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A exposição começaria com a leitura de trechos de alguns textos onde as ideias sobre o

método científico são defendidas por cada um dos filósofos:

 Descartes: “O método científico compreende duas abordagens do conhecimento


complementares: a empírica (indutiva) e a racional (dedutiva). Na abordagem indutiva,
empregada em ciências descritivas como biologia, anatomia e geologia, extraem-se
princípios gerais a partir da análise de dados coligidos através da observação e da
experimentação. As principais características do método indutivo foram defendidas pelo
inglês Francis Bacon, que considerava os dados provenientes da experiência sensória
como bases do conhecimento. Na abordagem dedutiva, empregada na matemática e na
física teórica, as verdades são derivadas de princípios elementares. O método dedutivo
foi formulado no século XVII por René Descartes (1596-1650), matemático e filósofo
francês, considerado fundador da filosofia moderna. Em Discurso do método, sua
principal obra, Descartes expressou seu desapontamento com o saber de sua época.
Grande parte daquilo em que ele acreditava se revelara falso. Descartes resolveu então,
buscar somente o conhecimento que pudesse encontrar dentro de si mesmo ou na
natureza. Empenhou-se em encontrar uma verdade irrefutável que servisse como
princípio elementar do conhecimento.”

 Bacon: “Afirmou que o conhecimento deve ajudar a utilizar a natureza para proveito
humano e deve melhorar a qualidade de vida através do avanço do comércio, indústria
e agricultura. Ele acreditava que o conhecimento é poder, e ele pediu ao governo para
criar instituições científicas para incentivar o avanço da tecnologia e das artes
mecânicas. Em seu livro "Escala do entendimento" (1605), Bacon propôs um método
científico através da experimentação empírica indutiva. Ele acreditava que os
experimentos devem ser cuidadosamente registrados para que os resultados sejam fieis
e possam ser repetidos. Ele defendeu o mundo da ciência sobre o mundo secreto e
misterioso da magia. Ele ressaltou o que o impacto prático dessa descoberta científica
englobava e até mesmo escreveu uma obra utópica na qual a ciência foi a salvadora do
futuro da humanidade. Embora Bacon não fosse um investigador científico a si mesmo,
ele usou a influência política para apoiar os projetos científicos com o uso do raciocínio
indutivo, na Inglaterra.”

 Locke: “Entende-se por empírico aquilo que pode ter sua veracidade ou falsidade
verificada por meio dos resultados de experiências e observações. Teorias não bastam,
somente através da experiência, de fatos ocorridos observados, um conhecimento é
considerado pelo empirista. A percepção do Mundo externo e a abstração da realidade
realizada na mente humana são o que faz o homem adquirir sabedoria, segundo o
empirismo. Embora tenha se baseado no cartesianismo de René Descartes, ao contrário
deste, Locke não aceita a existência de ideias inatas resultantes da capacidade de
pensar da razão. Segundo a teoria de Locke (com a qual concordavam os demais
empiristas), a razão, tem a função de organizar os dados empíricos, apenas unir uns
dados aos outros, que lhe chegam através da experiência. Segundo Locke, “nada pode
existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”, ou seja, as ideias surgem
da experiência externa (via sensação), ou interna (via reflexão), e podem ser
classificadas em simples (como a ideia de largura, que vêm da visão) ou compostas (a
ideia de doença, resultado de uma associação de ideias).”
 Hume: “apesar de supormos que aquilo que observamos até hoje confirma as nossas
teorias científicas, tais observações não fornecem de fato qualquer confirmação. Se
Hume tiver razão, todas as teorias, quer a teoria de que a Terra gira em torno do Sol,
quer a teoria de que o núcleo da Terra é feito de queijo, são igualmente racionais. O
problema que Hume levanta é conhecido como o "problema da indução", que trata-se de
um problema que numerosos pensadores na filosofia tentaram enfrentar. Todos nos
baseamos enormemente no raciocínio indutivo. Supomos que em virtude de o Sol ter
nascido todos os dias no passado, temos boas razões para supor que nascerá amanhã.
Porém, se o filósofo David Hume tiver razão, o passado não fornece qualquer espécie
de pista para o que acontecerá no futuro.
 Kant: “o conhecimento sintético depende de formas de sensibilidade e intelecção
previamente existentes na qual as impressões são colocadas. É porque possui o espaço
como uma estrutura inerente à sua sensibilidade que o sujeito cognoscente pode
perceber os objetos como relacionados espacialmente. Pode-se pensar o espaço sem
coisas, mas não as coisas sem o espaço. Para a geometria, o espaço puro é o primeiro
suposto. A geometria supõe o espaço sob os seus conceitos de polígonos. Ex: "A linha
reta é a distância mais curta entre dois pontos" (qualquer linha reta = universalidade; em
quaisquer condições = necessidade). Embora não tenha em si o princípio de não
contradição e dependa da intuição de espaço e portanto é sintética, essa firmação é
conhecimento puro ou a priori porque a intuição do espaço está na mente. Uma vez
concebida, não depende mais da experiência sensível. É verdade de razão, distinguindo-
se do empírico pela universalidade e necessidade.

Em seguida, dividira toda a sala de aula em 5 grupos, onde cada um deles discutiria o
que entendeu sobre um determinado filósofo.
Após um período determinado, cada grupo apresentaria para toda a sala aquilo que
entendeu sobre o assunto abordado colocando, se possível, exemplos do cotidiano que
poderiam provar como verdadeiras tais ideias.
Ao final, seria feita na lousa, um quadro comparativo entre cada um dos filósofos e suas
ideias, para que os alunos pudessem compreender as diferenças entre eles.

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