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1.0 OBJETIVO
Adilson Antônio Claudio move Reclamação Trabalhista contra o Instituto
Nacional do Seguro Social – INSS, com pedido de CONCESSÃO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO.
O objetivo da perícia é a avaliação do ambiente do trabalho, apurar as
condições de trabalho, e verificar se o Reclamante laborou em atividades sob condições
especiais, insalubres, perigosas e penosas a saúde.
2.0 DOCUMENTAÇÃO
Para realização da perícia e elaboração do Laudo Pericial tomou-se como base
dados existentes no Processo que tramita nesta Vara e a Legislação vigente sobre a
matéria.
3.0 FUNDAMENTAÇÃO
Tendo como base a hierarquização das Leis vigentes no País, fez-se uso das
seguintes consultas:
Art. 7° inciso XXIII, da Constituição Federal de 1988;
Capítulo V, da Segurança e Medicina do Trabalho – CLT;
Enunciado 289/TST: Fornecimento do Aparelho de Proteção;
Enunciado 293/TST: Agente Nocivo Diverso Apontado na Inicial;
Enunciado 047/TST: Trabalho Intermitente em Condições Insalubres;
Enunciado 271/TST: Substituição Processual;
Sumula 460 STF: Enquadramento das Atividades Entre as Insalubres;
Lei 6.514/77 e sua Portaria 3.214/78 em especifico:
o Norma Regulamentadora NR-6 – Equipamentos de Proteção
individual;
o Norma Regulamentadora NR-9 – Programa de Riscos Ambientais;
o Norma Regulamentadora NR-15 – Atividades e Operações
Insalubres;
o Norma Regulamentadora NR-16 - Atividades e Operações Perigosas;
Portaria 3.311/89 MTb – Instrução para elaboração de Laudo de
Insalubridade e Periculosidade.
8.0 CONCLUSÃO
De acordo com o exposto no Laudo Pericial, tivemos a oportunidade de
observar, os locais e as condições de trabalho, de forma análoga, onde são
desenvolvidas as atividades laborais do Reclamante, e concluímos que as condições SÃO
DE RISCO DE VIDA.
NR16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
Conforme o Anexo 4 – Atividades e operações com energia elétrica, item 1. –
Têm direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores: b) que realizam atividades
ou operações com trabalho em proximidade, conforme estabelece a NR-10.
De acordo com os dados do ambiente análogo concluímos que:
Para caracterização da Periculosidade a atividade se enquadra no anexo 4
da NR16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS.
Portanto enquadrado na Lei n.° 6.514, de 22 de dezembro de 1977
regulamentada pela Portaria n.° 3.214, de 08 de junho de 1978, Normas
Regulamentadoras. O desenvolvimento da atividade em questão está contemplado na
NR16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS.
Este laudo técnico pericial é parte exclusiva deste processo, sendo elaboradas
em decorrência dos resultados das diligências, conferências, análises, avaliações,
pesquisas, e/ou interpretações técnicas correspondentes ao processo em pauta.
Portanto o aproveitamento deste Laudo Pericial, de forma total ou parcial em outros
processos, somente será possível com autorização do M.M. JUIZ ou deste profissional.
9.0 QUESITOS
9.1 Quesitos do Juiz
Quesitos não elaborados pelo Juiz.
9.2 Quesitos do Reclamado
Quesitos não elaborados pelo Reclamado.
9.3 Quesitos do Reclamante
1. O Requerente, na função de eletricista, estava exposto a agentes nocivos a
saúde? Quais os agentes que podem ser identificados?
Resp.: Sim. Conforme item 7.8.
2. A descrição das atividades citadas nos Laudos técnicos, os quais apontam para a
exposição ao agente nocivo Energia Elétrica entre outros, pode ser reconhecido
como atividade penosa enquadrada no item 1.1.8 e 2.1.1 ANEXO I, do DECRETO
Nº. 83.080 de 24 de janeiro de 1979?
Resp.: Não.
3. Se negativa a resposta, qual a fundamentação para tanto?
Resp.: No Decreto nº 83.080 de 24/01/1979, já revogado pelo Decreto nº 3.048
- DE 6 DE MAIO DE 1999 - (DOU Nº 86 DE 07/05/99 - Seção I PG. 50 a 108 ) -
Republicado em 12/05/99, não constam no ANEXO I o item 1.1.8, último item
é o 1.1.6 – Trabalhos sob pressão atmosférica insalubre à vida; já o item 2.1.1,
não existe no Anexo I, apenas no Anexo II do decreto que classifica as
atividades por grupos profissionais, sendo as profissões liberais e técnicas das
áreas de engenharia química, metalúrgica e de minas. Com isso não sei o que
queriam que falasse destes itens, inexistentes, do decreto!
4. Na função exercida de eletricista, o Requerente estava exposto ao agente nocivo
Energia Elétrica acima de 250V, risco de choque elétrico, risco de acidente, calor,
e/ou demais agentes nocivos existentes na função exercida conforme descreve
o PPP anexo?
Resp.: Sim.
5. Quais os índices de incidência desses agentes nocivos na referida função?
Resp.: Classifica-se a exposição como perigosa a vida.
6. Os mais de 25 anos de labor junto a Rede Cemat – Centrais Elétricas Mato-
grossenses, hoje denominada Energisa S/A, pode ser considerada atividade
penosa, insalubre ou periculosa?
Resp.: Periculosa.
7. A exposição aos agentes nocivos, tanto no período anterior ou posterior à
05/03/1997, ocorreram de forma habitual e permanente, não ocasional e nem
intermitente?
Resp.: Respondido no item 7.8.
8. O período laborado na empresa Energisa S/A, pode ser considerado atividade
especial, para efeito de aposentadoria?
Resp.: Sim.
10.0 BIBLIOGRAFIA
Manuais de Legislação Atlas – Segurança e Medicina do Trabalho. Editora Atlas
S/A – São Paulo/SP;
NR15 – Norma Regulamentadora;
NR16 – Norma Regulamentadora
Sumula 460 STF: Enquadramento de atividade entre as insalubres;
Portaria n.° 3.214/78. Norma Regulamentadora;
Portaria n.° 3.311/89. Instrução para elaboração de laudos de insalubridade e
periculosidade – Decreto 55.649, de 28 de janeiro de 1965;
Lei 8.270/91 Art. 12, Inciso II
Lei n.° 8.863/94
Decreto n.° 83.080 de 24/01/1979
Constituição Federal de 1988;
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;