAU DO SUBSTANTIVO
• Aumentativo x Diminutivo;
• O plural de diminutivo se faz apenas com o acréscimo de “ZINHOS” ou “ZITOS” ao plural
da palavra, cortando-se o S (animalzinho= animais + zinhos > animaizinhos)
ADJETIVO
• É a classe variável que se refere ao substantivo ou termo de valor substantivo (como
pronomes);
• Atribui alguma qualificação, condição ou estado, restringindo ou especificando seu sentido;
• Pode ser substantivado (“céu azul” > “o azul do céu”);
• É comum substituir o adjetivo por “locução” ou “oração” adjetiva (cidadão inglês x cidadão
da Inglaterra x cidadão que é nativo da Inglaterra)
Normal Alto
Comparativo
Grau dos adjetivos Inferioridade Menos alto
Superioridade
Relativo O mais alto
Sintético
Inferioridade
Analítico
Superlativo
Absoluto Altíssimo
O Muito
menos alto
alto
PRONOME
• Os pronomes são palavras que representam (substituem) ou acompanham (determinam) um
termo substantivo;
PRONOMES INTERROGATIVOS
• Servem para fazer interrogativas diretas ou indiretas;
• Que, Quem, Qual(is), Quantos;
PRONOMES INDEFINIDOS
• Classes variáveis que se referem à 3ª pessoa do discurso e indicam quantidade, sempre de
maneira vaga;
• Ninguém, nenhum, alguém, algum, algo, todo, outro, tanto, quanto, muito, bastante, certo,
cada, vários, qualquer, tudo, qual, outrem, nada, menos, que, quem, um (quando em par com
“outro”)…;
PRONOMES POSSESSIVOS
• Esses pronomes têm sentido de posse e geralmente aparecem em questões sobre
ambiguidade ou referência, pois podem se referir à primeira pessoa do discurso;
• Meu(s), minha(s), nosso(s) nossa(s); à segunda: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s); ou à
terceira: seu(s), sua(s).
• Delimitam o substantivo a que se referem;
• Concordam com o substantivo que vem depois dele e não concorda com o referente;
• O pronome possessivo vem junto ao substantivo, é acessório, tem função de adjunto
adnominal.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
• Pronomes demonstrativos apontam, demonstram a posição dos elementos a que se referem
em relação às pessoas do discurso (1ª – que fala/ 2ª – que ouve e a 3ª , de quem se fala), no
tempo, no espaço e no texto.
• Este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), aqueloutro(s), aqueloutra(s), isto, isso,
aquilo, o, a, os, as; mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s), tal, tais, semelhante(s)…;
PRONOMES RELATIVOS
• Retomam substantivos antecedentes, coisa ou pessoa, e, por isso, têm função coesiva e se
prestam a evitar repetição;
• Os principais são: que, o qual, cujo, quem, onde.
PRONOMES DE TRATAMENTO
• Os pronomes de tratamento são formas de cortesia e reverência no trato com determinadas
autoridades;
• Os mais incidentes em prova:
i. Vossa Senhoria (V. S.a ou V. S.as): usado para pessoas com um grau de prestígio maior.
Usualmente, os empregamos em textos escritos, como: correspondências, ofícios,
requerimentos etc;
ii. Vossa Excelência (V. Ex.a V. Ex.as): Usado para grandes autoridades: Presidente da
República, Senadores, Deputados, Embaixadores, Oficiais de Patente Superior à de Coronel,
Juízes de Direito, Ministros, Chefes de Poder;
iii. Vossa Santidade (V.S.): usado para o Papa;
iv. Vossa Magnificência (V. Mag.a V. Mag.as): usado para Reitores de universidades,
acompanhado pelo vocativo: Magnífico Reitor.
• Embora os pronomes de tratamento se refiram à segunda pessoa gramatical (pessoa com
quem se fala: vós), a concordância é feita com a terceira pessoa, ou seja, com o núcleo
sintático.
PRONOMES PESSOAIS
• Pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) costumam substituir sujeito: João é
magro > Ele é magro;
• Pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) substituem complementos
verbais: o, a, os, as substituem somente objetos diretos (complemento sem preposição); me,
te, se, nos, vos podem ser objetos diretos ou indiretos (complemento com preposição), a
depender da regência do verbo. Já o pronome –lhe (s) tem função somente de objeto
indireto.
• Os pronomes OBLÍQUOS TÔNICOS são pronunciados com força e precedidos de
preposição. Costumam ter função de complemento.
1ª pessoa mim, comigo (singular); nós, conosco (plural)
2ª pessoa ti, contigo (singular); vós, convosco (plural).
3ª pessoa si, consigo (singular ou plural); ele(a/s) (singular ou plural).
✗ Após a preposição “entre” em estrutura de reciprocidade, devemos usar pronomes oblíquos
tônicos, não retos. (Entre mim e ela não há segredos);
✗ Se o pronome for sujeito, podemos usar pronome reto. (Entre eu sair e você ficar, prefiro
sair);
✗ Após preposições acidentais e palavras denotativas, podemos também usar pronome reto.
(Com raiva, minha mãe maltrata até eu) (até: palavra denotativa de inclusão);
• Regras para a união de pronomes oblíquos
i. Quando os verbos são terminados em R, S, Z + o, os, a, as, teremos: lo, los, la, las.
(Não pude dissuadir a menina - dissuadir + a > dissuadi-la);
(Fiz isso porque quis fazer isso - fiz + o > Fi-lo porque o quis.);
ii. Quando os verbos são terminados em som nasal, como m, ão, aos, õe, ões + o, os, a, as,
teremos simples acréscimo de no, nos, na, nas.
(Viram a barata e mataram-na)
iii. Um adendo: após verbos na primeira pessoa do plural seguidos do pronome -nos, corta-se o
S final.
(Alistamo-nos no quartel)
ADVÉRBIO
• Termo invariável que se refere a verbo, adjetivo e advérbio;
AS CIRCUNSTÂNCIAS ADVERBIAIS (VALOR SEMÂNTICO)
a) Dúvida: talvez, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, casualmente, mesmo, por
certo;
b) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
tanto, assaz, que (= quão), tudo, nada, todo, quase, extremamente, intensamente,
grandemente, bem;
c) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito
nenhum;
d) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente,
deveras, indubitavelmente, com certeza;
e) Lugar: aqui, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, cá, acima, onde, perto,
aí, abaixo, a distância, à distância de, de longe, em cima, à direita, à esquerda;
f) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, amanhã, depois, ainda, antigamente, antes,
nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, primeiramente, às vezes, à tarde, à noite;
g) Modo: bem, mal, assim, adrede (de propósito), melhor, pior, depressa, acinte (de propósito),
debalde (em vão), devagar, propositadamente, pacientemente. às pressas, às claras, às cegas,
à toa, às escondidas, aos poucos, desse jeito, dessa maneira, em geral;
ARTIGO
• Classe variável em gênero e número que acompanha substantivos, indicando se o
substantivo é masculino ou feminino, singular ou plural, definido ou indefinido;
• Sempre exerce a função de adjunto adnominal;
• O artigo definido se refere a um substantivo de forma precisa, familiar: “o carro, a casa”;
• O artigo indefinido se refere ao substantivo de forma vaga, inespecificada: “um carro
qualquer”;
NUMERAL
• Termo variável que se refere ao substantivo, indicando quantidade, ordem, sequência e
posição;
• São classificados em:
Ordinais: primeiro lugar, segunda comunhão, terceiras intenções, septuagésimo quarto,
sexagésimo quinto…
Cardinais: um cão, duas alunas, três pessoas...
Fracionários: um terço, dois terços, quatro vinte avos…
Multiplicativos: o dobro, o triplo, cabine dupla, duplo carpado…
INTERJEIÇÃO
• Classe gramatical invariável que expressa emoções e estados de espírito;
➢ Olá! Oba! Nossa! Cruzes! Ai! Ui! Ah! Putz! Oxalá! Tomara! Pudera! Tchau!
• As locuções interjetivas são grupos de palavras que equivalem a uma interjeição;
➢ Meu Deus! Ora bolas! Valha-me Deus!
• Qualquer expressão exclamativa que expresse uma emoção, numa frase independente, com
inflexão de apelo, pode funcionar como interjeição.
PREPOSIÇÕES
• Classe de palavras invariável;
• A função dessa classe é conectar palavras e iniciar orações reduzidas;
• Normalmente compõe locuções;
➢ Quando ligada a adjetivos, formará uma locução adjetiva;
➢ Quando ligada a um advérbio, formará uma locução adverbial, e assim por diante;
• Principais preposições: a, com, de, em, para, ante, até, após, contra, sem, sob, sobre, per,
por, desde, trás, perante;
Preposições Essenciais e Acidentais
• São chamadas de “essenciais” as preposições puras, que só atuam como preposição: a,
com, de, em, para, por, desde, contra, sob, sobre, ante, sem…;
• São chamadas de preposições “acidentais” aquelas palavras que na verdade pertencem a
outra classe, mas que, “acidentalmente”, em determinados contextos, passam a ser
preposição: consoante, conforme, segundo (quando não introduzem oração), como, que,
mesmo, durante, mediante…;
- Ex: Tenho de estudar/Tenho que estudar (essas expressões são equivalentes e o “que” é
uma preposição acidental, pois é uma conjunção que está “acidentalmente” no papel de
preposição (“de”);
• Obs.: as palavras salvo, exceto, exclusive, afora, menos e senão são consideradas
preposições acidentais quando introduzem locuções adverbiais com sentido de exclusão:
- Ex: Salvo aquele capítulo, o livro inteiro é bom.
• Usamos eu e tu após preposições acidentais ou palavras denotativas:
- Ex: Fora tu, todos erraram (fora é preposição acidental);
• Com preposições essenciais, devemos usar as formas pronominais oblíquas:
- Ex: Venha até mim e haverá bênçãos para ti.
Preposições Relacionais e Nocionais
• As preposições relacionais são aquelas obrigatórias, pedidas pela regência (exigidas pelas
palavras que pedem um complemento);
- Ex: Tenho medo de cobra. (“relacional” - introduz complemento de substantivo);
• As que não são exigidas obrigatoriamente, mas aparecem para estabelecer “relações de
sentido”, têm valor “nocional”, pois trazem noção de posse, causa, instrumento, matéria,
modo, etc.
• Geralmente introduzem adjuntos adnominais e adverbiais;
- Ex: Tenho um violão de madeira. (“nocional” - indica qualidade/matéria);
Contração das preposições
• Preposição a + Artigos
a + a, as, o, os = à, às, ao, aos
• Preposição a + Pronomes demonstrativos
a + aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo = àquele, àquela, àquelas, àquilo
• A preposição a + Advérbios
a + onde = aonde
• A preposição por + Artigos
por + o, a, os, as = pelo, pela, pelos, pelas
• Preposição de + Artigos
de + o, a, as, um, uns, uma, umas = do, da, das, dum, duns, duma, dumas
• Preposição de + Pronomes pessoais
de + ele, ela, eles, elas = dele, dela, deles, delas
• Preposição de + Pronomes demonstrativos
de + este, esta, estes, estas, isto, esse, aquele, aquelas, aquilo =deste, desta, destes, destas,
disto, desse, daquele, daquelas, daquilo
Locuções prepositivas
• Grupos de palavras que equivalem a uma preposição;
- “falei sobre o tema” > “falei acerca do tema”;
• As locuções prepositivas sempre terminam em uma preposição, exceto a locução com
sentido concessivo/adversativo “não obstante”
• A preposição “de” é expletiva, de realce, e pode ser retirada da frase sem prejuízo sintático e
sem alteração relevante de sentido em:
a) Estruturas comparativas: Como mais (do) que você;
b) Alguns apostos especificativos: O bairro (das) Laranjeiras satisfeito sorri;
c) Orações subordinadas predicativas: A sensação foi (de) que não mudou;
d) Predicativo do objeto do verbo chamar ou denominar: Jonny me chamou (de) estúpido;
e) Algumas estruturas do tipo artigo + adjetivo substantivado + de + substantivo: O
maldito (do) gato foi atropelado 7 vezes!
CONJUNÇÕES
• Ligam orações diferentes ou termos de uma mesma oração;
• Também podem ligar parágrafos e traçar relações lógicas (adição, oposição, reafirmação,
ressalva…) entre eles;
• Podem ser chamadas de síndeto, conectivos, elementos de coesão, operadores
argumentativos;
• Quando ligam orações de sentido completo, sintaticamente independentes, são chamadas
coordenativas;
• Se ligarem orações dependentes umas das outras sintaticamente, são chamadas
subordinativas;
- Ex: Cães e gatos são fofinhos. (coordenação);
- Ex: Acordei cedo e fui correr. (coordenação);
- Ex: Quando eu chegar, todas as alegrias estarão completas. (subordinação);
Conjunções Coordenativas Aditivas
• Ligam orações ou palavras, com sentido de adição: e, nem (e não), bem como, e as
correlações não só…como também/mas também/mas ainda…;
- Ex: Estudei constitucional e administrativo;
- Ex: Não só trabalho como também estudo;
- Ex: Não fiz exercícios nem revisei (não devemos dizer “e nem”, pois seria redundante a
repetição do “e” que já faz parte do sentido da conjunção);
✗ A palavra “senão” pode ter sentido aditivo (normalmente usado após não só/não
apenas/não somente, equivalente a “mas também”);
- Ex: O labrador era o favorito, não só da mãe, senão de toda a família.
✗ A palavra tampouco é advérbio, mas pode vir a substituir uma conjunção aditiva, quando for
equivalente a “nem”;
- Não malho, tampouco faço dieta!
✗ A palavra “ainda” pode ter sentido aditivo:
- Ex: Eu trabalho, estudo e ainda (além disso) cuido de sete crianças.
✗ A conjunção coordenativa e a vírgula dividem a função de “coordenar” orações
independentes;
Conjunções Coordenativas Adversativas
• Ligam orações ou palavras com sentido de contraste, oposição, compensação, ressalva,
quebra de expectativa, retificação: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante,
SENÃO (sentido de “mas”);
- Ex: A culpa não foi da população, senão dos vereadores. (aqui, “senão” equivale a “mas
sim”, com sentido adversativo)
- Ex: O professor era muito tímido, não obstante falava bem em público (relação de quebra
de expectativa)
➔ Valor adversativo do “E”
- Estava querendo ler, e o sono não deixava (sentido de adversidade);
✗ Uma pista que indica o valor adversativo do “e” é estar antecedido por vírgula;
✗ A regra de pontuação recomenda pôr vírgula antes do “e” adversativo.
➔ Valor argumentativo da conjunção adversativa
✗ A concessão é uma adversidade que não impede um resultado de se realizar;
✗ Conjunções concessivas levam o verbo para o subjuntivo: embora/caso eu possa…;
✗ Em uma frase que conste uma conjunção adversativa, a informação mais importante é a
que vem após a conjunção;
- Ex: Ela grita do nada, mas é gente boa. (Ser gente boa é mais importante do que ela gritar
do nada);
➢ Seria totalmente diferente de dizer: “Ela é gente boa, mas grita do nada”, pois, nesse
segundo caso, o foco estaria no fato de gritar;
➢ Para escrever essa última sentença na forma concessiva equivalente, o foco teria que estar
na outra oração, não na concessiva: “Embora seja gente boa, grita do nada!”
✗ A conjunção adversativa constitui um operador argumentativo forte, enquanto a concessiva é
um operador argumentativo fraco;
Conjunções Coordenativas Alternativas
• Ligam orações ou palavras com sentido de alternância ou escolha (exclusão): ou, ou…ou,
quer…quer, ora…ora, já…já, seja…seja;
- Ex: Estude ou vá para festa, não dá para ter tudo. (relação de escolha entre opções
mutuamente excludentes);
- Ex: Fico motivado ora pelo salário ora pela realização. (relação de alternância);
- Ex: Seja por bem, seja por mal, vou convencê-lo de que estou certo! (Relação de exclusão);
✗ A palavra “senão” pode funcionar como conjunção alternativa:
- Ex: Saia agora, senão chamarei os guardas. (poderíamos trocar por “ou”);
Conjunções Coordenativas Conclusivas
• Ligam orações ou palavras com sentido de conclusão ou consequência: logo, portanto,
então, por isso, assim, por conseguinte, destarte, pois (quando vem deslocado);
- Ex: Estava preparado, portanto não me apavorei;
- Ex: Estou tentando te ajudar, por isso quero que você me escute;
- Ex: Estava despreparado, não foi, pois, aprovado. (Se a conjunção vier deslocada, deve
estar entre vírgulas);
✗ O pois no início da oração, isto é, não deslocado entre vírgulas, será explicativo ou causal.
Conjunções Coordenativas Explicativas
• Ligam orações ou palavras com sentido de justificativa, explicação: que, porque, pois (se
vier no início da oração), porquanto;
• São fortemente sinalizadas pela presença de um verbo no imperativo anterior;
- Ex: Economize recursos, porquanto não se sabe do futuro;
- Ex: Fique em silêncio, pois o filme já começou;
- Ex: Vem, vamos embora, que esperar não é saber.
✗ Pois explicativo: inicia uma oração e justifica a outra:
- Ex: Volte, pois tenho saudade.
✗ Pois conclusivo: após o verbo, deslocado entre vírgulas.
- Ex: Há instabilidade; o dólar voltará, pois, a subir.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
➔ ORAÇÕES SUBSTANTIVAS
a) Oração subordinada substantiva subjetiva: Exerce a função de sujeito do verbo da oração
principal.
Ex: É necessário que você estude;
b) Oração subordinada substantiva objetiva direta: Exerce a função de objeto direto do
verbo da oração principal.
Ex.: Quero que você estude.
Ex.: Eles não sabiam se haveria aula;
c) Oração subordinada substantiva objetiva indireta: Exerce a função de objeto indireto do
verbo da oração principal, sendo sempre iniciada por uma preposição.
Ex.: O candidato necessita de que todos o apoiem agora.
Ex.: Ela insistiu em que os alunos estudassem mais.
d) Oração subordinada substantiva completiva nominal: Exerce a função de complemento
nominal, completando o sentido de um nome pertencente à oração principal. É sempre
iniciada por uma preposição.
Ex.: Tenho esperança de que vamos vencer.
Ex.: Sinto necessidade de que você fique ao meu lado.
e) Oração subordinada substantiva predicativa: Exerce a função de predicativo do sujeito
do verbo da oração principal. Aparece normalmente depois do verbo ser.
Ex.: O bom é que a prova foi adiada.
Ex.: A dúvida era se haveria mesmo prova.
f) Oração subordinada substantiva apositiva: Exerce a função de aposto de algum termo da
oração principal.
Ex.: João só queria uma coisa: que fosse aprovado logo.
CONJUNÇÕES ADVERBIAIS
• Vão introduzir as orações subordinadas adverbiais, que trarão uma relação semântica de
circunstância, como um advérbio, com função sintática de adjunto adverbial da oração
principal;
• Podem ser temporais, causais, concessivas, condicionais, conformativas, finais,
proporcionais, comparativas, consecutivas;
• Visitei meus parentes maternos/ quando viajei para Natal
Oração principal Oração Subordinada Adv.
Finalidade
= (para que)
Ex.: Eu oro porque não haja uma guerra.
(Finalidade)
DESDE QUE
Conclusivo
Ex.: Estudou muito, passou, pois, bem rápido
(Deslocado)