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Ma0407 PDF
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Resumo: Os luxímetros são instrumentos utilizados para b) Somar a esse cálculo a estimativa da incerteza dos
medir a grandeza luminotécnica iluminância[2]. Devido as equipamentos e/ou instrumentos utilizados no ensaio,
exigências da norma NBR ISO/IEC 17025:2001 e da considerando a seguinte equação:
elevada demanda por calibração em luxímetros verificada
pelo grande número de solicitações feitas pelos clientes
2
B A
2
(U ) =
tradicionais do IEE/USP, a Seção Técnica de Fotometria
resolveu iniciar um estudo visando a implementação do + ×k
3 2
cálculo de incerteza de medição na calibração de luxímetros.
Atualmente, existe apenas um único laboratório de Óptica
(INMETRO) no Brasil, que está credenciado junto a Rede Onde:
Brasileira de Calibração (R.B.C.) para atender a demanda U= incerteza expandida associada aos equipamentos e/ou
por este tipo de serviço. Espera-se, com a conclusão deste instrumentos usados no ensaio.
estudo, que o IEE/USP possa ser credenciado junto ao
INMETRO para atender seus clientes na prestação de A[] = incerteza de medição decorrente de análises
1
serviço de calibração em luxímetros, dentro da R.B.C. estatísticas de uma série de observações (avaliação do Tipo
A da incerteza padrão).
Palavras chave: calibração, luxímetros, iluminação.
B= incerteza de medição com base em algum conhecimento
1. INTRODUÇÃO científico (avaliação do Tipo B da incerteza padrão).
Os luxímetros são instrumentos utilizados para medir a k = 2 (fator de confiabilidade).
grandeza luminotécnica iluminância[2]. Devido as
exigências da norma NBR ISO/IEC 17025:2001 e da Nota[1] : Para o cálculo da incerteza padrão de estimativa de
elevada demanda por calibração em luxímetros verificada saída (y), utiliza-se a seguinte expressão:
pelo grande número de solicitações feitas pelos clientes
tradicionais do IEE/USP, a Seção Técnica de Fotometria
(S.T.F.) resolveu iniciar um estudo visando a
implementação do cálculo de incerteza de medição na n
µ 2 (y ) = ∑ µi (y )
2
calibração de luxímetros. A partir da evolução e conclusão
deste estudo, a S.T.F. vai solicitar credenciamento para esse i =1
serviço de calibração junto a R.B.C./INMETRO.
c) Expressar em termos matemáticos a dependência do
2. METODOLOGIA [1] mensurando (grandeza de saída) Y com as grandezas de
entrada Xi, conforme a equação [7]:
A metodologia seguiu o roteiro relacionado abaixo:
Y = f (X 1 , X 2 ,..., X n )
a) Calcular, em geral, o valor médio ( x ) e o desvio padrão
(s) sobre 3 medidas consecutivas por grandeza envolvida.
Associa-se um fator de abrangência padronizado k = 2 nos No caso de uma comparação direta de dois padrões a
casos em que uma distribuição normal (Gaussiana) possa ser equação pode ser muito simples, por exemplo,
atribuída ao mensurando e a incerteza padrão associada à Y = X1 + X 2
estimativa de saída tenha suficiente confiabilidade.
d) Identificar e aplicar todas as correções significativas;
x = ∑n
xi
e) Relacionar todas as fontes de incerteza na forma de uma
análise de incertezas [7];
∑ (xi − x )
2
s=
(n − 1)
Para o equacionamento da Intensidade Luminosa
f) Calcular a incerteza padrão u (q ) para grandezas assumiremos algumas hipóteses, listadas e justificadas
medidas repetidamente [7]; abaixo:
g) No caso de valores individuais, por exemplo, valores • Consideraremos I (cd ) = f (V ) : pois a variação
resultantes de medições prévias, valores de correção ou da tensão é um dos fatores de maior influência na
valores da literatura, adotar a incerteza padrão onde ela intensidade luminosa.
for fornecida ou possa ser calculada [7]. Prestar
• A fonte de luz é puntual: Para as distâncias de
atenção à forma utilizada na apresentação da incerteza.
trabalho no Banco Fotométrico (1m a 5m), uma
Se não houver nenhum dado disponível a partir do qual
lâmpada com diâmetro de 6 cm pode ser
a incerteza padrão possa ser calculada, declarar um
considerada puntual, ou seja, sempre será menor
valor de u (x ) com base na experiência científica.
i que 10% da distância entre a lâmpada e a superfície
de medição [4].
h) Para grandezas de entrada para as quais a distribuição • Para fontes de luz puntuais temos a relação:
de probabilidade seja conhecida ou possa ser suposta, 1 cd = 12,56 lúmens [4].
calcular a esperança e a incerteza padrão u = (xi ). [7] • Para lâmpadas incandescentes [3]
Se somente os limites inferior e superior forem
fornecidos ou possam ser estimados, calcular a
incerteza padrão u(xi ) [7].
3, 4
fluxo Medido(lum) Tensão(V)
fluxo Nom(lum) = TensãoNom(V)
i) Calcular para cada grandeza de entrada Xi a
contribuição u ( y ) para a incerteza associada com a Com as hipóteses acima chega-se facilmente a equação:
i
estimativa de saída resultante da estimativa de entrada 3, 4
Xi [7] e somar seus quadrados [7], para obter o 12,56 × IntensidadeMedida(cd ) Tensão(V )
quadrado da incerteza padrão u ( y ) do mensurando, 12,56 × IntensidadeNom(cd ) = TensãoNom(V )
considerando que as grandezas de entrada são
3, 4
correlacionadas.
IntensidadeMedida(cd ) Tensão(V )
IntensidadeNom(cd ) = TensãoNom(V )
j) Calcular a incerteza expandida U por meio da
multiplicação da incerteza padrão u(y) associado à
grandeza de saída por um fator de abrangência k . [7] 3, 4
Tensão( v )
k) Relatar o resultado da medição no certificado de IMedida ( cd ) = x INom ( cd )( 1.0 )
calibração incluindo a estimativa y do mensurando, a Tensão Nom( v )
incerteza expandida associada U e o fator de
abrangência k. [7]
Para a lâmpada utilizada no laboratório temos:
Para gerar a tensão de alimentação é utilizada uma fonte de FIGURA 3.2.2 – Esquema do ensaio realizado e das
tensão D.C., que possui regulação declarada em manual de grandezas envolvidas
0,2% e 0,5% e foi calibrada em ensaio registrado no
certificado oficial nº 37.461. Estimando a incerteza da fonte
como sendo a regulação apresentada e propagando a Definindo:
incerteza ficamos com:
• Eo = iluminância lida pelo observador, fornecida
2
0,002 0,005
2 pelo luxímetro.
U (V Fonte ) = + = 0,002753 = 0,27537% • Ei = iluminância irradiada pelo banco fotométrico
3 2
na superfície de medição do luxímetro.
• D = distância medida pela régua que indica a
distância da lâmpada ao centro da superfície de
Consideremos o conjunto formado pela fonte de tensão medição.
D.C.e o multímetro digital a fim de estimar a incerteza de
• I irradiado = é a intensidade luminosa emitida
medição na tensão. A tensão gerada pela fonte D.C. e
pela lâmpada.
controlada pela leitura do multímetro digital tem uma
• V = é a tensão de alimentação da lâmpada
incerteza que equivale à soma das incertezas de cada
fornecida pela fonte DC.
equipamento, sendo assim temos:
• Vmedido = é a tensão medida pelo multímetro que
U (Vmult + Fonte ) = 0,007810 % + 0,2753 % =
é utilizada para controlar a tensão da lâmpada
durante o ensaio.
2 2
1
3, 4
1 3, 4
U 2 (I ) = 3,4 × (1) × × 1× 0,002803) + × 0,0202 = 0,02233
2, 4
1 1
2 2
1
3, 4
V 3, 4
U 2 (I ) = 3,4 × (V ) × × I Nom × U (V ) + × U ( I nom )
112
2, 4
112 U(V) = 0,002803 ; U ( I nom ) = 0,0202
D base = 1m
3.2.3 – Cálculo da incerteza de medição da lâmpada padrão
de trabalho quanto a intensidade luminosa: Distância mínima para realização de medidas no banco
fotométrico
,2 ,2 1 2 ×1
U 2 ( E ) = C I × U 2 ( I ) + C D × U 2 ( D) = ( ) 2 × (0,02233) 2 + ( − ) 2 × 10 −6 = 0,0223747
(1)2 (1)3
Onde:
U ( I ) Nom = [(0,02) 2
+ (0,00165) + (0,001) + (0,002803) =
2 2 2
]
2
= 4,1158 × 10 − 4 = 0,02028 B A 2
(U ) =
+ ×k
2
3
U (I )Nom = 2,02%
Onde: [2] Vocabulário Internacional de termos fundamentais e
gerais de metrologia, publicado pelo INMETRO Portaria
U = incerteza expandida associada aos equipamentos e/ou INMETRO 029, de 10/03/1995.
instrumentos usados no ensaio
[3] Apostila de Fotometria do Prof. Dr. Walter Kaiser
A = incerteza expandida de medição relatada do banco Escola Politécnica – USP.
fotométrico, para um fator de abrangência k = 2
B = incerteza de medição declarada pelo fabricante do [4] Moreira, Vinícius de Araújo. Iluminação Elétrica
luxímetro ( 0,2 % ) Primeira Edição – 1999, Editora Edgard Blücher Ltda.
5. BIBLIOGRAFIA