Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cabo
Cabos são membros estruturais longos, delgados e flexíveis projectados para suportar
cargas axiais.
Para evitar o escorregamento deve-se fixar os anéis, então o cabo adquirirá uma forma
triangular. A altura do triângulo será a flecha.
Aumentando o número de cargas o cabo apresentará diferentes formas de equilíbrio.
As diferentes formas que o cabo adquire em função do carregamento denominam-se
funiculares das forças. A forma funicular apresentada pelo cabo é análoga ao gráfico de
variação do momento flector ao longo de uma viga de mesmo vão e de mesmo
carregamento do cabo.
Para um determinado carregamento e vão, a força horizontal necessária para dar o
equilíbrio ao cabo aumenta com a diminuição da flecha. Quanto menor a flecha, maior
será a solicitação no cabo.
A relação entre flecha e vão que resulte em menor volume de material, depende do
tipo de carregamento e encontra-se entre os limites:
1 𝑓 1
<𝐿<5 onde: f: flecha do cabo
10
L : vão do cabo
Os cabos, feitos de um grupo de fios de alta resistência trançados para formar uma
cordoalha, têm uma resistência à tracção máxima de aproximadamente 270 kips/pol2 (1
862 MPa). A operação de entrelaçamento confere um padrão espiral aos fios
individuais.
Ao mesmo tempo que o estiramento dos fios por meio de moldes durante o processo de
manufactura eleva o ponto de escoamento do aço, também reduz sua maleabilidade. Os
fios podem sofrer um alongamento máximo de 7% ou 8%, comparado ao de 30% a 40%
do aço estrutural com ponto de escoamento moderado, digamos, 36 kips/pol2 (248
MPa). Os cabos de aço têm um módulo de elasticidade de aproximadamente 26000
kips/pol2 (179 GPa), comparado ao módulo de 29000 kips/pol2 (200 GPa) das barras de
aço estruturais. O módulo mais baixo do cabo deve-se ao desenrolar da estrutura espiral
do fio sob carga. Como um cabo transmite apenas tracção directa, a força axial
resultante T em todas as seções deve actuar tangencialmente ao eixo longitudinal do
cabo (ver Figura 6.2b). Por não possuir rigidez à flexão, os projectistas (Kenneth M.
Leet, 2009).
Segundo (Kenneth M. Leet, 2009) diz que deve-se tomar muito cuidado ao planejar
estruturas com cabo para garantir que as sobrecargas não causem grandes deflexões ou
vibrações. Nos primeiros protótipos, muitas pontes e coberturas apoiadas em cabos
desenvolviam grandes deslocamentos (drapejamento) causados pelo vento, que
resultavam na falha da estrutura. A completa destruição da ponte Tacoma Narrows, em
7 de Novembro de 1940, causada por oscilações induzidas pelo vento, é um dos
exemplos mais espectaculares de falha estrutural de uma grande estrutura apoiada em
cabo. A ponte, que se estendia por 5 939 pés (1 810 m) sobre o estreito de Puget, perto
da cidade de Tacoma, em Washington, EUA, desenvolveu vibrações que atingiram uma
amplitude máxima na direcção vertical de 28 pés (8,53 m), antes que o sistema de piso
rompesse e caísse na água.
Para ilustrar os cálculos das reacções dos apoios e das forças em vários pontos ao
longo do eixo do cabo, analisaremos o cabo da Figura 4-a. A flecha do cabo na posição
da carga de 12 kips é definida como 6 pés.
Nesta análise, vamos supor que o peso do cabo é insignificante (comparado à carga) e o
desprezaremos. (Kenneth M. Leet, 2009).
Figura 3--Diagramas vectoriais: (a), cabo (b) e força do cabo B (c).
Figura 4-(a) Cabo carregado com forças verticais, flecha do cabo em B configurada em 6 pés.
(2)
Passo 2: Calcule Ay
(3)
Passo 4:
(5)
Para calcular a força nos três segmentos de cabo, estabelecemos 𝜃A, 𝜃B e 𝜃C, então, usamos a
primeira Equação.
Calcule TAB.
Calcule TBC.
Calcule TCD.
Quando efectuam os cálculos para a análise do cabo da Figura 4-a, porem tendo
observado que certos cálculos são semelhantes aos que faria na análise de uma viga com
apoio simples com vão igual ao do cabo e suportando as mesmas cargas aplicadas no
cabo. Por exemplo, na Figura 4-c, aplicamos as cargas do cabo em uma viga cujo vão é
igual ao do cabo. Se somarmos os momentos sobre o apoio A para calcular a reacção
vertical Dy no apoio à direita, a equação do momento será idêntica à Equação 2 escrita
anteriormente para calcular a reacção vertical no apoio à direita do cabo. Além disso,
você notará que o formato do cabo e o diagrama de momento para a viga da Figura 4
são idênticos. Uma comparação entre os cálculos de um cabo e de uma viga com apoio
simples que suporta as cargas do cabo leva ao seguinte enunciado do teorema geral dos
cabos:
“Em qualquer ponto de um cabo que suporta cargas verticais, o produto da flecha
do cabo h e a componente horizontal H da tensão no cabo é igual ao momento flector
no mesmo ponto em uma viga com apoios simples que suporta as mesmas cargas nas
mesmas posições que o cabo. O vão da viga é igual ao vão do cabo” (Kenneth M. Leet,
2009).
A relação acima pode ser expressa pela seguinte equação:
Hhz = Mz (6)
em que H = componente horizontal da tensão do cabo
hz =flecha do cabo no ponto z onde Mz é avaliado
Mz= momento no ponto z em uma viga com apoio simples suportando as cargas
aplicadas no cabo
y = L Tang ∝
(7)
Figura 5
Imediatamente abaixo do cabo, mostramos uma viga com apoio simples na qual
aplicamos as cargas do cabo. A distância entre as cargas é a mesma nos dois casos.
Tanto no cabo como na viga, a seção arbitrária na qual avaliaremos os termos da
Equação 6.6 está localizada a distância x à direita do apoio esquerdo. Começamos
expressando a reacção vertical do cabo no apoio A em relação às cargas verticais e H
(Figura 5-a).
(8)
(10)
(11)
Em seguida, avaliamos Mz, o momento flector no ponto z da viga (ver Figura 5b):
(12)
Para avaliar RA na Equação 12, somamos os momentos das forças sobre o rolo em
B. Como as cargas na viga e no cabo são idênticas, assim como os vãos das duas
estruturas, o momento das cargas aplicadas (P1 a P4) sobre B também é igual a ∑ 𝑚B.
(13)
(14)
Exercícios propostos.
1- Determine as reacções nos apoios produzidas pela carga de 120 kips em meio
vão (Figura 7) usando (a) as equações de equilíbrio estático e (b) o teorema
geral dos cabos. Despreze o peso do cabo.
Solução:
a) Como os apoios não estão no mesmo nível, devemos escrever duas equações
de equilíbrio para encontrar as reacções desconhecidas no apoio C. Primeiramente,
considere a Figura 7a.
(1)
(2)
b) Usando o teorema geral dos cabos, aplique a Equação 6.6 no meio do vão, onde
a flecha do cabo hz = 8 ft e Mz = 3 000 kip.ft (ver Figura7c).
Após H ser avaliada, some os momentos sobre A na Figura 7a para calcular Cy =
78,757 kips.
Nota. Embora as reacções verticais nos apoios do cabo da Figura 7a e da viga da Figura
7c não sejam iguais, os resultados finais são idênticos.
2- Uma cobertura apoiada em cabo suporta uma carga uniforme w = 0,6 kip/ft (ver
Figura 8a). Se a flecha do cabo em meio vão é configurada em 10 pés, qual é a
tensão máxima no cabo (a) entre os pontos B e D e (b) entre os pontos A e B?
Solução:
a) Aplique a Equação 6.6 no meio do vão para analisar o cabo entre os pontos B e
D. Aplique a carga uniforme em uma viga com apoios simples e calcule o momento Mz
no meio do vão (ver Figura 8c). Como o diagrama de momento é uma parábola, o cabo
também é
uma parábola entre os pontos B e D.
A tensão máxima do cabo no vão BD ocorre nos apoios onde a inclinação é
máxima. Para estabelecer a inclinação nos apoios, usamos a derivada da equação do
cabo y = 4hx2/L2 (ver Figura 8b).
Substituindo em