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Revitalização de Rios
Revitalização de Rios
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Semads / Serla
Revitalização de rios
- orientação técnica -
outubro/2001
outubro/2001 3
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme decreto no 1.825,
de 20 de dezembro de 1907.
Ficha catalográfica
R454
CDD 620.85
Editoração
Jackeline Motta dos Santos
Raul Lardosa Rebelo
Coordenação:
Antônio da Hora
( Subsecretário Adjunto de Meio Ambiente )
Wilfried Teuber
( Planco Consulting - GTZ )
O Projeto Planágua Semads/GTZ, de Cooperação Técnica Brasil-Alemanha, vem apoiando o Estado do Rio
de Janeiro no gerenciamento de recursos hídricos com enfoque na proteção de ecossistemas aquáticos.
4 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Sumário
7 Apresentação
9 Introdução
29 Mata ciliar
35 Técnicas de
engenharia ambiental
61 Glossário
63 Bibliografia
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Revitalização de Rios
6
- orientação técnica -
outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Apresentação
Agradecimentos
Estagiários da Cefet-RJ:
Adriane Vieira Fonseca
Igor Santos Santana
Tiago Belmont
Jorge Pio
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Introdução
Foto: Planágua
10 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
o leito se situa direto na rocha ou é
formado por matacões. As inúmeras
cachoeiras e quedas d’água nas
montanhas são atrativos turísticos por
sua paisagem e como espaços
adequados ao lazer.
Nos trechos médios, com
paisagem de colinas, os cursos e as
velocidades das correntes são
comparáveis aos da montanha, sendo
que o material constituinte do leito e
das margens é, na maioria das vezes,
mais fino. Com a diminuição da
velocidade da corrente, os rios
formam meandros e espaços vitais
para diversas espécies, ampliando a
zona de contato água-leito-margem-
mata ciliar.
Rochedos e seixos rolados formam leito dos rios e
córregos ( rio Preto, em Visconde de Mauá,
Município de Resende, Rio de Janeiro )
12 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: Planágua
Foto: Planágua
Foto: Planágua
Curso natural com pouca
vegetação ( Município de Angra
dos Reis, Rio de Janeiro )
Foto: Planágua
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
Foto: Planágua
Foto: Planágua
14 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Revitalização de rios e
córregos em áreas rurais
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
prejuízos aos ecossistemas e o pontes e travessias, passaram a
rebaixamento do leito do curso d’água. correr riscos de desabamento.
A retirada da mata ciliar causou a A recuperação dos cursos
perda da estrutura do solo e dos d’água até a sua forma original, quase
organismos, afetando bastante os sempre, necessita de grandes áreas e
lugares propícios à alimentação, à isso pode tornar muito onerosa e
desova e às condições de vida da praticamente impossível de se realizar.
fauna aquática e ribeirinha, além de Entretanto, sempre há possibilidades
potencializar a erosão. As retiradas de de melhorar a situação ecológica de
areia também afetaram o ecossistema rios retificados, através de projetos de
aquático. O leito do rio se aprofundou revitalização com as seguintes
de modo significativo e obras, como medidas:
. Permitir que o rio desenvolva um curso mais natural e volte a formar meandros.
Depois de um certo tempo, os processos erosivos fluviais se estabilizariam e assim,
facilitariam o ressurgimento da biota, e conseqüentemente a revitalização do rio. Em
comparação à situação anterior (rio retificado), necessita-se de mais áreas marginais
. A mata ciliar melhora as condições ecológicas, hidrológicas e morfológicas. Por isso,
nesses trechos de rios deve-se proteger ou plantar mata de espécies nativas. Em geral,
utiliza-se uma faixa com largura mínima de 30 metros, nas áreas rurais, para
atendimento ao disposto no Código Florestal
. Suspender as retiradas de areia para deter o aprofundamento do leito do rio. Esse
rebaixamento é responsável pela escavação das infra-estruturas de pontes e outras
obras, tornando-as instáveis
Foto: Planágua
Rio retificado. O leito é arenoso, pobre em estruturas fluviais típicas, baixa oferta de biótipos para plantas e animais (
rio Macaé, Rio de Janeiro )
16 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: Planágua
Foto: Planágua
Aprofundamento do leito, em conseqüência o bloco no meio foi escavado com risco para a ponte
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
As possibilidades para uma pequenos produtores e especialistas
revitalização de rios e córregos em das entidades públicas de recursos
zonas rurais são muito maiores, ao hídricos, florestais e agrícolas.
contrário dos rios e córregos em zonas Fazendeiros interessados devem ser
urbanas, pela facilidade de se obter motivados para participarem dos
maiores áreas e por suas águas estudos de recuperação de rios e
serem menos poluídas. formar base para a gestão integrada
A idéia da recuperação dos rios dos recursos hídricos da bacia, assim
com mata ciliar deve ser propagada e como os municípios, Comitês de
realizada com a cooperação de todos Bacia e os Consórcios
os atores: população local, fazendeiros, Intermunicipais.
Foto: Planágua
Córrego retificado com leito aprofundado. A erosão das margens poderia ser detida com o plantio de mata ciliar
contínua
18 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: Planágua
Foto: Planágua
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Foto: Planágua
3.7
obras longitudinais
plantação
de mudas
matas nas
baixadas inundáveis
(terras úmidas, brejos)
Incentivos de processos fluviais desenvolvem trechos de rios e córregos mais naturais – as calhas retificadas se transformam em calhas meândricas
( sistema de formação do leito )
20 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Revitalização de rios e
córregos em áreas urbanas
H istoricamente os rios e
córregos das áreas urbanas
foram muito mais modificados do que
O lançamento de esgotos in
natura agrava a situação ecológica e
Foto: Planágua
os das áreas rurais.
Com a urbanização e a
impermeabilização de pequenas
bacias contribuintes, as vazões nos
cursos d’água aumentaram. A
urbanização desenfreada vem
ocupando áreas naturais de
alagamento e atingindo diretamente
as funções naturais dos cursos d’água
e assim prejudicando as próprias
populações. Esta ocupação com
casas, indústrias e vias de transportes
vem estreitando as áreas naturais de
escoamento e ampliando o perigo das
enchentes. Com isso, as freqüências
de inundações e os danos causados
aumentaram e ainda aumentarão se
permanecer esta situação.
Ao longo do processo de
ocupação urbana as sucessivas Córrego em zona urbana estrangulado pela urbanização
administrações vêm negligenciando a ribeirinha e poluído por esgotos
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
sanitária dos rios e córregos. Existem
zonas urbanas onde os rios e córregos
deixam de cumprir suas múltiplas
funções e usos e passam a ser
somente receptor de dejetos. A
população ribeirinha, que lança seus
esgotos diretamente nas águas, sofre
com o mau cheiro e com o perigo de
doenças de veiculação hídrica.
Essas águas não podem ser
aproveitadas para lazer, pois o contato
torna-se um risco à saúde pública.
Com isso, verifica-se que a primeira
etapa para a recuperação de rios e
córregos, tornando-os mais naturais, é
sanear e tratar os efluentes antes de
lançá-los. As inúmeras “fontes” de
esgotos devem ser coletadas, tratadas
e depois lançadas corretamente aos
cursos d’água. Rio canalizado
Assim sendo, conclui-se que,
quando houver planejamento de novos locais onde não há coleta de lixo
empreendimentos, deverá ser previsto regular. A coleta eficiente em zonas
logo na primeira etapa, o tratamento urbanas é outra etapa para o
de esgotos, visando a melhoria da saneamento desses cursos d’água.
qualidade da água. Mesmo com a coleta ainda se
Também tem sido prática observa grande quantidade de material
comum utilizar rios e córregos como plástico flutuante, indicando
transportadores de lixo, sobretudo em claramente que a água superficial tem
sido o lugar preferido pela população
Foto: Planágua para se livrar do lixo. Torna-se
portanto indispensável implementar a
coleta e ao mesmo tempo
conscientizar a população ribeirinha da
necessidade de dispor o lixo
corretamente.
Muitos dos rios e córregos, em
áreas urbanas, são estrangulados pela
urbanização e vias de transportes,
prejudicados pelos esgotos sem
tratamento e pelo grande volume de
lixo, que geram mau cheiro,
transmitem doenças e causam
enchentes. Isso pode levar, mais
tarde, os administradores a
22 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
transformar os leitos dos rios em canalizados até a década de 70, com
perfis regulares de concreto, em implantação de galerias, construídas
forma de caixa, com margens para esconder as águas poluídas e
revestidas, isto é, construir canais ou afastá-las do convívio da população.
galerias de concreto. A meta, nesses Entretanto, atualmente se reconhece
casos, é transportar as águas rio que esta não foi a solução mais
abaixo o mais
rápido Foto: Planágua
possível, para
resolver
problemas
locais, sem
observar o
aumento do
problema a
jusante. Seu
destino é a
galeria de
concreto.
Canalizados e
enterrados,
desaparecem
da superfície,
correm por
debaixo das Lixo retido junto a um pilar de ponte
ruas e não
existem mais para a população. adequada, pois outros problemas
Somente as enchentes e as doenças foram criados. Com programas de
lembram a sua existência quando as revitalização podem-se recuperar a
galerias não conseguem mais morfologia natural dos rios, de forma
transportar as águas excedentes. criteriosa e de modo a libertá-los do
Embora o processo de concreto e exercer as suas múltiplas
ocupação urbana da Europa tenha funções.
sido diferenciado do Brasil, as águas
dos rios e córregos também foram Foto: Planágua
A urbanização ocupa
parte do leito do rio
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
. Proporcionar uma evolução dos cursos d’água com áreas adicionais para recuperação
de uma morfologia mais natural, dentro do possível
Foto: Planágua
Esboço de seções
tranversais de cursos
d’água cujo tipo de
recuperação depende da
área disponível
24 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: Planágua
Foto: Planágua
Esquema de
revitalização de
córregos
Foto: Planágua
A recuperação de rios e
córregos necessita da
preservação de áreas
livres disponíveis para
sua evolução natural
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Para isso, são necessárias as
seguintes medidas: Foto: LfW, Munique
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
Foto: Planágua
Foto: Planágua
28 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Mata ciliar
Foto: Planágua
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
freáticos. Elas
absorvem ainda
quantidades de
adubos e
defensivos
agrícolas
excedentes das
lavouras, que de
outra forma iriam
poluir os rios, pois
estas matas
funcionam como
um filtro do
escoamento
superficial das
chuvas. As margens de rio sem arborização sofrem erosão
Para
conservação dos solos e dos colonizadoras de solos sem
recursos hídricos, é imprescindível a cobertura ( pioneiras ), assim como
recomposição das matas ciliares com de espécies que necessitam de
espécies adequadas a esta sombreamento ou são mais frágeis
finalidade. Muitas vezes, são ( secundárias e clímaxes ), de forma
espécies adaptadas a excessos a induzir a dinâmica de
periódicos de água. Também é desenvolvimento natural e a
recomendado o uso de uma mistura formação de uma floresta como a
de espécies mais agressivas e original do local.
A recomposição de mata ciliar
Foto: Planágua
se dá em faixas ao longo dos rios e
reservatórios, utilizando sempre uma
mistura de espécies nativas em
geral. O espaçamento pode variar
entre, 2m x 2m a 3m x 3m. Para o
bom desenvolvimento das mudas, é
necessário o controle do capim, com
duas ou três roçadas por ano ao
redor das mudas, isto nos primeiros
anos. Nesta fase podem ser
plantadas culturas agrícolas nas
faixas entre as mudas; depois de
certo tempo, o sombreamento
impede que esta prática continue.
Também deve ser realizado nos
primeiros anos o controle de
formigas cortadeiras, através da
utilização de iscas apropriadas.
É importante o cercamento
das áreas de mata ciliar, para que o
gado não danifique as mudas, mas
sempre deixando um caminho
Pastagens substituem as florestas naturais, causando erosão cercado para que este possa saciar
30 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Outra medida imprescindível é
a abertura de aceiros, que são uma
Foto: Planágua
Foto: Planágua
Foto: Planágua
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
Foto: Planágua
Mata ciliar
enriquece o complexo
ecológico fluvial
Foto: Planágua
Faixa de
mata ciliar
32 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: Planágua
Evolução da implantação da mata ciliar. Pré-requisito: área disponível e protegida contra o pastoreio
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: LfW, Munique
A plantação de mudas
necessita de assistência,
como por exemplo a retirada
de ervas daninhas, a poda e
a proteção contra o gado
Foto: Planágua
34 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Técnicas de
engenharia ambiental
Proteção de margem
com entrançamento de
salgueiros
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Para o sucesso deste pelo grande valor estético e
empreendimento, também é essencial importante função ecológica. O
o saneamento dos esgotos sanitários e plantio de galhos de árvores, que
a prática de técnicas adaptadas à promove o crescimento de brotos,
natureza de modo a reduzir as constitui uma boa técnica de combate
interferências e os impactos ao a erosão, juntamente com a utilização
mínimo nas funções dos cursos de troncos e ramos de árvores, bem
d’água, como por exemplo: como uso de gramíneas e juncáceas.
Os materiais utilizados na
. Emprego de degraus transversais em engenharia ambiental são
substituições aos vertedouros para permitir provenientes, quase sempre, de locais
o fluxo migratório das espécies muito próximos do rio. Isto proporciona
a redução de custos de transporte e do
. A utilização combinada de pedras com empreendimento. É importante
vegetação, reduzindo ao máximo o uso de considerar, também, que a
concreto implantação dessas medidas, em
geral, não necessita de grandes
A engenharia ambiental utiliza volumes de obras como nas
a técnica de proteção de margens com construções convencionais. Todavia,
grama, arbustos e árvores, exige uma boa manutenção, limpeza
amplamente empregada na Europa, permanente das áreas circunvizinhas,
preservação de árvores antigas,
fortalecimento e
Foto: LfW, Munique
desenvolvimento de
plantas com
assistência de
agrônomos,
paisagistas e outros
profissionais
envolvidos.
O sucesso da
engenharia
ambiental são a sua
fácil aplicabilidade e
custos reduzidos. A
engenharia
ambiental tem por
princípio: o uso
racional de materiais
simples, como
madeira e pedras,
utilizados de forma
mais natural, a
interdisciplinaridade
e o concurso da
experiência de
Proteção das profissionais
margens com qualificados para o
entrançamento
de varas
trato dos ambientes
naturais.
36 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: LfW, Munique
Entrançamento
de varas
Foto: UM Baden-Württ
Proteção de margem
com estacas de
madeira
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
38 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: LfW, Munique
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: UM Baden-Württ
Proteção de margem
com faxinas no
pé do talude e estacas
no talude
Proteção de margem
com galhos e
plantação de mudas
40 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: UM Baden-Württ
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Proteção de margem com instalação de uma faxina de tela de arame, tecido de coco, pedras, terra e plantas vivas
42 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: LfW, Munique
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Foto: UM Baden-Württ
44 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: LfW, Munique
Vertedor de concreto
forma barreira para
espécies migratórias
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Foto: Planágua
46 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Estudos de casos de
revitalização
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Revitalização de Rios
- orientação técnica -
ilhas cobertas de vegetação. Em Sugestões
época de enchentes, parte das ilhas
são levadas e novas ilhas se formam
modificando a posição do leito, dos
braços e forma dos meandros. Na área urbana de Glicério, o rio
Depois dessa transição, o rio corre no seu leito natural de rochas
apresenta-se meândrico, devido à e seixos. Se houver problemas com
baixa declividade e leito arenoso. A os imóveis construídos junto às
jusante, o rio se desenvolve em solo margens, será mais econômico a
arenoso, escavando seu leito maior e remoção dos mesmos para um novo
formando terraços fluviais típicos. local afastado do rio do que revestir
Esse processo se iniciou com o a margem para proteção destas
desmatamento na segunda metade do construções, que são invasões à
século XIX, para a lavoura do café e faixa marginal de proteção.
ainda não terminou. Pode-se observar Na zona de transição entre o
nos taludes sem vegetação a água trecho de montanha e o de planície,
escavando sua base e o material o rio apresenta grande largura e
deslizando, tornando impossível a condições naturais mais preservadas.
fixação de vegetação nas suas Se a urbanização for permitida muito
margens. Se áreas de cultivo não próxima do rio e o seu curso ficar
forem afetadas, não se deve influir limitado com obras hidráulicas, ele
nesse processo, isto é, não se deve escavará e aprofundará seu leito,
revestir as margens. Em alguns deslocando seu trecho de transição,
trechos, da estrada para Glicério, que com assoreamentos para jusante.
se desenvolve junto ao rio, existem Uma possível intervenção
riscos de danos e, apenas nesse caso, nesses sistemas fluviais, acarretará
se recomenda proteger as margens. grandes custos para implantação de
Foto: Planágua
Rio São Pedro, na zona urbana de Glicério, Município de Macaé. O leito é rochoso, com matacões, bem natural e estável
48 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: Planágua
Rio São Pedro, a jusante de Glicério. O rio entra na planície, reduz seu declive e começa a depositar areia, seixos e
cascalhos
Na zona de transição
entre serras e colinas, o
rio São Pedro deposita
um cone de aluvião e
forma ilhas e braços
Foto: Planágua
Foto: Planágua
50 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: Planágua
Foto: Planágua
outubro/2001 51
Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
Foto: Planágua
Mapa: Planágua
Construção de
engenharia ambiental
prevista no rio São
Pedro
52 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Área urbana ( córrego VVargem
argem Pequena )
Bacia do rio
Vargem Pequena
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
.equipamentos
Urbanizar toda a área, valorizando o aspecto estético do rio, implantando
de lazer e áreas verdes
Foto: Planágua
Foto: Planágua
Foto: Planágua
54 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Foto: Planágua
Taludes com
bananeiras
Foto: Planágua
Lançamento de
esgotos das
casas lindeiras
Foto: Planágua
Tubulação de
esgotos e
leito lodoso
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Revitalização de Rios
- orientação técnica - Foto: Planágua
Ilustração: Planágua
Foto: Planágua
56 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Ilustração: Planágua
Ilustração: Planágua
58 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Ilustração: Planágua
outubro/2001 59
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Ilustração: Planágua
60 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Glossário
Faxina – Feixe de ramos de árvores ou de galhos utilizados para diversos tipos de obras,
para proteção de taludes e para construção em pântanos.
outubro/2001 61
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Meandro – Sinuosidade
Seixo – Fragmento de rochas arredondadas pelo transporte fluvial com dimensão superior
à da areia grossa.
Talvegue – Linha que segue a parte mais baixa do leito de um rio, de um canal ou de um
vale.
62 outubro/2001
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Bibliografia
4. CESP, 1989. Reflorestamento ciliar de açudes. 2ª ed. CESP, ARI, SP 1989. 14p ( Série
Pesquisa e Desenvolvimento, 123 ).
5. CESP, 1992. Recomposição de matas nativas pela CESP. CESP, São Paulo, 1992, 13p.
( Série Pesquisa e Desenvolvimento, 006 ).
7. DVWK - Deutscher Verband für Wasserwirtschaft und Kulturbau, 1996: Fluss und
Landschaft, Ökologische Entwicklungskonzepte, Wirtschafts - und Verlagsgesellschaft, Bonn,
Alemanha.
11. PATT, H., JÜRGING, P. e KRAUS, W., 1998: Naturnaher Wasserbau. Entwicklung und
Gestaltung von Fliessgewässern,. Springer Verlag, Berlin, Alemanha.
12. RIOS, J. L. P., 1974: Poluição e Autodepuração dos Cursos D’água. LNEC, Lisboa,
Portugal.
14. SARAIVA, G. M. A., 1999: O Rio como Passagem - Gestão de Corredores Fluviais no
quadro do Ordenamento do Território. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.
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- orientação técnica -
Anexos
1
Lista de algumas espécies recomendadas
para recomposição de mata ciliar
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- orientação técnica -
2
Espécie Nome vulgar Grupo ecológico
Bauhinia forticata Link. Pata-de-vaca, Unha-de-vaca, Pata-de-boi, III
Unha-de-boi
Bixa orellana L. Urucum, Urucu II
Cabralea canjerana ( Vell ) Mart Canjerana, Canjarana III
Ceasaalpina ferrea var leiostachaya Pau-ferro I
Benth.
Calycophyllum spruceanum Benth Pau-mulato, Mulateiro, Mulateiro-de-várzea II
Cecropia spp Embaúba, Emabaúva, Imbauva, Árvore- II
da-preguiça
Cedrella fissilis Vell. Cedro, Cedro-Rosa, Cedro-vermelho, III
Cedro-de-várzea
Ceiba pentrada ( L. ) Gaertn. Sumaúma, Sumaúma-da-várzea, II
Sumaúma verdadeira, Paina-lisa, Árvore-
da-seda
Choprisia speciosa St. Hil. Paineira, Paineira rosa II
Couropita guianensis Aubl. Abricó-de-macaco II
Erythrina spp Mulungu, Suinã, Eritrina-candelabro II / I *
Euterpe edulis Mart. Palmito-doce, Palmito-juçura II / I *
Ingá spp Ingá-do-brejo I
Lecythis pisonis Camb. Sapucaia, Castanha-sapucaia, Cambuca- III
de-macaco
Pachira aquática Aubl. Munguba, Castanheira-da-água I, II, III
Parapiptadenia rigida ( Benth. ) Angico, Angico-vermelho, Angico-da- III
Brenan mata, Angico-verdadeiro
Salix humboldtiana Wild. Salseiro, Salgueiro, Chorão II
Schizolobium parahyba ( Vell. ) Blake Guarupuvu, Ficheira, Bandarra, Faveira II
I - Espécies para solos permanentemente úmidos
II - Espécies para solos temporária, ou permanentemente úmidos, sujeitos a inundações periódicas
III - Espécies de boas condições hídricas, mas sem excesso de água
* - Tolerância a solos muito úmidos e encharcados
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- orientação técnica -
Revitalização de Rios
3
Projeto de Revitalização
- Resumo -
. Inspeção local
. Avaliação das variáveis ambientais
. Plano de trabalho
. Estudos topográficos
. Estudos hidrológicos
. Estudo da qualidade da água
. Projeto de saneamento – águas pluviais, esgotamento sanitário e lixo
. Projeto de engenharia ambiental – hidráulico e geotécnico
. Projeto de paisagismo
. Projeto florestal ( áreas rurais )
. Projeto urbanístico ( áreas urbanas )
outubro/2001 67
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
4
Revitalização do córrego VVargem
argem Pequena
- Projeto paisagístico ( Memorial Descritivo ) -
Ilustração: Planágua
outubro/2001 69
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
o uso de bambus ( Bambusa aérea já existente. Além disso não
vulgaris ) para ajudar na proteção e queríamos criar barreiras visuais que
estabilização do talude, e também, de impedissem a visualização da outra
uma trepadeira com inflorescências de margem. Propusemos árvores
grande beleza, o cipó-de-são-joão somente onde já existissem espécimes
( Pyrostegia venusta ), com a isolados ou pequenos agrupamentos
intenção de proteger o talude e de de árvores, criando áreas de
melhorar o aspecto do muro, que sombreamento que teriam contato com
invade a faixa de proteção do córrego. as árvores situadas na outra margem,
funcionando como corredor de fauna.
Nos trechos mais
Margem direita problemáticos que já apresentam
alguns sinais de desmoronamento,
como no trecho próximo ao muro da
Esta margem apresenta uma entrada, propusemos o uso de um
situação muito mais complexa, em bambu ( Bambusa multiplex ),
razão das altas declividades do diferente do anteriormente citado por
talude, da deficiência de cobertura possuir menor porte e características
arbórea e da quase inexistência de ornamentais mais definidas,
cobertura herbácea. Tais alastrando-se com menos facilidade.
características, associadas a um solo Nos outros trechos propusemos um
arenoso, trazem sérios problemas de “mix” de espécies, todas adaptadas às
erosão e conseqüentemente de difíceis condições impostas pelo
instabilidade para o talude, que pode terreno, onde destacamos a vedélia
vir a sofrer desmoronamentos. ( Wedelia paludosa ), espécie de
Por conta destes problemas, forração extremamente rústica, muito
nossa preocupação principal foi com a adequada ao recobrimento de taludes,
estabilização desta margem. mas que além disso floresce durante
Para atenuá-los, propusemos o todo o ano, garantindo assim um
uso de herbáceas e arbustivas que aspecto visual também bastante
favorecessem o recobrimento e a agradável. O plantio das espécies
fixação do solo e nos ajudassem a herbáceas e arbustivas se daria
estabilizar o talude. O que fez com apenas em alguns trechos, com a
que nossas preocupações estéticas finalidade de diminuir os custos,
fossem atenuadas, embora não prevendo que tais espécies por conta
suprimidas, já que procuramos de suas características, acabariam por
escolher espécies que além de desenvolver-se espontaneamente,
cumprir as funções desejadas e recobrindo, futuramente, toda a margem.
fossem capazes de se adaptar às
condições do meio, tivessem ainda
qualidades estéticas.
As espécies arbóreas foram Trecho 2
utilizadas com maior parcimônia, em
razão das condições de declividade do
talude, pois na maior parte desta M a r g e m
margem sua implantação só se esquerda
mostrava possível nas áreas planas No início deste trecho encontramos a
contíguas às cristas do talude. Sendo margem com pouca vegetação e com
que nestes casos, a proposição de acúmulo de lixo, sendo imprescindível
árvores poderia por em risco a fiação a limpeza de todo o talude antes do
70 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Ilustração: Planágua
córrego repetem-se as
mesmas linhas de
projeto em ambas as
margens, com o
calçadão contornando
as casas e a criação de
áreas de convivência
nos trechos em frente
aos fins de rua, com a
arborização
emoldurando as
margens e em alguns
pontos se comunicando
com a margem oposta, a
exemplo dos corredores
de fauna propostos para
o Trecho 1, procurando
valorizar o rio como
paisagem e trazendo um
novo paradigma para a
população local, que
estimule a preservação
do rio como elemento de
valorização da qualidade
de vida atingida a partir
do saneamento da
região.
Projeto
Planágua Semads / GTZ
Principais Atividades
Seminários e Workshops
Workshops
Seminário Internacional ( 13 e 14/10/1997 )
Gestão de Recursos Hídricos e de Saneamento – A Experiência Alemã
Workshop ( 5/12/1997 )
Estratégias para o Controle de Enchentes
Mesa Redonda ( 27/5/1998 )
Critérios de Abertura de Barra de Lagoas Costeiras em Regime de Cheia no
Estado do Rio de Janeiro
Seminário ( 25 e 26/11/1999 )
Planos Diretores de Bacias Hidrográficas
74 outubro/2001
- orientação técnica -
Revitalização de Rios
Oficina de Planejamento ( 10 e 11/5/2001 ) em cooperação com o Consórcio Ambiental
Lagos São João
Programa de Ação para o Plano de Bacia Hidrográfica da Lagoa de Araruama
. Subsídios para Gestão dos Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas dos Rios
Macacu, São João, Macaé e Macabu ( março/1999 )
outubro/2001 75
Revitalização de Rios
- orientação técnica -
Publicações da 2a fase ( 2000 – 2001 )
76 outubro/2001
SEMADS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimetno Sustentável
Rua Pinheiro Machado, s/nº
Palácio Guanabara - Prédio Anexo - 2º andar / sala 210
Laranjeiras - RJ
22 238 - 900
Home page: www.semads.rj.gov.br
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
e-mail: comunicacao@semads.rj.gov.br Desenvolvimento Sustentável
SERLA
Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas
Campo de São Cristóvão, 138 / 3º andar
São Cristóvão - RJ
20 921 - 440
Home page: www.serla.rj.gov.br
e-mail: serla@serla.rj.gov.br
IEF
Fundação Instituto Estadual de Florestas
Avenida Presidente Vargas, 670 / 18º andar
Centro - RJ Fundação
20 071 - 001 Instituto Estadual de Florestas
outubro/2001 77