Você está na página 1de 60

A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Aula 5
RECEITA PÚBLICA

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

A palavra Receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para


evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do
aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita
pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito (stricto).

Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são


todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo
período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou
não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no
passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de
crédito por antecipação de receita, cauções, etc.

Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou


ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam
ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. Exemplos:
alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais, etc.

No processo orçamentário, é notável a relevância da Receita Pública, cuja


previsão dimensiona a capacidade governamental em fixar a Despesa Pública
e, no momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da
execução orçamentária da despesa.

A Receita está envolvida em situações singulares na Administração Pública,


como a sua distribuição e destinação entre as esferas governamentais e o
estabelecimento de limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade

www.pontodosconcursos.com.br 1
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Fiscal. Dessa forma, assume fundamental importância ao permitir estudos e


análises acerca da carga tributária suportada pelos diversos segmentos da
sociedade.

O conhecimento dos conceitos e da classificação da receita possibilita a


cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o efetivo
controle social sobre as Contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e
Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento
das Receitas Públicas, principalmente em face da LRF, contribui para a
transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de
melhor qualidade aos diversos usuários.

A receita, pelo enfoque orçamentário, corresponde a todos os ingressos


disponíveis para a cobertura das despesas orçamentárias e para as operações
que, mesmo sem o ingresso de recursos, financiem despesas orçamentárias,
como é o caso das chamadas operações de crédito em bens e/ou serviços.
Exemplo: transações, como aquisições financiadas de bens e arrendamento
mercantil financeiro, quando possuem dotação específica na LOA, são
registradas como receita orçamentária e despesa orçamentária, pois são
consideradas operações de crédito pela LRF (art. 29).

As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental


importância para a transparência das operações constantes de um orçamento.
Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de
classificação. Ademais, é por meio das várias classificações, ainda, que se
implementam planos, que se explicitam os objetivos e prioridades da ação
pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando,
desse modo, sobre o direcionamento político da ação governamental.

Na primeira parte da aula estudaremos a receita pública. Na segunda,


trataremos do tema estágios da receita e da despesa que pode ser cobrado
dentro do Ciclo Orçamentário.

www.pontodosconcursos.com.br 2
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Antes uma reflexão:


No âmbito dos concursos públicos, é fácil ver como há pessoas que se
sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao estudo, e isso faz com que
superem outros colegas que aparentemente possuem uma capacidade
intelectual mais elevada. Por que isso acontece? Por que uns conseguem
manter esse esforço durante anos e outros não, ainda que o desejem?
Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais
elevada, e a maioria delas tem talento pessoal de sobra para o conseguir.
Porque é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária
que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não?
Parece claro que estamos falando de algo que não é questão de coeficiente
intelectual. É fácil verificar que as pessoas mais esforçadas e motivadas muitas
vezes não coincidem com as que aparentam maior coeficiente intelectual.

O importante é a motivação! Para ser capaz de superar as dificuldades e os


cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e
positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas
sempre há “alguma coisa” que lhes permite obter satisfação onde os outros não
a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação. A
maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se
agora com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso.
(trecho adaptado de um texto de Alfonso Aguilló)

“Merecem louvor os homens que em si mesmos encontraram o impulso, e


subiram nos seus próprios ombros” (Sêneca)

E vamos à nossa aula!

www.pontodosconcursos.com.br 3
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

PARTE I - RECEITA PÚBLICA

1. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA

As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que


ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. É a menor célula de
informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo,
portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas
vinculações. Em face da necessidade de constante atualização e melhor
identificação dos ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de
classificação foi desdobrado em níveis, que formam o código identificador da
natureza de receita:
• 1.º Nível: Categoria Econômica
• 2.º Nível: Origem
• 3.º Nível: Espécie
• 4.º Nível: Rubrica
• 5.º Nível: Alínea
• 6.º Nível: Subalínea

X Y Z W TT KK

Categoria
Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea
Econômica

1.º nível - Categoria econômica da receita

Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É


utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia
nacional (formação de capital, custeio, investimentos, etc.). É codificada e
subdividida da seguinte forma:
1. Receitas Correntes;
2. Receitas de Capital;
7. Receitas Correntes Intraorçamentárias;
8. Receitas de Capital Intraorçamentárias.

www.pontodosconcursos.com.br 4
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Vamos a elas:
Receitas Correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas
do poder impositivo do Estado – Tributária e de Contribuições; da exploração
de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas –
Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências
Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores –
Outras Receitas Correntes.

Receitas de Capital: são as provenientes da realização de recursos


financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital
e, ainda, o Superávit do Orçamento Corrente.
Em geral, essas receitas são representadas por mutações patrimoniais que
nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos
patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos
financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca
de recursos financeiros).

O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita


orçamentária. Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do Orçamento Corrente
resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém
não constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla
contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente.

Receitas Intraorçamentárias: são receitas oriundas de operações realizadas


entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do
orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São
chamadas também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidade de
discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos,
autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras

www.pontodosconcursos.com.br 5
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social.


O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria
Interministerial STN/SOF 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de
aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos,
Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social”.

As novas naturezas de receita intraorçamentárias são constituídas


substituindo-se o 1.º nível (categoria econômica “1” ou “2”) pelos dígitos “7”, se
receita corrente intraorçamentária, e “8”, se receita de capital intraorçamentária,
mantendo-se o restante da codificação.
Por exemplo, o IPTU pago por uma empresa estatal dependente de um
município será classificado na conta 7112.02.00 – IPTU (receita
intraorçamentária). O código a ser usado para registro do IPTU dos
contribuintes que não sejam participantes do orçamento fiscal do município
permanece 1112.02.00.

Atenção: as classificações incluídas não constituem novas categorias


econômicas de receita, mas sim meras especificações das categorias corrente
e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações
intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas.

Caiu na prova:
(CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) As receitas
intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias e se
referem a operações entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos
fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental.

As receitas intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias,


já que são oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades
da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade
social de uma mesma esfera de governo.
Resposta: Certa

www.pontodosconcursos.com.br 6
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

2.º nível - Origem

É a subdivisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a


origem das receitas, no momento em que estas ingressam no patrimônio
público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato
gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e
outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar
se as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das
atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias,
industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio
patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao
atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso
das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito,
da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências
destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros
ingressos de capital.

Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são:

QUADRO: ORIGENS DAS RECEITAS

RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

1. Receita Tributária
2. Receita de Contribuições 1. Operações de Crédito
3. Receita Patrimonial 2. Alienação de Bens
4. Receita Agropecuária 3. Amortização de Empréstimos
5. Receita Industrial 4. Transferências de Capital
6. Receita de Serviços 5. Outras Receitas de Capital
7. Transferências Correntes
9. Outras Receitas Correntes

www.pontodosconcursos.com.br 7
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

2.1 Origens das receitas correntes

2.1.1 Receitas tributárias

Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos
financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3.o do
Código Tributário Nacional – CTN:

Art. 3.º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo


valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo


é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e
suficiente a sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a
destinação legal do produto de sua arrecadação.

O art. 5.º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e
contribuições de melhorias:
• Imposto: conforme o art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte”. Sempre que possível, os impostos
terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
• Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição”. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de

www.pontodosconcursos.com.br 8
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

impostos.
• Contribuição de Melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de
melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado”.

2.1.2 Receitas de contribuições

É o ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio


econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Apesar da controvérsia
doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da seguinte
forma:
• Contribuições Sociais: destinadas ao custeio da seguridade social,
que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social.
• Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico: derivam da
contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado
grupo ou coletividade. Exemplo de contribuição de intervenção no
domínio econômico é o Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas
Domésticas, que são voltadas à suplementação tarifária de linhas
aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio potencial de tráfego.
• Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou
Econômicas: destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos
representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas
ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados.
Essas contribuições são destinadas ao custeio das organizações de
interesse de grupos profissionais como, por exemplo, a OAB, o CREA, o
CRM e assim por diante. Visam também ao custeio dos serviços sociais
autônomos prestados no interesse das categorias, como o SESI, o
SESC e o SENAI.

www.pontodosconcursos.com.br 9
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Caiu na prova:
(CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Considere que
a arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS) tenha aumentado durante o último exercício financeiro da União.
Nesse caso, é correto afirmar que houve aumento do montante da receita
tributária da União no último ano.

Atenção: a contribuição de melhoria é receita tributária e as demais


contribuições são receitas de contribuições.

Logo, se houve aumento da arrecadação de uma contribuição social durante


o último exercício financeiro da União, é correto afirmar que houve aumento do
montante da receita de contribuições e não da receita tributária.
Resposta: Errada

2.1.3 Demais origens

• Receita Patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre


investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades
em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de
ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos
de terrenos da União, que o Poder Público concede à outra parte o gozo
temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna
receita patrimonial. Outros exemplos: aluguéis, arrendamentos, foros e
laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda,
dividendos, participações, remuneração de depósitos bancários,
remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de
recursos não desembolsados.
• Receita Agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da
exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa
classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo
do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de
animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou

www.pontodosconcursos.com.br 10
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos


próprios estabelecimentos.
• Receita Industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de
extração mineral, de transformação, de construção e outras,
provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
• Receita de Serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços
de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de
inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de
mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros
serviços.
• Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde
que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes.
• Outras Receitas Correntes: são os ingressos correntes provenientes
de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos:
recebimento de dívida ativa, multas em geral, restituições, etc.

Caiu na prova:
(FCC – APO/SP - 2010) É uma receita patrimonial aquela originária:
(A) de restituições de convênios.
(B) do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
(C) da prestação de serviços de telecomunicação.
(D) de dividendos recebidos.
(E) de serviços recreativos e culturais.

a) Errada. A receita de restituições de convênios pertence à origem outras


receitas correntes.
b) Errada. A receita do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
(IPTU) pertence à origem receitas tributárias.

www.pontodosconcursos.com.br 11
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

c) Errada. A receita da prestação de serviços de telecomunicação pertence à


origem receitas de serviços.
d) Correta. A receita de dividendos recebidos pertence à origem receitas
patrimoniais.
e) Errada. A receita de serviços recreativos e culturais pertence à origem
receita de serviços.
Resposta: Letra D

2.2 Origens das receitas de capital

• Operações de Crédito: são os ingressos provenientes da colocação de


títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos
internos ou externos, obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Os
empréstimos compulsórios também são classificados como operações
de crédito.
• Alienação de Bens: é o ingresso proveniente da alienação de
componentes do ativo imobilizado ou intangível. Exemplos:
privatizações, venda de um prédio público, etc.
• Amortização de Empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento
de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou
contratos.
• Transferências de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde
que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital.
• Outras Receitas de Capital: são os ingressos de capital provenientes
de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplo:
integralização de capital de empresas estatais.

Caiu na prova:
(ESAF - Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) A respeito da
classificação orçamentária da receita, é correto afirmar:

www.pontodosconcursos.com.br 12
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

a) alienação de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda em


receita de capital.
b) receitas de contribuições integram as receitas de capital quando oriundas de
intervenção no domínio econômico.
c) as receitas agropecuárias se originam da tributação de produtos agrícolas.
d) as receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por
entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.
e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependem
da inexistência de receitas de capital no exercício.

a) Errada. São receitas de capital as alienações de bens provenientes de


componentes do ativo imobilizado ou intangível. Exemplo: privatizações,
venda de um prédio público, etc.
b) Errada. As receitas de contribuições correspondem aos ingressos
provenientes de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de
intervenção nas respectivas áreas. São receitas correntes.
c) Errada. As receitas agropecuárias correspondem aos ingressos provenientes
da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal.
Incluem-se nessa classificação as receitas advindas da exploração da
agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de
gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou
transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos
próprios estabelecimentos. As receitas que se originam da tributação de
produtos agrícolas são receitas tributárias.
d) Correta. As receitas intraorçamentárias são aquelas oriundas de operações
realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública
integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera
de governo. Têm a finalidade de discriminar as receitas referentes às
operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas
estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da
seguridade social. A Banca considerou a alternativa correta, mas na verdade o

www.pontodosconcursos.com.br 13
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

termo “por” no lugar de “entre” a tornaria incorreta. Assim, a questão deveria ter
sido ser anulada.
e) Errada. Não há restrições desse tipo. Em geral, as restrições são para
aplicação de receitas de capital em despesas correntes, como ocorre na regra
de ouro, que proíbe a realização de operações de créditos que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta. Veremos na aula sobre Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Resposta: Letra D

3.º nível - Espécie

É o nível de classificação vinculado à Origem, composto por títulos que


permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais
receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária (receita proveniente
de tributos) podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e
contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN), sendo
cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais.

4.º nível - Rubrica

É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de


cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega
determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si.

5.º nível - Alínea

Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o


nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de
recursos financeiros.

www.pontodosconcursos.com.br 14
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

6.º nível -Subalínea

Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor,


pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior
detalhamento da alínea.

Detalhamento de código

Para atender às necessidades internas, a União, os Estados, o Distrito Federal


e os Municípios poderão detalhar as classificações orçamentárias a partir do
nível ainda não detalhado, sendo que se o detalhamento ocorrer no nível de
alínea (5.º e 6.º dígitos) ou subalínea (7.º e 8.º dígitos), deverá ser a partir do
51. A administração dos níveis já detalhados cabe à União.
Poderá haver um 7.º nível (9.º e 10.º dígitos), denominado de detalhamento
facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente.

Caiu na prova:
(ESAF – APO/MPOG – 2008) Segundo o Manual Técnico do Orçamento –
2008, a classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da
origem do recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta quanto
aos desdobramentos dessa receita.
a) Sub-rubrica.
b) Origem e espécie.
c) Rubrica.
d) Categoria econômica.
e) Alínea e subalínea.

Os desdobramentos da classificação da receita por natureza são:


• 1.º Nível: Categoria Econômica
• 2.º Nível: Origem
• 3.º Nível: Espécie
• 4.º Nível: Rubrica
• 5.º Nível: Alínea

www.pontodosconcursos.com.br 15
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

• 6.º Nível: Subalínea

Logo, na classificação da receita por natureza não há desdobramento em sub-


rubrica.
Resposta: Letra A

2. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO


PRIMÁRIO

A receita é classificada, ainda, como Primária (P) quando seu valor é incluído
na apuração do Resultado Primário no conceito acima da linha, e Não Primária
ou Financeira (F) quando não é incluída nesse cálculo.
As receitas financeiras surgiram com a adoção pelo Brasil da metodologia de
apuração do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário
Internacional – FMI. Desse modo, passou-se a denominar como Receitas
Financeiras aquelas receitas que não são consideradas na apuração do
resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou
da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de
privatizações, entre outras.
As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais,
agropecuárias, industriais e de serviços são classificadas como primárias.

Critérios “abaixo da linha” e “acima da linha”: a apuração do resultado


primário pode ocorrer pelos critérios “abaixo da linha” ou “acima da linha”. O
critério “abaixo da linha” considera a variação do endividamento no período
considerado. Por exemplo, a variação da dívida em 2009 será o valor apurado
em 31.12.2009 menos o valor em 31.12.2008. Não permite conhecer os fatores
que levaram ao resultado.
Já o critério “acima da linha” ocorre por meio da análise das receitas e
despesas do setor público. Permite conhecer os fatores que levaram ao
resultado.
Em princípio, os dois critérios são equivalentes, e deveriam chegar aos
mesmos números. Entretanto, podem ocorrer discrepâncias estatísticas em

www.pontodosconcursos.com.br 16
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

decorrência de questões específicas relacionadas à abrangência e/ou período


da compilação.

3. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR GRUPOS

Segundo o MTO, a classificação da receita por grupos procura identificar quais


são os agentes arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e
qual o nível de vinculação das mesmas. No Orçamento da União utilizam-se os
seguintes grupos:

1 – Receitas Próprias: Classificam-se, nesse grupo, as receitas cuja


arrecadação tem origem no esforço próprio dos órgãos e demais entidades nas
atividades de fornecimento de bens ou serviços facultativos e na exploração
econômica do patrimônio remunerada por preço público ou tarifas, bem como o
produto da aplicação financeira desses recursos (Portaria SOF nº 10, de 22 de
agosto de 2002, art. 4º). Geralmente, são receitas que têm como fundamento
legal os contratos firmados entre as partes, amparados pelo Código Civil e
legislação correlata. São receitas que não possuem destinação específica,
sendo vinculadas à unidade orçamentária arrecadadora. Geralmente são
arrecadadas por meio de Guia de Recolhimento da União – GRU e
centralizadas numa conta de referência do Tesouro Nacional mantida junto ao
Banco do Brasil. O banco tem dois dias para repassar os recursos para a conta
única do Tesouro.

2 – Receitas Administradas: São as receitas auferidas pela Secretaria da


Receita Federal do Brasil, com amparo legal no Código Tributário Nacional e
leis afins, órgão que detém a competência para fiscalizar e administrar esses
recursos. São receitas arrecadadas por meio de Documento de Arrecadação
de Receitas Federais (DARF) ou Guia da Previdência Social (GPS), utilizando-
se dos bancos arrecadadores credenciados pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil - SRFB. A partir da data em que o contribuinte paga o tributo, ou seja,
da data de arrecadação (D), o banco tem um dia útil (D+1) para repassar os
recursos para a conta única do Tesouro (data de recolhimento).

www.pontodosconcursos.com.br 17
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

3 – Receitas de Operações de Crédito: São as receitas provenientes de


colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e
financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas.

4 – Receitas Vinculadas: São os recursos oriundos de concessões,


autorizações e permissões para uso de bens da União ou para exercício de
atividades de competência da União. Fazem parte desse grupo as receitas
vinculadas por determinação legal, cuja fiscalização, administração e manuseio
ficam a cargo das entidades com autorização legal para arrecadar. São
receitas que apresentam destinação previamente estabelecida, em função da
legislação (vinculadas a uma finalidade específica).

5 – Demais Receitas: Grupo destinado ao atendimento das receitas previstas


em Lei ou contrato, e que não estão enquadradas em nenhum dos grupos
anteriores.

Caiu na prova:
(CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) Com relação à
classificação da receita por fonte de recurso, julgue o item a seguir.
A classificação da receita por fonte de recursos procura identificar quais são os
agentes arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e qual o
nível de vinculação das mesmas.

A classificação da receita por grupos procura identificar quais são os agentes


arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e qual o nível de
vinculação das mesmas.
Estudamos na aula sobre Despesa Pública a classificação por fontes, já que é
considerada tanto uma classificação da receita como da despesa.
Resposta: Errada

www.pontodosconcursos.com.br 18
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

4. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

Segundo a doutrina, a receita pública pode ainda ser classificada nos seguintes
aspectos: forma de ingresso ou natureza, coercitividade, poder de tributar,
entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e regularidade:

Forma de ingresso ou natureza:


• Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para
financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público.
Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas,
inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não
previstas no Orçamento.

Atenção: a receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não


estiver incluída na lei orçamentária anual. São chamadas também de
ingressos orçamentários.

• Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e


constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu
pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque
possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público.
São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de
receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de
receitas orçamentárias – ARO, cancelamento de restos a pagar,
emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo
financeiros.

Atenção: as operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações


de crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias.

Vários autores utilizam o termo “natureza” nessa classificação. Atente para não
confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo

www.pontodosconcursos.com.br 19
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

“forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso.

Coercitividade:
• Originárias: denominadas também de receitas de Economia Privada ou
de Direito Privado, correspondem àquelas que provêm do próprio
patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços
colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens
e valores.
• Derivadas: denominadas também de receitas de Economia Pública ou
de Direito Público, correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante
sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se
caracterizam pela exigência do Estado para que o particular entregue de
forma compulsória uma determinada quantia na forma de tributos ou de
multas.

Poder de tributar: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar que


compete a cada ente da federação, considerando e distribuindo as receitas
obtidas como pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: Governo
Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal.

Entidades executoras do orçamento:


• Receita Orçamentária Pública: aquela executada por entidades
públicas.
• Receita Orçamentária Privada: aquela executada por entidades
privadas e que consta na previsão orçamentária aprovada por ato de
conselho superior ou outros procedimentos internos para sua
consecução.

Afetação patrimonial:
• Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem
correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes,
com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato
permutativo e, assim, é não efetiva.

www.pontodosconcursos.com.br 20
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

• Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao


patrimônio público, pois se referem às entradas ou alterações
compensatórias nos elementos que o compõem. São não efetivas
todas as receitas de capital, com exceção do recebimento de
transferências de capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é
efetiva.

Regularidade:
• Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com
arrecadação regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e
possuem característica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR,
ICMS, IPVA, IPTU, etc.
• Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de
caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as
provenientes de guerras, doações, indenizações em favor do Estado,
etc.

Caiu na prova:
(ESAF – APO/MPOG – 2010) Assinale a opção que indica uma afirmação
verdadeira a respeito da conceituação e classificação da receita orçamentária.
a) As receitas orçamentárias são ingressos de recursos que transitam pelo
patrimônio do poder público, podendo ser classificadas como efetivas e não-
efetivas.
b) As receitas orçamentárias decorrem de recursos transferidos pela sociedade
ao Estado e são classificadas como permanentes e temporárias.
c) Todos os ingressos de recursos, financeiros e não-financeiros, são
classificados como receita orçamentária, porque transitam pelo patrimônio
público.
d) As receitas orçamentárias restringem-se aos ingressos que não geram
contrapartida no passivo do ente público.
e) Recursos financeiros de qualquer origem são registrados como receitas
orçamentárias para que possam ser utilizados pelos entes públicos.

www.pontodosconcursos.com.br 21
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

a) Correta. As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado


utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público.
Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive
as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no
Orçamento. Quanto à afetação patrimonial, podem ser, efetivas e não-
efetivas (ou por mutação patrimonial).
b) Errada. Quanto à regularidade, as receita podem ser ordinárias e
extraordinárias.
c) Errada. Temos as receitas extraorçamentárias que não integram o
orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o
seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque
possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público.
d) Errada. O que caracteriza a receita orçamentária é o fato de serem entradas
de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo
Patrimônio do Poder Público. Há situações em que são gerados passivos,
por exemplo, quando é realizada uma operação de crédito, a qual é
acompanhada de um passivo decorrente da obrigação de pagamento futuro.
e) Errada. Os recursos financeiros também podem ser extraorçamentários.
Resposta: Letra A

Veja um tipo de questão que pode aparecer no concurso. Caiu na prova:


(FCC – APO/SP - 2010) Considere os dados relativos às receitas arrecadadas
pela prefeitura do município XZR no exercício de X1:
R$ (mil)
Alienação de Títulos Mobiliários........................................................................60
Amortização de Financiamentos ...................................................................... 20
Impostos.......................................................................................................6.000
Indenizações e Restituições........................................................................... 100
Operações de Crédito Internas....................................................................... 500
Receita da Dívida Ativa não Tributária .......................................................... 300
Receita de Contrato de Permissão de Uso..................................................... 700
Receita de Serviços de Comunicação ........................................................... 300

www.pontodosconcursos.com.br 22
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Receita de Valores Mobiliários ...................................................................... 150


Receitas Imobiliárias ...................................................................................... 400
Taxas............................................................................................................1.000
Transferências da União para cobrir despesas correntes............................6.000
Transferências de Instituições Privadas para cobrir despesas de capital....1.000
Transferências do Estado para cobrir despesas correntes..........................5.000
A receita de capital foi, em milhares de reais,
(A) 3.330
(B) 2.280
(C) 1.880
(D) 1.580
(E) 1.520

Para resolver esta questão, devemos saber que as origens das receitas de
capital citadas são as seguintes:
• Alienação de Títulos Mobiliários: pertence à origem Alienação de Bens.
• Amortização de Financiamentos: pertence à origem Amortização de
empréstimos.
• Operações de Crédito Internas: pertencem à origem Operações de
crédito.
• Transferências de Instituições Privadas para cobrir despesas de capital:
pertence à origem Transferência de Capital.

Assim, podemos dividir as receitas entre as categorias econômicas:

www.pontodosconcursos.com.br 23
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

CATEGORIAS DAS RECEITAS ARRECADADAS PELO MUNICÍPIO XZR

RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

Impostos
Indenizações e Restituições
Receita da Dívida Ativa não Tributária Alienação de Títulos Mobiliários
Receita de Contrato de Permissão de Uso Amortização de Financiamentos
Receita de Serviços de Comunicação Operações de Crédito Internas
Receita de Valores Mobiliários Transferências de Instituições Privadas para
Receitas Imobiliárias cobrir despesas de capital
Taxas
Transferências da União para cobrir despesas correntes
Transferências do Estado para cobrir despesas correntes

Logo, as receitas de capital são iguais à soma de 60+20+500+1000.


Receitas de Capital = 1580
Resposta: Letra D

PARTE II - ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA PÚBLICA

1. ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA

Ao longo do exercício financeiro, concomitantemente, as receitas são


arrecadadas e as despesas são executadas. A realização de receitas e
despesas ocorre por meio dos denominados estágios da receita e da despesa
pública.
O estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o
comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos
de recursos. Os estágios da receita orçamentária são os seguintes:
• Previsão;
• Lançamento;
• Arrecadação;
• Recolhimento.

www.pontodosconcursos.com.br 24
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

O comportamento dos estágios da receita orçamentária é dependente da


ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos e obedece à ordem acima.
Esses estágios são estabelecidos levando-se em consideração um modelo de
orçamento existente no país e a tecnologia utilizada. Dessa forma, a ordem
sistemática inicia-se com a previsão e termina com o recolhimento.

1.1 Previsão

A previsão (ou planejamento) se configura por meio da estimativa de


arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante
de metodologia de projeção de receitas orçamentárias.

Segundo o art. 12 da LRF:


Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de
preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de
cálculo e premissas utilizadas.

Assim, são parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações


na legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a
concessão de créditos tributários. Devem ser considerados, ainda, a variação
do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante.

Uma das formas de projetar valores de arrecadação é a utilização de modelos


incrementais na estimativa das receitas orçamentárias. Essa metodologia
corrige os valores arrecadados pelos índices de preço, quantidade e legislação,
da seguinte forma:

Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x


(efeito legislação), em que:

www.pontodosconcursos.com.br 25
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Projeção: é o valor a ser estimado para uma determinada receita de forma a


atender à execução orçamentária, cuja programação é feita mensalmente.
Base de cálculo: é obtida por meio da série histórica de arrecadação da
receita e dependerá do seu comportamento mensal.
Índice de preço: é o índice que fornece a variação média dos preços de uma
determinada cesta de produtos. Exemplos: diversos índices de preços
nacionais ou mesmo regionais como o IGP-DI, o INPC, o IPCA, a variação
cambial e a variação da taxa de juros.
Índice de quantidade: é o índice que fornece a variação média na quantidade
de bens de um determinado segmento da economia. Está relacionado à
variação física de um determinado fator de produção. Exemplo: variação do
Produto Interno Bruto Real do Brasil – PIB real.
Efeito legislação: leva em consideração a mudança na alíquota ou na base de
cálculo de alguma receita. Exemplos: tarifas públicas e receitas tributárias,
decorrentes de ajustes na legislação ou nos contratos públicos.

Em certos casos ocorrem atipicidades na arrecadação de determinada receita,


que devem ser eliminadas na projeção, uma vez que são arrecadações não
regulares, por exemplo, a receita decorrente da privatização de um Banco. Este
alinhamento da série deve ocorrer também em casos de mudança de
arrecadação de uma natureza de receita para outra.

Caiu na prova:
(CESPE– Analista Ambiental- Administração e Planejamento– MMA - 2008) As
alterações da legislação tributária são parâmetros adotados para se definirem
as estimativas de arrecadação, que constituem uma das etapas do processo
orçamentário. Nesse sentido, é relevante levar em conta, entre outros
aspectos, as alterações de alíquotas, as desonerações fiscais e a concessão
de créditos tributários.

São parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações na


legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a

www.pontodosconcursos.com.br 26
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

concessão de créditos tributários. Devem ser considerados, ainda, a variação


do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante.
Resposta: Certa

1.2 Lançamento

O art. 53 da Lei 4.320/1964 define o lançamento da receita como o ato da


repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa
que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
De forma mais completa, o lançamento, segundo o art. 142 do Código
Tributário Nacional (CTN), é o procedimento administrativo tendente a verificar
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Segundo o art. 52 da Lei 4.320/1964:


Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

O que se desprende desse artigo é que algumas receitas não percorrem o


estágio do lançamento. São tipicamente objetos de lançamentos os impostos
diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei,
regulamento ou contrato.

Para continuar com os tipos de lançamentos, devemos saber que compõem a


obrigação tributária nascida com a ocorrência do fato gerador o sujeito ativo e o
sujeito passivo. O sujeito ativo será a pessoa jurídica, normalmente de direito
público, titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária (tributo ou
penalidade) ou a prestação não pecuniária positiva ou negativa. Já a pessoa
natural ou jurídica, privada ou pública, de quem se exige o cumprimento da
prestação pecuniária (tributo ou penalidade) ou a prestação não pecuniária
positiva ou negativa, denomina-se sujeito passivo.

www.pontodosconcursos.com.br 27
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Existem três tipos de lançamento tributário: lançamento por declaração,


lançamento por homologação e lançamento de ofício.
• Lançamento por declaração ou misto: compreende a espontaneidade
do sujeito passivo em declarar corretamente. O sujeito passivo tem
papel fundamental, pois é o próprio contribuinte quem deverá apurar o
valor devido. É efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou
de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta
à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato,
indispensáveis à sua efetivação. Para tornar exigível o tributo, com base
nas informações contidas na declaração, o agente fazendário efetiva o
ato de lançamento e dá ciência ao sujeito passivo. Exemplo: imposto de
exportação.
• Lançamento por homologação ou autolançamento: no lançamento
por homologação, o pagamento e as informações prestadas pelo
contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade
administrativa. São tributos de caráter instantâneo e com multiplicidade
de fatos geradores, em que o recolhimento é exigido do devedor
independentemente de prévia manifestação do sujeito ativo. Assim, não
é necessário que o sujeito ativo efetue o lançamento para tornar exigível
a prestação tributária. Exemplos: ICMS e IPI.
• Lançamento de ofício ou direto: como regra, o lançamento de ofício é
adequado aos tributos que têm como fato gerador uma situação cujos
dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade
administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos
dados fáticos necessários à realização do lançamento. Desta forma, é
efetuado pela administração sem a participação do contribuinte.
Exemplo: IPTU.

Caiu na prova:
(FCC – Analista do MP/SE – Contabilidade – 2009) O procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da

www.pontodosconcursos.com.br 28
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

penalidade cabível, corresponde ao estágio da receita pública denominado:


a) Recolhimento.
b) Arrecadação.
c) Previsão.
d) Lançamento.
e) Fixação.

O lançamento, segundo o art. 142 do Código Tributário Nacional (CTN), é o


procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador
da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor
a aplicação da penalidade cabível.
Resposta: Letra D

1.3 Arrecadação

A arrecadação é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos


contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados
pelo ente. Eles atuam como depositários, ora descontando e retendo tributos
sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores
tributos sobre bens e serviços fornecidos.

Assim, os contribuintes quitam seus débitos tributários mediante pagamento


aos agentes arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas, já
que não têm acesso direto ao Tesouro Público.

Consoante o art. 55 da Lei 4.320/1964, os agentes da arrecadação devem


fornecer recibos das importâncias que arrecadarem, em uma única via, os
quais devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada,
proveniência e classificação, bem como a data e a assinatura do agente
arrecadador.

www.pontodosconcursos.com.br 29
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

1.4 Recolhimento

O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta específica


do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e
programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa,
representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada
ente.
O recolhimento ao Tesouro é realizado pelos próprios agentes ou bancos
arrecadadores. Essa ordem é bastante nítida, pois os agentes arrecadadores
podem ser bancos ou caixas avançados do próprio ente. A arrecadação
consiste na entrega do recurso ao agente ou banco arrecadador pelo
contribuinte ou devedor. Já o recolhimento consiste no depósito em conta do
Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos caixas ou bancos
arrecadadores.

Caiu na prova:
(CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) O pagamento dos tributos
devidos pelos contribuintes constitui o estágio do recolhimento da receita. A
arrecadação realiza-se com a transferência desses recursos para a conta única
de cada ente, em prazos definidos contratualmente, com cada instituição.

O pagamento dos tributos devidos pelos contribuintes constitui o estágio da


arrecadação da receita. O recolhimento realiza-se com a transferência
desses recursos para a conta única de cada ente.
Resposta: Errada

2. ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA

Ao longo do exercício financeiro, ao mesmo tempo, as receitas são


arrecadadas e as despesas são executadas. Assim como ocorre com as
receitas, cujos estágios já estudamos, para que se execute uma despesa do
Poder Público ela deve passar por estágios, os quais devem ser seguidos com
rigor.

www.pontodosconcursos.com.br 30
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Uma vez publicada a LOA, observadas as normas de execução orçamentária e


de programação financeira da União, estabelecidas para o exercício, e
lançadas as informações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de
Orçamento Federal, no Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal – SIAFI, por intermédio da geração automática do documento
Nota de Dotação – ND, cria-se o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o
início da execução orçamentária propriamente dita.

A doutrina majoritária considera que os estágios da despesa são fixação (ou


programação), empenho, liquidação e pagamento. São eles que
estudaremos nos próximos tópicos.
Acrescento que há praticamente consenso que empenho, liquidação e
pagamento são estágios da execução da despesa. Atualmente se encontra
em aplicação a sistemática do pré-empenho antecedendo esses estágios, já
que, após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu
comprometimento para a realização da despesa, existe uma fase geralmente
demorada de licitação obrigatória junto a fornecedores de bens e serviços que
impõe a necessidade de se assegurar o crédito até o término do processo
licitatório.

Caiu na prova:
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010)
Considerando o disposto na legislação vigente e ainda o adotado pela doutrina
majoritária, os estágios da despesa pública classificam-se em:
(A) orçamento – lançamento – pagamento – recolhimento.
(B) orçamento – arrecadação – recolhimento – registro.
(C) fixação – registro – liquidação – pagamento.
(D) fixação – empenho – liquidação – pagamento.
(E) previsão – lançamento – arrecadação – recolhimento.

A doutrina majoritária considera que os estágios da despesa são fixação (ou


programação), empenho, liquidação e pagamento.
Resposta: Letra D

www.pontodosconcursos.com.br 31
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

2.1 Fixação ou programação

A fixação ou programação da despesa orçamentária insere-se no processo


de planejamento. É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do
equilíbrio, visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à
previsão das receitas.
Assim, a fixação é concluída com a autorização dada pelo poder legislativo por
meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos
adicionais no decorrer da vigência do orçamento.
A legislação não permite a inversão de qualquer estágio. O que pode ocorrer é
exceção quanto ao estágio da programação, como acontece com as despesas
realizadas por meio da abertura de créditos extraordinários. Esse tipo de
despesa não passa pelo estágio da programação, em virtude de sua
imprevisibilidade e urgência.

A licitação é considerada por parte da doutrina como estágio da despesa. A


licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre
vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para
a aquisição de bem ou serviço.
A licitação é regra para a Administração Pública. No entanto, a lei apresenta
exceções a esta regra. São as situações em que ela é inexigível, dispensável
ou dispensada, conforme a Lei 8.666/1993 (estudada pelo direito
administrativo), que regulamenta o art. 37, XXI, da CF/1988, estabelecendo
normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras,
serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações.

2.2 Empenho

Executar o orçamento é realizar as despesas públicas nele previstas e apenas


estas, pois, para que qualquer utilização de recursos públicos seja efetuada, a
primeira condição é que esse gasto tenha sido legal, oficialmente previsto e
autorizado pelo Congresso Nacional, e que sejam seguidos à risca os três
estágios da execução das despesas previstos na Lei 4.320/1964: empenho,

www.pontodosconcursos.com.br 32
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

liquidação e pagamento.
Portanto, o orçamento é um instrumento de verificação prévia do emprego do
dinheiro público. Passa pela aprovação dos representantes da população, já
que, segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58
da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que
cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento
de condição. Tal artigo deve ser entendido como uma garantia ao credor que,
se ele cumprir os termos do que foi tratado com a Administração, receberá o
pagamento que estará reservado para ele.

O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos


concedidos. Por exemplo, se o crédito é no valor de R$ 100.000,00, o
empenho não poderá ser superior a esse valor. Assim, o empenho precede a
realização da despesa e está restrito ao limite do crédito orçamentário.

O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a


realizar, por força do compromisso assumido. Se na mesma dotação de
R$ 100.000,00 forem empenhados R$ 40.000,00; ocorrerá a baixa desse valor
do crédito disponível de acordo com a sua destinação. Assim, restará o valor
de R$ 60.000,00 para novos empenhos nessa dotação.

Caiu na prova:
(CESPE – Contador – DPU – 2010) Na insuficiência de crédito orçamentário,
efetua-se o pré-empenho no caso de despesas obrigatórias.

O pré-empenho é uma forma de se assegurar o crédito até o término do


processo licitatório. Da mesma forma que o empenho, o pré-empenho não
pode ser efetuado se houver insuficiência de crédito orçamentário.
Resposta: Errada.

www.pontodosconcursos.com.br 33
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o


art. 60, § 1.º, da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa sem
prévio empenho:

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


§ 1.º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a
emissão da nota de empenho.

O Decreto 93.872/1986 dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do


Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente, bem como trata
dos estágios da despesa. Reforça em seu art. 24 que é vedada a realização de
despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de urgência
caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja
contemporâneo à realização da despesa.

O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. A nota


de empenho (NE) é a materialização do empenho. É um documento extraído
para cada empenho, utilizado para registrar as operações que envolvem
despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal, ou
seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o
nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução
desse valor do saldo da dotação própria. Embora exista obrigatoriedade do
nome do credor no documento nota de empenho, em alguns casos torna-se
impraticável a emissão de empenhos individuais, tendo em vista o número
excessivo de credores.
Na União, a NE é elaborada no SIAFI e impressa após o empenho da despesa.
É a emissão da nota de empenho que poderá ser dispensada em casos
especiais previstos na legislação específica. Por exemplo, as NEs são
dispensadas em despesas com sentenças judiciais, pessoal e encargos
sociais, juros e encargos da dívida, etc.

www.pontodosconcursos.com.br 34
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Caiu na prova:
(CESPE – Contador – DPU – 2010) O empenho é a garantia incondicional de
pagamento aos fornecedores e prestadores de serviços à administração.

Segundo o art. 58 da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de


autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição. Tal artigo deve ser entendido
como uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que foi
tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado
para ele. Logo, não é uma garantia incondicional.
Resposta: Errada

Os empenhos são classificados consoante sua natureza e finalidade. São


modalidades de empenho:
• Empenho ordinário: para as despesas com montante previamente
conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
• Empenho por estimativa: a característica desta modalidade é a
existência de despesa cujo montante não se possa determinar.
Normalmente possui base não homogênea, ou seja, o valor sempre
varia. São exemplos as contas de água, luz e telefone; diárias,
gratificações, etc.
• Empenho global: para atender às despesas com montante também
definido. A especificidade é que tal modalidade é permitida para
atender despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. São
exemplos os aluguéis, salários, prestação de serviços, etc.

Caso o empenho se revele insuficiente para atender a um determinado


compromisso ao longo do exercício financeiro, existe a possibilidade de a
Unidade emitente reforçar o empenho. Assim, o novo valor do empenho passa
a ser o valor inicial mais o valor do reforço. Caso o valor do empenho exceda o
montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente.
O empenho deverá ser totalmente anulado quando tiver sido emitido

www.pontodosconcursos.com.br 35
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

incorretamente ou quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido.


Exemplo: o serviço contratado não foi prestado ou o material encomendado
não foi entregue. A anulação também é realizada por meio de nota de
empenho.

Segundo o art. 35 do Decreto 93.872/1986, o empenho de despesa não


liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins,
salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele
estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o
cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumidos no exterior.

E também consoante o art. 28 do referido Decreto:


Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso
que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total,
revertendo a importância correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará
automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora.

Assim, a redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso


que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A
importância correspondente será revertida à respectiva dotação
orçamentária. Quando a anulação ocorrer após o encerramento do exercício,
considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar.
Vimos como exemplo que se na dotação de R$ 100.000,00 forem empenhados
R$ 40.000,00, este valor será deduzido do total. Assim, restará o valor de R$
60.000,00 para novos empenhos nessa dotação. No entanto, se por algum
motivo o empenho de R$ 40.000,00 for anulado no mesmo exercício financeiro
em que foi gerado, esse valor será revertido à respectiva dotação
orçamentária, ou seja, a dotação voltará ao valor original de R$ 100.000,00.

www.pontodosconcursos.com.br 36
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei 8.666/1993,


em seu art. 62, admite a possibilidade de substituí-lo pela nota de empenho de
despesa, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato:
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de
tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços
estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

O empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orçamentária,


nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado, evidenciados pela
contabilidade, cujos registros serão acessíveis às respectivas unidades
gestoras em tempo oportuno.
As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão
empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no
referido exercício.

Segundo o art. 27 do Decreto 93.872/1986:


Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de
vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte
nele a ser executada.

Caiu na prova:
(FCC – ACE – TCE/AM – 2008) Quanto ao estágio de empenho da despesa,
considere:
I. A nota de empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição.
II. A realização de despesa sem prévio empenho é permitida quando não se
pode determinar o montante exato da despesa.
III. A redução ou cancelamento no exercício financeiro de compromisso que
caracterizou o empenho implicará sua anulação parcial ou total, revertendo o

www.pontodosconcursos.com.br 37
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

valor à respectiva dotação.


IV. A realização de empenho global é permitida para os casos de despesas
contratuais e outras sujeitas a parcelamento.
V. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de
vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte
nele a ser executada.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I, II e V.
d) II, III e IV.
e) III, IV e V.

I) Errado. O empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria


para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. Já a nota de empenho é o documento que materializa o empenho.
II) Errado. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Quando
não se pode determinar o montante exato da despesa, procede-se ao
empenho por estimativa.
III) Correto. Segundo o art. 28 do Decreto 93.872/86, a redução ou
cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o
empenho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância
correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará automaticamente
desonerado o limite de saques da unidade gestora.
IV) Correto. Conforme o § 3º do art. 60 da Lei 4320/64, é permitido o empenho
global de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento.
V) Correto. É o art. 27 do Decreto 93.872/86: “as despesas relativas a
contratos, convênios, acordos ou ajustes de vigência plurianual, serão
empenhadas em cada exercício financeiro pela parte nele a ser executada”.

Logo, estão corretos os itens III, IV e V.


Resposta: Letra E

www.pontodosconcursos.com.br 38
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

2.3 Liquidação

Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na


verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito. Assim, a despesa deve
passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor denominado
liquidação antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a
importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação.
A liquidação também é realizada no SIAFI, por meio da Nota de Liquidação
(NL).

A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar:


• a origem e o objeto do que se deve pagar;
• a importância exata a pagar; e
• a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base:


• o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
• a nota de empenho; e
• os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos
serviços.

Já sabemos que o empenho é o ato emanado de autoridade competente que


cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento
de condição. Porém, estando a despesa legalmente empenhada, nem assim o
Estado se vê obrigado a efetuar o pagamento, uma vez que o implemento de
condição poderá estar concluído ou não. A Lei 4.320/1964 determina que o
pagamento de qualquer despesa pública, seja ela de que importância for,
passe pelo crivo da liquidação. É nesse segundo estágio da execução da
despesa que será cobrada a prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou,
ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o
implemento de condição.

www.pontodosconcursos.com.br 39
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Segundo o art. 62 da Lei 4.320/1964:


Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua
regular liquidação.

Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo por base os
documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da completa habilitação
da entidade beneficiada, a Unidade Gestora providenciará o imediato
pagamento da despesa. Assim, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar
devidamente liquidada.

Caiu na prova:
(CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O órgão público, no
momento em que realizar o empenho de determinada despesa, deverá verificar
a origem e o objeto do que se deve pagar.

A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e o objeto do


que se deve pagar; a importância exata a pagar; e a quem se deve pagar a
importância para extinguir a obrigação.
Resposta: Errada

2.4 Pagamento

O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor mediante cheque


nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta. No SIAFI, é realizado
mediante ordem bancária, equivalente à dívida líquida. É o último estágio da
despesa.
O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação. Desta forma, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar
devidamente liquidada.
O art. 64 da Lei 4.320/1964 define ainda a ordem de pagamento, a qual é o
despacho exarado por autoridade competente determinando que a despesa
seja paga. Ou seja, é a assinatura do gestor público determinando o
pagamento. Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o

www.pontodosconcursos.com.br 40
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

pagamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins


de suprimento de fundos.

Quanto ao pagamento antecipado de fornecimento de bens, execução de obra


ou prestação de serviço, o art. 38 do Decreto 93.872/1986 determina:
Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de
materiais, execução de obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade
pública, admitindo-se, todavia, mediante as indispensáveis cautelas ou
garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele
estabelecida, prevista no edital de licitação ou nos instrumentos formais de
adjudicação direta.

Caiu na prova:
(FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Para o pagamento da
despesa relativa à conclusão de um serviço contratado pelo Poder Público
municipal deve-se observar:
(A) primeiro, a ordem de pagamento, que é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga e, por fim, o empenho
seguido da liquidação, que é o pagamento propriamente dito.
(B) a inclusão da despesa no orçamento até primeiro de julho do exercício em
que ocorreu e, após inclusão na lei orçamentária, deverá ser reservada a
dotação orçamentária específica por empenho.
(C) o imediato pagamento, por se tratar de serviço contratado de forma direta
pelo Município.
(D) primeiro, o empenho e, em seguida, a liquidação, que deverá ter por base o
contrato, ajuste ou acordo respectivo, a nota de empenho e os comprovantes
da prestação efetiva do serviço.
(E) primeiro a liquidação, que é o ato emanado de autoridade competente que
cria para o Estado a obrigação de pagamento pendente e, por conseguinte, o
empenho, com a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata
a pagar e a quem se deve pagar.

www.pontodosconcursos.com.br 41
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Para o pagamento da despesa relativa à conclusão de um serviço contratado


pelo Poder Público municipal deve-se observar, primeiro, o empenho e, em
seguida, a liquidação, que deverá ter por base o contrato, ajuste ou acordo
respectivo, a nota de empenho e os comprovantes da prestação efetiva do
serviço.
Resposta: Letra D

E assim terminamos a aula 5.

Nas duas aulas seguintes trataremos de temas relacionados à Lei de


Responsabilidade Fiscal. Em virtude da extensão do tema, dividiremos o
estudo em duas partes, a fim de evitar uma aula muito extensa. Assim, cada
uma das próximas aulas terá cerca de 40 páginas.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

www.pontodosconcursos.com.br 42
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

MEMENTO V
CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA

1.º nível: Categoria Econômica da Receita

1. Receitas Correntes;
2. Receitas de Capital;
7. Receitas Correntes Intraorçamentárias;
8. Receitas de Capital Intraorçamentárias.

2.º nível: Origens

Receitas Correntes Receitas de Capital

1. Receita Tributária
2. Receita de Contribuições
1. Operações de Crédito
3. Receita Patrimonial
2. Alienação de Bens
4. Receita Agropecuária
3. Amortização de Empréstimos
5. Receita Industrial
4. Transferências de Capital
6. Receita de Serviços
5. Outras Receitas de Capital
7. Transferências Correntes
9. Outras Receitas Correntes

Origens das Receitas Correntes:

• Tributária: receita proveniente de impostos, taxas e contribuições de melhoria;


• Contribuições: receita proveniente de contribuições sociais e econômicas;
• Patrimonial: receita imobiliária, de valores imobiliários, concessões/permissões e outras;
• Agropecuária: receita proveniente de produção vegetal, produção animal e derivados e outras;
• Industrial: receita proveniente da indústria extrativa mineral, de transformação e de construção;
• Serviços: transporte, comunicação, armazenagem e outros;
• Transferências Correntes: receita proveniente de transferências intergovernamentais, de instituições
privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e para o combate à fome;
• Outras Receitas Correntes: receitas provenientes de multas e juros de mora, indenizações e
restituições, dívida ativa, entre outras.

Origens das Receitas de Capital:

www.pontodosconcursos.com.br 43
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

• Operações de Crédito: receita proveniente de operações de crédito internas e externas;


• Alienação de Bens: receita proveniente da alienação de bens móveis e imóveis;
• Amortizações de Empréstimos: recebimento do principal de um empréstimo concedido;
• Transferências de Capital: receita proveniente de transferências intergovernamentais, de instituições
privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e para o combate à fome;
• Outras Receitas de Capital: receita proveniente da integralização do capital social, da remuneração das
disponibilidades do Tesouro e outras.

3.º nível: Espécie

4.º nível: Rubrica

5.º nível: Alínea

6.º nível: Subalínea

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

Primária e Financeira

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR GRUPOS

1 – Receitas Próprias
2 – Receitas Administradas
3 – Receitas de Operações de Crédito
4 – Receitas Vinculadas
5 – Demais Receitas

FORMA DE INGRESSO:

Receitas Orçamentárias

Receitas Extraorçamentárias:
Depósito em caução; Antecipação de Receitas Orçamentárias – ARO; Cancelamento de restos a pagar;
Emissão de Moeda; Outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros

PODER DE TRIBUTAR:

Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal

QUANTO ÀS ENTIDADES EXECUTORAS DO ORÇAMENTO:

Receita Orçamentária Pública e Receita Orçamentária Privada

www.pontodosconcursos.com.br 44
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL:

Efetivas e por mutação patrimonial (não efetivas)

QUANTO À REGULARIDADE:

Ordinárias e Extraordinárias

COERCITIVIDADE:

Originárias e Derivadas

ESTÁGIOS DA RECEITA

PREVISÃO

Configura-se por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da LOA, resultante de


metodologia de projeção de receitas orçamentárias.

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais e considerarão: os efeitos das alterações
na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x (efeito legislação).

LANÇAMENTO

É o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação


correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o
sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Tipos de lançamento:
• Lançamento por declaração: compreende a espontaneidade do sujeito passivo em declarar
corretamente.
• Lançamento por homologação: o pagamento e as informações prestadas pelo contribuinte são
realizados sem qualquer exame prévio da autoridade administrativa.
• Lançamento de ofício: como regra, é adequado aos tributos que têm como fato gerador uma situação
cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a

www.pontodosconcursos.com.br 45
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

aqueles registros para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento.

ARRECADAÇÃO

É a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos


autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro.

RECOLHIMENTO

É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela


administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da Unidade
de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente.

ESTÁGIOS DA DESPESA

FIXAÇÃO (PROGRAMAÇÃO)

É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do equilíbrio, visa assegurar que as despesas não
serão superiores à previsão das receitas.

EMPENHO

É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
ou não de implemento de condição. É materializado pela Nota de Empenho (NE) no SIAFI.

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do
compromisso assumido.

O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho.

A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho,


implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à respectiva
dotação orçamentária.

Modalidades de empenho:
• Ordinário: valor definido e pagamento de uma única vez.

www.pontodosconcursos.com.br 46
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

• Global: valor definido e pagamento parcelado.


• Por estimativa: valor indefinido e pagamento parcelado.

LIQUIDAÇÃO

Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito. É realizada no SIAFI por meio da Nota de Liquidação (NL).

Terá por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho e os comprovantes da entrega
de material ou da prestação efetiva do serviço.

A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar:


• a origem e o objeto do que se deve pagar;
• a importância exata a pagar; e
• a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação

PAGAMENTO

Consiste na entrega de recursos ao credor equivalentes à dívida líquida, mediante OB no SIAFI.

Ordem de pagamento é o despacho determinando o pagamento da despesa.


Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o pagamento de compromissos, bem
como para a liberação de recursos para fins de suprimento de fundos.

O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

www.pontodosconcursos.com.br 47
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) As receitas


intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias e se
referem a operações entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos
fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental.

2) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Considere


que a arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS) tenha aumentado durante o último exercício financeiro da União.
Nesse caso, é correto afirmar que houve aumento do montante da receita
tributária da União no último ano.

3) (FCC – APO/SP - 2010) É uma receita patrimonial aquela originária:


(A) de restituições de convênios.
(B) do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
(C) da prestação de serviços de telecomunicação.
(D) de dividendos recebidos.
(E) de serviços recreativos e culturais.

4) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) A respeito


da classificação orçamentária da receita, é correto afirmar:
a) alienação de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda em
receita de capital.
b) receitas de contribuições integram as receitas de capital quando oriundas de
intervenção no domínio econômico.
c) as receitas agropecuárias se originam da tributação de produtos agrícolas.
d) as receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por
entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.
e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependem
da inexistência de receitas de capital no exercício.

www.pontodosconcursos.com.br 48
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

5) (ESAF – APO/MPOG – 2008) Segundo o Manual Técnico do Orçamento –


2008, a classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da
origem do recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta quanto
aos desdobramentos dessa receita.
a) Sub-rubrica.
b) Origem e espécie.
c) Rubrica.
d) Categoria econômica.
e) Alínea e subalínea.

6) (CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) Com relação à


classificação da receita por fonte de recurso, julgue o item a seguir.
A classificação da receita por fonte de recursos procura identificar quais são os
agentes arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e qual o
nível de vinculação das mesmas.

7) (ESAF – APO/MPOG – 2010) Assinale a opção que indica uma afirmação


verdadeira a respeito da conceituação e classificação da receita orçamentária.
a) As receitas orçamentárias são ingressos de recursos que transitam pelo
patrimônio do poder público, podendo ser classificadas como efetivas e não-
efetivas.
b) As receitas orçamentárias decorrem de recursos transferidos pela sociedade
ao Estado e são classificadas como permanentes e temporárias.
c) Todos os ingressos de recursos, financeiros e não-financeiros, são
classificados como receita orçamentária, porque transitam pelo patrimônio
público.
d) As receitas orçamentárias restringem-se aos ingressos que não geram
contrapartida no passivo do ente público.
e) Recursos financeiros de qualquer origem são registrados como receitas
orçamentárias para que possam ser utilizados pelos entes públicos.

www.pontodosconcursos.com.br 49
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

8) (FCC – APO/SP - 2010) Considere os dados relativos às receitas


arrecadadas pela prefeitura do município XZR no exercício de X1:
R$ (mil)
Alienação de Títulos Mobiliários........................................................................60
Amortização de Financiamentos ...................................................................... 20
Impostos.......................................................................................................6.000
Indenizações e Restituições........................................................................... 100
Operações de Crédito Internas....................................................................... 500
Receita da Dívida Ativa não Tributária .......................................................... 300
Receita de Contrato de Permissão de Uso..................................................... 700
Receita de Serviços de Comunicação ........................................................... 300
Receita de Valores Mobiliários ...................................................................... 150
Receitas Imobiliárias ...................................................................................... 400
Taxas............................................................................................................1.000
Transferências da União para cobrir despesas correntes............................6.000
Transferências de Instituições Privadas para cobrir despesas de capital....1.000
Transferências do Estado para cobrir despesas correntes..........................5.000
A receita de capital foi, em milhares de reais,
(A) 3.330
(B) 2.280
(C) 1.880
(D) 1.580
(E) 1.520

9) (CESPE– Analista Ambiental- Administração e Planejamento– MMA - 2008)


As alterações da legislação tributária são parâmetros adotados para se
definirem as estimativas de arrecadação, que constituem uma das etapas do
processo orçamentário. Nesse sentido, é relevante levar em conta, entre outros
aspectos, as alterações de alíquotas, as desonerações fiscais e a concessão
de créditos tributários.

www.pontodosconcursos.com.br 50
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

10) (FCC – Analista do MP/SE – Contabilidade – 2009) O procedimento


administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da
penalidade cabível, corresponde ao estágio da receita pública denominado:
a) Recolhimento.
b) Arrecadação.
c) Previsão.
d) Lançamento.
e) Fixação.

11) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) O pagamento dos


tributos devidos pelos contribuintes constitui o estágio do recolhimento da
receita. A arrecadação realiza-se com a transferência desses recursos para a
conta única de cada ente, em prazos definidos contratualmente, com cada
instituição.

12) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010)


Considerando o disposto na legislação vigente e ainda o adotado pela doutrina
majoritária, os estágios da despesa pública classificam-se em:
(A) orçamento – lançamento – pagamento – recolhimento.
(B) orçamento – arrecadação – recolhimento – registro.
(C) fixação – registro – liquidação – pagamento.
(D) fixação – empenho – liquidação – pagamento.
(E) previsão – lançamento – arrecadação – recolhimento.

13) (CESPE – Contador – DPU – 2010) Na insuficiência de crédito


orçamentário, efetua-se o pré-empenho no caso de despesas obrigatórias.

14) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O empenho é a garantia incondicional


de pagamento aos fornecedores e prestadores de serviços à administração.

www.pontodosconcursos.com.br 51
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

15) (FCC – ACE – TCE/AM – 2008) Quanto ao estágio de empenho da


despesa, considere:
I. A nota de empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição.
II. A realização de despesa sem prévio empenho é permitida quando não se
pode determinar o montante exato da despesa.
III. A redução ou cancelamento no exercício financeiro de compromisso que
caracterizou o empenho implicará sua anulação parcial ou total, revertendo o
valor à respectiva dotação.
IV. A realização de empenho global é permitida para os casos de despesas
contratuais e outras sujeitas a parcelamento.
V. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de
vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte
nele a ser executada.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I, II e V.
d) II, III e IV.
e) III, IV e V.

16) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O órgão público,


no momento em que realizar o empenho de determinada despesa, deverá
verificar a origem e o objeto do que se deve pagar.

17) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Para o pagamento


da despesa relativa à conclusão de um serviço contratado pelo Poder Público
municipal deve-se observar:
(A) primeiro, a ordem de pagamento, que é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga e, por fim, o empenho
seguido da liquidação, que é o pagamento propriamente dito.

www.pontodosconcursos.com.br 52
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

(B) a inclusão da despesa no orçamento até primeiro de julho do exercício em


que ocorreu e, após inclusão na lei orçamentária, deverá ser reservada a
dotação orçamentária específica por empenho.
(C) o imediato pagamento, por se tratar de serviço contratado de forma direta
pelo Município.
(D) primeiro, o empenho e, em seguida, a liquidação, que deverá ter por base o
contrato, ajuste ou acordo respectivo, a nota de empenho e os comprovantes
da prestação efetiva do serviço.
(E) primeiro a liquidação, que é o ato emanado de autoridade competente que
cria para o Estado a obrigação de pagamento pendente e, por conseguinte, o
empenho, com a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata
a pagar e a quem se deve pagar.

www.pontodosconcursos.com.br 53
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

6° SIMULADO

1) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Aluguéis,


arrendamentos, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de
títulos de renda, dividendos, participações, remuneração de depósitos
bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de
recursos não desembolsados são classificados como receita patrimonial, pois
resultam da fruição de elementos patrimoniais.

2) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) As fontes de recursos que


asseguram o custeio do orçamento do STJ podem ser classificadas em duas
categorias: receitas correntes e receitas de capital. As receitas correntes são
provenientes da realização de recursos financeiros e de outros recursos
arrecadados diretamente pelo STJ, como, por exemplo, as taxas cobradas por
serviços públicos. As receitas de capital são provenientes de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado,
destinadas a atender a despesas correntes.

3) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) O 1.º nível da codificação da natureza


da receita é utilizado para mensurar o impacto das decisões do governo na
economia nacional.

4) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008)


Por ingressos intraorçamentários devem-se entender aqueles constituídos por
receitas de operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas,
empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento
fiscal e da seguridade social.

5) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Uma receita de


contribuições sociais é prevista na lei orçamentária e contabilizada como
integrante das receitas tributárias.

www.pontodosconcursos.com.br 54
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

6) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se um cidadão


deseja fazer uma doação em dinheiro para o governo e se essa espécie de
receita não está prevista na lei orçamentária, o governo deve arrecadá-la,
todavia, será ela contabilizada como orçamentária.

7) (CESPE - Analista Judiciário – TRT - 17ª Região - 2009) A receita pública


somente pode ser considerada orçamentária se estiver incluída na lei
orçamentária anual.

8) (CESPE - Analista Judiciário – TRT - 17ª Região - 2009) No conceito de


receita orçamentária, estão incluídas as operações de crédito por antecipação
de receita, mas excluídas as emissões de papel-moeda e outras entradas
compensatórias no ativo e passivo financeiros.

9) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-2008)


Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, a parcela
correspondente ao imposto é dita receita originária, enquanto a multa de mora
e os juros sobre o atraso são considerados receita derivada.

10) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) As receitas provenientes de


rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de
disponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos oriundos
de renda de ativos permanentes devem ser classificadas como receitas
correntes.

11) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde– 2008)


Na classificação da receita, as contribuições sociais constituem receita
tributária e a alienação de bens imóveis, receita patrimonial.

12) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008)


Caso a União tenha recebido recursos oriundos das receitas correntes e deseje
transferir parcela do montante recebido para determinado município construir

www.pontodosconcursos.com.br 55
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

um posto de saúde, essa operação deve ser classificada, na contabilidade da


União, como transferência de capital.

(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A tabela a seguir


apresenta algumas informações relativas à arrecadação estadual do Espírito
Santo, em janeiro de 2010.

Com base nas informações da tabela acima, julgue os itens seguintes, acerca
das receitas públicas.
13) A receita agropecuária, a industrial e a de serviços contribuíram com
R$ 3.083 mil para o montante arrecadado com as receitas correntes.

14) O montante da receita tributária arrecadada pelo governo do Espírito Santo,


em janeiro de 2010, totalizou R$ 583.534 mil, enquanto as receitas de capital
alcançaram R$ 70.249 mil.

www.pontodosconcursos.com.br 56
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

15) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Classificam-se na


categoria de receitas correntes outras receitas que são oriundas do poder
impositivo do Estado, tais como as receitas provenientes da alienação de bens.

16) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2009) O estágio de execução da


receita classificado como arrecadação ocorre com a transferência dos valores
devidos pelos contribuintes ou devedores à conta específica do Tesouro.

17) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) No estágio da previsão, tem-se a


estimativa de arrecadação da receita, constante da LDO.

18) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008)


Excepcionalmente, um administrador público pode, desde que motivado,
promover o empenho da despesa em volume que exceda os créditos que
tenham sido concedidos.

19) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) O orçamento é o mais eficaz instrumento


de verificação prévia da utilização dos recursos públicos visto que, além de
passar pela aprovação dos representantes políticos da população, fixa tetos
para as despesas, que só podem ser realizadas mediante prévio empenho e,
conforme o caso, após licitação.

Julgue o item que se segue quanto às disposições do Decreto n.º 93.872/1986


relativas à execução da despesa pública.
20) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) As despesas relativas a contratos
ou convênios de vigência plurianual serão empenhadas em cada exercício
financeiro pela parte a ser executada no referido exercício.

www.pontodosconcursos.com.br 57
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS


1 2 3 4 5 6 7 8 9
C E D D A E A D C
10 11 12 13 14 15 16 17
D E D E E E E D

GABARITO DO 6° SIMULADO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E C C E C E E E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C C C E E E E C C

www.pontodosconcursos.com.br 58
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

ORIENTAÇÕES AO 6° SIMULADO

1) Certa. Pág. 10.


2) Errada. Uma das origens das receitas de capital são aquelas provenientes
de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinadas a atender a despesas de capital. Pág. 12.
3) Certa. Pág. 4.
4) Certa. Pág. 5.
5) Errada. As contribuições sociais pertencem à origem receita de
contribuições. Págs. 9 e 10.
6) Certa. Pág. 19.
7) Errada. A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não
estiver incluída na LOA. Pág. 19.
8) Errada. No conceito de receita orçamentária também estão excluídas as
operações de crédito por antecipação de receita. Pág. 19.
9) Errada. Tanto o tributo quanto a multa são receitas derivadas. Pág. 20.
10) Certa. São receitas correntes patrimoniais. Pág. 10.
11) Errada. As contribuições sociais constituem receita de contribuições e a
alienação de bens imóveis, receita de alienação de bens. Págs. 9 e 12.
12) Certa. O que interessa nesse caso é a aplicação. Se o objetivo é a
aplicação em despesas de capital, como a construção de um Posto de Saúde
(investimento), será uma transferência de capital. Pág. 12.
13) Certa. Agropecuária (10) + Industrial (2799) + Serviços (274) = 3.083 mil.
Págs. 10 e 11.
14) Certa. Págs. 8 e 12.

Receitas Tributárias: Receitas de Capital:


IR..............40.109 Operações de Crédito Internas .......35.953
IPVA ..........6.286 Operações de Crédito Externas ......25.407
ITCMD........1.862 Alienação de Bens ................. .................8
ICMS......510.159 Amortização de Empréstimos ..................4
Taxas.......25.118 Transferências de Capital ....................135
Total = R$ 583.534 mil Outras Receitas de Capital .............. 8.742
Total = R$ 70.249 mil

www.pontodosconcursos.com.br 59
A l a i d e S e v e r i a n o , C P F : 3 5 7 0 2 6 8 0 4 7 2

CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA


TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

15) Errada. As receitas de alienação de bens são receitas de capital. Pág. 12.
16) Errada. O estágio de execução da receita classificado como recolhimento
ocorre com a transferência dos valores devidos pelos contribuintes ou
devedores à conta específica do Tesouro. Pág. 30.
17) Errada. A previsão se configura por meio da estimativa de arrecadação da
receita, constante da LOA. Pág. 25.
18) Errada. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos
concedidos. Pág. 33.
19) Certa. Pág. 32.
20) Certa. Pág. 37.

www.pontodosconcursos.com.br 60

Você também pode gostar