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O SON-R é uma versão reduzida do teste não vergal de inteligência snijders-Oomen para a
faixa etária que vai de 2 anos e meio a crianças com menos de 7 anos e 11 meses.
Introdução
Tanto a versão completa quanto a versão reduzida são instrumentos que podem ser
administrados individualmente a crianças pequenas para fins diagnósticos, o teste permite
uma avaliação ampla sem a necessidade da habilidade lingüística. O teste avalia um espectro
largo de habilidades cognitivas sem envolver o uso de linguagem verbal ou escrita. Isso o torna
excepcionalmente adequado para crianças que tem problemas ou necessidades especiais na
linguagem, fala ou comunicação, por exemplo crianças com deficiência ou surdez, autismo, e
com transtorno do desenvolvimento social. Além disso, é adequado para imigrantes cuja a
primeira língua é diferente do lugar de moradia.
O teste foi criado pela doutora Nan Snijders Oomen, sendo que a inteligência foi
operacionalizada por esta autora em termos da capacidade de aprendizagem. O objetivo da
primeira bateria do SON era quebrar o viés dos testes não verbais de execução empregados
naquela época e permitir que funções como abstração, simbolismo e entendimento de
situações comportamentais ficassem mais acessíveis a época.
O SON-R é uma bateria que consiste em seis subtestes: categoria, analogia, situações,
histórias, mosaico e padrões, sendo um teste de aplicação individual e as instruções podem ser
dadas tanto de maneira verbal quanto não verbal, dependendo da possibilidade de
comunicação da criança.
Uma igualdade com os outros testes de inteligência é que o SON-R avalia a inteligência tendo
como base o desempenho de tarefas diversificadas. No entanto os itens verbais não são
incluídos porque são geralmente dependentes do conhecimento a da experiência, sendo mais
focado na mensuração da inteligência fluida do que na inteligência cristalizada.
Se comparado com os outros testes a inteligência fluida foi assim nomeada porqu foi
concebida como sendo capaz de permear muitos tipos de atividades mentais, a inteligência
cristalizada foi chamada desta forma porque foi pensada como um tipo de produto final de
experiências até um determinado ponto da vida do individuo. As habilidades da inteligência
fluidas tendem a declinar com o avanço da idade, enquanto as habilidades da inteligência
cristalizada como vocabulário, não elaboraram a teoria C-H-C, sobre a inteligência que
sintetiza os modelos de Cattell, enfatizando a presença de uma estrutura fatorial hierárquica
de 3 níveis. O nível mais alto da estrutura fatorial corresponde o fator G, de Sperman,
indicando a existência de operações cognitivas comuns a todas as atividades mentais.
DESCRIÇÃO DO SUBTESTE:
1. Mosaico
2. Categoria
3. Situações
4. Padrão
Sendo esta a sequencia em que os testes são administrados. Os testes podem ser agrupados
em 2 grupos: testes de raciocínio ( categoria e situações) e restes de execução com enfoque
espacial e viso-motor (mosaico e padrões) os itens dos subtestes estão colocados em ordem
de dificuldade crescente. Cada sub teste consiste em duas partes que diferem nos materiais e
instruções. Na primeira parte, os exemplos são incluídos nos itens. A segunda parte de cada
subteste, exceto o caso de subtestes padrões, é precedida por um exemplo e os itens sub
seqüentes são completados independentes.
O Mosaico
Em mosaico II, diversos padrões de mosaico são copiados numa moldura utilizando quadrados
vermelhos, amarelos e vermelhos e amarelos.
Categorias
Situações
O sub teste de situações consiste em 14 sub itens, a parte 1 do sub teste é formada por itens
nos quais quatro são figuras mostradas no caderno de aplicação com a metade de cada
desenho faltando. A criança precisa colocar as metades no desenho correto. O primeiro item é
impresso em cores para deixar o principio mais claro. O nível de complexidade é determinado
pela quantidade de semelhanças entre as metades diferentes que pertencem a um item.
Na parte II do subteste situações os itens são de múltipla escolha, cada item é composto por
uma situação desenhada em que uma ou duas peças estão faltando, a peça ou peças correta
precisa ser escolhida entre várias alternativas para poder deixar a situação logicamente
consistente. O número de peças faltando e a complexidade da situação determinam o nível de
dificuldade do item.
Padrões
O subteste padrões é formado por 16 itens, este é o único subteste em que a segunda parte
não é precedida por um exemplo. Solicita-se que a criança copie um exemplo utilizando um
lápis, os primeiros itens são desenhados livremente, depois pontos precisam ser conectados a
fim de que a forma fique parecida com o exemplo.
Testes de raciocínio
No teste de raciocínio concreto, como no de situações, o objetivo é criar uma conexão real
tempo-espaço entre pessoas e objetos.
Características de aplicação
A aplicação do teste pode ser customizado para cada criança e o examinador pode encorajar
as crianças que não estão muito motivadas ou que não conseguem se concentrar, o contato
pessoal entre a criança e o examinador é essencial para uma aplicação eficaz do teste,
principalmente para crianças até a idade de quatro a cinco anos.
Instruções
Feedback
O examinador dá o feedback após cada item, o examinador limita-se a dizer para a criança se a
sua resposta estava correta ou incorreta, caso tenha sido incorreta, também demonstra a
solução correta para a criança, tenta-se engajar a criança quando se corrige a resposta,
deixando por exemplo fazer a ultima ação. Neste ato é dado a oportunidade da criança se
auto corrigir.
Cada subteste começa com um procedimento de entrada, o inicio é feito com o primeiro,
terceiro e quinto item. Estes foram escolhidos para prevenir a criança a se desmotivar, pois
alguns são mais complexos e podem estar para além da capacidade cognitiva da criança.
Se depois o nível de entrada for difícil demais, o examinador pode voltar para níveis mais
baixos. Cada sub teste tem regra de interrupção, um sub teste é interrompido quando um total
de 2 itens foram resolvidos de forma incorreta. Não é necessário que os erros sejam
consecutivos. Os sub testes de execução são interrompidos quando 2 erros são expressos.
Com relação ao fator tempo, entende-se que o tempo é utilizado somente na segunda parte
dos sub testes de execução. O tempo limite é generoso e suficiente, possibilitando que a
grande maioria das crianças finalize o item.
Preparação
Antes d aplicar o Teste pela primeira vez, o examinador deve se familiarizar com os materiais,
instruções e pontuação dos itens. Para aplicar o teste corretamente o examinador deve ter
um bom domínio das instruções para que não seja necessário a consulta do material durante a
aplicação. O conhecimento necessário para aplicar o teste é mais facilmente adquirido caso
seja presenciado uma aplicação, ou se assista um vídeo.
Montagem
Os cadernos são apresentados de forma que a capa esteja legível para a criança, número de
páginas dos cadernos e os números de cartões são sempre legíveis do ponto de vista do
examinador.
O examinador deve sempre ter certeza que a visualização da criança não está bloqueada
quando está se apresentando os materiais, dado instruções ou corrigindo as respostas. Antes
de começar, deve-se deixara criança confortável, não deve se criar um ambiente para
desempenho, mas sim lúdico para que a criança se sinta bem, e não cobrada.
O examinador pode dar o teste completo de uma vez, ou apresentar pequenas pausas ao
longo da aplicação. Mas é importante ressaltar que não existe um tempo limite para a
aplicação do teste como um todo.
O SON-R pode ser aplicado com ou sem o uso da linguagem falada. As instruções verbais e não
verbais, sempre estão impressas em colunas uma ao lado da outra.
Ao se aplicar instruções não verbais, é importante que não se dê informação extra com gestos
ou expressões faciais. As explicações podem ser repetidas se a criança não entende o que
precisa fazer. (p.111)
Após cada item, o examinador relata para a criança se a solução foi correta ou incorreta.
Quando uma criança erra, ou quando ela não é capaz de resolver um item, o examinador ajuda
e corrige a resposta, enquanto tenta engajar a criança de maneira ativa.
O objetivo do feedback não é mostrar que a criança não sabe fazer, mas mostrar como fazer
de forma correta. No entanto o item somente é pontuado como sendo correto se a criança
completou com autonomia.
Quando a criança não entende as instruções, as mesmas podem ser repetidas. A segunda
parte de cada subteste. Com exceção de padrões, é precedida por um exemplo. Cada vez que a
criança der uma resposta ao item, deve-se averiguar se a criança está pronta para continuar.
Todos os itens completados pela criança são pontuados como sendo corretos (1 ponto)
incorretos (0 pontos). Um item só é correto se foi completado de forma independente pela
criança. O tempo limite é utilizado na segunda parte do subteste mosaico e padrões. No caso
de crianças mais velhas os itens de inicio não são apresentados, devido a procedimento
adaptativo para começar, e são pontuados com + (item pulado)
Tempo limite:
Na parte II dos subtestes mosaico e padrões, um limite máximo de tempo é dado para cada
item e o examinador utiliza um cronômetro para esses itens. O limite de tempo é de
2,5minutos por item.
Recusa
Quando a criança não quer continuar , o examinador a encoraja, quando não se êxito, o
examinador oferece ajuda, mas o item é então pontuado como sendo incorreto.
Quando a criança de anti mão se recusa a completar um item. Ou se recusa a iniciar um sub
teste e o encorajamento não tem efeito, o examinador completa o item e tentar encorajar
para o próximo.
A aplicação do sub teste se interrompe quando 2 itens consecutivos são recusados. Neste
caso subteste não é pontuado e tampouco se usa para a avaliação do desempenho do teste,
ou para o calculo de QI, a razão para não pontuar o sub teste que teve dois itens consecutivos
recusados é que não e possível precisar se a criança irá acertar ou errar um item.
O procedimento adaptativo:
Procedimento de entrada:
Quando existe uma discrepância da idade da criança e seu ano escolar o nível de entrada
corresponde ao nível mais baixo, se uma criança tem 6 anos de idade, que ainda está no
segundo ano de escola, começará com o item 3. Quando se suspeita quea criança tem um
atraso cognitivo severo, o nível de entrada pode ser adaptado.
além dessa regra para a parte II também se aplica a seguinte regra (mosaico e padrão)
Quando se começou o subteste com um item com maior complexidade que a capacidade da
criança, volta-se para os itens anteriores. Os subtestes seguintes se iniciam pelos itens
menores.
Escores no subteste:
Os escores no sub teste é igual o número de itens corrigidos corretamente, mais os números
que foram pulados no inicio.