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difusão dos ideais republicanos, sob o título de A evolução, onde escreve seus
primeiros artigos. Esse jornal foi criado por três sul-rio-grandenses que lá estavam
bandeirante5. Sua participação neste periódico ocorreu entre junho e agosto de 1880,
1
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul; Presidente da INTERCOM –
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação; membro do Conselho Consultivo da
SBPJor – Sociedade Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo; pesquisador do CNPq; Professor do
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUCRS.
2
FLORES, Moacyr – “Cronologia de Julio Prates de Castilhos” in CIPEL – A era castilhista, Porto Alegre,
Círculo de Pesquisas Literárias. 2009, p. 7.
3
SOARES, Mozart Pereira – Júlio de Castilhos, Porto Alegre, Instituto Estadual do Livro.1991, p. 10.
4
SOARES, Mozart Pereira – Júlio de Castilhos, op. cit., p. 25.
5
PICCOLO, Helga I. L. – “Júlio de Castilhos, redator na imprensa acadêmica em São Paulo” in AXT, Gunter;
SEELIG, Ricardo Vaz; GEDOZ, Sirlei Teresinha; BARROS FILHO, Omar Liz de; et MENEGHETTI, Sylvia
Bojunga (Orgs.) – Julio de Castilhos e o paradoxo republicano, Porto Alegre, Memorial do Ministério
Público do Rio Grande do Sul. 2005, p. 85.
seria decisiva para o aprofundamento de seu sentimento republicano (p. 86). Para a
mesma historiadora, ainda, esta fase antecipa os caracteres mais tarde presentes em
a sistematizar suas idéias num sistema coerente, o que só viria a fazer mais tarde,
alguns dos artigos que estuda, que as principais idéias que articulariam centralmente
brasileiros ainda não estariam preparados para o sistema republicano; ou que não
ele vai retomar, na forma de falsos sofismas, como os denomina, nos primeiros artigos
recentemente6.
6
HOHLFELDT, Antonio et RAUSCH, Fábio Flores – “Júlio de Castilhos jornalista em combate aos sofismas
liberais”, trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho 7, “Estudos de Jornalismo”, do XV Encontro da
COMPÓS, na Unesp, Bauro, SP, em junho de 2006.
[Aquele jornal] resume tudo o que pudesse dizer nestas duas palavras
que a Sociologia erigiu em divisa: Ordem e Progresso.
direção assumiria logo depois, até 1888, numa primeira fase, e após agosto de 1889,
num segundo momento. A este jornal ele dedicaria praticamente toda a sua vida 8,
7
PICCOLO, Helga I. L. – “Júlio de Castilhos, redator na imprensa acadêmica em São Paulo”, op. cit., p. 93.
8
SOARES, Mozart Pereira – Júlio de Castilhos, op. cit., p. 13.
9
ROSSINI, Miriam de Souza – “O jornal A federação e seu papel político”, in AXT, Gunter; SEELIG, Ricardo
Vaz; GEDOZ, Sirlei Teresinha; BARROS FILHO, Omar Liz de; et MENEGHETTI, Sylvia Bojunga (Orgs.) – Julio
de Castilhos e o paradoxo republicano, Porto Alegre, Memorial do Ministério Público do Rio Grande do
Sul. 2005, p. 233.
10
BAKOS, Margaret – Julio de Castilhos: Positivismo, abolição e república, Porto Alegre, IEL-EDIPUCRS.
2006, p. 15.
11
Pode-se ler parte dos artigos de fundo produzidos por Julio de Castilhos para A federação, dentre
outras obras, em FRANCO, Sérgio da Costa – O pensamento político de Julio de Castilhos, Porto Alegre,
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul/Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do
Sul/Martins. 2003.
Em síntese, eis as bases que justificam a oportuna publicação do
IHGRGS. Através destes textos, bem menos conhecidos que aqueles de A federação,
melhor poderemos avaliar não apenas as idéias ainda nascentes de Julio de Castilhos a
idéias evoluem até atingirem a forma madura com que se apresentam nas páginas de A
republicano.