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O segredo dos aprovados


Métodos comprovados para passar no seu concurso

A Por que você não consegue passar?


C As 10 dicas definitivas para o dia da
prova.

B Os erros que você está cometendo


e não sabe. D Método cientificamente
comprovado

Alejandro Muriel Hermosilla, Psicólogo Clínico - Igor Santana, Advogado - Rubens Quaresma, Procurador da Fazenda Nacional



UMA OBRA DOS PROFISSIONAIS DO SMARTYZE

ÍNDICE

INTRODUÇÃO

1- POR QUE VOCÊ NÃO CONSEGUE PASSAR? OS DESAFIOS E DIFICULDADES DOS


CONCURSEIROS............................................................................................................3
2- OS ERROS QUE VOCÊ ESTÁ COMETENDO E NÃO SABE..................................................5
3- TRANSFORMANDO O ESTUDO. APRENDA A ENFRENTAR OS DESAFIOS DO
CONCURSEIRO.............................................................................................................10
4- RESOLVER QUESTÕES? ELABORAR RESUMOS? O QUE ESTÁ CERTO? O QUE
ESTÁ ERRADO?............................................................................................................15
5- SMARTYZE: COLOCANDO TUDO ISTO EM PRÁTICA NUM MÉTODO
CIENTIFICAMENTE COMPROVADO – GO SMARTYZE!...................................................27
6- AS 10 DICAS DEFINITIVAS PARA O DIA DA PROVA!......................................................38
CONCLUSÕES....................................................................................................................40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO

Esta obra surge para auxiliar na solução de inúmeros problemas enfrentados pelos concurseiros. Ao longo
de meses, a equipe Smartyze identificou que os estudantes não sentem a necessária segurança para definir
o caminho a seguir rumo à aprovação.

Encontramos concurseiros que ainda não conhecem técnicas de estudo inovadoras. Assim, utilizam
métodos que consomem muito tempo e não geram resultados imediatos. Isto, associado ao sentimento de
incerteza com relação à aprovação e ao fato de ter que compatibilizar o estudo com o trabalho, torna difícil
a vida do estudante.

Visando solucionar as dificuldades, investigamos suas causas. Verificamos que os materiais, sejam livros,
apostilas ou aulas, utilizados pelos alunos apresentam deficiências didáticas. Em geral, são pouco atrativos,
lançam mão de métodos incapazes de estimular adequadamente o potencial motivacional e cognitivo do
cérebro. Resultado: baixo rendimento.

Até mesmo aquelas obras que são reconhecidas como qualificadas, servem quase exclusivamente para que
você entenda a matéria. Contudo, para obter bons resultados, você precisará “lembrar e aprender
profundamente ” os detalhes que serão cobrados e não apenas entender o assunto de um modo genérico.
Não é por acaso que em recente pesquisa que realizamos ficou atestado que: 77% dos concurseiros
apresentam dificuldades para construir disciplina na preparação.

Por isso, criamos a presente obra, que traz métodos de estudo cientificamente comprovados e inovadores
que aumentam exponencialmente o seu aprendizado. Nela, você encontrará técnicas simples e eficazes de
estudo. Aplique-as à sua preparação e perceberá a melhoria imediata no processo de aprendizagem, veja
como consegue aprender muito mais.


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1- POR QUE VOCÊ NAO CONSEGUE PASSAR? OS DESAFIOS E DIFICULDADES DOS CONCURSEIROS

O concurseiro é uma pessoa que trabalha para realizar um sonho e enfrenta obstáculos para atingi-lo.
Vejamos quais são os principais desafios que eles enfrentam:

No primeiro momento, no qual ele começa a pensar em se preparar para um concurso, nota a enorme
quantidade de matérias e informações que deverá estudar. Na maioria das vezes, sentem falta de um
norte claro que indique por onde começar e qual o melhor caminho a seguir.

O material necessário para o estudo


normalmente possui inúmeros dados
que devem ser memorizados, é muito
denso e, às vezes difícil de entender.
Resultado: A pessoa acaba estudando
aquilo que gosta para sentir maior
sensação de controle e deixa as
matérias mais complicadas para
“outro momento”, que parece nunca
chegar. Normalmente sentem falta de
um profissional que indique um
caminho a seguir, que avalie as
características de cada aluno, sabendo
onde devem priorizar e não fazendo
um planejamento que sirva para
qualquer um.

Esta situação é familiar para você? Imaginamos que sim e, sem dúvida, isto acaba fazendo com que a
pessoa fique perdida em uma imensidão de matérias, livros e apostilas, sem saber o que deve estudar a
cada dia.

Este é apenas o começo. Vamos continuar entendendo o concurseiro!

Muitos estudantes precisam compatibilizar a preparação para um concurso público com um trabalho que
demanda atenção, tempo e esforço. Você sabia que um dos fatores mais estressantes para a vida de um
ser humano é a multiplicidade de ocupações? Obviamente, chegar em casa para estudar depois de um dia
cansativo de trabalho não é fácil.

A isto somamos que enfrentar a preparação para um concurso já é suficientemente estressante. O


concurseiro exige muito de si mesmo, por isso, grande quantidade deles se considera “indisciplinados”.
Porém, não percebem a realidade. Como quaisquer seres humanos, apresentam necessidades de
descanso, possuem energia limitada, etc.

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Esta situação gera um sintoma comum a


muitos: a famosa procrastinação. Se
entendemos que a preparação para um
concurso sem um guia profissional é muito
estressante, ainda mais tendo que
compatibilizar o estudo ao trabalho,
compreendemos porque muitos acabam
estudando apenas as matérias mais fáceis ou
estudando poucas horas e deixando tudo
“para outro dia”.

A protelação, bem como a busca por estudar


apenas o que gosta é justamente o resultado
do estresse de estudar sem um guia. Sob
estresse, você adia o estudo para não sofrer com o natural desgaste energético ou estuda somente aquilo
que gosta para sentir prazer e apresentar bom desempenho em matérias restritas. O problema é que no
concurso não serão cobradas apenas disciplinas que você gosta.

Porém, você também tem vida (mesmo que, às vezes, não pareça!) e gosta de estar com a família,
namorada/o, amigos, praticar atividades de lazer, etc. Mas, como havíamos explicado antes, o concurseiro
se exige muito, lembra? Então ele tira o pouco tempo que tem para dedicar a vida dele e investe em
estudar para concurso, pensando que assim compensará as horas que o trabalho dele demanda. Qual é o
resultado no longo prazo? Menor motivação para estudar e pior rendimento.

Ok, então, o que devemos fazer? Quer saber como poder mudar esta situação e se converter em um
concurseiro melhor preparado?

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2. OS ERROS QUE VOCÊ ESTÁ COMETENDO E NÃO SABE

Sem dúvida, há coisas que poderiam melhorar a sua preparação para seu concurso ou, melhor ainda, há
coisas que estão lhe atrapalhando e você provavelmente não sabe que podem ser solucionadas. Neste
capítulo, apresentaremos os erros mais cometidos e os causadores dos obstáculos mais enfrentados por
concurseiros como você.

Pesquisas realizadas por nossa equipe identificaram que os concurseiros sofrem para fixar a grande
quantidade de detalhes cobrados em prova. Precisamos, ao mesmo tempo, salientar que a nossa memória
funciona de forma associativa. Ou seja, precisa de uma informação relacionada para lembrar outra
específica. Somente para exemplificar, podemos fazer referência à pessoa que, para lembrar o período no
qual aconteceu determinado fato, precisa recordar a circunstância na qual vivia, como estar morando em
certa cidade. Assim, caso ele saiba que viveu apenas no ano de 2005 nesta cidade e consiga lembrar que
morava lá na época do evento, saberá que a ocorrência data de 2005.

É a associação entre o fato de ter morado ali em 2005 e o evento objeto da recordação que permite que
ele lembre. Entretanto, as provas de concurso público são repletas de informações isoladas, que não
guardam qualquer relação com outros dados. Por que o prazo do estágio probatório dos servidores
públicos é de 3 anos? Poderiam ser 2 anos, ou 4. Mas são 3. Este é apenas um exemplo de informação que
não pode ser relacionada à outra, dificultando a memória associativa. Quais são as maiores dificuldades e
como fixar tantos detalhes?

Uma das maiores queixas dos estudantes está na prolixidade dos materiais. Vídeos-aula longas e
livros/apostilas extensos. Às vezes, não parecem ser instrumentos de estudo muito longos, porém, a
abordagem transmite a sensação de que aquilo é uma perda de tempo. Explico melhor: um vídeo de 20
minutos não é necessariamente longo, contudo, se um professor passa 5 desses 20 minutos repetindo
piadas ou clichês motivacionais, surge a sensação de perda de tempo e prolixidade.

No mesmo sentido, uma apostila de 70 páginas não é, necessariamente, longa. Todavia, se ela dedica 5
páginas ao contexto histórico ou a teorias doutrinárias visando preparar o aluno para uma banca
examinadora mais literal, como a FCC, a sensação de perda de tempo será perfeitamente compreensível.

Não é à toa que boa parte dos estudantes acham muito caras as ferramentas online ou entendem que elas
não valem o preço exigido. Sentem que as mesmas não atendem as suas necessidades.

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Quais são as necessidades?


Nossas pesquisas apontam que
a primeira delas consiste na
busca por cursos e
instrumentos que gerem
motivação e disciplina diária.
Os concurseiros também
procuram algo que possibilite
uma organização do estudo e
do tempo. Esperam encontrar
materiais de alta qualidade e
atualizados. Sentem falta da
certeza de estar bem
preparado, com feedback
frequente. Desejam algo que
melhore a sua capacidade de
fixar os conteúdos.

As supracitadas necessidades existem justamente porque as ofertas de cursos não as atendem ou, quando
atendem, o suporte é precário ou parcial. 90% dos consultados estudam de 4 a 7 dias por semana. 60%
deles se dedicam à preparação todos os dias. Em média estudam um total de 4 a 5 horas diárias. 30% dos
concurseiros estudam 7 horas ou mais. Isto demonstra que a dedicação é intensa e longa.

Há grande esforço, porém, as queixas e frustrações são frequentes. O seu tempo é precioso. Não podemos
admitir que você se dedique tanto sem colher os devidos frutos.

Relevante lição precisa ser internalizada: você precisa aproveitar melhor o seu tempo. O Smartyze
encontrou caminhos para permitir um melhor aproveitamento de todo o esforço e tempo despendido.
Identificamos, através de rigorosas pesquisas, como os materiais e cursos dificultam a caminhada da
preparação para concurso.

Se o concurseiro, além de ter que lançar mão desses materiais, tiver que conciliar o trabalho com o estudo,
ele estará em uma situação bem difícil. Bom, apresentamos o problema, mas qual é o erro?

O erro está em achar que precisa assistir todas as aulas e ler todas os livros para passar no seu concurso. A
função dos materiais mais prolixos é proporcionar o entendimento ao estudante. É realmente difícil
entender alguns artigos de lei sem compreender o contexto histórico e os princípios que os norteiam. Por
isso, se você não conhece a origem do assunto e a conjuntura que o envolve, realmente precisa recorrer a
alguns materiais mais prolixos.

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Por outro lado, alguns temas você já entende, porque tem uma boa base universitária ou já o estudou
quando se preparava para outro concurso. As aulas e livros sobre estes assuntos devem ser dispensados e
você já deve partir para a próxima fase do estudo: aprender e fixar os detalhes, associando informações
sem perder de vista o todo a elas relacionado.

Para fixar estas informações, você deve resumir os assuntos e lançar mão dos materiais mais objetivos
possíveis. Deixar de utilizar aulas e livros sobre assuntos que você já entende permite que você aproveite
melhor o tempo. E os temas que você ainda não entende?

Diante deles, realmente é necessário assistir aulas e ler materiais mais prolixos. Depois disso, não vale a
pena voltar ao material. Porém, é necessário revisar. A literatura científica é uníssona ao afirmar que
ninguém consegue aprender grande carga de conteúdo sem revisar.

Um obstáculo claro nesse caminho de melhor aproveitamento daquilo que foi estudado é a falta de
esclarecimento. Vemos concurseiros perdidos, cursos que apenas disponibilizam sem critério e
aleatoriamente os materiais para os seus alunos.

Mas por onde começar? O que estudar a cada dia? De que forma devo estudar? Grifando as partes
importantes ou resumindo? Posso responder questões de outros concursos? Quais?
As perguntas ficam no ar. A insegurança trazida por elas gera ansiedade e preocupação: será que estou no
caminho certo? O que você faz: apela para fontes suspeitas. Concurseiros e concursados dão mil
conselhos. Mas será que existe um embasamento confiável em suas opiniões? Será que aquilo que
funciona com ele, funciona comigo?
O Facebook e Instagram servem como verdadeiros divãs. Ali, todos dão conselhos e ensinam como
estudar. Obviamente, é importante compartilhar experiências, mas é igualmente necessário buscar
métodos realmente confiáveis. Este livro existe para isto. Ele é fruto de pesquisas científicas e consultas
aos concurseiros. Apresentamos caminhos seguros para uma preparação verdadeiramente eficiente, na
qual você pratica o que há de mais atual na neurociência.
Está claro que a falta de orientação é a
causadora das dificuldades que acometem os
estudantes. Constatamos isto quando ouvimos
centenas de concurseiros e apenas 60% deles
consideram que é tão importante entender a
informação que leem quanto memorizá-la.
Ora, este é um tópico básico, que mais
concurseiros ainda deveriam saber. É lição
primária da neuropsicologia, que poderia
melhorar muito a eficiência dos estudos.

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Mais grave ainda é a constatação posterior: desses 60%, a esmagadora maioria não sabe como realmente
fixar aquela grande quantidade de conteúdo que já entenderam. É necessário modificar paradigmas e
entender que o concurso privilegia quem lembra os detalhes, não quem só entende.

Ademais, muitos concurseiros ouvidos por nós sentem falta de um método científico que indique o dia
para revisar. Erram ao tentar produzir um estudo interdisciplinar sem intercalar matérias. Ouvimos

técnicas como estudar durante três dias uma matéria e três dias outra, esquecendo que os assuntos
deixados para trás serão naturalmente esquecidos caso não haja o uso frequente daquelas informações.

Há relatos de estudantes crentes de que grifar o material com caneta azul ajuda a memorizar mais. É outro
erro cometido, pois não há evidências científicas de que a marcação azul potencializa o aprendizado.
Técnicas mnemônicas são amplamente utilizadas, porém, falham quando existe qualquer variação na
forma de cobrar da prova. Sobre as técnicas mnemônicas, discutiremos mais sobre elas no item 2.3 do
capítulo 4.

Alguns tentam responder as mesmas questões de prova várias vezes para fixar as informações nelas
contidas. O problema é que algumas delas já estão consolidadas na memória. Portanto, a repetição é útil
apenas para as questões que você apresenta dificuldades. Outras podem ser dispensadas. Enquanto você
não as dispensar, o que existirá é uma perda de tempo.

Ouvimos alguns relatarem um método chamado pirâmide. Nele, os concurseiros estabelecem alguns
artigos de lei para cada dia e depois os relêem. Em outra técnica, tentava-se reler o conteúdo 2 dias depois
do primeiro contato. Depois de uma semana, aconteceria mais uma revisão, seguida de outra, quando
decorridos quinze dias. Toda a revisão aconteceria mediante palavras chave. O problema destes métodos é
que não levam em consideração o quão difícil ou fácil é para o concurseiro aquele tema. Se ele é difícil
para você, segundo a sua consideração eminentemente pessoal, deve ser revisto em um prazo mais curto
do que aquele outro tema avaliado como mais fácil.

É imperioso compreender que, se cada pessoa é diferente da outra, elas também não aprendem no
mesmo ritmo e da mesma forma. Por isso que esses métodos de revisão estão equivocados, eles
apresentam prazos engessados, padrões que devem ser aplicados a todos, sem observância das
individualidades.

Aqueles que não se adéquam a este planejamento padronizado não conseguem manter uma
habitualidade. Os métodos exigem um período de tempo longo e sem adequação às características
pessoais. Resultado: Muitos relatam ansiedade à medida que o tempo passa. Acabam indisciplinados e não
cumprem as metas.


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Vários estudantes explicam que não sabem como


revisar, terminam esquecendo aquilo que
estudaram. Não sabem o que deve revisar em
cada momento, perdem tempo revendo temas
que não precisam revisar e deixam de revisar
tópicos que deveriam dedicar grande atenção.
Para evitar estes erros e lhe proporcionar estudos
realmente produtivos, apresentamos inúmeras
informações, baseadas em pesquisas
neurocientíficas, que mostrarão o que é útil e o
que só atrapalha o seu estudo.

Não é justo que você continue vivenciando essa realidade complicada. Os relatos de ansiedade e
frustração entre concurseiros são frequentes. A pressão social pelo êxito é grande, as bancas complicam os
assuntos com as famosas “pegadinhas” e, em alguns momentos, até certos artifícios desleais.

Não podemos aceitar que você enfrente desafios deste tamanho sozinho. Em razão disso, trouxemos um
passo a passo e dicas valiosas a seguir. As coloque em prática e supere os obstáculos do caminho.

“Toda pedra do caminho, você pode retirar...”

Roberto Carlos e Erasmo Carlos – É preciso saber viver.

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3 – TRANSFORMANDO O ESTUDO. APRENDA A ENFRENTAR OS DESAFIOS DO CONCURSEIRO

O nosso objetivo neste livro é lhe ensinar as formas mais eficazes e cientificamente testadas para
empreender no estudo, assim como para planejar sua vida num momento muito especifico: a preparação
necessária para conquistar o seu cargo publico.

O que é estudar na realidade?

A principal tarefa do concurseiro é estudar, então o objetivo, logicamente, será produzir um estudo eficaz
e, o mais importante, individualizado. Como é isto feito? Precisamos entender melhor o que significa
“estudar” para assim criar uma boa estratégia... vamos lá!

O estudo está dividido em duas grandes áreas relacionadas: entender o que se estuda e memorizar aquilo
que foi entendido:

O problema é que muitas pessoas e até alguns “cursinhos” não entendem esta fórmula por diversos
motivos. As pessoas pensam que entender o material é suficiente, fazendo com que professores busquem
criar conteúdos excelentes em forma de livros, aulas ou apostilas e os alunos se dediquem a entender esta
matéria de forma aprofundada.

Qual é o problema deste enfoque? Ele leva em consideração apenas a metade do que significa estudar,
principalmente porque esta é a visão tradicional do assunto, mas também porque não conhecem
realmente como potencializar a memorização. É fundamental entender a informação que estudamos, mas,
se depois vamos enfrentar uma prova que devemos passar, torna-se necessário lembrar os detalhes
cobrados por ela.

Outro grupo de pessoas pensa que estamos diante de coisas isoladas e que é possível passar numa prova
memorizando a matéria sem entendê-la previamente. Isto é simplesmente falso e por isto enfatizamos: “é
preciso memorizar aquilo que foi entendido”.

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Os estudos na ciência cognitiva


apresentados no livro da professora
Daniels no ano de 2015, mostram
claramente como, se queremos
memorizar uma informação a longo prazo,
devemos compreendê-la previamente,
caso contrário a fixação na memória será
muito menor. Quando entendemos
verdadeiramente uma determinada
informação, ela fica associada a muitas
outras memórias que vão facilitar a
recuperação quando for preciso. Isto é, a
memória associativa.

Então, neste ponto sabemos que devemos entender o que estudamos, mas também precisaremos de um
método eficaz para memorizá-lo ao longo do tempo. Por que? É simples. Há matérias que você estudou
muitos meses antes da prova que você quer lembrar quando chegar o dia dela. Não adianta lembrar
somente durante poucas semanas que sucedem o estudo.

Para isto, você precisará métodos eficazes que não consuma muito tempo. Ensinaremos isto nos próximos
capítulos.

Planejamento do estudo

Agora, para entender e memorizar as matérias do seu concurso, você precisa seguir um caminho. Em todos
os dias de estudo, você precisará saber que matéria estudar e a ordem delas, em função das suas
necessidades. Para elaborar um planejamento efetivo, as revisões também devem estar previstas, levando
em consideração as suas dificuldades. Você precisará de um cronograma adaptado a você, não qualquer
um. Isto vai lhe transmitir a segurança de estar
sempre no caminho certo. Se já é difícil estudar cada
dia, será ainda mais se você não sabe se aquilo que
você faz é realmente o mais apropriado para você.
Cronograma individualizado é aquele no qual você
encontra um caminho a ser percorrido com as
diferentes metas a serem atingidas. É muito
importante levar em consideração a realização de
simulados, provas de áreas específicas ou provas de
anos anteriores, assim você poderá analisar a sua
evolução.

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O momento ideal para se submeter às provas é após dois meses do início do estudo. Pode acontecer que
nos primeiros simulados você não perceba uma grande melhoria de desempenho, mas não fique
preocupado, isto é perfeitamente normal.

A realização de simulados é, de fato, uma das melhores formas de estudar (sim, de estudar), pois serve
tanto para saber quais são as áreas onde você tem mais dificuldade quanto para verificar e aprender
detalhes que você pensava que tinha aprendido, mas não fixou na realmente.

Normalmente estudamos genericamente e é muito difícil saber se lembramos corretamente dos conceitos
específicos dentro de cada matéria. Mas são justamente estes conceitos específicos que depois serão
cobrados no seu concurso!

O ideal é que cada um crie uma planilha com todos os temas que planeja estudar e comece pelas matérias
mais importantes do seu concurso. Planejar é distribuir os temas que você prevê estudar a cada dia,
levando em consideração que isto vai lhe exigir ter um ritmo alto.

Mesmo que a planificação seja estimativa,


devemos tentar cumpri-la, pois o acúmulo na
véspera não é saudável para a prova. Seu único
efeito é o aumento da ansiedade e do medo,
gerando uma natural diminuição do
rendimento.

Por último, é fundamental destacar que a


importância de um cronograma não
corresponde a objetivos mais ou menos
ambiciosos em relação ao tempo necessário
para terminar todo o material. Sua importância
reside em ser um planejamento factível, que
possa ser cumprido, caso contrário, não
organizará o estudo e ainda poderá gerar sentimentos de culpa e insegurança.

Você deve lembrar que não é possível manter a atenção durante horas em uma mesma tarefa. A cada hora
e meia ou duas horas de estudo, aproximadamente, realize pequenos descansos (não superiores a 10
minutos).

Dedique pelo menos um dia ou, na reta final, meio dia para descansar completamente. Se você está muito
tenso, pratique alguma técnica de relaxamento nos momentos de descanso. Além disso, não esqueça da
sua vida pessoal, pois pode repercutir negativamente no seu estado psicológico o que, no final, lhe levará a
enfrentar uma excessiva tensão no estudo.

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Começando a estudar...

Escolha um lugar de estudo e o organize. É muito


importante que você estude em um lugar
tranquilo e, se possível, sempre no mesmo, para
evitar perder tempo procurando um local
adequado cada vez que for estudar. Lembre-se
que o estudo demanda constantes consultas aos
livros e apostilas que você está utilizando. É
importante que você os tenha por perto para
evitar perder a concentração.

Considerando que a quantidade de matérias que


você vai estudar é muito ampla, o ritmo de
estudo precisará ser também elevado. Porém, é impossível estabelecer uma estratégia comum para todos
os concurseiros, porque o ritmo vai depender de diferentes fatores, como os conhecimentos prévios, a
dedicação que cada um pode alocar ao estudo e o estilo de aprendizado.

Como recomendação geral, considere:

1) A quantidade de temas que você tem que estudar.


2) O nível que você tem em cada uma das matérias.
3) O tempo REAL que você poderá dedicar semanalmente tanto nas revisões quanto no estudo e
lembre-se de criar o seu próprio programa de estudos, buscando deixar duas semanas livres
antes da prova.

Estes e outros fatores são considerados no método Smartyze para organizar e planejar o seu estudo e
serão explicados no capitulo 5. As horas de estudo vão depender muito das circunstancias pessoais de cada
concurseiro, por este motivo, é fundamental não esquecer que se tratam de provas muito amplas, com
muito conteúdo e a pressa no último momento não é adequada. Você está se preparando para um
concurso, isto significa que será necessário dedicar uma parte importante do seu tempo.

É possível que, dependendo da época, você possa estudar mais ou menos horas, mas novamente, a
recomendação é a planificação prévia flexível para evitar perdas de tempo e maratonas que só vão lhe
trazer uma maior ansiedade. Em relação ao número concreto de horas para estudar, é impossível
determinar um número exato porque só você sabe o tempo real disponível e o quanto pode dedicar ao
estudo. Aqui a chave não é “quanto mais, melhor”, o importante é poder otimizar cada minuto do seu
estudo, por este motivo criamos o método Smartyze.

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Com este método procuramos criar um estudo otimizado com os últimos avanços da ciência cognitiva.
Como um adiantamento ao que será explicado no capítulo 5, no nosso método, você possui um
cronograma personalizado com todas as matérias do seu concurso e com todo o material delas já pronto
para você, através dele, só estudar o que realmente precisa, justamente no dia certo. Você pode
acompanhar a evolução em cada tema ou em cada matéria e receberá avisos para revisar apenas aquilo
que você apresenta mais dificuldade. Tudo isto é fornecido automaticamente por nosso aplicativo.

Quando você tiver o primeiro contato com as matérias, o importante é que possa estudá-las de maneira
aprofundada. Neste primeiro momento, é difícil entender e lembrar de tudo o que você estudou, como
demonstra o estudo dos professores Karpicke e Roediger (2007).

Por isso, o seu foco deve ser iniciado nos conceitos básicos, naquelas acepções fundamentais e,
posteriormente, quando você tiver um bom domínio sobre eles, poderá ir agregando conteúdos mais
específicos. Nesta tarefa, trabalhar com esquemas é muito útil, porque vai lhe permitir diferenciar e
esclarecer os temas básicos e os específicos. Os esquemas vão lhe ajudar a ter uma imagem panorâmica
das diferentes matérias e guiarão as suas revisões.

Se você assiste aulas presenciais ou


vídeos-aula recomendamos que
você leia o material
antecipadamente para aproveitá-
las melhor e que pense em todas
as dúvidas para consultar aos
professores. Depois de uma
primeira leitura, tente responder
as questões de provas anteriores,
assim você ficará mais
familiarizado com elas.

Há um ponto muito importante e


comum entre os concurseiros:
deixam para o último momento
aquelas matérias que não gostam ou que consideram mais complicadas. Quanto menos conhecimentos
você tiver sobre uma matéria, mais complicado será para aprendê-la e mais revisões deverão acontecer.

Aproveite os diferentes meios existentes para tirar suas dúvidas. Nossa recomendação é estudar no
mesmo dia uma matéria que você goste e se sinta seguro e outra que você não goste tanto. Desta forma
você compensará a motivação e o esforço.

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Um concurso é uma clara situação de competitividade, mas isto não significa que você deve ficar obcecado
com isto e pensar que seus companheiros de estudo são inimigos. Isto apenas vai criar uma situação de
mal-estar e tensão que não lhe ajudará no estudo. Manter-se relaxado e compartilhar materiais ou dúvidas
será muito mais positivo para a sua preparação. Lembre-se que os melhores atletas se cumprimentam
antes e depois de cada competição!

No capítulo 5 você descobrirá a nossa solução, que reúne tudo isso em um só aplicativo, adaptado às suas
necessidades. Porém, queremos que você conheça os nossos princípios para que você também possa criar
o seu próprio caminho.

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4 – RESOLVER QUESTÕES? ELABORAR RESUMOS? O QUE ESTÁ CERTO? O QUE ESTÁ ERRADO?

1 – Passo a passo

Aquilo que fomos ensinados a fazer na escola não é estudar. A escola tradicional vê o “aluno” segundo a
origem desta mesma palavra. ‘A’ corresponde a “ausente ou sem” e ‘luno’, que deriva da palavra ‘lumni’,
significa “luz”. Isto é, um ser provido de luz chamado professor deposita a sua luz em um ser desprovido
dela, aluno. São as nossas heranças da escolástica, metodologia trazida pelos portugueses.

O aluno não é desprovido de luz, ele tem a sua bagagem de aprendizado e experiência que o ajudam no
entendimento de novos conceitos. O professor não possui toda a luz, ele também aprende com o aluno.
Sei que pode parecer abstrato demais, porém, é fundamental que você compreenda isto para desconstruir
a postura que a escola lhe induziu a adotar durante anos e desenvolver uma prática mais favorável ao
aprendizado.

Visando criar uma prática melhor, o especialista em desenvolvimento da autonomia no aprendizado, Fábio
Ribeiro Mendes criou o roteiro das oficinas de estudo. Cuida-se de um passo a passo a ser seguido pelo
estudante. É este passo a passo que vamos ensinar a você, concurseiro, de forma prática e aplicada às suas
necessidades. Vejamos a técnica:

1.1 Leitura inicial

Este passo consiste na primeira leitura. Esta primeira leitura irá fornecer uma noção rápida e superficial do
tema proposto. Importante atentar para as noções gerais, princípios básicos tratados e abordagem
histórica apresentada com o fito de entender a lógica do assunto. Deve-se evitar a ansiedade de já fixar os
detalhes, as exceções e informações específicas. Estes aspectos exigem maior atenção, bem como
repetição que será adquirida nos passos seguintes.

1.2 Grifo sob os trechos mais importantes do texto

Trata-se do segundo passo. A prática de marcar as partes mais importantes apresenta eficácia no estudo.
Entretanto, advertimos que a marcação deve acontecer de acordo com aquilo que é fundamental em cada
matéria, as ideias principais, mas você também deve marcar aquilo que foi mais cobrado nos certames
anteriores.

Pesquisadores ensinam que o grifo por si só não é ruim. O problema é que a maioria dos estudantes não
tem familiaridade suficiente com o conteúdo para identificar aquilo que apresenta-se como realmente
importante. Por isso, é indispensável estudar enquanto são resolvidas as questões, assim você saberá o
que é relevante para ser marcado.

Estamos diante de um método realmente eficaz. Se você não souber discriminar o que há de fundamental
para o seu certame, correrá o risco de marcar quase toda a apostila ou livro, resultado: um excesso que
obsta a capacidade de lembrar a imensidão grifada.

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1.3 Resumo com as informações mais relevantes

Depois da marcação, você já é capaz de resumir porque sabe o que há de mais importante. O resumo é útil
para o aprendizado e a facilitação da consulta posterior ao mesmo tema.

Entretanto, não basta copiar as partes mais importantes nas palavras do autor, isto é pouco eficaz para
quem quer guardar na memória os dados
fornecidos pelo material de estudo.

Você deve resumir cada parágrafo de conteúdo


importante e daquele cobrado em provas
anteriores em frases e/ou perguntas. Uma opção
é que você crie flashcards, para isto, as frases
devem apresentar informações importantes
suprimidas para que você se obrigue a lembrar.
As perguntas devem lhe provocar a lembrar suas
respostas frequentemente. No capítulo 5
falaremos detalhadamente acerca dos flashcards
e das razões para eles serem amplamente
utilizados no mundo dos estudos.

Os resumos também podem ser extremamente úteis para facilitar a leitura, especialmente quando você
quiser consultar material originalmente extenso, como um livro. Assim, não perderá tempo procurando as
partes importantes.

Esse é o objetivo do resumo, o problema é que muitos subvertem esta função e o utilizam como método
de aprendizado. Trata-se de um meio para leituras dinâmicas, não um fim em si mesmo na busca pelo
aprendizado.

Em geral, resumos consistem no reescrever apenas as partes mais relevantes do texto. Porém, os cientistas
atestaram: o problema do resumo é que nem sempre a interpretação foi adequada e o estudante pode,
simplesmente, estar reescrevendo o texto apenas com outras palavras.

A isso, adicionamos o fato de que esta metodologia consome demasiado tempo e energia. No fim das
contas, se você pretende aprender resumindo, estará fixando pouca coisa na memória e gastando seu
precioso tempo, que poderia estar alocado em técnicas mais potentes.

1.4 Exercícios

O quarto e último passo é a prática de exercícios. Eles são importantes para testar o seu conhecimento e
lhe obrigar a lembrar informações muito cobradas nos certames anteriores. No próximo capítulo, nos
aprofundaremos sobre isto.

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Lembrando que eles não são


compostos apenas das questões de
provas anteriores. O método de
exercícios ensinado no item
5 também é extremamente útil ao
aprendizado, aliás, podemos dizer
que é ainda mais eficiente do que
as provas de anos anteriores.

2.1 Técnicas mnemônicas

Os psicólogos norte-americanos John Dunlosky, Katherine A. Rawson, Elizabeth J. Marsh, Mitchell J.


Nathan, Daniel T. Willingham apontam técnicas mnemônicas como algo que “não serve para todo tipo de
informação”. São muito úteis em alguns casos, como nas listas de palavras com informações isoladas, que,
como explicávamos anteriormente, são difíceis de lembrar. A utilidade reside no fato de você conseguir
agrupar palavras sem relação aparente, as relacionando com uma palavra conhecida, uma ideia chamativa
ou uma palavra de melodia particular. Desta forma, você lembra em primeiro lugar do mnemônico e isto
lhe permite lembrar do conjunto de características associadas a ele mediante memória associativa. Porém,
há deficiências neste método. Eles verificaram que a associação de palavras-chave a um conteúdo
específico não é interessante para consolidar a fixação de qualquer tipo de informação.

Esta precariedade do método é atribuída ao fato de nem todos os conceitos comportarem a sua
transformação em palavras-chave, bem como à sua impropriedade para gerar aprendizado de longo prazo.
Se você não conhece os mnemônicos e precisa visualiza-los, podemos
apresentar este exemplo bem comum no Direito:

Os fundamentos da república federativa do Brasil:

Mnemônico: CON-GA-ERRA-PRO

I – CONstruir uma sociedade livre, justa e solidária; II – GArantir o


desenvolvimento nacional; III – ERRAdicar a pobreza e
a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV –
PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,

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cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

2.2. A técnica indicada pelos neurocientistas é mais eficaz e até mais barata

As pesquisas recomendam a substituição das metodologias tradicionais pela diária prática de responder a
perguntas e desafios. Quando você é desafiado a lembrar, e não simplesmente recebe o conteúdo pronto
em aula ou livro, atua como protagonista do estudo, não existe a comodidade de receber a informação
pronta. Você precisará lembrar delas, não há outra saída.

Por isso, é bom se debruçar sobre questões de prova e simulados que, sendo respondidos diariamente,
potencializam o aprendizado. Esta prática de ser desafiado é tão relevante que pode tornar-se a sua
principal fonte de estudo, não deixando de lado os livros, as aulas e apostilas, mas os vendo como
complementares. O papel dos livros, aulas e apostilas é importante precipuamente no primeiro contato
com a matéria. Depois, passam a ser auxiliares.

Psicólogos explicam que a qualidade do uso das questões reside exatamente na variedade de formatações
possíveis: podem ser questões dissertativas, associações entre lacunas, múltipla escolha e “verdadeiro ou
falso”.

Para ampliar o efeito do método eles preceituam: é necessário responder ao máximo possível de questões
e repeti-las, em um prazo menor caso sejam mais difíceis e maior quando forem mais fáceis.

3 – Como potencializar a memória

O livro Consigue una Memoria de Elefante de dois


finalistas do campeonato mundial de memória ensina
técnicas para potencializar a memória. Trouxemos quatro
conselhos deles.

Os quatro conselhos seguem um mesmo princípio: o seu


cérebro tem de compreender que aquela informação é
importante, caso contrário ele a descartará. É a lei de uso
e desuso. Os autores ensinam como informar ao cérebro
que os assuntos estudados são importantes mediante
estratégias de ampliação, intensificação e potencialização
que chamem a atenção e marquem a sua memória. Os conselhos são os seguintes:

3.1. Absurdo – Para potencializar o armazenamento do que você está estudando, é fundamental
contextualizar as informações em cenas absurdas e extravagantes. Se as informações estiverem em um
contexto chato e monótono, poucas serão as chances de fazer com que elas chamem a sua atenção, o que
tornará mais fácil o esquecimento. A atratividade da informação aumenta muito a chance de memorizar.
Isso explica porque você aprende melhor as matérias que lhe atraem maior atenção.

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3.2.Substituir – É relevante substituir todo o dado que for difícil de visualizar. Ou seja, você deve lançar
mão de metáforas, substituir informações abstratas por concretas, que sejam análogas. Por exemplo, se
não for possível visualizar a palavra felicidade, você pode substituí-la por um confete gigante.

3.3. Movimento – Convém conceder movimento às cenas que contextualizam, para conseguir imagens
mais vivas e fortes. Isto potencializará a recordação.

3.4. Exagerar – Deve-se exagerar ao máximo a informação que será guardada. Tornar a imagem dela
grande, com traços marcantes e intensos possibilitará o registro vivo na memória.

4 – A técnica do palácio da
memória

Cuida-se de método considerado


ideal para memorizar listas de
informações, de acordo uma
pesquisa realizada em 2017 na
Universidade de Radboud,
Holanda, por Martin Dresler,
Martin Dresler, Martin Dresler,
William R. Shirer, Boris N. Konrad,
Nils C.J. Müller . A metodologia
consiste em simular uma
caminhada imaginária por um lugar
conhecido. Neste lugar, você verá,
durante toda a jornada, coisas, pessoas, ações, enfim, elementos que representarão dados importantes
para o seu concurso. Isso fortalecerá as lembranças, fornecendo informações inter-relacionadas.

4.1 Como aplicar a técnica ao seu estudo

O primeiro passo da aplicação é pensar em um local que lhe seja familiar, como a sua casa. O lugar deve
ser percorrido mentalmente e você deve selecionar os lugares onde serão colocados objetos associados ao
que você deseja lembrar.

A visualização dos objetos tem de ser clarividente e deve ocorrer sempre na mesma ordem. Isto é, a
primeira informação sempre deve ser estar associada ao primeiro objeto que aparece e assim
sucessivamente.

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4.2 Exemplo para compreender melhor

Vamos lançar como exemplo o artigo 6º da Constituição Federal, dispositivo constitucional


frequentemente cobrado nas provas. Constitui tema de Direito Constitucional: Direitos Sociais. É apenas
um exemplo, você poderá aplicar esta mesma técnica em outros assuntos e/ou matérias.

Vejamos o que preceitua o supracitado artigo:

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados”

Imagine que você deseja lembrar os direitos sociais. Portanto, você quer recordar a seguinte lista:
educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social,
proteção à maternidade, proteção à infância e assistência aos desamparados. É essencial fazer o seguinte:

-Educação: Você entra na sua casa e, na porta, visualiza uma criança recebendo aula particular.

-Saúde: Entra no banheiro e encontra alguém com aspecto de doente tomando uma pílula.

-Alimentação: Entra na sala de jantar e encontra a sua mãe comendo um pão.

-Moradia: Vai ao quintal e vê o seu cachorro em sua casinha.

-Transporte: Chega na garagem e vê o seu carro.

-Lazer: Vai à área externa e observa a piscina.

-Segurança: Chega ao seu quarto e encontra o seu pai com semblante tranquilo, com um policial ao lado.

-Previdência social: Chega à cozinha e encontra a sua avó guardando as suas economias em um cofrinho.

-Proteção à maternidade: Ao entrar na sala de Tv, depara-se com a sua irmã, grávida, tranquila e
acompanhada de um policial.

-Proteção à infância: Você vê o seu filho em seu quarto tranquilo e acompanhado por um policial.

-Assistência aos desamparados: Vai ao jardim e vê um padre dando um pão a um morador de rua.

Esta ordem deve ser seguida. Treine e experimente lembrar a lista supramencionada e as demais que serão
cobradas no seu concurso. Pronto, agora você conhece o segredo de muitas super-memórias, as aproveite
em seu favor.

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5 – Qual é a melhor forma de revisar?

5.1 – Não existe estudo sem revisão

Como dissemos anteriormente, estudar é entender + memorizar. O entendimento permite a compreensão


lógica dos princípios gerais e possibilita uma visão geral e associada de informações. Quem entende um
assunto tem a possibilidade de interpretá-lo e deduzir outros dados.
Esta etapa do estudo exerce importante papel nas questões discursivas. Você saberá, através dele, a
contextualização histórica e atual do tema discorrendo sobre as noções genéricas que lhe ajudarão a
conhecer as informações específicas.

Os melhores caminhos para entender são as aulas, livros e apostilas. Porém, eles são úteis somente nesta
fase do estudo: entendimento. Neles, a revisão é negligenciada, dão orientações precárias para este
aspecto. O problema é que muitos concurseiros perdem tempo assistindo longas aulas e lendo extensos
livros, vendo aquilo que já entendem. A própria graduação, muitas vezes, se encarrega de cuidar de
entendimento amplo sobre vários assuntos.
Sendo assim, muitos desperdiçam centenas de
horas de estudo em assuntos que não precisariam
estar estudando. Se você os identifica, poderá
dedicar estas horas às técnicas mais produtivas. Aí
vai a primeira dica: Não estude por vídeos aula ou
livros aqueles assuntos que você já entende. Se
ainda não entende a lógica, a conjuntura histórica
ou os princípios gerais, utilize estes métodos
tradicionais. A grande questão é: não basta
entender, as provas cobram informações isoladas
e específicas. Você saberá como aprendê-las a
seguir.

5.2 – A importância de revisar constantemente

Para realmente aprender conteúdos, os fixando de modo inter-relacionado, você necessita revisar
constantemente. Os dados precisam ser revistos sempre e de um modo que desafie a sua memória à
lembrar.
Cumpre salientar que não apresentamos um método mecanicista para simplesmente inserir dados na sua
memória. Não existe fórmula mágica para depositar informações em mentes. As técnicas que oferecemos,
especialmente aquela que descrevemos mais detalhadamente no capítulo 5, fortalecem o aprendizado
justamente através da associação nos momentos-chave de cada pessoa.
A revisão espaçada, mais especificamente, proporciona ao aluno o repetido enfrentamento das
informações e o obriga a extrair e elaborar esta informação a cada revisão. Assim, ele relaciona o tema
com outros vistos anteriormente e fixa muito mais. Por exemplo, não basta reler frequentemente as
informações específicas e isoladas (como prazos, cargos e atribuições). É necessário escondê-las de modo
proposital. Tentar lembrá-las e somente ver o gabarito depois. Fazer isto repetidas vezes para realmente
fixar.

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O mais próximo que os métodos tradicionais chegam disto são os exercícios com questões de prova. Tal
ocorrência se deve ao fato de que as provas também são desafios ao seu cérebro. Mas isto não é
suficiente. Neste aspecto, o trabalho dos cursos e professores está sendo limitado. Prescrever questões
tem sua relevância, contudo, elas precisariam ser revistas para que dados nelas contidos sejam
aprendidos. O que, quando e como revisá-los é o que vamos estudar adiante.

5.3 – O que revisar?

A informação a ser revisada deve ser


objetiva e clara. Nada prolixo ou
subjetivo. Deixe a subjetividade na
primeira fase (entendimento). Isto é
especialmente útil quando você tem que
aprender aqueles prazos, cargos,
instituições, competências, atribuições e
outros aspectos eminentemente
denotativos.

Apenas um exemplo para ficar mais


claro: O Supremo Tribunal Federal é
composto por 11 ministros. Sendo esta
uma importante informação para o seu
concurso, que lógica existe entre o seu
conhecimento de mundo e a quantidade de ministros? Provavelmente não faria grande diferença se a
quantidade fosse 9 ou 13. Mas são 11. Como lembrar esta e mais centenas de outras informações
desprovidas de lógica? O segredo está em revisar frequentemente a seguinte afirmativa:

O STF é composto por – ministros.

Você deve tentar completar o trecho onde está o traço. Deve tentar lembrar esta informação. Depois, verá
a resposta:

O STF é composto por 11 ministros.

Ao ver a resposta, avaliará o quanto foi difícil lembrar a informação. Quanto mais difícil, menor deve ser o
prazo para revisar.

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5.4 – Quando revisar?

O dia de revisar vai ser estabelecido consoante a


dificuldade, como dissemos acima. Por exemplo, na
primeira vez que você estuda uma informação, se
foi muito difícil de ser lembrada, ela deve ser
revista no mesmo dia. Sendo difícil, deve ocorrer
no dia seguinte. Havendo facilidade na recordação,
a revisão deverá ocorrer quatro dias depois. Os
prazos não foram definidos por acaso. A
neurociência identifica estas datas como o dia que
antecede o seu esquecimento. Assim, você não
estudará temas bem consolidados na memória
nem deixará para estudar depois que já esqueceu.

O aprendizado será potencializado, você só estudará no dia necessário e aproveitará melhor o tempo.
Como isso será possível? Você encontrará a resposta no capítulo 5, no qual explicamos melhor o
funcionamento de toda esta metodologia.

5.5 – Como revisar?

Ao longo do tempo de aplicação deste método, os intervalos entre as revisões tornam-se cada vez maiores
porque a fixação fica mais intensa e o dia de esquecimento, consequentemente, fica mais distante. Jamais
esqueça que não basta ler, mas especialmente ser desafiado constantemente e repetidas vezes a lembrar
as palavras chaves cobradas nos concursos.

A nossa plataforma auxilia nestas revisões. Ela apresenta o tema que deve ser revisado no dia
precisamente definido para que não haja esquecimento. Os temas são recebidos por você por e-mail. Ou
seja, você só precisa estudar, o planejamento fica sob a nossa responsabilidade. No capítulo 5 nós
aprofundaremos esse assunto.

6. Mapas conceituais: excelente forma de aprender. Sabia como criá-los.

O início do estudo, envolvendo a organização das novas informações e a busca pela fixação efetiva do
conteúdo, é difícil, porém, essencial para o aprendizado de longo prazo.

Pesquisas demonstram que, em curto prazo, estudos desafiantes apresentam desempenhos piores do que
aqueles resultantes de métodos cômodos e passivos. Contudo, em longo prazo, aqueles estudantes que se
submetem a maiores desafios atingem desempenho consistentemente superior. Vale lembrar que esta
lição é essencial para você, concurseiro. O seu estudo apresenta objetivos de longo prazo e, por isso, deve
estar cercado de desafios, deixando de lado o lugar comum do leitor e espectador passivo.

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Os estudos ativos e desafiantes criam mais caminhos para alcançar as informações, o que fornece maior
possibilidade de relembrar aquilo que foi estudado.

Exemplos de modos ativos de estudo:

a) Responder a questionários, que podem ser criados por você mesmo para se testar frequentemente
e conferir se está realmente aprendendo.

b) Elaborar os seus próprios materiais de estudo, de uma forma criativa e ativa. Discutir os assuntos
com outras pessoas e criar enigmas para lembrar daquilo que estudou são formas extremamente
eficazes para fixar.

c) Permita-se enfrentar dúvidas e assuntos difíceis. Temas complicados possibilitam que os


estudantes encontrem suas soluções através da frustração inicial que eles causam. Ao criar esta
capacidade de resolver autonomamente as dificuldades, o concurseiro consegue desenvolver um
aprendizado muito mais profundo.

Outra sugestão de estudo ativo é a criação de


mapas conceituais. Nós vamos dedicar mais
atenção a eles agora, em razão da sua enorme
importância.

Para que haja o agrupamento de matérias afins,


aconselhamos a construção de mapas conceituais.
Eles são diagramas indicadores de relações entre
conceitos, ou palavras-chave (aquelas que,
bastando a sua simples leitura, já identificamos
toda uma teoria ou conceito).

A ideia dos mapas conceituais surgiu na década


de 1990 e permite um aprendizado conjuntural
dos temas. São organizados em conceitos globais
sendo desdobrados em conceitos neles incluídos.

Inicialmente, foram idealizados para melhorar o aprendizado nas ciências, porém, atualmente são
utilizados também com o objetivo de criar gráficos organizadores que ilustram relações entre ideias,
imagens ou palavras.

Esta concepção de estudo proporciona pontes entre diferentes ideias que, a princípio, nós não sabíamos
que estavam conectadas. A literatura científica é pacífica ao enxergar tal método como capaz de
desenvolver pensamento lógico, motivação, atenção e compreensão.

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Muitos estudantes já ouviram falar de mapas de diferentes espécies. No entanto, é necessário deixar claro
que estamos nos referindo ao mapa conceitual. Ele é diferente, por exemplo, dos mapas mentais. Estes
focam nos subtópicos enquanto aqueles conectam múltiplas ideias.

Um bom mapa conceitual é capaz de resumir mais de cem páginas de um livro, transmitir toda a ideia que
importa e promover uma visão inter-relacionada do assunto estudado. Ou seja, funciona como um
instrumento de síntese, ao mesmo tempo que organiza os assuntos, potencializa o aprendizado e permite
que você tenha um material objetivo para os momentos de revisão.

Devemos salientar também que os mapas conceituais podem servir para planejar tarefas, bem como para
auto avaliações. Nelas, é possível tentar criar mapas conceituais sem consultar o material e conferir se está
aprendendo e em quais pontos você enfrenta maiores dificuldades.

Na elaboração, deve-se colocar o principal conceito em destaque, no alto ou no centro. Conceitos mais
amplos devem ficar mais próximos do principal.

As demais ideias, chamadas de conceitos-chave da leitura, devem ficar mais distantes do conceito
principal. Conceitos-chave são aqueles dados específicos e detalhados que serão objeto de cobrança da
sua prova. Entre os conceitos relacionados, é necessário traçar uma linha para deixar clara a analogia
existente.

Exemplo:


Agora basta colocar em prática para aprender mais, mãos à obra.

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5 – O MÉTODO SMARTYZE: TÉCNICAS CIENTIFICAMENTE PROVADAS PARA ORGANIZAR O SEU ESTUDO


DIÁRIO

Lembra daqueles filmes nos quais o protagonista tomava um remédio e instantaneamente aumentava sua
inteligência de forma milagrosa? Mesmo que ainda não tenhamos uma solução mágica, a realidade é que
durante as últimas décadas estão sendo aplicados importantes avanços da neurociência no mundo do
estudo.

Isto é o que evidencia uma pesquisa recente do professor Paul Church da Universidade de Medicina de
Harvard, na qual, utilizando um novo método de estudo baseado na revisão espaçada, desempenho de
estudantes melhorou mais de 50%, até 75% em alguns casos.

Quando a nossa equipe idealizou o Smartyze, sabíamos de uma coisa: queríamos oferecer o melhor
método de estudo já apresentado no Brasil. Porém, fazer isto não era simples. Enfrentávamos diversos
desafios e, em resumo, nossa pergunta era a seguinte: Como podemos criar um método de preparação
para concurso que apresente a cada pessoa unicamente aquilo que realmente é fundamental para ela?
Buscávamos um método que oferecesse os melhores resultados e demandasse o menor esforço possível
dos concurseiros, sempre tendo como base os avanços científicos mais modernos.

O nosso primeiro passo foi a busca por compreender quais eram os problemas e necessidades da maioria
dos concurseiros para criar um sistema adaptado a eles.

Sabemos que um dos maiores desafios dos concurseiros é que a extensão do material do concurso deles é
enorme, por isso, era importante ter um método que criasse um planejamento personalizado tanto por
concurso quanto em função das necessidades de estudo de cada pessoa. Sabemos que as pessoas não têm
as mesmas dificuldades nem aprendem no mesmo ritmo. Tínhamos como objetivo desenvolver um
aprendizado realmente duradouro entre as pessoas que utilizassem o Smartyze, para que elas não
esquecessem no dia da prova aquilo que tinham estudado durante os primeiros meses de preparação. Para
isto, buscamos utilizar o método mais eficiente de aprendizado: a revisão espaçada, que será abordada de
modo aprofundado neste capitulo. Porém, se há uma coisa que o concurseiro não tem é tempo! Diante
disto, o nosso grande desafio era potencializar o aprendizado economizando o máximo de tempo possível.

Para otimizar o tempo ao máximo, era fundamental detectar para cada usuário apenas o que era
verdadeiramente essencial revisar a cada dia. Ao mesmo tempo, buscávamos que o Smartyze fosse algo
desafiante, no qual cada pessoa marcasse suas próprias metas e progressivamente as fosse superando.
Assim, fornecemos um feedback instantâneo a cada sessão de estudo, apresentando a evolução de toda a
preparação, chamando a atenção sobre as áreas que devem ser priorizadas e, especialmente, criando um
acompanhamento estimulante.

Neste capítulo, apresentamos os princípios científicos do Smartyze e a maneira através da qual nós os
aplicamos à preparação para concurso.

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Como funciona o aprendizado? As bases do Smartyze

Segundo as últimas pesquisas científicas reunidas no livro da Professora Daniels do Center College, que
recebeu o prêmio Kirk de excelência no ensino, os três princípios fundamentais do aprendizado são: um
trabalho aprofundado no primeiro momento do aprendizado para assentar as bases, revisões do material
distribuídas no tempo e conexão emocional com o material aprendido.

O primeiro faz referencia ao fato de que, para obter um aprendizado mais sólido, é necessário um trabalho
maior nos primeiros momentos do estudo. Neste sentido, é fundamental que o próprio estudante organize
a nova informação e que o método de estudo crie situações suficientemente desafiantes para que ele
desenvolva um papel ativo no aprendizado. Quanto maior a variedade de conteúdos e formas de aprendê-
los, mais vias cerebrais serão criadas com o
objetivo de chegar à informação aprendida. Por
conseguinte, a fixação aumenta
significativamente. Um método utilizado em
muitas escolas norte-americanas de direito
consiste em pedir para que cada pessoa prepare
um material e, posteriormente, debata em
equipe. Desta forma não só ouvem diferentes
versões do material, mas também o entendem de
modo aprofundado para transmitir aos outros
participantes.

O segundo principio é fundamental, porque torna a fixação da informação na memória mais forte. Quando
uma memória é criada em nosso cérebro, forma-se uma comunicação entre diferentes neurônios. Se
organizamos revisões de forma adequada, é aumentada a probabilidade de transferência da informação na
memória a longo prazo. Assim, ela poderá ser recuperada quando for preciso, inclusive no dia da prova,
que é o que nos interessa. Sabemos que os alunos aprendem nova informação de forma mais eficiente se
esta é introduzida de forma gradual e repetida em intervalos cada vez maiores.

Finalmente, o terceiro princípio. Todos nós sabemos que o vínculo entre emoção e memória é bem forte.
Lembramo-nos durante muito tempo de eventos que envolvem grande carga emocional. São poucos os
que não se lembram do que estavam fazendo no dia do atentado terrorista do 11 de Setembro em Nova
York. Quando temos experiências de aprendizado que envolvem emoção, estas se tornam mais facilmente
accessíveis a nossa memória porque há uma maior secreção de Dopamina, um neurotransmissor cerebral
que envia a mensagem de “isto deve ser lembrado”. Por este motivo, é fundamental que o aprendizado
seja vivido como um desafio e que o aluno possa aplicar os conteúdos no mundo que o cerca. Nas últimas
pesquisas, ficou comprovado que isto não só melhora a memória, mas também faz com que a
compreensão do material cresça, como explica a professora Daniels.

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Da mesma forma, a ansiedade pode interferir no processo de aprendizado, através da liberação do


hormônio cortisol, que diminui as probabilidades de memorização. Neste sentido, as técnicas de
relaxamento como o mindfulness ou a respiração diafragmática são enormemente benéficas durante a
preparação para concurso.

Todos estes conhecimentos levaram aos professores Atkinson e Shiffrin a criar um modelo sobre como
funciona a memória humana. Nele, quando a pessoa está prestando atenção a uma determinada
informação, esta é salva na memoria de trabalho. Porém, esta memória de trabalho tem uma duração de
tempo baixa, é aquela que usamos quando uma pessoa nos fala um número de telefone, lembramos
durante apenas alguns segundos. Se a informação é relevante para a pessoa, esta poderá ser gravada na
memória a longo prazo e será mais provável a sua recuperação caso existam revisões sistemáticas ao longo
do tempo, evitando o esquecimento.

Baseados neste modelo e nos conceitos anteriormente explicados, diferentes pesquisadores identificaram
estes elementos como essenciais para fixar adequadamente a informação na memória a longo prazo:

1) Repetir e revisar o novo material estudado, fazendo conexões com aquilo que foi previamente
estudado.
2) Criar padrões para organizar a nova informação. Nós aprendemos primeiro ideias gerais, somente
depois os fixamos os detalhes específicos ou informações isoladas.
3) Os próprios estudantes devem avaliar o seu progresso durante a preparação.
4) A relevância daquilo que está sendo estudado deve ser encontrada com o despertar do interesse
do aluno sobre a nova informação, mediante metas estimulantes criadas por ele.

Aplicando a neurociência no Smartyze

Na seguinte continuação, queremos lhe mostrar como estas ideias teóricas são aplicadas na prática da
preparação para concursos do Smartyze. Assim, você entenderá melhor o que há por trás de cada
estratégia utilizada. A base cientifica por trás de cada uma de nossas funcionalidades será apresentada.

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1. Que matéria devo estudar hoje? Um planejamento, um concurso.

O primeiro passo do Smartyze é apresentar todo o conteúdo dos diferentes concursos. Nele, o usuário
saberá qual é a ordem de assuntos a ser seguida, organizada em função das particularidades de cada
concurso. A cada dia ele saberá qual é a matéria a ser estudada sem perder tempo procurando uma
organização que, muitas vezes, não é a mais adequada. Tudo isto é facilitado já que no Smartyze o material
do seu concurso já está pronto para você!

Esta é a primeira forma de possuir uma estrutura organizacional no estudo, porque permite que o aluno
acompanhe a sua evolução e confira qual é o conteúdo restante.

O segundo passo é adaptar todo o nosso sistema às necessidades e disponibilidade de tempo de cada
concurseiro. Para isso, cada usuário pode escolher que Smartyze organize automaticamente o tempo de
estudo diário, em função da data da prova ou, para aqueles que ainda não sabem a data ou que preferem
outra opção, segundo o tempo diário disponível. O fato do site organizar em metas que o próprio
concurseiro cria é fundamental para que ele não só continue motivado durante o estudo, mas também se
desafie a superar suas próprias expectativas a cada dia.

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2. Todos acordados! Estudo utilizando evocação ativa.

Lembra da última vez que você esqueceu o nome daquele companheiro de trabalho? Provavelmente a
causa disso é a ausência de um auto-questionamento (praticamente automático) sobre o nome dele: “Qual
é o nome dele? O nome dele é Paulo”.

Pesquisas científicas demonstram como os testes que demandam das pessoas a recuperação ativa de
determinada informação aumentam enormemente o aprendizado e permitem que a informação seja
lembrada por mais tempo. Em um estudo histórico de Karpicke e Roediger (2006), diferentes testes foram
realizados, nos quais os participantes deveriam aprender uma lista de palavras e, após uma semana,
avaliaram se ainda havia lembrança acerca delas. Eles descobriram que, quando as pessoas tentavam
lembrar as palavras durante o estudo em vez de apenas lê-las, a retenção na memoria aumentava mais de
100%.

O que acontece no estudo tradicional? Quando os concurseiros estudam, normalmente leem ou releem as
apostilas. Isto é chamado de reconhecimento, uma forma de aprendizado mais passiva na qual você não é
perguntado pela informação, até porque ela já está diretamente apresentada. É diferente da evocação.
Nela, você é obrigado a procurar a informação na sua memória. A razão para a maior eficiência da
evocação reside no fato dela envolver tanto o reconhecimento da informação procurada na memória
quanto a “geração”, processo que lhe faz extrair a informação da sua memória e usá-la.

O reconhecimento não ajuda de forma significativa a evitar o esquecimento da informação estudada. Em


um estudo feito pelos professores Kintsch e Hogan (1971), ficou demonstrado que sessões de estudo com
recordação ativa da informação potencializam muito mais o desempenho nas provas do que as revisões de
conteúdo visual, como releituras de apostilas ou livros.

Este é o motivo pelo qual é tão valorizada a utilização de flashcards pelo mundo há tantos anos. Os
flashcards são fichas de papel onde aparecem de um lado uma pergunta e do lado oposto a resposta, lhe
obrigando a pensar na informação cobrada. O desafio que este tipo de estudo envolve, gera um
processamento mais profundo da informação, como foi provado nos estudos do professor McNamara e
Kintsch (1996). Além disso, foi demonstrado que proporcionar aos estudantes um tempo para pensar na
resposta possibilita uma formulação melhor das respostas e um melhor aprendizado sobre elas.

Por esta razão, em Smartyze utilizamos flashcards digitais, que permitem que os alunos estudem
aproveitando o efeito da recordação, mas sem se preocupar com o que deverá estudar diariamente nem
precisar carregar grande quantidade de flashcards físicos. Criamos todos os flashcards necessários para o
seu concurso. Em Smartyze disponibilizamos dois tipos principais de formas de evocação em flashcards:
perguntas diretas e pedidos por preenchimento de lacunas em frases, as lacunas devem ser preenchidas
com dados importantes para o concurso. Em ambos os tipos de cartões, estimulamos a geração da
informação pelo próprio estudante, ele não lerá mais passivamente.

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Exemplo de flashcard com pergunta direta.


Exemplo de flashcard com trechos a serem preenchidos.

Além das vantagens que explicamos anteriormente, há uma particularidade que faz o estudo por
recordação especialmente importante para os concurseiros. Quer saber qual é? Resposta: as provas. A
grande maioria das provas de concursos públicos são provas de múltipla escolha. Isto significa que são
testes de reconhecimento, nos quais você encontra uma pergunta e diferentes opções de resposta, apenas
uma delas estará correta. Você deverá ler e escolher qual delas é a mais adequada. Por que isto é uma
vantagem? Quando você está acostumado a não precisar ver as respostas, é capaz de extrair da sua
memoria a resposta correta depois de ler a pergunta, sem nem precisar ler as alternativas.

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Isso tudo não apenas torna mais fácil resolver a questão, a grande vantagem é que quando você sabe a
resposta correta, depois poderá apenas conferir qual das opções é a mais fiel à resposta verdadeira. Como
todos nós sabemos, nem sempre as opções de resposta são uma cópia literal da informação requerida e,
desta forma, você também poderá evitar as típicas pegadinhas, porque saberá, antes de ler as opções, qual
é a informação chave. Inclusive, naquelas perguntas mais complicadas, poderá até anotar as respostas ao
lado para depois apenas conferir... é como se você tivesse o livro na sua frente!

3. Programando o estudo com precisão cientifica: revisão espaçada

Se alguém lhe perguntasse qual é o pior inimigo do concurseiro, qual seria? Qual é a pior coisa que pode
acontecer a uma pessoa que leva meses ou anos se preparando para um concurso? Sem dúvida, a pior
coisa que pode acontecer a ele é não lembrar o que estudou no dia da prova... tanto esforço para nada!
Precisamente por esta razão, a lembrança do que foi estudado em longo prazo, que vamos falar de uma
das estratégias chave que Smartyze utiliza: a Revisão Espaçada.
Mas o que é a Revisão Espaçada? Em essência, consiste em fazer revisões repetidas dos pontos mais
importantes da prova ao longo do tempo. Acontece quando apresentamos ao concurseiro um conceito
para que ele aprenda, esperamos um determinado tempo, e depois apresentamos o mesmo conceito
novamente. A revisão espaçada permite que os estudantes gravem a informação de forma mais resistente
ao esquecimento.

Como funciona isto e como me beneficia na preparação para um concurso?

Nosso objetivo no Smartyze não é apenas aumentar ao máximo o aprendizado, mas também minimizar o
esquecimento, lembre que este é o pior inimigo do concurseiro!
Como você pode conferir nesta imagem, onde é mostrada a conhecida curva do esquecimento, descrita há
mais de 100 anos pelo cientista Hermann Ebbinghaus, as pessoas aprendem de maneira relativamente
rápida, mas também esquecem a mesma informação em pouco tempo.


Imagem referente a curva do esquecimento

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A solução para isto é revisar a informação antes de esquecê-la. Mas não é tão simples assim, porque se não
estaríamos diariamente revisando tudo para evitar esquecer. Isto seria impossível para alguém que se
prepara para um concurso publico no qual serão cobrados milhares de dados.
A chave é saber o dia exato no qual cada informação é esquecida, para programar justamente em sua
véspera uma revisão e assim evitar o esquecimento desta informação. Como você pode observar na
imagem embaixo, depois de cada revisão, a fixação na memoria se torna mais forte, evitando o
esquecimento por mais tempo. Portanto, ao passar do tempo, serão necessárias menos revisões porque a
informação está gravada com mais força na memória.

Por outro lado, Donovan e Radosevich
(1999) mostraram como os intervalos
de revisões às vezes podem ser tão
longos que o efeito da revisão espaçada
desaparece depois de um tempo, o que
indica que é fundamental calcular qual
será o momento mais adequado em
função do número de revisões prévias.
Definitivamente, o melhor intervalo
sempre será o mais longo possível, mas
antecedendo o esquecimento. No caso
dos concurseiros, há uma grande
distância entre o dia de início do estudo e o dia da prova. Uma investigação do pesquisador Cepeda (2006)
apontou que, 2900 dias depois de utilizar a revisão espaçada, a lembrança se mantém tão forte quanto
aquela que surge segundos após o estudo.
Paralelamente, ficou demonstrado que quanto maior o tempo que desejamos para a manter a retenção,
maior pode ser o intervalo depois de cada sessão de estudo.
Por este motivo, Smartyze utiliza sessões de estudo com revisão espaçada em intervalos progressivamente
maiores, que são programados automaticamente pelo nosso aplicativo para cada usuário. Isto também
permite que, entre cada revisão, o concurseiro tenha tempo para se dedicar a outras matérias ou para
aprender material novo.
Sabendo que a revisão espaçada em intervalos cada vez maiores é o melhor método de estudo para
garantir o aprendizado a longo prazo, justamente o aprendizado necessário para estar preparado para um
concurso, nossos programadores implementaram o algoritmo de revisão espaçada na apresentação dos
nossos flashcards.
Em um dos estudos mais completos e recentes sobre este efeito, a equipe do pesquisador Cepeda revisou
317 experimentos diferentes e identificou que em 96% dos casos a revisão foi mais eficaz para o
aprendizado do que os outros métodos de estudo.

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De fato, a memória funciona desta forma porque se o material não é revisado, nosso sistema cognitivo,
que procura economizar recursos, entende que não há razão para armazená-lo na memória a longo prazo.
Em outras palavras, como entende que aquilo que não é revisado não é útil, acaba descartando. Por este
motivo, surge o esquecimento que Ebbinghaus demonstrou com esta famosa curva:

A utilização de intervalos de estudo cada vez maiores é tão benéfica que é mais eficiente que outras
técnicas como estudo com imagens ou estudo com conteúdo familiar. Tudo evidencia, portanto, que a
utilização adequada da revisão espaçada o leva a ser considerado como o metodo mais eficaz por
cientistas como o Professor Janiszewski, da Universidade da Flórida.
Quando analisamos o que ocorre na maioria das provas de concursos, encontramos algo ainda mais
interessante. Todos nós sabemos que nas provas são pedidas informações muito específicas, dados
isolados e raramente ideias gerais.
Isto, que para quase todos os concurseiros é um dos principais desafios, porque precisam memorizar leis e
fatos, não é um problema para a revisão espaçada do Smartyze. Por que? Porque nossos flashcards
perguntam inicialmente ideias gerais que lhe permitem compreender os dados concretos que virão depois.
Assim você progride em tentáculos: começa estudando as ideias globais para depois ir ao conteúdo
especifico.
Desta forma, você saberá que partes exatamente de cada matéria são as que você tem dificuldade,
independentemente de serem, ou não, dados muito específicos. Você não terá noção apenas de “para
mim Constitucional é mais complicado que Administrativo”, poderá identificar que parte exata é a mais
complicada. E, claro, são justamente estes cartões que serão mais revisados. O melhor: tudo isto é
detectado e programado automaticamente pelo nosso sistema, através do qual você não apenas foca no
momento certo para estudar mas também na informação exata que precisa revisar.


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4. A chave do estudo no século XXI: o aluno é o protagonista do aprendizado.

Nos pontos anteriores mostramos as pesquisas que demostraram que o estudo é mais eficaz quando: 1) a
informação é evocada, ao invés de simplesmente ser revisada ou lida e 2) quando a recordação da
informação é distribuída em intervalos de tempo cada vez maiores em vez de sessões de estudo contínuas.

Todavia, historicamente, a maioria das investigações científicas apresentava uma coisa em comum: os
intervalos de revisão eram determinados pelos criadores das pesquisas. Qual era o problema? Às vezes o
aluno perdia tempo revisando alguns pontos que já conheciam perfeitamente e não estudavam de forma
suficiente outros que realmente precisavam estudar. Como Nelson & Dunlosky (1994) explicam, não levar
em consideração o nível de domínio do estudante sobre o assunto gera um estudo menos eficiente.

A avaliação de uma pessoa sobre o seu próprio conhecimento em uma matéria é chamado metacognição
ou –o que é a mesma coisa- cognição sobre a própria cognição. O concurseiro é uma pessoa adulta e
educada que, em todos os casos se beneficiará ao aplicar o seu próprio critério para organizar as sessões
de estudo.

As pesquisas feitas para comprovar a eficácia do fato dos próprios alunos avaliarem a dificuldade do
material para organizar as futuras revisões elucidam um resultado claro: a motivação no próprio processo
de aprendizado aumenta e, paralelamente, a eficácia do estudo é maior porque o funcionamento cognitivo
também melhora.

Metcalfe no ano 2000, e posteriormente em 2007, detectou que a maioria das pessoas decidiam dedicar
mais tempo aos itens que julgavam mais difíceis, analisando adequadamente o grau de dificuldade.
Levando em consideração estas ideias, Smartyze criou diferentes sistemas para o concurseiro poder avaliar
o seu estudo:

Primeiramente, permitimos que o concurseiro avalie a dificuldade que enfrentou para lembrar a resposta
em cada flashcard. Assim, a programação da próxima revisão torna-se ainda mais precisa. Como
mostramos na imagem abaixo, cada flashcard apresenta 4 opções: não sei, quando o aluno não lembra a
resposta ou é a primeira vez que a estuda; difícil, se é uma resposta que demorou para lembrar ou
lembrou parcialmente; fácil, se lembrou rapidamente a resposta; e muito fácil, para aquelas respostas que
o concurseiro sabe de maneira muito clara e não precisa revisar com tanta frequência.

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Porém, percebíamos que a falta de tempo da maioria dos concurseiros dificultava o processo, já que
muitos flashcards que deveriam ser revisados não eram revistos porque o conteúdo era, mesmo com a
adoção das estratégias até agora explicadas, muito amplo.

Aceitamos o desafio e nossa equipe criou duas soluções novas que atuavam em função da prioridade da
revisão. A análise do Big Data (como é conhecido o grande fluxo de dados que as novas tecnologias
permitem) em sistemas de flashcards, mostrou diferentes maneiras que permitem o estudo em ainda
menos tempo.

A análise das informações de milhões de usuários de flashcards elaborada por diversas plataformas
demonstrou que, se um flashcard é avaliado como fácil na primeira vez, há quase 90% de probabilidade
que seja lembrado corretamente no futuro (inclusive meses depois), mesmo que não haja revisões.

No Smartyze, criamos um algoritmo para que cada Smart (é como chamamos um grupo de flashcards que
normalmente correspondem a um tema de uma matéria, por exemplo, Direitos sociais dentro da matéria
de Direito constitucional) seja classificado em função do domínio da matéria. Desta forma, o concurseiro
poderá escolher entre revisar tudo o que foi programado para o seu dia (se ele tiver tempo) ou focar
apenas naqueles Smarts cujo domínio do concurseiro seja médio ou baixo e, destarte, necessitem de mais
revisões.


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Você pode conferir na imagem abaixo como há cores associadas a cada um dos Smarts, em função do
domínio da matéria.

Agora, alguns de vocês podem se perguntar: o que aconteceria se em um Smart eu acerto a maioria dos
cartões, mas tenho problema apenas com 1 ou 2 deles. Pensando nesta possibilidade e buscando otimizar
ainda mais o tempo, criamos um “sistema de emergência” para evitar que nenhum flashcard que deva ser
revisado pela sua alta dificuldade corra o risco de ficar perdido sem revisar.

Nos referidos casos, aparecerá um sinal de emergência com um Smart que contém apenas estes cartões,
para que o concurseiro não tenha que se preocupar em identificar aquele conteúdo de maior dificuldade.
A informação é apresentada automaticamente. Com estas estratégias, conseguimos oferecer mais de 90%
de probabilidade de memorização do conteúdo estudado, demandando menos esforço do estudante.

Em síntese, Smartyze oferece aos concurseiros um aplicativo que, baseado nos últimos avanços da
neurociência, permite criar um estudo personalizado, distribuído em intervalos cada vez maiores e
baseado na metacognição, o que, até o momento, é um dos sistemas mais potentes de garantia do
aprendizado de longo prazo. Sem dúvida, esta é a meta de qualquer concurseiro que almeja conquistar seu
cargo público, garantir o sucesso no dia da prova.

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6.- AS 10 DICAS DEFINITIVAS PARA O DIA DA PROVA!

1. Descanse no dia anterior a prova. Não faz sentido tentar estudar “coisas que faltam” o dia anterior. O
que você vai precisar vai ser ter sua mente aberta a todas as matérias que você já estudou. Por tanto,
tente ficar relaxado e dormir bem. Se é possível, pode ir ao lugar da prova para conhecê-lo e se imagine
fazendo a prova tranquilamente...

2. Prepare tudo o que vai ser útil na prova, a sua caneta, o lápis, sua identificação, etc. Além disso, lembre
de levar com você uma garrafa de água ou um refrigerante (é preferível sem cafeína) e algo doce como
chocolate ou balas, que podem ser muito úteis na hora de enfrentar provas que demorem muito tempo.
Os simulados realizados lhe servirão como pratica para que você saiba enfrentar corretamente uma prova
longa.

3. Planeje o tempo da prova. Não é uma boa ideia que no ultimo momento você perceba que falta tempo e
fique desesperado. Uma estratégia que pode lhe ajudar é dividir as perguntas em blocos, dividindo o
tempo entre eles e deixando um bloco para as duvidas no final. Deste modo, você evitará a possibilidade
de demorar muito em perguntas e garante responder a maior parte da prova dentro do tempo. É muito
importante que você tenha tempo para revisar as perguntas e conferir possíveis erros.

4. Planeje um pequeno descanso. Se sua prova é muito longa, aproximadamente a metade, tome cinco
minutos para se relaxar, ir ao banheiro, beber agua, chupar uma bala, etc. O objetivo é que você possa
continuar mantendo a atenção que é exigida na prova sem acumular uma tensão desnecessária.

5. Leia devagar o enunciado de cada pergunta. Não fique acelerado, preste especial atenção nos “NÃO”,
SEMPRE” ou “NUNCA” para não esquecer deste matiz na pergunta. Também é recomendável sublinhar os
conceitos chave que são perguntados ou fazer anotações do lado.

6. Tenha um tempo para contextualizar a matéria sobre a que lhe estão perguntando. Na maioria das
perguntas você poderá fazê-lo de uma forma ou de outra.

7. Tente responder antes de ler as alternativas. Quando a pergunta seja sobre uma matéria que você
conhece, veja se você pode responder a pergunta antes de ler as alternativas. A redação das opções de
resposta não é sempre clara e as vezes pode fazer você duvidar sobre conhecimentos que até esse
momento você pensava que estavam claros. Por este motivo, anotar a resposta antes de ler as opções
pode lhe ajudar. Além disso, se você já utiliza o nosso método isto será praticamente automático porque
você o estará fazendo a cada dia. Só terá que pensar na resposta e conferir qual das diferentes opções é a
que tem essa informação.

8. Mesmo que o enunciado não lhe resulte familiar, leia todas as alternativas. Nunca abandone uma
pergunta até ter lido ela completamente porque, às vezes, descobrimos a chave sobre o que nos estão
perguntando numa delas e lembramos da resposta correta.

9. Após de terminar de ler uma pergunta, decida:

-Sempre existirão perguntas nas que você saiba desde o primeiro momento a resposta. É melhor, uma vez
revisada a pergunta, deixá-la respondida e não voltar para revisá-la.

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-Também existirão perguntas nas que você não saiba do que se tratam e, se você sabe que não vai
respondê-la, não faz sentido voltar. É melhor deixá-las de lado.

- É conveniente marcar aquelas nas que você tenha dúvida e continuar com o resto da prova. Uma vez
terminada, conte as perguntas “duvidosas” e avalie quantas responder. Não há uma regra geral mas
também não é bom ter uma posição conservadora neste sentido e é recomendável arriscar o máximo
possível dentro de margens razoáveis.

10. Não fique abatido e não fique nervoso por não poder responder as primeiras perguntas da prova. As
vezes as primeiras perguntas são justamente as mais complicadas e a isto se soma a tensão de começar a
prova. Se você percebe que não pode respondê-las, pule as dez primeiras perguntas e volte a elas após um
tempo. Respire profundamente e não deixe que pensamentos negativos lhe perturbem, não são úteis, não
são práticos e, provavelmente, não serão reais!

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CONCLUSÃO

Se você encontra dificuldades na preparação para o seu concurso, talvez o problema não esteja com você,
mas sim com os métodos que lhe são oferecidos. Cursos que não se adaptam às suas necessidades e
dificuldades tendem a falhar em vários aspectos do seu estudo. Por isso, é necessário adaptar a
preparação ao seu perfil de estudante. Para alcançar tal finalidade, nada melhor do que revisar com uma
frequência que leve em consideração a sua percepção sobre o grau de dificuldade. Você verá que o
problema não está em você, mas sim talvez nas produções em larga escala dos cursinhos e editoras.


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